Política

Avaliação positiva do Lula 3 segue em queda, diz CNT/MDA

Lula, segue amargando a impopularidade, apesar de pressionar ministros a mostrarem serviço | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua com queda na popularidade, segundo dados da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 7.

Para 37,4% das pessoas, a gestão petista é boa ou ótima. No levantamento anterior, em janeiro, 42,7% avaliavam positivamente o governo. A diferença de 5,3 pontos porcentuais está acima da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos porcentuais. No atual levantamento, 30,5% consideram o governo ruim ou péssimo. Eram 27,9% em janeiro. A pesquisa, que está em sua 161ª, é bancada pela Confederação Nacional dos Transportes e executada pelo Instituto MDA Pesquisa. O nível de confiança é de 95%. As informações foram coletadas em 2.002 entrevistas presenciais de 1º a 5 de maio.

A aprovação do trabalho do presidente Lula também apresentou queda, mostra a pesquisa. Agora, 50,7% dos entrevistados responderam que aprovam o presidente, enquanto 43,7% disseram que desaprovam. A edição anterior do levantamento mostrou que Lula tinha 55,2% de aprovação e 39,6% de desaprovação. A pesquisa CNT/MDA também fez a comparação entre os governo de Lula e do seu antecessor e principal adversário político, Jair Bolsonaro (PL). Para 43,3%, a gestão do petista é melhor que a anterior. Os que acham pior são 32,4%.

Maioria é contra ‘saidinha’ de presos

Pesquisa CNT/MDA divulgada na terça-feira (8) mostra que 77,4% dos entrevistados são contra as saídas temporárias do sistema prisional – as chamadas “saidinhas”. Os que acham que elas devem ser mantidas são 19,8%. O Congresso aprovou em março uma restrição quase completa das “saidinhas”, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou alguns dos principais pontos do projeto. O Legislativo ainda não analisou o veto. É provável que, quando o fizer, rejeite e restitua a restrição.

A pesquisa CNT/MDA também mostrou que há mais pessimismo do que otimismo em torno da segurança pública do País. Dos entrevistados no levantamento, 29,5% disseram que a área vai piorar, enquanto 25,7% afirmaram que deve melhorar. Também foram perguntadas as estimativas sobre outros temas: Emprego – 35,7% acham que vai melhorar; 27,5% acham que vai piorar; Renda – 33,6% acham que vai melhorar; 12,3% acham que vai piorar; Saúde – 30,2% acham que vai melhorar; 28,1% acham que vai piorar; Educação – 34,9% acham que vai melhorar; 23,4% acham que vai piorar.

A pesquisa, que está em sua 161ª, é bancada pela Confederação Nacional dos Transportes e executada pelo Instituto MDA Pesquisa. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. As informações foram coletadas em 2002 entrevistas presenciais de 1º a 5 de maio.

Deu na Tribuna do Norte

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Ministro culpa “fake news” por queda na aprovação de Lula

Foto: Reprodução

O ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, relacionou a queda da popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segmento evangélico a supostas “informações falsas disseminadas em redes sociais”.

Pesquisa Genial/Quaest divulgada em 6 de março mostrou que a aprovação do trabalho do petista caiu de 54% para 51%. Também conforme o levantamento, a desaprovação é maior entre os eleitores evangélicos: 62%. Os que dizem aprovar a atuação do petista nesse segmento religioso somam 35%. Já entre o eleitorado que se declara católico, 58% dizem aprovar e 39% desaprovam a atuação de Lula. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

Na entrevista, Wellington Dias reconheceu que declarações de Lula sobre a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza podem ter influenciado na popularidade do governo. O presidente comparou, em fevereiro, a operação militar de Israel na Faixa de Gaza com o extermínio de judeus realizado por Adolf Hitler na Alemanha nazista. Em resposta, Israel declarou que Lula é “persona non grata” (que não é bem-vinda) no país.

Deu no Poder 360

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Bolsonaro faturou mais que Lula com o apoio de Anitta ao ex-presidiário

 

A declaração de apoio a Lula na corrida presidencial feita por Anitta no último dia 11, bem como as repercussões desse movimento, foram capitalizadas de maneira mais eficiente por Jair Bolsonaro e seus apoiadores do que pelo próprio petista. É o que indica um levantamento inédito feito por pesquisadores da PUC-RJ, da UFF e da UFPR com base em conteúdos publicados no TikTok, Youtube e Facebook na última semana.

A pesquisa comparou vídeos protagonizados pelos presidenciáveis nas três plataformas e turbinados em audiência por seus admiradores. Lula comemorou o suporte de Anitta e disse que precisará “aprender alguns passinhos”, numa referência ao talento dela na dança. Já o atual mandatário concedeu uma entrevista à CNN Brasil em que ironizou a artista por defender a legalização da maconha (e sugerir que levaria a proposta a Lula) e ter afirmado que ocuparia o lugar de Paulo Guedes no Ministério da Economia.

Liderando as interações, Bolsonaro conquistou 7,2 milhões de visualizações no TikTok, em sua própria conta, contra 292,4 mil de Lula — uma vantagem 25 vezes maior entre o público bolsonarista. A disparidade também foi expressiva em outros índices, sempre em desfavor de Lula e com benefícios para Bolsonaro: nas curtidas (554 mil ante 45,4 mil); nos compartilhamentos (45,6 mil contra 3 mil) e nos comentários (15,9 mil e 2,2 mil).

O mesmo aconteceu no Youtube. Um vídeo publicado pela Jovem Pan, repercutindo as falas de Bolsonaro sobre Anitta, teve 1 milhão de visualizações. Lula foi visto 95,7 mil vezes ao falar da cantora em seu canal na plataforma. Bolsonaristas deixaram 86 mil curtidas e 5,4 mil comentários. Lulistas conseguiram 5,3 mil “likes” e mil mensagens.

No Facebook, o efeito foi semelhante, com menor diferença entre os dois grupos. Um trecho dos comentários de Bolsonaro, publicado pelo deputado federal Nelson Barbudo (PL-MT), teve 481 mil visualizações e 20 mil comentários. Na página oficial de Lula, a “aliança” com Anitta teve 403 mil views e 11 mil mensagens dos usuários.

O levantamento é assinado por Marcelo Alves (professor do Departamento de Comunicação da PUC-RJ); Luiza Mello (doutoranda em Comunicação pela UFF) e Djiovanni Marioto (doutorando em Ciência Política pela UFPR).

Deu no Terra Brasil Notícias