Cidade, Política, Segurança pública

Coronel Azevedo defende porte de arma para advogados após assassinato no RN

 

Foto: Eduardo Maia

 

A morte da advogada Brenda Oliveira, que foi assassinada aos 26 anos na cidade de Santo Antônio após sair de uma delegacia com o cliente – que também foi morto –, ganhou repercussão no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Durante a primeira sessão ordinária, da segunda Sessão Legislativa da 63ª Legislatura, nesta terça-feira (06), o deputado estadual Coronel Azevedo (PL) lamentou a ocorrência e defendeu porte de arma para os advogados.

“Queremos lamentar a morte da jovem mulher advogada que no exercício da sua profissão partiu precocemente, teve sua vida ceifada pela ação covarde por aqueles que têm certeza da impunidade no nosso Estado. Esse é mais um episódio que apavora o povo potiguar”, disse o deputado em seu pronunciamento.

Em seguida, o parlamentar defendeu o porte de armas para “aqueles que defendem a democracia”, referindo-se aos advogados brasileiros. “A corrida desarmamentista defendida pela esquerda favorece tão somente a bandidagem”, completou. Azevedo revelou que já há um projeto neste sentido em tramitação na Câmara Federal, que classifica como atividade de risco o exercício da advocacia.

Segundo a matéria, só teria direito a solicitar o porte de armas os advogados inscritos na OAB e que cumprissem com todas as necessidades legais previstas na legislação, inclusive demonstrando condições físicas e mentais. “Exercer advocacia no Brasil exige coragem, mas não afasta os riscos do trabalho”, finalizou.

Notícias

Deputado do RN apresenta projeto que autoriza porte de arma para professores

 

O deputado federal Sargento Gonçalves (PL-RN) apresentou projeto de lei para permitir que professores de instituições públicas e privadas possam portar armas no ambiente escolar, desde a educação infantil até o ensino universitário. O objetivo do porte de arma é garantir a legítima defesa dos profissionais.

A autorização seria concedida desde que o professor cumprisse os requisitos legais (como aptidão técnica e psicológica e ausência de antecedentes criminais), previstos na Lei 10.826/2003, e comprovasse o vínculo com a instituição de ensino.

Na justificativa, o parlamentar cita o caráter “comum e rotineiro” que os ataques criminosos a escolas adquiriram nos últimos tempos no Brasil. “Criminosos covardemente têm ceifado vidas de crianças e professores inocentes, estes muitas vezes sem ter como defender a si mesmos e aos seus alunos, ainda assim atuam como verdadeiros heróis servindo de escudos para proteção dos discentes”, afirmou.

Segundo levantamento do deputado, até agora houve 35 mortes e 72 pessoas ficaram feridas em ataques a escolas no Brasil.

Sargento Gonçalves lembra que alguns Estados norte-americanos autorizaram o porte de arma para os professores. “É de extrema importância frisar que, por exemplo, entre outros Estados, a Flórida e Ohio, nos EUA, o Poder Legislativo já aprovou uma lei que permite aos professores o porte de armas de fogo, em virtude do crescente número de ataques às escolas, com objetivo de o professor ter a mínima chance de defender a si e a aos seus alunos”, escreveu.

projeto será analisado pelas comissões internas da Câmara antes de ir à votação.

Deu na Oeste

Política

Bancada da bala pede a Aras liberação do porte de armas a agentes de segurança nas eleições

 

O presidente da Frente da Segurança Pública do Congresso Nacional, conhecida popularmente como bancada da bala, Capitão Augusto (PL-SP), enviou um ofício ao procurador-geral eleitoral, Augusto Aras, e ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, pedindo a liberação do porte de armas a agentes da segurança pública nas eleições.

No documento, o parlamentar, que também é vice-presidente nacional do Partido Liberal (PL) afirma que a decisão unânime do TSE, que proibiu o porte de armamentos no período compreendido entre 48 horas antes e as 24 horas depois do pleito, no perímetro de 100 metros das seções e de outras localidades eleitorais, “pode trazer sérios prejuízos ao direito de voto de milhares de policiais e militares, violando o seu direito fundamental de cidadania”

No ofício endereçado a Aras, o líder da bancada da bala pede que o procurador-geral “intervenha para solicitar esclarecimentos devidos ao TSE, a fim de que possa dizer como será garantida a segurança do armamento e do policial e militar de serviço, da ativa, escalado para trabalhar garantindo a segurança da população e das urnas em zonas eleitorais e também no momento de exercer o seu voto”.

No pedido feito a Moraes, Augusto diz que “o porte de arma a que tem direito esses profissionais, além de ser meio necessário à proteção da própria vida diante da exposição aos criminosos, é instrumento de trabalho, diante do dever de agir em defesa da ordem pública, ainda que não estejam de serviço”.

“Portanto, mesmo que o policial não esteja de serviço, o porte de arma não é um benefício ou um privilégio, mas medida de absoluta necessidade para salvaguardar a sua vida e dos demais cidadãos”, argumenta o parlamentar. No documento, Capitão Augusto também questiona se os militares e policiais escalados terão que ficar a mais de 100 metros das seções eleitorais e como o agente da segurança pública poderá atuar se “se deparar com um crime”. “Estará isento de responsabilização?”, questiona.

“Solicito a Vossa Excelência a adoção das medidas necessárias a fim que o TSE possa garantir a segurança do armamento e do policial e militar de serviço, da ativa, escalado para trabalhar garantindo a segurança da população e das urnas em zonas eleitorais e também no momento de exercer o seu voto”, diz o ofício.

“Da forma como ficou estabelecida, a decisão pode trazer sérios prejuízos ao direito de voto de milhares de policiais e militares, violando o seu direito fundamental de cidadania”, conclui o parlamentar.

Como a Jovem Pan mostrou, o TSE decidiu, por unanimidade, proibir o porte de armas nos locais de votação nos dias 2 e 30 de outubro, datas nas quais serão realizadas o primeiro e o segundo turno, respectivamente. A Corte Eleitoral foi provocada através de uma consulta pública impetrada por nove partidos políticos.

Relator do caso, o ministro Ricardo Lewandowski disse que todas as eleições encerram um potencial risco de fragilização ou esgarçamento institucional”, relembrou episódios de violência cometidos contra o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atribuiu ao “fenômeno da polarização” a responsabilidade pela escalada na violência política no país. O relator também lamentou que a legislação não tenha avançado no sentido de punir partidos pelos episódios de violência cometidos por seus filiados.

“Independente de previsão legal ou expressa, a vedação alcança todos os civis que carregarem armas, sejam ou não detentores de porte ou licença estatal. Isso porque, se tal não é permitido sequer aos agentes de segurança pública, ainda em serviço, não faria o menor sentido admitir a presença ou permanência de civis armados nos locais de votação, ou nas proximidades deles, quando mais não seja em razão do grave risco que representam para a incolumidade física dos que lá desenvolvem suas funções e dos eleitores que comparecem para votar.

Segue-se que a resposta objetiva à consulta formulada é no sentido de que, nos locais de votação e em um perímetro de 100 metros no seu entorno, não é permitido a presença de ninguém portando armas, com a exceção dos agentes das forças de seguranças desde que estejam em serviços e sejam devidamente convocados ou autorizados pela autoridade eleitoral competente”, disse Lewandowski na sessão da terça-feira, 30.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, endossou o entendimento do relator, acrescentando que o cidadão que estiver portando uma arma no local eleitoral poderá responder por crime eleitoral e por porte ilegal de armas.

Informações da Jovem Pan.