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VÍDEO: “Eu não tinha noção que o Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra”, diz Lula

Reprodução

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nessa quarta-feira (15) que “não tinha noção” da quantidade de negros que há no Rio Grande do Sul.

“Falei para Janja domingo: ‘É impressionante. Eu não tinha noção que o Rio Grande do Sul tinha tanta gente negra’. E no ‘Fantástico’ apareceu muita gente. Eu falei: Não é possível”, disse o petista.

Lula deu a declaração em visita ao Estado.

 

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‘Afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor’, diz Lula a jovem negra

 

Na sexta-feira, 2, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a causar polêmicas após comentários durante o anúncio de investimentos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Em determinado momento da cerimônia, Lula segurou as mãos de uma jovem negra que estava em cima do palanque e elogiou a funcionária da montadora. No entanto, partes de suas declarações têm sido interpretadas por alguns como potencialmente ofensivas, levantando também questionamentos sobre um eventual comportamento racista.

Isso porque, ao referir-se à colaboradora, o presidente disse que “uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor.”

Lula relatou ainda que, ao avistá-la inicialmente, teve incertezas sobre suas atividades, não sabia se era uma ‘cantora’, ‘namorada de alguém’ ou mesmo ‘percussionista’. Em seguida, emendou que a jovem era, na verdade, a aprendiz mais importante da Volkswagen.

Eis a íntegra do que falou o presidente:

“Essa menina bonita que está aqui… Eu estava perguntando: ‘O que é que faz essa moça sentada? O que é que faz essa moça sentada que eu não ouvi ninguém falar o nome dela?’. Eu falei: ‘Ela é cantora. Ela vai cantar’. Aí perguntei: ‘Não, não vai ter música. Então ela vai batucar alguma coisa? Porque uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor’. Também não é”.

E continuou: “Eu falei: ‘Nossa, então ela é namorada de alguém’. Também não é. O que é que é essa moça? Essa moça foi premiada o ano que vem como a mais importante aprendiz desta empresa e ganhou um prêmio na Alemanha”.

Deu no O Globo

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Sob gestão petista, polícia da Bahia é a que mais mata negros no Brasil

 

A polícia da Bahia é a que mais mata pessoas negras entre todas as corporações do Brasil. Só em Salvador, capital baiana, das 438 pessoas mortas por agentes policiais em 2022, 394 eram negras.

O relatório “Pele alvo: a bala não erra o negro” foi elaborado pela Rede de Observatórios e divulgado nesta quinta-feira (16).

Atualmente governada por Jerônimo Rodrigues (PT), a Bahia viu o índice de letalidade da polícia subir ainda sob gestão de outro petista, Rui Costa, atual ministro da Casa Civil de Lula.

Com Rui Costa no executivo baiano, houve aumento de 300% na letalidade policial.

Esta é a primeira vez que a Bahia supera o Rio de Janeiro em registros de mortos por policiais.

Deu no Diário do Poder

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Lula assina decreto que destina até 30% dos cargos na administração pública a negros

lula

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto, nesta terça-feira, 21, que destina a pessoas negras até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações. O objetivo é ampliar a presença de negros em cargos de liderança para pagar a “dívida histórica” do país.

“Apesar de ocupar o posto de segunda maior nação negra do planeta, o Brasil ainda não acertou as contas com o passado de 350 anos de escravidão. Apesar de todos os esforços e avanços, este país ainda tem uma imensa dívida histórica a resgatar”, disse o presidente em discurso após assinar o documento.

O decreto estabelece que as cotas serão para os Cargos Comissionados Executivos (CCE), que são de livre nomeação, e as Funções Comissionadas Executivas (FCE), que também são de livre nomeação, mas exclusivas para servidores concursados. Além disso, conforme o decreto, a administração pública federal tem até  31 de dezembro de 2026 para alcançar os percentuais mínimos de reserva de vagas estipulados.

*Com informações da Agência Brasil.

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Brancos são acusados de poluir o ar dos negros

Texto foi publicado em jornal norte-americano

 

Um artigo do jornal Los Angeles Times acusa brancos de poluírem o ar dos negros. Segundo o texto, a maioria das pessoas que possuem carro na cidade tem pele clara. Dessa forma, os que andam a pé, majoritariamente afrodescendentes, se contaminam mais pelos gases poluentes dos veículos.

