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Moraes contraria PGR e mantém prisão ilegal de manifestantes

Moraes alega que manifestantes podem continuar usando redes sociais, se foram soltos | Foto: Divilgação/TSE

 

A Defensoria Pública da União (DPU) está questionando as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mantêm na cadeia seis manifestantes presos em Brasília, em razão dos atos registrados em 8 de janeiro, quando os prédios da Praça dos Três Poderes foram invadidos e depredados.

O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso aos habeas corpus ajuizados pela DPU em favor dos seis detidos, nos quais a Procuradoria-Geral da República (PGR), em parecer, defendeu a liberdade dos acusados. Mas Moraes, alegando que eles representam ameaça, por eventuais publicações nas redes sociais, mantém as prisões. No presídio, os manifestantes não têm acesso à internet, mas, em liberdade, poderiam ser impostas restrições ao uso de redes sociais.

Os seis manifestantes foram presos em frente ao Quartel do Exército, em Brasília, em 9 de janeiro, e foram acusados de incitação ao crime contra os Poderes constitucionais e associação criminosa, cujas penas máximas, somadas, chegam a três anos e meio. Nesse caso, se condenados, a lei garante o direito de cumprir a pena em regime aberto.

Entre as ilegalidades, a Defensoria afirma que a prisão preventiva dos manifestantes foi decretada de ofício, ou seja, sem o pedido do órgão responsável pela ação penal, que no caso é o Ministério Público Federal (MPF). Pelo Código de Processo Penal (CPP), um juiz não pode decretar preventiva de ofício, mas somente a pedido do órgão acusador (o Ministério Público).

Há outras duas ilegalidades na manutenção da prisão preventiva decretada de ofício, segundo a Defensoria Pública. Nos seis habeas corpus, o órgão sustenta que o CPP exige outros critérios para manter a prisão, como a vida pregressa dos acusados e a gravidade do crime, que se afere pelo tamanho da pena — a pena prevista deve ser superior a quatro anos. Nesses seis casos, todos os réus são primários, e, se condenados, a pena máxima será pouco superior a três anos.

Depois de ter denunciado essas pessoas, a PGR pediu que todos pudessem responder em liberdade, com restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica, vedação de dialogar com outros réus e proibição de acesso a redes sociais, por exemplo.

Segundo o Estadão, porém, nas decisões de 16 de março, Moraes afirma que os manifestantes não podem ser libertados, porque usaram as redes para divulgar ou enaltecer as manifestações das quais participaram em Brasília. Além disso, Moraes usa trechos idênticos em todas as decisões, fazendo afirmações genéricas, o que é vedado pela legislação, considerando que cada conduta e a situação de cada réu devem ser individualizadas, e ele tem sido alvo de críticas.

De acordo com a reportagem, nesses acórdãos Moraes usou o mesmo fundamento fático para todos: “Considerando o fato de o investigado ter feito uso das redes sociais para divulgação dos atos antidemocráticos, mostra-se evidente a necessidade de manutenção da custódia cautelar para resguardar a ordem pública, mesmo não sendo o investigado apontado como um dos executores materiais.” E acrescenta: “O investigado, no dia dos atos criminosos, mesmo depois de detido, realizou postagens nas redes sociais, com desinformação a respeito das condições da detenção e com apologia da continuidade dos atos criminosos”.

Com a negativa de Moraes ao pedido da PGR, a DPU entrou com recurso (agravo), que ainda precisa ser colocado em pauta para julgamento, e impetrou os habeas corpus em favor dos manifestantes.

Deu na Oeste

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ABSURDO: Veja detalhes da prisão onde manifestantes estão presos há 17 dias

Veja detalhes da prisão onde manifestantes estão presos há 17 dias

 

Um relatório extenso produzido pela Defensoria Pública após visitas aos presos pelas manifestações em Brasília mostra detalhes das celas onde estão. Nas 71 páginas do documento, há curiosidades sobre a situação completamente atípica nas penitenciárias.

