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Lula desaba no Nordeste e pesquisas apontam declínio fora da margem de erro e acima de 10 pontos; veja os números

Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em seu terceiro mandato à frente do Palácio do Planalto, está enfrentando uma de suas piores fases políticas. Apesar de ocupar a cadeira máxima do Executivo nacional, o líder petista testemunha uma queda vertiginosa em sua força eleitoral em todo o país.

Agora, além de uma ampla perda de capital político nas quatro regiões do país – Norte, Sul, Sudeste e Centro-Oeste -, o petista também está perdendo apoio no Nordeste, seu tradicional reduto. Nem mesmo nos piores pesadelos do Partido dos Trabalhadores este cenário poderia ser imaginado, especialmente com o amplo apoio que Lula tem recebido da grande imprensa, que tem contribuído para manter sua imagem polida perante parte da sociedade alcançada pelas mídias convencionais.

Ainda assim, o cenário não é nada promissor. A frequente ida de Lula ao Nordeste indica que o lulopetismo está se preparando para enfrentar uma longa zona de turbulência. Nenhuma outra parte do país tem recebido tanta atenção do Planalto quanto o Nordeste, com visitas frequentes do líder esquerdista.

Até mesmo os mais otimistas no núcleo de Lula estão sendo enfáticos em reuniões internas com lideranças: a rachadura na grande muralha vermelha está ocorrendo em todos os estados brasileiros, sem exceção, e agora o Nordeste se acentua em rejeição e, se continuar acelerando em pessimismo, pode até mesmo se juntar às outras quatro regiões do país, onde a reprovação a Lula já é líder absoluta.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, pesquisas recentes de três institutos consolidados mostram que a aprovação ao terceiro mandato do petista recuou mais de dez pontos no Nordeste. Além desses números, outras sondagens também indicam que a erosão desse apoio avançou rapidamente nas três maiores cidades da região: Fortaleza, Salvador e Recife. Na capital cearense, a insatisfação com o governo aumentou 17 pontos em um ano, segundo o Paraná Pesquisas.

A aprovação de Lula no Nordeste caiu mais de dez pontos percentuais em três grandes levantamentos: Paraná Pesquisas, Ipec e Atlas/Intel. No Paraná Pesquisas, as avaliações ‘Ótimo/Bom’ caíram de 49,3% para 39%, enquanto as ‘Ruim/Péssimo’ saltaram de 23,6% para 30,5%.

No Ipec, os números também seguem a mesma tendência, com as respostas ‘Ótimo/Bom’ despencando de 53% para 43%, enquanto as ‘Ruim/Péssimo’ aumentaram de 13% para 19%.

Já na Atlas/Intel, o impacto também é de cerca de 10 pontos, com as avaliações ‘Ótimo/Bom’ caindo de 57,9% para 46,9%, enquanto as ’Ruim/Péssimo’ tiveram um leve aumento, avançando de 26,6% para 27%, mas destacando-se o aumento na avaliação ‘Regular’, que cresceu de 12,8% para 20,7%.

Deu no Conexão Política

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RN inicia o ano letivo atrasado em comparação com outros estados do Nordeste

 

Última rede estadual de ensino do Nordeste a iniciar as aulas do ano letivo de 2024, o Rio Grande do Norte retomou o ano letivo, nesta segunda-feira (4), em 586 escolas distribuídas nos 167 municípios do estado. A Secretaria Estadual de Educação (SEEC) apontou que o “atraso” no calendário se deu em razão da greve dos professores realizada no ano passado para implantação do reajuste do piso salarial.

Entretanto, outros estados nordestinos como Maranhão, Bahia e Alagoas também passaram por greves no ano anterior, e retomaram o ano letivo antes do RN.

Fernando Francelino, diretor da Escola Estadual Winston Churchill, ressalta que apesar do início tardio das aulas, as expectativas para o ano letivo são as melhores. O gestor pondera que o calendário ofertado atende a Lei de Diretrizes Básicas da Educação, que estabelece a carga horária mínima anual de 200 dias letivos no ano. “Apesar do início ser em março esse ano, muito por decorrência do que ocorreu no ano anterior, da questão da greve, mas não é a primeira vez que o ano começa em março.”, explica Fernando.

