Polícia, Política

“Desrespeito ao parlamento”: oposição critica operação da PF contra Ramagem

Parlamentares da oposição criticam segunda operação contra um deputado em uma semana na Câmara.| Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

 

A operação deflagrada nesta quinta (25) contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) está sendo criticada pela oposição por, mais uma vez, mirar um parlamentar atuante no Congresso e que é aliado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ação contra o carioca ocorre uma semana depois de outro deputado, Carlos Jordy (PL-RJ), ser alvo da Polícia Federal.

O gabinete de Ramagem na Câmara dos Deputados foi alvo de mandados de busca e apreensão nas primeiras horas do dia, em uma investigação que apura um grupo que supostamente atuava dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente pessoas como políticos e juízes através de celulares e tablets sem autorização judicial.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, considerou a operação como uma “perseguição por causa do Bolsonaro” e uma “falta de autoridade do Congresso Nacional”, em que “Rodrigo Pacheco deveria reagir e tomar providências”.

“Isso é pura perseguição e pode acabar elegendo o Ramagem com mais facilidade no Rio de Janeiro”, disse.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) considerou como um “total desrespeito ao parlamento” a operação contra o deputado, ressaltando o cumprimento de mandados no apartamento funcional e no gabinete de Ramagem na Câmara.

Já o senador Magno Malta (PL-ES) afirma que está havendo uma “perseguição política” contra Ramagem. “Perseguição política implacável contra Delegado Ramagem e sua família. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará”, afirmou.
“Está tendo um excesso de poder. […] Estamos fazendo um manifesto para que a gente possa barrar algumas atitudes que estão acontecendo com parlamentares principalmente do PL. Acho um ato abusivo o que está acontecendo, os parlamentares têm as suas prerrogativas, está havendo um tipo de perseguição”, completou o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP).

O deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS) diz que a PF “vem sendo utilizada para perseguir opositores do regime”, citando os casos de Ramagem e Jordy e afirmando que ambos são pré-candidatos às prefeituras de duas cidades importantes, como Rio de Janeiro e Niterói (RJ).

“Nesta democracia relativa que vivemos não há dúvidas que em breve teremos parlamentares oposicionistas presos, cassados e sabe-se-lá mais o que pode acontecer”, completou.

Ramagem ainda não se pronunciou sobre a operação desta quinta (25). No entanto, durante a execução da ação que deu origem a essa, a Última Milha em outubro do ano passado, ele negou envolvimento no esquema e disse que determinou uma auditoria formal em todos os contratos ao assumir o cargo de diretor da Abin em 2019. Na época, a análise levou a um pedido de correição na Corregedoria-Geral da agência e serviu como base da operação deflagrada pela PF.

De acordo com as investigações, um grupo de servidores da Abin monitorava ilegalmente celulares e tablets de servidores públicos, políticos, juízes, entre outros, utilizando o software FirstMile, comprado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) no final do mandato e utilizado até o terceiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL).
A Abin informou que o programa deixou de ser utilizado em maio de 2021 e que atendeu a todas as solicitações feitas pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Entenda o caso

Ramagem e agentes da Polícia Federal são alvos de uma operação da PF deflagrada na manhã desta quinta (24) contra um grupo que, segundo as investigações, atuava dentro da (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas.

A operação Vigilância Aproximada é um desdobramento da ação Última Milha, desencadeada em outubro do ano passado para apurar o uso de ferramentas de geolocalização de celulares e tablets para monitorar políticos, juízes, entre outras pessoas, sem autorização judicial.

O gabinete de Ramagem na Câmara dos Deputados e o apartamento funcional dele são alvos de buscas da PF. A Gazeta do Povo tenta contato com o deputado e com a Abin para comentar a nova investigação.

A PF chegou ao gabinete de Ramagem na Câmara por volta das 6h30 para as buscas e está sendo acompanhada pela Polícia Legislativa.

Ao todo são cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro.

Ramagem foi o diretor-geral da Abin no governo Bolsonaro. Ele também já atuou como delegado da Polícia Federal. O parlamentar é pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais deste ano.

Na época da operação Última Milha, Ramagem disse que determinou uma auditoria formal em todos os contratos ao assumir o cargo em 2019 e que a análise levou a um pedido de correição na Corregedoria-Geral da Abin, e que a ação da PF foi resultado do “trabalho de austeridade promovido na nossa gestão”.

