Polícia

SETH: Operação prende criminosos que se passavam por policiais civis

Policiais civis da Delegacia Municipal (DM) de Macaíba deram continuidade, nesta segunda-feira (27), à Operação “SETH”, com o objetivo de investigar e desarticular a ação de grupos criminosos armados que têm atuado na cidade de Macaíba e circunvizinhas, praticando crimes como homicídios e roubos nas propriedades rurais, além de outras violências nas áreas urbanas, em alguns casos se passando por agentes de segurança pública.

Nesta segunda fase, em ação conjunta com apoio da Força-Tarefa do Ministério da Justiça (FT NUDEM Mossoró/RN – SEOPI) e o 11º Batalhão de Polícia Militar, ocorrida na Comunidade Rio da Prata, zona rural de São Gonçalo do Amarante, foram cumpridos mandados de prisão em desfavor de João Belarmino de Souza Filho, 51 anos, e seu filho Hiago Filipi Morais Souza, 29 anos, que já se encontrava recluso no sistema prisional, em decorrência da prisão durante a primeira fase da operação.

Segundo as investigações, os suspeitos são apontados como chefes de um grupo armado que presta serviço de segurança privada nas propriedades rurais e urbanas nas cidades de Macaíba e São Gonçalo do Amarante, mas a suspeita da prática ilícita não se restringe à irregularidade da prestação do serviço e do crime de porte ilegal de arma de fogo. Eles são suspeitos também pela autoria de crimes de maior relevância como homicídios, em Macaíba.

Ainda durante as investigações, foi possível comprovar que os suspeitos  estavam se apresentando como policiais civis para realizarem a invasão em uma residência e, em seguida, cometerem diversos crimes. Hiago Filipi já havia sido preso outras três vezes, sendo duas por porte ilegal de arma de fogo e uma em decorrência de violência doméstica contra mulher.

Já seu pai, João Belarmino, servidor público, é investigado por possível crime de lesão corporal seguida de morte, em Ceará-Mirim, durante uma ocorrência de som alto, em julho deste ano, tendo a vítima ido a óbito devido às lesões causadas pelo suspeito. Além disso, João Belarmino está com porte e posse de arma de fogo suspenso por decisão judicial devido a um caso de violência doméstica. Durante a ação, ele estava em posse de uma arma de fogo e munições.

João Berlamino foi conduzido até a delegacia para autuação em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e por descumprimento de medidas protetivas e, em seguida, foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

A Polícia Civil solicita que as vítimas que reconhecem o suspeito como autor de crimes procurem a Delegacia Municipal de Macaíba, o mais breve possível, ou entrem em contato, de forma anônima, pelo Disque Denúncia 181 ou pelo número da DM de Macaíba (84) 98114-4042, por meio do aplicativo WhatsApp.

Operação “SETH”

O nome da operação remete à mitologia egípcia, na qual SETH é apontado como o deus da confusão, da desordem e da perturbação, tendo como características a fúria, a crueldade, o sofrimento e outras negatividades. Os possíveis crimes praticados por esses grupos investigados, embora alguns deles se intitulem como “justiceiros”, podem ter tido motivações como “ciúmes”, “discussões banais”, “domínio de territórios”, “queima de arquivos” e outras vaidades, provocando desassossego social.

Polícia

Caso do Topless em Gostoso: Dona da casa denúncia policiais por invasão

O caso aconteceu no dia 7 de setembro, após um vizinho, que também teria invadido o local, chamar a Polícia Civil e denunciar as três mulheres que tomavam sol na piscina sem a parte de cima do biquíni – prática conhecida como topless.

O fato gerou repercussão nas redes sociais, após o relato publicado pela produtora audiovisual Marana Torrezani, de 35 anos, que estava no imóvel. Ela registrou o caso na Ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed), que abriu uma investigação.

De acordo com o ouvidor-geral, Dimitri Sinedino, foram determinadas diligências para identificação dos agentes públicos envolvidos e para saber como ocorreu a suposta invasão. Em seguida, o caso deverá ser encaminhado à Corregedoria, para abertura de um processo administrativo. Caso a violação seja confirmada, os agentes poderão ser punidos.

“O que a gente não vai deixar é sem apuração. Esse é o tipo de situação que não pode se repetir com absolutamente nenhum cidadão, na casa de ninguém. A constituição já fala que o domicílio é inviolável a não ser em casos de flagrante, o que a gente não entende que seja o caso”, pontuou.

Segundo a Polícia Civil, nenhum boletim de ocorrência foi registrado.