Segunda menor média de horas-aula no Nordeste

De acordo com o Censo Escolar 2023, do Ministério da Educação, o Rio Grande do Norte tem o segundo menor número de aulas diárias do Nordeste, com média de 5,2 horas-aula por dia no ensino médio. No Brasil, o RN é o 20º colocado do ranking. A média do ensino fundamental também é baixa, com 4,9 horas-aula, sendo o penúltimo no Nordeste e o 20º do país.

Fonte: Tribuna do Norte

Cidade, Tempo

Interior do RN tem virada de ano com chuva; veja

 

A chegada do ano de 2024 foi marcada por chuvas no interior do Rio Grande do Norte. De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), há mais de 30 estações registraram chuvas entre 31/12/2023 e 01/01/2024, em Mossoró, Pau dos Ferros, Currais Novos e Parnamirim. Confira lista abaixo:

O maior volume de chuva registrado foi no Oeste potiguar. A cidade de Rafael Fernandes teve 100mm de precipitação na virada. Em Francisco Dantas, foram 81mm de chuva. Já em Pau dos Ferros, choveu 67mm. O município de Doutor Severiano, na Serra de São Miguel, registrou 80mm. E em Campo Grande e Taboleiro Grande, foram 79 mm e 77mm, respectivamente.

Ainda no Oeste do RN, teve chuva em Mossoró (9.5mm), Severiano Melo (85mm), Triunfo Potiguar (57mm), Caraúbas (53mm), Água Nova (70mm), Encanto (62mm), São Rafael (42mm), Riacho de Santana (30mm), Alexandria (28mm) e Venha Ver (15mm). Na Chapada do Apodi, também teve chuva em Felipe Guerra.

No Agreste, foram registradas chuvas em Jandaíra, Campo Redondo, Coronel Ezequiel, Japi e Lagoa de Velhos.

Já na região Central do Estado, houve precipitação em Serra Negra do Norte, Timbaúba dos Batistas, Acari, Cruzeta, Currais Novos, Parelhas e Lagoa Nova.

No Leste, teve chuva em Parnamirim, Goianinha, Pedro Velho e Nísia Floresta.

Deu na Tribuna do Norte

Notícias

RN volta a ter gasolina mais cara do Nordeste

 

O Rio Grande do Norte tem o preço médio de R$ 5,92 para o litro da gasolina comum. O valor é o mais alto entre os nove estados do Nordeste e o 4º mais caro em todo o país, ficando atrás somente de estados do Norte do Brasil. Os dados são os mais recentes publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Pela pesquisa, o Rio Grande do Norte fica bem próximo ao valor cobrado, em média, pela gasolina comum, que é de R$ 5,91. Na vizinha Paraíba, a média é de R$ 5,50, enquanto o preço de Pernambuco fica em R$ 5,29. Sergipe e Piauí têm os preços mais baixos do Brasil, com médias de R$ 5,23 e R$ 5,26, respectivamente.

Entre os valores mais altos, o Acre lidera, com preço médio por litro de R$ 6,75, seguido por Amazonas (R$ 6,48) e Rondônia (R$ 6,43).

No levantamento realizado entre as capitais, a menor média do país é em São Luís (MA), com R$ 5,00, seguido por Recife (PE), com R$ 5,12, e Aracaju (SE), com R$ 5,21. No Nordeste, somente Fortaleza (R$ 5,97) tem preço mais alto do que Natal, que apresentou média de R$ 5,96 por litro de gasolina comum.

No Brasil, o maior valor entre as capitais está em Rio Branco (AC), com R$ 6,62, seguido por Porto Velho (RO), com R$ 6,48, e Manaus (AM), que teve preço médio de R$ 6,45.

Mudanças

No início de dezembro, Natal figurava com o 3º menor preço médio de revenda da gasolina comum entre as capitais do País. Porém, já no dia 5 de dezembro, os valores voltaram a disparar nos postos.

