Economia

Prates: Petrobras e Mubadala vão intensificar negociações para montar parcerias

Foto: Tomaz Silva

 

A Petrobras e o Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi, vão intensificar as discussões sobre uma parceria para a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe e para ampliar o negócio de biocombustíveis do grupo no Brasil. A informação foi dada pelo presidente da petroleira, Jean Paul Prates, em postagem na rede social X (antigo Twitter), após encontro com o presidente executivo do Mubadala, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, em Abu Dhabi.

“Acabo de sair de reunião com o Deputy Group, Chief Executive Officer de Mubadala Investment Company e presidente do Conselho da Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi com quem viemos conversando desde o início do ano passado sobre os investimentos do Fundo Mubadala no Brasil, e com cuja equipe gerencial e técnica temos trabalhando há meses para construir uma parceria que visa recuperar a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM), na Bahia, ao mesmo tempo em que ampliaremos e aprimoraremos juntos o empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”, disse Prates na postagem.

Segundo o executivo, as negociações serão retomadas nos próximos dias. O executivo disse que foi acertado que a equipe da estatal intensificará os trabalhos logo após o retorno da folga de carnaval. O objetivo, segundo Prates, é finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024. “Demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo.”

A refinaria foi vendida pela Petrobras em novembro de 2021, no governo de Jair Bolsonaro, para o Mubadala por US$ 1,65 bilhão, ou cerca de R$ 10 bilhões na época. Na ocasião, o valor foi considerado abaixo do esperado por bancos de investimentos como o BTG e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que esperavam pelo menos o dobro pela venda.

A operação também foi criticada pelo governo do presidente Lula e pela atual gestão da estatal. Em novembro, no fim da apresentação do plano estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028, Prates indicou que a recompra era uma possibilidade. Mas, em 13 de dezembro, afirmou que a Petrobras não vai recomprar a refinaria.

Dias depois, a petroleira informou que está avaliando a proposta da Mubadala Capital de parceria para atuar no downstream no Brasil, em refino e biorefino, a partir de óleo vegetal oriundo de culturas nativas.

No início deste ano, Prates disse, também por meio de redes sociais, que a venda da refinaria está sob avaliação da estatal, em diálogo com os órgãos de controle. Segundo ele, há procedimento administrativo instaurado para avaliação do negócio sob apreciação das áreas de integridade pertinentes da companhia.

Informações do Estadão

Cidade, Política

Deputado Ezequiel solicita investimentos para as regiões Potengi e Mato Grande

 

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), apresentou requerimentos com o objetivo de levar investimentos para os municípios de Santa Maria, na região Potengi, e Bento Fernandes, no Mato Grande. As ações atingem as áreas de saúde, segurança e infraestrutura.

Ezequiel requer uma série de investimentos na segurança pública de Bento Fernandes. Primeiro, solicita com urgência a recuperação geral da delegacia do município. O local está bastante precário, com rachaduras nas paredes e deteriorado. Para o mesmo setor, solicita uma nova viatura policial que possa ampliar o combate a criminalidade.

Na educação, o deputado reivindica um ônibus escolar que possa atender aos estudantes da zona rural de Bento Fernandes. Enquanto na saúde, solicita uma ambulância para o município, que tem registrado dificuldades em atender a população local quando necessita de transporte para pacientes das unidades de saúde. O último ofício envolvendo Bento Fernandes diz respeito as obras de pavimentação e drenagem das ruas da cidade.

Para Santa Maria, o parlamentar solicita inicialmente a disponibilidade de uma ambulância que possa atender a demanda da região. Além disso, também requer uma nova viatura policial e o aumento do efetivo dos agentes que atuam na segurança pública do município. Por fim, para a mesma cidade, Ezequiel solicita um ônibus escolar que possa transportar os estudantes que residem na zona rural de Santa Maria.

Notícias

Abeeólica diz que insegurança jurídica pode frear investimentos no RN

 

A recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para que o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) cancele a Licença de Instalação (LI) de um Parque Eólico em Lajes, no interior do Estado, pode frear investimentos na cadeia produtiva local de energia eólica. É o que aponta a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, para quem a interferência pode representar um cenário de insegurança jurídica às empresas investidoras.

Em entrevista, ela reiterou a necessidade global de descarbonização da matriz energética e os impactos que podem resultar de medidas como a do MPRN. “Esse tipo de interferência traz uma insegurança muito grande para quem está fazendo investimentos, porque um parque eólico exige uma grande quantidade de capital porque tem muito investimento. Se a todo momento os licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, argumenta.

Ela lembra, ainda, que o licenciamento dos parques eólicos está baseado em uma resolução federal do Conama, publicada em 2014, seguida rigorosamente pelos órgãos ambientais para realizar a licença de empreendimentos. Isso significa que não há impedimentos do ponto de vista legal e regulatória para a instalação do Parque Eólico de Lajes, uma vez que a licença foi pautada pela legislação.

