Esta difusão foi solicitada pelas partes civis, segundo as quais ouvir a voz dos pilotos era “absolutamente indispensável” para a “busca da verdade”.
“A escuta do áudio do voo foi um momento extremamente forte para todas as pessoas presentes”, declarou um porta-voz da Airbus. “Nós nos unimos ao sofrimento das pessoas próximas dos pilotos e das vítimas, revivido pela escuta desta gravação”.
Naquela noite, a alta altitude, os pilotos do A330 foram surpreendidos pelo congelamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade do avião, provocando o desligamento repentino do piloto automático. Eles não conseguiram estabilizar a aeronave.
Na manhã desta segunda-feira, o tribunal assistiu a dois vídeos da Airbus, um deles descrevendo as manobras que os pilotos deveriam ter realizado para controlar a situação. Os vídeos foram considerados pelas partes civis como dignos de um “mundo ideal” e não da “realidade”.
À tarde, a defesa da fabricante, que refuta qualquer sanção penal, questionou especialistas do primeiro colegiado encarregado da instrução sobre as regras de pilotagem, a atitude da tripulação frente à condição meteorológica e o fato de o copiloto, “o menos experiente”, estar no comando.
“Para os senhores, a tripulação identificou a pane?”, questionou Simon Ndiaye.
Os pilotos tinham sido treinados em um procedimento para o caso em que as velocidades não fossem “coerentes entre si”; mas, desta vez, não havia dado sobre “velocidade em absoluto”, explicou o especialista.
“Houve uma espécie de atordoamento, pois os elementos que eles tinham não correspondiam à imagem mental” do que haviam aprendido, descreveu.
O segundo conselho da Airbus questionou se a resistência ao efeito surpresa faz parte dos critérios de recrutamento dos pilotos.
“Entre os militares, sim, mas entre os pilotos civis, não”, respondeu o especialista. Para estes últimos, “o critério fundamental é o respeito aos procedimentos”.
Relembre o caso
Em 1º de junho de 2009, os pilotos do A330 foram surpreendidos pelo congelamento das sondas Pitot, que servem para medir a velocidade do avião, provocando o desligamento repentino do piloto automático. Eles não conseguiram estabilizar a aeronave que caiu no mar e matou as 228 pessoas a bordo. Desde o dia 10 de outubro, está sendo realizado um julgamento contra a fabricante Airbus e a companhia aérea Air France por homicídio culposo. As duas empregas rejeitam qualquer erro na tragédia aérea do voo Rio-Paris. Nos vídeos apresentados na segunda-feira, 17, foi apresentado as manobras que os pilotos deveriam ter realizado para controlar a situação.
Os vídeos foram considerados pelas partes civis como dignos de um “mundo ideal” e não da “realidade”. A defesa da fabricante, que refuta qualquer sanção penal, questionou especialistas do primeiro colegiado encarregado da instrução sobre as regras de pilotagem, a atitude da tripulação frente à condição meteorológica, o fato de o copiloto, “o menos experiente”, estar no comando: “Para os senhores, a tripulação identificou a pane?”, questionou Simon Ndiaye.
Os pilotos tinham sido treinados em um procedimento para o caso em que as velocidades não fossem “coerentes entre si”; mas, desta vez, não havia dado sobre “velocidade em absoluto”, explicou o especialista. “Houve uma espécie de atordoamento, pois os elementos que eles tinham não correspondiam à imagem mental” do que haviam aprendido, descreveu. O segundo conselho da Airbus questionou se a resistência ao efeito surpresa faz parte dos critérios de recrutamento dos pilotos. “Entre os militares, sim, mas entre os pilotos civis, não”, respondeu o especialista. Para estes últimos, “o critério fundamental é o respeito aos procedimentos”.