A pesquisa semanal realizada pela ANP no período de 26 de novembro ao dia 2 deste mês, apontou que a capital potiguar apresentou o 3º menor preço médio de revenda da gasolina comum com o valor de R$ 5,28 por litro.

A mudança nos valores ocorreu sem que a Petrobras anunciasse qualquer aumento desde outubro passado. Conforme divulgado no último dia 1º, a companhia vende a R$ 2,71 o litro da gasolina na refinaria de Fortaleza/CE e a R$ 2,70 em Cabedelo/PB. Enquanto isso, no Rio Grande do Norte, a refinaria Clara Camarão, da 3R Petroleum, promoveu uma variação nos preços durante novembro, que começou com valores iguais aos da Petrobras, chegou a diminuir para R$ 2,69 e na última semana do mês reajustou para R$ 2,79.

O presidente do Sindicato do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos/RN), Maxsuel Flor, explicou que a entidade não controla e nem acompanha questões de precificação. Ele diz que os revendedores continuam se dividindo entre os que compram em outros estados e os que abastecem seus estoques pela refinaria Clara Camarão, que se estiver com os preços mais competitivos não dá conta de atender toda a demanda.

Deu na Tribuna do Norte

Economia

Congresso ameaça derrubar projeto e tirar investimentos do Nordeste

Linhas de transmissão de energia elétrica                   Foto: Marcello Casal Jr

 

Uma mudança na metodologia da cobrança do sinal locacional das Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (Tust) e de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd-g), imposta pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pode prejudicar a geração de energia no Nordeste, encarecer a conta de luz e, até mesmo, inviabilizar novos projetos de instalação de parques de energia limpa na região. As resoluções da Aneel estabelecem uma transição até 2028 para que os geradores paguem mais para usar as linhas de transmissão a fim de escoar a energia elétrica produzida.

as regras da Aneel colocam em risco os investimentos que têm sido atraídos pelos Estados nordestinos nos últimos anos em energia renovável. Em resumo, estão tirando da região recursos que seriam naturalmente dela, para favorecer áreas mais ricas do país. E pior, encarecendo um serviço fundamental para a sociedade.
É neste sentido que o deputado federal Danilo Forte (União-CE) propõe o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 365/2022 para suspender as resoluções. O PDL já foi aprovado na Câmara dos Deputados, em novembro do ano passado. Segundo o autor, as resoluções podem levar a um aumento dos custos de transmissão de energia em locais distantes dos grandes centros de consumo. Ele aponta que a mudança do cálculo dessas tarifas pela Aneel é prejudicial às usinas geradoras de energia do Norte e do Nordeste, principalmente as eólicas.
As novas resoluções aumentam o “sinal locacional”, fator que compõe as tarifas e leva em consideração a distância entre as geradoras de energia e os centros consumidores. A consequência é o aumento das tarifas, especialmente para as geradoras de energia eólica situadas no Norte e no Nordeste, e o incentivo à migração da produção para o Sudeste.
Segundo o deputado Danilo Forte, a decisão regulatória da agência é prejudicial para toda a cadeia. Na avaliação do parlamentar, ao mesmo tempo que aumenta as tarifas dos consumidores concentrados no centro de carga, que são as regiões Sul e Sudeste, aumenta também as tarifas dos geradores de energia renováveis concentrados no Nordeste. “Não adianta reduzir o custo da transmissão tirando a geração do Nordeste, se essa geração em outros pontos será muito mais cara, além de desestruturar uma indústria que levou mais de uma década para se estabelecer na região. A conta não vai fechar”, alerta.
O sinal locacional é definido como a sinalização da entrada de novos usuários, através da Tust, para que possam implantar seus empreendimentos, de maneira a aproximar carga e geração, promover a racionalização do uso dos sistemas e a minimização dos custos de expansão. Outra função da Tust é a sinalização da situação atual dos custos, a fim de assegurar maiores encargos para quem mais onera o sistema. A agência alega que essa sistemática irá reduzir a tarifa de energia para os consumidores do Norte e Nordeste.
O deputado Danilo Forte, no entanto, discorda da autarquia. “Primeiro porque, ao deslocar a geração do Nordeste para o Sul e Sudeste a agência estará não só sujando a matriz energética brasileira, dado que nessas regiões não se encontrarão vento e sol verificados no Nordeste, o que implicará no incentivo ao uso de outras fontes de energia – como também estará na contramão no uso das renováveis, ou seja, um contrassenso quando o mundo inteiro fala em descarbonização”, acrescenta.
Votação do PDL foi adiada
Após pedido de vista coletivo, a Comissão de Infraestrutura da Câmara adiou a votação, na terça-feira (26), do projeto de decreto legislativo (PDL) 365/2022, que susta as resoluções da Aneel. As normas alteram as formas como duas espécies de tarifas são cobradas de empresas geradoras de energia. O pedido de vista foi apresentado pelo senador Esperidião Amin (PP-SC) para análise do relatório favorável do senador Otto Alencar (PSD-BA) e dos votos em separado pela rejeição da matéria.
As resoluções a serem sustadas pelo PDL mudam o cálculo das tarifas de Uso do Sistema de Transmissão (Tust) e de Uso do Sistema de Distribuição (Tusd), estabelecendo um período de transição até 2028 para que os geradores dessas regiões paguem mais para usar as linhas de transmissão a fim de escoar a energia elétrica produzida.
Para o relator — que definiu as resoluções como inconstitucionais —, o aumento do sinal locacional é uma política pública e, como tal, não pode ser formulada pela Aneel. “A intensificação do sinal locacional é uma medida de política pública que abrange aspectos além da competência regulatória da Aneel, como desenvolvimento social, emprego, distribuição de renda e mudança climática”, afirma no documento.
Notícias