“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época [da operação Última Milha] indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, disse a corporação em nota.

Na época, a PF prendeu dois servidores da Abin e afastou o “número 3” da agência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, por envolvimento no esquema de rastreio irregular de celulares.

A investigação apontou que o monitoramento era feito através de um software israelense chamado FirstMile comprado pelo governo e que utilizava dados de GPS para monitorar irregularmente a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e juízes.

Deu na Gazeta do Povo

Polícia

Irmão do governador do Rio Cláudio Castro é alvo de operação da PF

 

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20) uma operação para investigar suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro em programas sociais do Rio de Janeiro. Um dos alvos é Vinícius Sarciá Rocha, o irmão de Claudio Castro, governador do estado.

De acordo com a PF, os crimes envolveram a execução dos projetos Novo Olhar, Rio Cidadão, Agente Social e Qualimóvel, entre os anos de 2017 e 2020.

Havia, segundo as investigações, desvio de verbas públicas e o pagamento de propina aos envolvidos, com valores entre 5% e 25% do total dos contratos na área de assistência social, os quais totalizam mais de R$ 70 milhões.. Segundo a PF, além de envolver o pagamento de propina nos contratos, os investigados direcionavam os projetos para seus redutos eleitorais.
A PF não informou se as fraudes eram realizadas na prefeitura do Rio ou no governo do estado e destacou que as investigações seguem em sigilo.

Deu no DP

Polícia

PF faz operação no RN e em 13 estados que investiga fraudes bancárias de mais de R$ 18 milhões

Foto: Reprodução

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), uma operação para coibir a ação de “laranjas”, pessoas que cedem contas bancárias para receber dinheiro proveniente de ações criminosas. Os agentes começaram a cumprir 43 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal e em 13 estados.

A operação ganhou o nome de “Não Seja um Laranja” e, segundo a PF, “o montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18,2 milhões“. A ação conta com apoio e participação das polícias civis do Distrito Federal, Pará e São Paulo.

Os estados estão sendo cumpridos em:

Bahia
Distrito Federal
Goiás
Maranhão
Minas Gerais
Mato Grosso
Pará
Paraíba
Piauí
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Santa Catarina
São Paulo

Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.

A Polícia Federal afirma que, nos últimos anos, detectou um “aumento considerável” na participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos “emprestam” as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro ilícito.

Segundo a PF, a participação dessas pessoas “possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos”. No Distrito Federal, 32 policiais civis e federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da operação, nesta terça, nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas.

Segundo a Polícia Civil, a ação ocorreu nas casas de pessoas que cederam contas para esquemas criminosos, e receberam, ao todo R$ 300 mil, de fraudes cometidas contra moradores de Minas Gerais e Pernambuco.

Durante as buscas, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos bancários, aparelhos celulares e computadores. Na capital, a operação foi coordenada pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Polícia Civil.

Com informações do G1

Polícia

Lula diz que foi avisado sobre operação da PF que mirou irmão em 2007

Lula

 

O ex-presidente Lula revelou que, em 2007, foi informado com antecedência sobre uma ação que a Polícia Federal (PF) faria na residência de seu irmão, Genival Inácio da Silva, conhecido como Vavá. A fala ocorreu durante uma entrevista a uma rádio do interior de São Paulo, Lula falava sobre a liberdade da PF para atuar durante as gestões petistas, o que acabou culminando na revelação de escândalos como o Mensalão e a Lava Jato. “No nosso governo a PF foi na casa do meu irmão, fiquei sabendo 12 horas antes, porque eu estava na Índia e tinha um fuso horário e eu falei: ‘Se a PF quer ir lá, que vá! Que investigue e depois peça desculpas’”.

As buscas citadas por Lula fazem parte de uma operação da PF denominada Cheque Mate, que visava a investigação de exploração por meio de máquinas caça-níqueis e também jogos de azar. A suspeita era de que Vavá pedia propina a empresários que participavam desse esquema. Na ocasião, a PF apreendeu documentos e telefones foram grampeados durante as investigações. Por falta de provas, o irmão de Lula acabou não sendo denunciado. Vavá faleceu em 2019, vítima de um câncer no pulmão, aos 79 anos.