Segundo o texto, o oxigênio nos “bairros negros” fica mais poluído, em virtude do complexo de rodovias que existe por perto, enquanto os condados de Los Angeles, onde mora a classe média, são arborizados.

Os argumentos usados pelo jornalista Sammy Roth se baseiam em um trabalho acadêmico publicado na revista Urban Studies.

“É uma função do racismo que moldou esta cidade e seus subúrbios e continua a influenciar nossas vidas diárias — e um lembrete da necessidade de soluções climáticas que beneficiem a todos”, diz o artigo, publicado no início do mês.

Além dos veículos, o texto cita ainda causas naturais como forma de racismo. “Os bairros de maioria branca de Westside, por exemplo, também podem se beneficiar das brisas oceânicas, que empurram a poluição para áreas predominantemente negras e latinas”, garante Geoff Boeing, autor do estudo citado no artigo, em entrevista ao Los Angeles Times.

Uma das soluções propostas pelo texto é acabar com automóveis movidos a combustíveis fósseis e substituí-los por carros elétricos. “À medida que mais pessoas dirigem carros de emissão zero na Califórnia, menos pessoas são enviadas para salas de emergência devido à asma”, afirma o texto.

Deu na Oeste

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Carrefour é obrigado a pagar bolsas de estudo para negros

A concessão das bolsas é resultado de um acordo entre o Carrefour, os Ministérios Públicos Federal e do Rio Grande do Sul e as Defensorias do Estado

 

O grupo Carrefour vai ter de destinar cerca de R$ 70 milhões para pagar mais de 800 bolsas de estudo e permanência para negros em instituições de ensino superior de todo o Brasil.

A medida é uma forma de reparar os danos morais coletivos, em virtude da morte de João Alberto Silveira de Freitas, um homem negro espancado em um supermercado da rede, em Porto Alegre, em 2020. Agredido com chutes e socos por mais de 5 minutos, foi sufocado e não resistiu aos ferimentos. O caso ocorreu perto do Dia da Consciência Negra. À época, houve uma série de protestos no Brasil.

A concessão das bolsas para negros é resultado de um acordo entre o Carrefour, os Ministérios Públicos Federal e do Rio Grande do Sul e as Defensorias do Estado.

Ficou estabelecido que, dos R$ 70 milhões, R$ 20 milhões vão para alunos de graduação, R$ 30 milhões, para os de mestrado; R$ 10 milhões, para os de doutorado e R$ 8 milhões para estudantes de especialização.

O Rio Grande do Sul recebeu o maior número de bolsas, mais de 260, seguido por Minas Gerais, com 105, e Rio de Janeiro, com 96.

Deu na Oeste

Polícia

86% dos mortos pela polícia no Rio de Janeiro são negros, aponta estudo

 

Com 1.245 mortes, o Rio de Janeiro foi o Estado que mais produziu mortes em ações e intervenções policiais em 2020. É o que aponta o estudo realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, que monitorou sete Estados brasileiros ao longo do ano. São eles Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Entre os mortos pela polícia no Rio de Janeiro, 86% são pessoas negras: 54,8% pardos e 31,2 negros. Entre as capitais, Rio de Janeiro é a que registrou o maior número total de óbitos em ações policiais, com 415 registros, sendo 90% negros.

 

Tabela "Proporção da população e mortes pela polícia por cor Estado do Rio de Janeiro- 2020" da Rede de Observatórios de Segurança

 

Logo atrás do Rio de Janeiro, vem o Estado de São Paulo, com 814 mortos pela polícia. Em 63% dos casos, as vítimas eram negras. O levantamento ressalta que a taxa é quase o dobro do percentual desse mesmo grupo na população paulista (35%). Na capital, 69% dos mortos são pardos e pretos. Outros dados do estudo mostram que em Salvador, Fortaleza e Recife 100% dos mortos em ações policiais são negros. No Ceará, a população negra tem sete mais chances de morrer que brancos. Entre os Estados, a Bahia novamente apresenta a maior porcentagem de mortes de pessoas negras por agentes do Estado (98%).