Praia famosa do Nordeste vai sediar campeonato de surf pelado

 

Conhecida mundialmente pela prática naturista e as belezas naturais, a praia de Tambaba, localizada no município de Conde, Litoral Sul da Paraíba, vai sediar neste fim de semana (9 e 10 de setembro) a 14ª edição do Tambaba Open, única competição de surfe naturista do país.

Além da competição, na programação haverá a campanha Praia Limpa, oficina de surfe, evento cultural e um ato comemorativo dos 27 anos da Sociedade Naturista de Tambaba (Sonata). Com apoio institucional, a Empresa Paraibana de Turismo (PBTur) e a Secretaria de Estado de Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde) promovem a divulgação do evento.

A Competição tem a finalidade de promover a filosofia naturista através do surfe, esporte que representa bem o conceito de liberdade, harmonia com a natureza e respeito mútuo presentes no naturismo.

Para o presidente da PBTur, Ferdinando Lucena, a praia de Tambaba é uma das mais belas do país, que atrai um número cada vez maior de adeptos do naturismo. “Eventos como esse movimentam mais a localidade e chamam a atenção de turistas do Brasil e do mundo”, comenta.

Localizada a cerca de 35 km de João Pessoa, a Praia de Tambaba é conhecida por ser a primeira praia naturista do Nordeste. Ela faz parte da Área de Preservação Ambiental (APA) e é regulamentada também como Área de Especial de Interesse Turístico e Ecológico para prática do Naturismo. O local é dividido em dois lados. O que separa as duas áreas é uma escada que leva os praticantes do naturismo a uma recepção, onde são apresentados às regras do local.

A competição

O Tambaba Open é a única competição naturista reconhecida mundialmente e que é apresentada pela Federação Brasileira de Naturismo, entidade maior do naturismo brasileiro e conta com a parceria da Sonata.

Serão disputadas três categorias: Local – destinada aos residentes de Conde/PB, sem limite de idade; Open – aberta e sem limite de idade e a Expression Session – Competição de melhor performance nas ondas (melhor manobra), esta será restrita aos dois vencedores (1° e 2° colocados) das categorias Local e Open.

As inscrições são gratuitas de, no máximo, 16 inscritos por categoria (Local e Open) e serão realizadas junto à Direção de Provas (Tel. 83-98672-4294 -Wagner), havendo a necessidade do credenciamento pela secretaria do evento que funcionará na praia das 9h às 11h, sendo no sábado (9) para a categoria Local e no domingo (10) para a categoria Open.