A recomendação do Ministério Público do Estado foi divulgada na última quinta-feira (23). De acordo com o documento, a emissão da LI pelo Idema ocorreu mesmo após decisão contrária do  Núcleo de licenciamento de Parques Eólicos (NUPE), dada a importância da Serra do Feiticeiro na conservação da Caatinga.  Em nota, o Idema/RN informou que vai analisar os critérios técnicos indicados pelo MPRN “para posterior posicionamento, pois a mesma se trata de um projeto amplamente discutido tecnicamente pelo órgão ambiental”.

Deu na Tribuna do Norte

Economia

BNB projeta fechar 2023 com R$ 1 bilhão de investimentos na área de renováveis

Aldemir Freire, secretário de Planejamento do RN, tem nome aprovado para diretoria do BNB — Foto: Inter TV Cabugi/Reprodução
Aldemir Freire diz que as energias renováveis têm as principais linhas de financiamento do banco

 

Os projetos em energias renováveis deverão fechar o ano de 2023 com cerca de R$ 1 bilhão em financiamentos por parte do Banco do Nordeste (BNB). A projeção é do diretor de Planejamento do banco, Aldemir Freire, que participou de uma série de visitas ao “ecossistema de inovação” do Rio Grande do Norte nesta semana. A carteira de investimentos em energias renováveis no Estado corresponde a pouco mais de um terço do banco, que deve fechar 2023 com R$ 3 bilhões no Estado e R$ 60 bilhões no geral.

Segundo Aldemir Freire, a carteira de energias renováveis do BNB segue sendo uma das principais linhas de financiamento do banco, que possui programas para empréstimos em projetos de placas solares e parques eólicos. Ainda segundo Freire, o valor de R$ 1 bilhão projetado para 2023 é semelhante ao de 2022.
“Devemos terminar o ano com investimentos em R$ 11 bilhões em infraestrutura, e 80% disso é com energias renováveis. A carteira toda do BNB deve chegar a R$ 60 bilhões. Para o RN, esperamos terminar o ano com R$ 1 bilhão em linhas de financiamento. Isso representa um terço no Estado, com os outros dois sendo microcrédito e os outros segmentos que o banco financia”, analisa.
“No ano passado, aplicamos cerca de 2,8 bilhões em investimentos no Estado. A carteira de infraestrutura ficou praticamente no mesmo tamanho. Os investimentos em solar e eólica, deram uma desacelerada no geral porque tivemos gargalos em linhas de transmissão e uma parte do solar foi antecipada ano passado porque temia-se a nova regulamentação”, acrescenta.
Na última terça-feira (10), executivos do BNB promoveram visitas em institutos ligados à inovação e tecnologia no Rio Grande do Norte. Espaços como Instituto Santos Dumont, Instituto Internacional de Neurociências Edmund e Lily Safra, SEBRAE, Instituto Metrópole Digital, e SENAI Energias Renováveis foram alguns dos locais visitados.
“Estamos vendo as sementes desses novos combustíveis da transição energética que estão sendo desenvolvidos no Estado e no Nordeste”, disse.
Ainda de acordo com Aldemir Freire, o BNB ainda não possui linhas de financiamento para energia eólica offshore por se tratar ainda de iniciativas ainda em processo de estudos e licenciamentos, mas garante que o banco terá financiamento para essas áreas no momento oportuno.
“Ainda é muito cedo para temos linhas de hidrogênio verde uma vez que não temos demanda para isso. Hoje não temos ainda essa demanda, pois é uma tecnologia muito nova, embrionária, mas que teremos volumes significativos no futuro, sem dúvidas. Iremos trabalhar não só a cadeia de produção de hidrogênio verde, mas também agregar valor a essa cadeia, olhando para fontes estratégicas de indústrias para produção de hidrogênio verde, por exemplo”, acrescentou.
“O Banco do Nordeste é um grande participante do setor de energias renováveis e também apoia o desenvolvimento de outras tecnologias, assim como o SENAI. Podermos recebê-los no nosso centro para mostrar o que temos desenvolvido nos aproxima ainda mais nesse mercado”, diz o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello.  “Enxergamos muitos interesses mútuos e esperamos que essa visita seja apenas a primeira de muitas em prol do atendimento a esta cadeia tão importante para o desenvolvimento regional e do país”, acrescenta.
Deu na Tribuna do Norte
Política

Ezequiel Ferreira solicita investimentos para a região do Mato Grande

 

O município de Taipu, localizado na região do Mato Grande potiguar, motivou a apresentação de uma série de requerimentos pelo deputado estadual Ezequiel Ferreira (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. As solicitações são para investimentos em diversas áreas do poder público.

Ezequiel requer, entre outras coisas, o aumento do efetivo policial e a destinação de uma ambulância para o município. O parlamentar explica, em relação a primeira solicitação, que a cidade tem sofrido com as práticas criminosas e que ampliar o policiamento é uma das principais reivindicações da população.

