Notícias

Exército pagará R$ 4 milhões de penduricalho para generais mudarem de cidade

 

O Comando do Exército tomou a decisão de destinar R$ 4 milhões como ajuda de custo para 50 generais que passarão por mudança de cidade. Esse benefício, na prática, funciona como um acréscimo salarial para os militares de alta patente.

Os valores variam de R$ 12,4 mil a R$ 151,1 mil por general, com uma média de R$ 81,5 mil para cada um. Além dessa ajuda de custo, o Exército ainda fornece verba extra ou contrata caminhões para transporte dos pertences pessoais dos militares, fora do âmbito dessa assistência financeira.

Embora seja designado como ajuda de custo, o recurso não é calculado com base nas despesas reais relacionadas à mudança de local de trabalho, sendo determinado apenas pelo salário. Isso, na prática, eleva as remunerações no topo da carreira militar, gerando rixas entre oficiais e praças.

A última movimentação dos generais foi decidida em reunião do Alto Comando do Exército no final de outubro, quando 71 generais trocaram de cidade. De acordo com uma pesquisa da Folha de S.Paulo, 50 desses militares receberão recursos, enquanto outros 19 não terão direito por permanecerem na mesma localidade.

Notícias

Penduricalho salvo por Toffoli gerou os ‘marajás’

 

A decisão chocante do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), de anular acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) para ordenar o pagamento de quase R$1 bilhão a juízes, com previsão de até R$2 milhões aos magistrados, restabelece em definitivo a figura muito execrada do “quinquênio”, bônus pago a cada cinco anos de trabalho, que viabilizou o surgimento dos “marajás” do serviço público.

Os quinquênios são cumulativos, até multiplica ganhos mensais, mas, em drible malandro no teto de gastos, não são considerados salário.

O acúmulo de triênios, quinquênios e decênios obrigou Alagoas, nos anos 1980/90, a pagar a “marajás” salários equivalentes a 40 mil dólares.

O quinquênio de Toffoli foi extinto em 2006, mas o Conselho de Justiça Federal o restabeleceu e retroativamente, vitimando quem paga imposto.

Deu no Diário do Poder

Notícias

STF faz maioria para derrubar penduricalho histórico de procuradores e promotores

stf faz maioria para derrubar penduricalho historico procuradores promotores

 

O Supremo Tribunal Federal deu início aos trabalhos do Plenário Virtual no recesso judiciário formando maioria para derrubar um penduricalho do Ministério Público – os chamados ‘quinto’, ‘décimo’ e ‘opção’ pagos a integrantes do órgão. Os termos se referem a ‘vantagens pessoais’ cedidas àqueles que exerceram cargos de direção, chefia ou assessoramento em algum momento da carreira, sendo que eles seguiram recebendo tais vencimentos mesmo após deixarem tais funções.

O entendimento dos ministros do STF contraria interesses e apelos das principais entidades dos procuradores e também do Conselho Nacional do Ministério Público, o ‘Conselhão’. E sinaliza o destravamento de uma discussão no Tribunal de Contas da União que pode resultar em ordem para que procuradores e promotores devolvam valores aos cofres públicos. Mas a classe já ensaia uma contraofensiva no Supremo.

A ação que o Supremo analisa durante este recesso judiciário de 2023 chegou à Corte máxima há 17 anos. Ela foi subscrita pela Advocacia-Geral da União e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao final de seu primeiro mandato, em dezembro de 2006. Na ocasião, a AGU era chefiada por Álvaro Augusto Ribeiro Costa.

No centro da ação está uma resolução do Conselhão editada em julho daquele ano. A norma contestada permitiu que os integrantes mais antigos do MP recebessem, além dos subsídios, valores referentes a funções de chefia que exerceram em alguma etapa da carreira.

Atualmente só é permitido que eles recebam o adicional enquanto ocupem cargos de direção, chefia ou assessoramento. Anteriormente esse valor extra era incorporado ao contracheque – e é esse o ponto central da ação que se arrasta no STF.

O caso foi inicialmente encaminhado para o gabinete do então ministro Joaquim Barbosa, em meio ao recesso de fim de ano – aquele 2006.

Depois, o processo – à época em versão física apenas -, passou por um périplo na Corte máxima até chegar ao gabinete da então presidente Ellen Gracie. Em razão da ‘relevância’ do tema, a ministra deixou de apreciar o pedido liminar – mantendo os repasses até uma decisão de mérito da Corte – e encaminhou o caso para análise direta do Plenário.

A ação, no entanto, só começou a ser julgada em novembro do ano passado, 16 anos depois de ser protocolada. A análise foi suspensa em duas ocasiões, por pedidos de vista dos ministros Luiz Fux e Dias Toffoli. Agora, o processo ficará em julgamento durante todo o recesso judiciário.

A sessão virtual de análise do tema só encerrará depois de o Supremo retomar os trabalhos, em agosto. O término do julgamento está marcado para o dia 7 daquele mês.

Deu no Estadão