A organização do campeonato premiará o campeão da categoria Local e Open com prancha, troféu e brindes, enquanto que os demais vencedores até o quarto lugar receberão troféus e brindes. Já a Expression Session premiará com troféu e brinde apenas o vencedor da melhor manobra da competição.

Deu no Portal da 96

Economia, Política

Nordeste está insatisfeito com a divisão de verbas da Reforma Tributária

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária aprovada pela Câmara na madrugada desta última sexta-feira (7), inflamou a disputa entre Estados do Nordeste e do Sudeste em torno da divisão de recursos do bilionário Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), que deve ter patrimônio de pelo menos R$ 40 bilhões e ser usado para diminuir as disparidades regionais. Insatisfeitos com o texto, os Estados do Nordeste vão buscar o apoio do Norte e do Centro-Oeste para pressionar pela definição dos critérios de divisão do dinheiro do fundo, no que promete ser um dos principais embates em torno da reforma no Senado – onde o projeto passará a tramitar após o recesso parlamentar.

Traição

Os governadores do Nordeste se sentiram traídos nas negociações porque o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é uma liderança política da região, aceitou que o modelo de partilha só seja definido em legislação complementar, ou seja, fora do texto da Constituição. O pedido teria sido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), abraçado por Lira.
A insatisfação foi maior porque, para atender Tarcísio, foi incluído no texto um modelo de governança do Conselho Federativo instância que vai gerir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O novo tributo vai unificar o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Para os representantes do Nordeste, não há justificativa para a governança do conselho ter ficado no texto constitucional, e a partilha do fundo, fora.
Lira acenou que vai resolver a divisão de recursos na legislação complementar, e prometeu a líderes e governadores garantir o apoio de um quórum de PEC, ou seja, de 308 votos a favor – sendo que a aprovação de uma lei exige 257 votos. Os Estados do Nordeste querem, no entanto, resolver a fatura ainda na reforma tributária, durante a tramitação no Senado, e desejam também pressionar a União a elevar o valor reservado ao fundo da previsão atual de R$ 40 bilhões para R$ 75 bilhões.
Uma das saídas aventadas para isso seria deslocar parte do valor de um outro fundo previsto na PEC – para compensar o fim de benefícios fiscais – para o fundo de desenvolvimento. Pelo texto que passou na Câmara, esse fundo de compensação vai vigorar de 2025 a 2032, também será financiado pela União e terá, no total, R$ 160 bilhões.
Até pouco antes do início da votação, ainda na noite de quinta-feira, os Estados do Nordeste contavam que a divisão do dinheiro do fundo de desenvolvimento ficaria no texto. Mas o relator da reforma, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), acabou retirando esse ponto da proposta para não prejudicar o andamento da votação, uma vez que não havia consenso sobre os critérios de divisão.
Impasse
Os Estados do Nordeste tentam emplacar a divisão usando como critério o chamado “PIB invertido”, pelo qual os Estados mais pobres receberiam mais. Os governadores do Sul e Sudeste admitem receber menos, mas querem inserir algum tipo de mecanismo adicional que permita o acesso a uma fatia maior de recursos do que se fosse utilizado apenas o critério da renda. O impasse, que já dura meses, não cessou até a votação, o que desagradou aos nordestinos.
“Vamos buscar colocar na PEC, durante a votação no Senado, os critérios de divisão do fundo de desenvolvimento do mesmo jeito que colocaram a demanda dos Estados do Sul e Sudeste”, disse o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT).
No dia seguinte, Raquel Lyra (PSDB), governadora de Pernambuco, endossou a fala de Fonteles. “É necessário que o critério de distribuição do fundo seja inversamente proporcional ao PIB per capita de cada Estado. É claro que, quem tem menos, precisa de mais. Caso contrário, não falaremos de incentivar o desenvolvimento regional, mas da manutenção das desigualdades existentes”, disse. “Não descansarei até garantir que sejamos colocados na posição necessária e justa.”
Nesse caldo de insatisfações, sobrou até para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que optou por tomar distância da reforma tributária. Os nordestinos esperavam que ele se empenhasse pelo menos para ajudar nesse ponto na negociação com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Os Estados do Nordeste, Norte e Centro-Oeste temem que, além de “mandar” no Conselho Federativo, os Estados mais populosos do Sul e Sudeste também fiquem com os recursos do FNDR, que levou à inclusão do nome “nacional” no título – justamente para possibilitar a divisão entre todos as unidades federativas.
Emenda ‘Cavalo de Troia’ autoriza Estados e DF a criar novo tributo
A proposta de reforma tributária aprovada na Câmara autoriza os Estados e o Distrito Federal a criar um novo tributo local para financiar investimentos até 2043. A autorização foi incluída na “emenda aglutinativa” apresentada em plenário durante a votação.
Essa emenda atendia a diversos pedidos de setores e até mesmo do governo Lula. Apelidada de “Cavalo de Troia”, tem 34 páginas e artigos que beneficiam de igrejas a clubes esportivos.
Permite, por exemplo, que governadores criem uma contribuição sobre produtos primários e semielaborados produzidos em seus Estados. Esse tipo de contribuição, até agora, era prerrogativa da União.
Para o tributarista Luiz Bichara, do escritório Bichara Advogados, a emenda cria uma nova competência constitucional, dando autorização para que os Estados criem tributos novos. Seria, diz, um “descompromisso” da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada na Câmara com a manutenção da carga tributária.
“Certamente estamos diante de um dispositivo que vai onerar exportações”, disse. “Amanhã os Estados poderão tributar com essa nova contribuição petróleo, energia, minério…”, afirmou.
Deu na TN
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Lula perde popularidade no Nordeste, aponta Datafolha