Os manifestantes presos reclamaram da comida, pediram dieta sem glúten e lactose, acharam os cobertores finos demais e foram obrigados a usar vasos sanitários sem porta ou qualquer privacidade, por exemplo. Eles estão privados de liberdade há 17 dias.

O documento foi elaborado em conjunto pela Defensoria Pública da União (DPU), Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF)e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção à Tortura (MNPCT), com base em vistorias ocorridas nas prisões que receberam envolvidos nos ataques aos prédios na Praça dos Três Poderes ou estavam no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Os registros analisados no dia 10 de janeiro, dois dias após os crimes, concluem ainda que 97% das pessoas que chegaram ao sistema prisional não eram do DF. O relatório também aponta que havia uma cela só com idosos, “muitos militares”, como oficiais da Marinha, e policiais de outros estados.

Os órgãos de proteção aos direitos humanos observaram problemas desde a detenção de manifestantes no ginásio da Polícia Federal, onde não havia chuveiro para banho dos detidos. Já no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda, defensores encontraram celas com capacidade para oito pessoas mantendo 12 presos, pessoas dormindo no chão, chuveiros com água fria e vasos sanitários sem privacidade.

Os manifestantes reclamaram da “má qualidade dos alimentos e pouca quantidade no fornecimento de frutas”.

“Durante os atendimentos coletivos foi frisada a informação de que a situação de cárcere é em si violadora de direitos humanos e que os problemas relatados pelas ingressantes eram semelhantes aos das demais internas, sobretudo quanto à qualidade da alimentação. […] Basta cruzar o portão de uma unidade prisional para que a pessoa presa esteja em uma situação de ofensa a direitos fundamentais e se caracterize como vulnerável”, aponta o relatório.

Deu no Metrópoles

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Justiça amplia para R$ 18,5 milhões bloqueio de bens de manifestantes

Os financiadores das manifestações em Brasília estão na mira da AGU | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A Justiça Federal em Brasília acatou, na sexta-feira 20, o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para ampliar de R$ 6,5 milhões para R$ 18,5 milhões o bloqueio de bens dos supostos financiadores dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Os recursos serão usados para reparar os danos materiais causados pelas depredações.

O juiz Francisco Alexandre Ribeiro, da 8ª Vara Federal de Brasília, é o responsável pela decisão. Em 12 de janeiro, o magistrado já havia determinado o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens dos suspeitos.

O cálculo sobre o dano ainda está sendo verificado. Contudo, a AGU citou que a Câmara estima um valor de R$ 1,1 milhão em estragos — sem considerar o custo para restaurar obras de arte. No Planalto, as cifras se aproximam de R$ 8 milhões. Já no Supremo Tribunal Federal, o vandalismo causou um prejuízo de quase R$ 6 milhões.

Segundo Ribeiro, os bloqueios têm o objetivo de “assegurar o ressarcimento dos milionários danos patrimoniais causados ao Erário público”.

Deu no R7

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Governador anuncia assistência jurídica para manifestantes presos em Brasília

Governador anuncia assistência jurídica para manifestantes do MS presos em Brasília

 

O governador Eduardo Riedel (PSDB), anunciou neste sábado (14) que o Estado irá prestar assistência jurídica aos cidadãos de Mato Grosso do Sul que estão presos em Brasília por conta dos atos de vandalismo realizados no último domingo (8). A ajuda será prestada, por meio da Defensoria, às pessoas que não têm condições financeiras para contratar advogado.

“Entendo que é nosso dever, dever do Estado, não se omitir nas suas obrigações. E oferecer assistência jurídica a quem não pode contratá-la é uma das mais importantes prerrogativas de qualquer cidadão”, escreveu o governador, nas redes sociais.

Riedel ressaltou que o governo acompanhará, diariamente, a situação de cada cidadão sul-mato-grossense detido. “Este é um trabalho que está sendo feito em cooperação com a Defensoria Pública do Distrito Federal e com o Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos”, acrescenta.

