Guerra

Netanyahu autoriza nova rodada de negociações para discutir trégua em Gaza

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou nesta sexta-feira (29) uma nova rodada de negociações visando uma trégua na Faixa de Gaza, cercada e bombardeada há quase seis meses por Israel e onde a população está à beira da fome. “Benjamin Netanyahu teve uma reunião com o diretor do Mossad (serviço secreto estrangeiro) e com o diretor do Shin Bet (inteligência interna). Ele autorizou uma nova rodada de negociações nos próximos dias em Doha e no Cairo (…) para avançar”, afirmou seu gabinete em um comunicado. Nos últimos meses ocorreram várias rodadas de negociações, lideradas pelo Egito, Catar e Estados Unidos, para conseguir uma trégua na guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, mas sem resultados. Desde o início do conflito, apenas uma trégua de uma semana foi observada no final de novembro. A pausa permitiu a libertação de mais de 100 reféns, sequestrados durante o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel, por detentos palestinos.

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Em cúpula no Egito, Brasil condena Hamas, mas cobra Israel

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, condenou os “ataques terroristas perpetrados pelo Hamas”, mas cobrou que Israel respeite os direitos humanos internacionais, em discurso durante a Cúpula pela Paz no Cairo, neste sábado (21).

– O governo brasileiro rejeita e condena inequivocamente os ataques terroristas perpetrados pelo Hamas em Israel no dia 7 de outubro, bem como a tomada de reféns civis. Cidadãos brasileiros estão entre as vítimas, três deles foram assassinados em Israel – disse Vieira, tentanto mudar um poico de lado o tom apaziguador que vem sendo adotado pelo governo brasileiro.

– Israel, como potência ocupante, tem responsabilidades específicas no âmbito dos direitos humanos internacionais e do direito humanitário – disse ainda sobre a crise humanitária.

Mauro Vieira ressaltou que há três brasileiros entre as vítimas e que outros cidadãos do país ainda aguardam serem evacuados de Gaza. ele também falou em “paralisia” do Conselho de Segurança da ONU.

– Sugiro que continuemos essa conversa, no mais alto nível possível, na tentativa de continuar buscando consenso para ação imediata. A paralisia do Conselho de Segurança está tendo consequências prejudiciais para a segurança e a vida de milhões de pessoas. Isto não é do interesse da comunidade internacional.

O encontro no Cairo deve terminar ainda neste sábado. Além do Brasil, participam também o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas e o rei Abdullah da Jordânia, além de representantes da China, Rússia, França, Reino Unido, Catar, África do Sul, da União Europeia e da ONU, somando mais de 30 países presentes.

Deu no Estadão

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Papa Francisco pede paz e condena violência contra mulher na mensagem de ano novo

 

Em sua tradicional mensagem de Ano Novo, o Papa Francisco aconselhou o mundo a “arregaçar as mangas” pela paz e pediu aos fiéis que sejam positivos e trabalhem para construir uma sociedade melhor. No 55º Dia Mundial da Paz, o pontífice dedicou seu discurso para encorajar o fim da violência e disse à multidão reunida na Praça de São Pedro no sábado, 1, para manter a paz em seus pensamentos. “Vamos voltar para casa pensando em paz, paz, paz. Precisamos de paz”, enfatizou o religioso após a oração do Angelus. Sob um céu ensolarado, Francisco lembrou aos fiéis que a paz exige “gestos concretos”, como perdoar os outros e promover a justiça.

Mais cedo, durante a missa na Basílica de São Pedro em homenagem à Virgem Maria, Francisco fez uma homilia na qual chamou a violência contra as mulheres um insulto a Deus. “Quanta violência existe contra a mulher! Chega! Machucar uma mulher é ultrajar a Deus, que tirou a humanidade de uma mulher”, disse. Francisco dedicou a sua homilia às mulheres e mães, e disse que são elas que “conseguem manter juntos o sonho e o concreto, evitando desvios do pragmatismo asséptico e da abstração”. As mães, continuou, “sabem como manter unidos os fios da vida” e, portanto, são essenciais no mundo de hoje, pois são “capazes de tecer fios de comunhão, que se contrapõem aos arames farpados das divisões, que são tantos”.

Deu na Jovem Pan