Deu na JP News

Polícia

Governador do Tocantins é alvo de operação da Polícia Federal

Foto: Polícia Federal

O governador do Tocantins, Mauro Carlesse (PSL), é alvo de mandado de busca e apreensão de uma operação deflagrada hoje pela PF (Polícia Federal) no estado.

A operação foi determinada a pedido do ministro relator Mauro Campbell do STJ (Superior Tribunal de Justiça). Segundo apurou a reportagem do UOL, o governador será afastado por seis meses do cargo em razão da suposta obstrução de investigações e pagamento de propina.

De acordo com o STJ, as operações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal visam desarticular um grupo que tentava obstruir investigações que apuram irregularidades na cúpula do governo do estado.

Deu no Uol

Polícia

Pagamento de empresa investigada em operação da PF é suspenso pela SESAP

Foto: Divulgação

A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) determinou a suspensão dos pagamentos à empresa M.A. Engenharia Clínica e Hospitalar, alvo de operação da Polícia Federal, na última terça (25), por suspeita de corrupção e peculato. A informação foi dada pelo controlador-geral do Estado em entrevista à Tribuna do Norte.

Segundo o controlador, será iniciada uma auditoria nos contratos firmados com a empresa. A Controladoria irá também requisitar a abertura de uma Comissão Especial de Apuração “para analisar os atos praticados pelos servidores afastados dos cargos em comissão por determinação judicial”. A Sesap avalia encerrar definitivamente o vínculo com a M.A. Engenharia Clínica.

A Controladoria-Geral da União (CGU), que participou nesta quarta-feira (25/08) da Operação Lectus, em parceria com a Polícia Federal (PF) e a Receita Federal, informou que levantamentos indicaram que a empresa contratada pela Sesap não tinha experiência em implantação de leitos de UTI, bem como não apresentava estrutura econômica e financeira nem capacidade técnica para dar suporte à vultosa contratação.

Ainda segundo a CGU, a empresa se valia de equipamentos e materiais da própria Secretaria Estadual de Saúde, além de não disponibilizar todos os profissionais previstos no contrato.

As contratações previam o fornecimento de equipamentos, acessórios e parte de pessoal técnico (enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas), para implantação, no ano de 2020, de 10 leitos de UTI no Hospital Central Coronel Pedro Germano da PM e, no ano de 2021, de 40 leitos no Hospital Dr. João Machado, em Natal (RN).  Os dois contratos totalizaram o montante de R$ 13,5 milhões.

Também foi constatado que houve facilitação para a contratação da empresa e manutenção dos contratos, por interferência direta de agentes públicos da SESAP, que se valiam dos privilégios e liberdades dos seus ofícios para favorecer a empresa contratada, de acordo com a CGU.

O prejuízo causado aos cofres públicos ainda está sendo apurado, tendo em vista que o contrato da prestação de serviços no Hospital Dr. João Machado se encontra em execução, mas poderá chegar a R$ 4 milhões.

INVESTIGAÇÃO

O objetivo da Operação Lectus foi apurar irregularidades na contratação, pela Secretaria de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP), de empresa para implantação de leitos de UTI no Hospital Central Coronel Pedro Germano da PM e no Hospital Dr. João Machado, em Natal (RN).

A investigação, iniciada a partir do monitoramento dos gastos com o combate à Covid-19, aponta para irregularidades ocorridas na implantação de 50 leitos de UTI, contratados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, para o atendimento aos pacientes infectados pelo novo coronavírus na sua rede Hospitalar.

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte recebeu mais de R$ 498 milhões em 2020 do Fundo Nacional de Saúde (FNS). Desse valor, R$ 148,2 milhões foram destinados para as ações de prevenção e combate ao coronavírus. A má aplicação desses recursos dificulta ainda mais o enfrentamento da pandemia, uma vez que diminui o já escasso orçamento público necessário para as ações de saúde necessárias para o bom atendimento às vítimas de Covid-19.

Diligências

A Operação Lectus cumpriu 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal (RN), Mossoró (RN), Bayeux (PB) e João Pessoa (PB), além do afastamento das funções públicas de duas servidoras da SESAP. O trabalho contou com a participação de sete auditores da CGU e de cerca de 50 policiais federais.

Fonte: Portal Grande Ponto