O governador entende que é uma forma de demonstrar ao país, inclusive aos mais radicais, a natureza essencial de um regime, segundo ele, baseado nos direitos e deveres individuais e na efetividade das leis.

“Acredito que este sempre será o melhor caminho para o distensionamento dos ânimos e a volta à normalidade”, conclui Eduardo Riedel, que tomou posse em 1º de janeiro.

Deu no Diário do Poder

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ABSURDO: Prisão do DF com capacidade para 1.176 detentos está com 2.139 após prisão de manifestantes

 

Manifestantes presos no Distrito Federal enfrentam superlotação nas penitenciárias da capital federal. Um comunicado divulgado pela Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF) nesta sexta-feira (13/1) mostra que há quase o dobro de detidos no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda, em relação à capacidade do local. O número maior do que o suportado também foi alcançado na Penitenciária Feminina do DF (PFDF), conhecida como Colmeia.

No CDP II, são 1.176 vagas. Com a chegada dos manifestantes, há 2.139 detidos no local. Já na Penitenciária Feminina, cabem 1.028 mulheres e estão presas 1.148.

A Seape informou que os presos nos ataques contra instalações e forças policiais na Praça dos Três Poderes estão em celas “separadas do restante da massa carcerária”. Antes de chegarem à Papuda e Colmeia, os presos ficaram na Academia Nacional da Polícia Federal, onde passaram por interrogatório.

No último balanço divulgado, na tarde de quinta-feira (12/1), a Seape calcula que 1.167 detidos ingressaram no sistema prisional do DF. Idosos e responsáveis por crianças ou pessoas com comorbidades acabaram liberadas após identificação.

Eram 674 homens no Complexo Penitenciário da Papuda e 493 mulheres transferidas para a Colmeia. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) foram realizadas ontem, em ação conjunta com a Justiça Federal, 322 audiências de custódia com os presos envolvidos nos atos de domingo. “Além dessas, 73 outras previstas foram canceladas ou adiadas por razões formais, como falta de advogado ou documentação.”

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, já falou que irá trabalhar para que os presos que não são de Brasília sejam transferidos para presídios nos respectivos estados.

Com informações do Metrópoles

Política

Deputado do PL pede afastamento de Flávio Dino e afirma: “muitos infiltrados”

 

O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL) acusou o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB) de prevaricação por, segundo ele, ter sido avisado pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que poderiam ocorrer atos de violência em Brasília no último domingo (8/1). O deputado cobrou, inclusive, que Flávio Dino de demita do cargo “urgentemente”. Segundo a denúncia do parlamentar, o ministro Flávio Dino foi informado, com antecedência, pela Abin, de que grupos iriam a Brasília e que poderiam ocorrer atos de violência.

“O meu questionamento ao ministro Flávio Dino que, na minha opinião, precisa se demitir urgentemente é: quais as providências foram tomadas pelo ministro da Justiça ao ser informado pela Abin?”, questionou o deputado. Segundo Marcelo Álvaro Antônio, Dino não articulou ações em conjunto com a Polícia Federal e a Polícia Militar do Distrito Federal. E o parlamentar do PL foi além nas suas acusações. “Me parece que ele (Flávio Dino) ficou inerte. Me parece que ele não tomou nenhuma atitude, que ele prevaricou ali no seu cargo de ministro da Justiça”, acusou Marcelo Álvaro Antônio.

Além dessa acusação, o parlamentar afirmou que haviam pessoas infiltradas entre os manifestantes e que foram os responsáveis pelas depredações e roubos do patrimônio público nas sedes do Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal (STF) e Palácio do Planalto. De acordo com Marcelo Álvaro Antônio, a maioria das pessoas estava se manifestando pacificamente e não provocaram nem incentivaram os atos de vandalismo.