“A Polícia Civil do Rio Grande do Norte informa que, no dia 7 de setembro, a equipe da Delegacia Móvel instalada em São Miguel do Gostoso foi acionada para uma ocorrência em que ocupantes de um imóvel vizinho ao denunciante estavam despidos na área da piscina de uma casa, o que podia ser visualizado do primeiro andar do denunciante. O noticiante informava que dois homens encontravam-se nus em uma propriedade privada, contudo, como o espaço era aberto, a vizinhança podia visualizá-los, ocasião que solicitaram apoio à Polícia. Após comparecimento dos policias, os ocupantes do imóvel atenderam ao pedido da equipe, sendo a ocorrência resolvida no local”, informou em nota.

Sobre a suposta invasão, a Polícia Civil disse que, quando for oficializada denúncia, irá “apurar a conduta de todos. Todavia até a presente data, nada chegou até a Polícia Civil formalmente”.

Invasão

 

Marana Torrezani contou ao G1 que passava o feriado no município turístico, hospedada em outra casa, mas que estava tomando banho na piscina de amigos quando tudo aconteceu. De acordo com ela, as três amigas estavam tomando banho sem a parte de cima dos biquínis, quando um vizinho que mora na casa da frente – a única com mais de um andar nas redondezas – entrou na casa.

“Já o vimos na área da piscina. Pegou a gente dentro da água. Não sei como ele entrou, acho que o portão não estava trancado. Já apareceu xingando, dizendo que a gente estava fazendo pornografia. As outras meninas correram para se cobrir e eu fiquei de dentro da piscina discutindo com ele, dizendo que ele não poderia entrar assim em uma propriedade privada”, contou.

Segundo ela, apenas uma janela da casa do homem permite a vista do terreno do imóvel onde elas estavam e o grupo não imaginou que houvesse alguém olhando.

Nenhuma das três mulheres eram moradoras da casa. A produtora relatou que, após a invasão, elas contaram o caso para o morador do imóvel, que chegou da rua, e para a outra moradora, que estava dormindo e acordou com a discussão. No entanto, voltaram para a piscina com a dona da casa. Uma das três que estavam inicialmente saiu e não voltou mais para a piscina, por medo.

Cerca de uma hora e meia depois, três agentes da Polícia Civil – dois homens e uma mulher – arrombaram o portão da casa e agiram com brutalidade, segundo Marana. De acordo com ela, eles invadiram inclusive o banheiro onde estaria a primeira mulher que saiu da piscina, mais cedo.

“Gritavam, um deles ameaçou atirar pra cima, prender, mostrou a algema para mim, disse que ia levar a gente para a delegacia. Empurraram nosso amigo, que caiu no chão. Ficamos tentando apaziguar o tempo todo”, afirmou.

Marana contou que não esperava passar por uma experiência como essa no feriado.

“Quando o vizinho invadiu e agrediu a gente verbalmente, eu mesma falei: ‘então chama a polícia’. Porque na minha cabeça a polícia jamais iria reagir dessa forma nesse tipo de ocorrência. Iria bater no portão e perguntar o que estava acontecendo, iria apaziguar os ânimos. Jamais imaginei que seriam tão agressivos com a gente”, acrescentou.

Informações do G1

 

Polícia

Polícia encontra fábrica de artefatos nazistas em SC

A Polícia Civil localizou na quinta-feira, 2, em Timbó, no Médio Vale do Itajaí, uma pequena “fábrica” de artefatos nazistas. No local havia moldes para produção de bustos de Hitler e suásticas, além de uma série de objetos já finalizados e prontos para venda, com referências ao nazismo – de pôster a canecas.

A polícia encontrou, ainda, material que parece ter sido usado para fabricação de munições. A “fábrica” havia sido montada em dois contêineres que pertencem a um homem de 44 anos, investigado por vender objetos nazistas em um site na internet. As buscas foram autorizadas pela Justiça.

Em junho, o Ministério Público instaurou um inquérito para apurar a venda ilegal de objetos nazistas no site de artefatos militares que era mantido pelo homem. O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça Alexandre Daura Serratine, da 2ª Promotoria de Justiça da comarca de Timbó. Numa rápida busca, a coluna localizou busto de Adolph Hitler, réplica de capacetes usados por soldados alemães na 2ª Guerra Mundial e de armas que eram usadas pelas tropas nazistas, como o fuzil Mauser K98. Também havia canecas com referência à Panzer Division e à Luftwaffe.

O homem não foi localizado, a informação que chegou à polícia é que ele teria viajado em férias para Portugal. O delegado encaminhará os achados na operação ao Ministério Público e pode pedir apoio a organizações policiais internacionais, como a Interpol, para localizá-lo.

Os materiais recolhidos durante o cumprimento de mandado foram encaminhados à perícia. A incitação ao nazismo é citada na lei federal 7.716/1989, que trata sobre preconceito. A legislação fala especificamente sobre nazismo no Artigo 20, em que trata sobre “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. É considerado crime “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo. A pena prevista é multa, além de dois a cinco anos de prisão.

 

Fonte: NSC Total