informações da Jovem pan
Economia

51% dos empreendedores brasileiros são negros e geram renda de R$ 73 bilhões

Atualmente, o Brasil tem mais de 28 milhões de trabalhadores por conta própria, uma economia que movimenta mais de R$ 288 bilhões por ano. 51% desses empreendedores são pessoas negras, que geram mais de R$ 73 bilhões por ano. Adriana Barbosa criou a Feira Preta há 20 anos com intuito de promover e incentivar a população negra a ter o próprio negócio. A empresária lembra que, em 2000, o cenário era bem distinto do atual e que grande parte dos negros empreendiam como uma medida de sobrevivência, por não conseguirem emprego. “O Brasil é outro em relação a essa perspectiva do ponto de vista do empreendedorismo e do consumo. Antes, a gente só falava da população negra enquanto empreendedora muito pelo empreendedorismo por necessidade, hoje há negros empreendendo em diferentes áreas, desde negócios de impacto social, negócios da área da tecnologia, negócios criativos, negócios tradicionais. Acho que a gente tem transitado da necessidade para a oportunidade”, afirma Adriana. Ao mesmo tempo em que 54% dos brasileiros são negros, segundo dados do IBGE, essa população sofre diariamente com o preconceito que, segundo o levantamento encomendado pela Feira Preta, é um dos principais entraves para que as pessoas se tornem empreendedoras. Adriana lembra também que, por serem mais da metade da população, eles são consumidores, mas que só nos últimos anos o mercado a olhar para esse nicho.

O impacto econômico negativo causado pela pandemia fez Adriana Barbosa despertar para a digitalização desses negócios, já que a demanda tecnológica se intensificou. “Com tecnologia, digitalização dos negócios, já faz um ano e meio que a gente tem investido nesse tema, letramento digital, a gente montou duas casas físicas, uma em São Paulo e outra em Cachoeira, com com estruturas de estúdio de foto e vídeo, para que os empreendedores possam produzir conteúdo e vender”, afirma. Quando o assunto é autoimagem o estudo encomendado pela Feira Preta também aponta mudanças significativas. No Brasil, nos últimos anos, o percentual de pessoas que se identificam como negras cresceu nove pontos percentuais.

Márcia de Jesus criou há dois anos uma marca que traz, através das peças que ela confecciona, a identificação entre as crianças. A empresária conta que foi num episódio específico com a filha Valentina que fez ela começar um novo negócio: “Eu comprei uma mochila para ela. E essa mochila ela tinha uma bonequinha pretinha pendurada. E ela ficou encantada e disse ‘parece comigo’. Aquilo me despertou”. Márcia lembra o peso e a relevância que a população negra tem para o mercado. “Nós somos 54% da população, então eu falo que é um trabalho de formiguinha, porque a gente consome, o dinheiro está nas nossas mãos. Somos a maioria, então eu vejo que a partir do momento que as empresas tiverem esse olhar para o empresário preto, a história vai mudar, tudo vai ficar diferente e vai chegar a quem tem que chegar realmente”, pontua. Márcia começou a fazer chinelos e moletons e agora também faz jogos de cama, todos com personagens negros para que as crianças sintam-se representadas.

Deu na Jovem Pan

Concursos

Sancionada no RN Lei que garante 20% das vagas em Concurso Público para negros

 

A governadora Fátima Bezerra (PT) sancionou no sábado (20), no Dia da Consciência Negra, a lei nº 11.015, que reserva 20% das vagas de concursos para negros e negras. A proposta foi aprovada em 28 de outubro na Assembleia Legislativa e garante que todos os concursos públicos do estado do Executivo, Legislativo ou Judiciário, que tenham três ou mais vagas, reservem percentual para a população negra.

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o salário médio de trabalhadores negros é 45% menor do que o dos brancos no Brasil. No caso das trabalhadoras mulheres, a diferença chega a 70%, independentemente do grau de escolaridade.

O projeto redigido pela deputada Isolda Dantas (PT), segundo ela, pretende reduzir uma assimetria injusta no mercado de trabalho. “Os negros costumam ser relegados a postos de trabalho menos qualificados por conta do racismo estrutural da nossa sociedade. O concurso público é um mecanismo de oportunidade.”

Deu na Tribuna do Norte