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CPI do MST: José Rainha cai em contradição e quase sai preso

 

Em uma sessão tensa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a oposição ameaçou pela primeira vez efetuar uma prisão no colegiado.

O líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha, tentou negar apoio direto à deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) nas eleições de 2018 e voltou atrás após ser confrontado com um vídeo exposto.

No material em questão, ele agradece os votos na parlamentar.

– Eu vou refazer a perguntar para não fazer falso testemunho. Pode ficar calado, mas mentir não pode. Ou fica quieto ou fala a verdade. Você sabe quais são as consequências – afirmou o relator, Ricardo Salles (PL-SP). Antes, Rainha disse ter uma “relação fraterna” com a parlamentar, depois, afirmou que pediu votos para ela.

O oposição seguiu com a pressão.

– Não pode mentir. Se mentir, eu peço para ir para a cadeia – disse Coronel Chrisóstomo (PL-RO).

Rainha se recusou a contar quais divergências o levaram a romper com o MST.

– Vou levar para o cemitério – disse ele, que afirmou ter boa relação com Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda que não tenha contato recente com eles.

Questionado se teria se encontrado com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Rainha confirmou, e disse que foi ao gabinete de Teixeira no começo do ano para tratar de “questões pontuais”, sobre assuntos ministeriais e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), segundo ele. O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) apresentou um requerimento direcionado à pasta para que informe mais especificamente em que dia Rainha esteve no gabinete do ministro e qual foi a pauta.

Deu no Pleno News

Justiça

Justiça manda soltar José Rainha, acusado de extorquir produtores rurais

Foto: Marcelo Camargo

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) revogou a prisão preventiva do militante sem terra José Rainha Júnior, líder da Frente Nacional de Lutas (FNL). A 13ª Câmara Criminal do TJ-SP proferiu a decisão na segunda-feira 12, em caráter liminar.

Em fevereiro deste ano, Rainha coordenou diversas invasões de fazendas no Pontal do Paranapanema, no extremo oeste de São Paulo. Ele contou com a ajuda de Luciano de Lima e Cláudio Ribeiro, outras duas lideranças da FNL.

Os três militantes estavam presos desde 4 de março deste ano, no Centro de Detenção Provisória de Caiuá (SP). Eles são acusados de extorquir produtores rurais para não invadir suas propriedades.

O “Carnaval Vermelho”, nome dado à onda de invasões, foi a primeira manifestação dos sem-terra durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Os militantes reivindicam áreas devolutas do Estado para a implantação de assentamentos da reforma agrária aos sem-terra.

Justiça libera José Rainha, na mira da CPI do MST

A decisão liminar do TJ-SP ocorre em meio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Rainha participou do grupo invasor durante décadas.

Recentemente, em uma das primeiras diligências da CPI do MST, os membros do colegiado foram até uma fazenda no município de Rosana, no interior de São Paulo. Ali encontraram os estragos causados pela FNL, responsável pela invasão da propriedade.

No local, os oito deputados federais que participaram da diligência relataram que os moradores vivem em condições “sub-humanas”.

“Vimos ‘barracos’, pessoas e crianças morando em condições sub-humanas”, explicou o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). “Segundo a Justiça, se o produtor rural deixar seus trabalhadores nessas condições, ele se torna um autor de trabalho análogo à escravidão.”

Na fazenda, o parlamentar gravou o que seria um “centro de reuniões”, com fotos e frases de grandes líderes da esquerda estampados nas paredes, como Che Guevara, Vladimir Lenin e Karl Marx.

Deu na Oeste

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Extratos bancários e conversas mostram crimes praticados por José Rainha; VEJA

URGENTE: Extratos bancários e conversas mostram crimes praticados por José Rainha; VEJA

 

Um relatório da Polícia Civil de São Paulo revelou como lideranças da Frente Nacional de Lutas (FNL), dentre elas José Rainha, praticaram extorsão contra produtores de terras invadidas no oeste paulista. O documento foi divulgado pela CNN.

Segundo a polícia, a maior parte de vítimas é formada por arrendatários que realizaram pagamentos para lideranças da FNL após coação. Além de Rainha, as investigações também revelam que Luciano de Lima e Claudio Ribeiro Passos, conhecido como Cal, praticaram extorsão.

“Provas apontam com segurança para o fato de que José Rainha deu início às tratativas com as vítimas, a fim de receber, mediante indevida e ilícita exigência, vantagem econômica, sob pena de não possibilitar a eles a colheita de sua lavoura”, destacou o relatório policial.

As investigações da Polícia Civil começaram em 2021. O relatório foi elaborado com depoimentos, interceptações telefônicas e áudios, que, segundo a polícia, “resultaram na demonstração de que as alegações eram verídicas”.

Uma das conversas gravadas aponta uma militante do FNL relatando a outro integrante que José Rainha pedia recursos para não invadir propriedades e, uma vez invadida, para desocupar a terra.

“As exigências são sempre seguidas de graves ameaças voltadas aos patrimônios dos noticiantes”, informou o relatório da investigação. “Ora se exige dinheiro em troca de autorização para ingresso e colheita, ora para o ingresso e alimentação de animais, ora para a desocupação.”

Em outro ponto do documento, a polícia argumentou que “há indícios, inclusive, que mostram José Rainha negociando a venda de parte das terras que hoje ocupa”.

Segundo os policiais, os acusados teriam exigido dos proprietários “valores em espécie para permitir que eles tivessem o derradeiro acesso a animais, plantações e benfeitorias existentes nas propriedades”.

Depoimento das vítimas

À polícia, uma das vítimas relatou detalhes sobre os valores pagos a ativistas da FNL, efetuando o pagamento de R$ 25 mil, fruto de extorsão, em abril do ano passado.

Outro produtor, que atua no ramo da agropecuária, também efetuou pagamentos. Ele apresentou aos investigadores os comprovantes dos depósitos nas contas dos líderes do movimento.

Outra vítima afirmou em depoimento ter recebido ligação de uma liderança da FNL. No telefone, essa pessoa pediu a transferência de 10 a 15 alqueires de terra para José Rainha e disse que, após isso, desocupariam a propriedade.

No registro policial também consta o depoimento de um agricultor que foi coagido a pagar R$ 50 mil para fazer um acordo com Rainha, que desocuparia a fazenda “antes que chegasse mais gente ali e a situação piorasse”.

Com informações da CNN