 

De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada no sábado (17), o presidente Lula tem experimentado uma queda de popularidade no Nordeste.

Embora esteja dentro de uma margem de erro mais ampla de 4 pontos, houve uma oscilação negativa significativa na sua aprovação em comparação com março.

O levantamento indica que Lula possui maior aprovação entre eleitores de baixa renda (até 2 salários mínimos, com 43% de avaliação ótima/boa), com menor nível de escolaridade (47%) e moradores do Nordeste (47%).

No entanto, anteriormente, em março, o governo de Lula era avaliado como ótimo ou bom por 53% dos entrevistados nordestinos.

A reprovação ao presidente petista também aumentou entre aqueles que ganham entre 2 e 5 salários mínimos, bem como entre os residentes da região Centro-Oeste, onde 34% dos entrevistados o reprovam. Entre os evangélicos, o percentual de reprovação é de 37%, e entre aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos, chega a 49%.

Deu no Conexão Política

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Petrobras vai ampliar a produção de gás na Região Nordeste

 

A Petrobras vai ampliar a produção de gás nacional na região Nordeste, com o início do processo de contratação para afretamento de dois navios – plataforma, destinados ao projeto Sergipe Águas Profundas, na Bacia de Sergipe-Alagoas, a cerca de 100 km da costa.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o projeto Sergipe Águas Profundas se destaca pelas reservas expressivas, com potencial de impulsionar a oferta de gás natural no país e reduzir nossa dependência à importação desse insumo.

Segundo Prates, “outra vantagem é que o gás é o combustível crucial de transição energética. Não só por sua versatilidade de aplicação, como fonte de energia para as mais diversas indústrias e previsibilidade de entrega, mas principalmente por sua eficiência em emissões”, avaliou.

Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), as unidades serão estratégicas para ampliar a produção de gás natural. Cada plataforma terá capacidade de processar, até 120 mil barris de petróleo por dia (bpd). O óleo da região é leve, considerado de boa qualidade, entre 38 e 41 graus API [que mede a densidade dos líquidos derivados do petróleo] e de maior valor comercial. Juntas, as duas unidades terão potencial de ofertar até 18 milhões de m3 de gás por dia.

De acordo com a companhia, o projeto traz oportunidades para o setor e para os estados de Sergipe e Alagoas, com a implantação de um projeto de produção em águas profundas acima de 2500 metros, incorporando inovações de última geração.

Fonte: Agência Brasil