 

Política

URGENTE: Manifestantes invadem o Congresso Nacional

Manifestantes furaram um bloqueio e invadiram a Esplanada em Brasília na tarde deste domingo (8).

Imagens mostram que uma quantidade expressiva de manifestantes conseguiu subir a rampa do Congresso Nacional.

A maioria veste roupas verde e amarelo e entoava palavras de ordem, como trecho da Constituição de que “todo o poder emana do povo”. O grupo é contrário à posse Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República, realizada em 1º de janeiro de 2023.

A organização do movimento foi captada pelo governo federal, que determinou o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo, havia 3 ônibus de agentes de segurança na Esplanada. Mas não foi suficiente para conter a invasão dos bolsonaristas na sede do Legislativo. A Polícia Militar reagiu com bombas de efeito moral e balas de borracha. Durante o final de semana, dezenas de ônibus, centenas de carros e centenas de pessoas chegaram na capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 Km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os manifestantes desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministério a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal. O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não há impedimento para quem passa caminhando. Durante o dia, policiais realizam revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso de pedestres tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidro e facas.
Deu no Poder 360

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Manifestantes acampados no QG do Exército choram com live de Bolsonaro

Manifestantes acampados no QG do Exército choram com live de Bolsonaro

 

Durante live de despedida de Jair Bolsonaro como presidente da República, nesta sexta-feira (30), apoiadores acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília caíram no choro.

“Ele não vai falar o que a gente quer ouvir. Vai fazer, mas não vai falar”, desabafou um manifestante.

Em clima de tristeza e decepção, após o fim do pronunciamento, uma apoiadora pegou o microfone a fim de animar os campistas novamente.

“Gente, ele não podia estar falando nada, mesmo assim falou. Não vamos embora. Enquanto ele não mandar a gente sair daqui, não vamos sair. Ele não diria que acredita em um país melhor se não tivesse planejando alguma coisa”, ressaltou a apoiadora.

Deu no Terra Brasil Notícias.

Censura, Polícia

Urgente: Polícia se prepara para tirar manifestantes do QG do Exército à força

Urgente: Polícia se prepara para tirar manifestantes do QG do Exército à força

 

Luiz Inácio Lula da Silva e Flávio Dino não hesitaram em nenhum momento sobre remover à força os manifestantes dos acampamentos em frente do QG do Exército. E a polícia parece já estar pronta para atender às ordens petistas.

O futuro ministro da Justiça, Flavio Dino, declarou que os acampamentos serão desfeitos pelo governo Lula (PT) que estará em exercício a partir do dia 1 de janeiro.

“Não se trata de uma escolha, de uma opção, mas de uma imposição legal. Esperamos que esta semana o processo de desocupação em torno do quartel general em Brasília prossiga, a ocupação cesse e tenhamos um quadro de legalidade ao longo da posse”, declarou Dino em entrevista à Globo News.

Deu no Terra Brasil Notícias.

Notícias

Exército não determinou remoção de barracas de manifestantes

Homem vestido de militar orienta manifestantes a desmontarem as barracas em frente ao Quartel General de Brasília - 20/12/2022 | Foto: Reprodução

 

O Exército não mandou manifestantes removerem barracas próximas ao quartel general da Força, em Brasília. A suposta ordem consta em um vídeo que circula nas redes sociais e em grupos de WhatsApp. Nas imagens, um homem vestido de militar orienta as pessoas a desarmarem os abrigos improvisados.

Segundo o homem, os manifestantes teriam até 23 de dezembro para retirar as barracas. As pessoas ficam indignadas com o comando e dizem esperar a presença do ministro da Defesa ou do presidente Jair Bolsonaro para acatar a determinação. O Exército negou que essa ordem tenha partido da Força.

A assessoria comunicou que já identificou o rapaz que fala com os manifestantes no vídeo. O Exército afirmou tratar-se de um militar, mas ponderou que a instrução foi fruto de algum “mal-entendido” interno.

Deu na Oeste