Já para o segundo requerimento, o deputado explica que Taipu não possui ambulâncias suficientes para atender a atual demanda. “Boas condições de saúde é um fator fundamental para o melhor desenvolvimento social de um município” e há “a necessidade de um veículo apropriado para transportar seus enfermos ou acidentados para um hospital”.

Também relacionado a saúde pública, o parlamentar solicita a disponibilidade de um carro fumacê para ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti na cidade. O inseto é o transmissor da dengue, zika e chikungunya.

Entre os ofícios apresentados por Ezequiel, também consta a sugestão para que sejam realizadas obras de pavimentação e drenagem nas ruas do município, com o objetivo de melhorar o tráfego e o acesso dos moradores.

Por fim, o presidente da Assembleia também apresentou documentação

Cidade

Natal faz investimentos de R$ 160 milhões em Drenagem

Natal está fazendo o maior investimento em drenagem dos últimos 30 anos. São quase R$ 160 milhões aplicados nas ações da área e que incluem a construção de oito novas lagoas de captação. Na Zona Norte, são seis lagoas dentro do projeto de saneamento integrado.

A Prefeitura trabalha ainda na construção de uma lagoa de captação no bairro de Potilândia e outra no bairro Planalto com capacidade para 11 mil litros e que vai acabar com os problemas de alagamentos no bairro.
Nenhuma das novas lagoas construídas na atual gestão transbordou nesse período chuvoso que registrou nos primeiros 10 dias de julho o maior volume de chuvas dos últimos 24 anos. Nos dez primeiros dias do mês foram registrados 381 mm, sendo 164 só no domingo dia 3 de julho. A média de precipitações na cidade para o mês todo é de 245 mm.
Em Potilândia, a Prefeitura trabalha em uma ampla reestruturação da lagoa que existia na área. Com as intervenções realizadas atualmente, a capacidade de armazenamento do reservatório será ampliada, contribuindo para acabar com o problema crônico de alagamentos existente na região.

A atual gestão também entregou o túnel de macrodrenagem entre a Rua São José e Avenida Capitão Mor Gouveia, que acabou com um ponto de alagamento histórico em Natal naquela região de Lagoa Nova.
Além desses investimentos, a Prefeitura está licitando a primeira etapa da obra de drenagem dos bairros de San Vale e Parque das Colinas que prevê a construção de uma lagoa de captação e vai beneficiar várias ruas nas duas comunidades.

 

Limpeza das Lagoas

O serviço de limpeza de lagoas é feito rotineiramente tanto pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) como pela Urbana. São cerca de 50 lagoas de captação em Natal e, dessas, 12 transbordaram naquele final de semana devido ao grande volume de chuvas que trouxe problemas a vários municípios da região Metropolitana e do litoral potiguar, a ponto de termos hoje 19 municípios com decretada situação de calamidade, em função dos estragos provocados pelas chuvas.
O serviço contínuo de limpeza realizado pela Urbana atendeu a 18 lagoas, no entorno e nas barreiras, entre elas as lagoas de captação do José Sarney, da Acaraú, do Panatis II, do Extra, do Parque dos Coqueiros, do Pajuçara, do Câmara Cascudo, de Capim Macio, de Ponta Negra, de Morro Branco.
A Seinfra trabalhou na limpeza de outras 13 lagoas: Cidade Jardim; Jardim Primavera; Lagoa do CEI; Lagoa do Planalto (Av. Eng João Hélio Alves Rocha); Lagoa do Preá; Lagoa do Santarém; Lagoa da Av. Xavantes (Carne Assada do Enéas); Lagoa da Av. Xavantes (Lateral do posto de gasolina); Lagoa da Rua Rio Tamanduateí; Lagoa do Panatis; Lagoa do Planalto (Av. Eng. João Hélio Alves Rocha – Thyssaliah); Lagoa do São Conrado; Lagoa do José Sarney.

Importante ressaltar que boa parte do assoreamento dessas lagoas se dá em função da ligação clandestina de esgotos na rede pluvial e também pelo despejo de resíduos nas ruas que acabam entupindo as galerias da rede pluvial e indo parar nas lagoas. A Prefeitura faz um apelo à comunidade para que não jogue lixo nas ruas e nem faça ligações clandestinas de esgotos que acabam prejudicando os próprios moradores.

 

Cidade

Deputado General Girão destina quase R$ 2 milhões para investimentos em Parnamirim

 

O Prefeito Rosano Taveira recebeu, em seu gabinete, na tarde desta quinta-feira (3), o deputado General Girão. Na ocasião, o parlamentar destinou verba orçamentária no valor de quase R$ 2 milhões para Parnamirim.

Desse valor, que será destinado ao município em 2022, cerca 57% será para obras de pavimentação. Espaços como o Centro Cultural Trampolim da Vitória também serão contemplados.

Ao todo, o deputado Girão já destinou ao município, R$ 5 milhões para investimentos em diversos serviços. Para o prefeito Rosano Taveira “esses investimentos são muito importantes para o município e demonstram o bom relacionamento de Parnamirim com o Governo Federal”.

Economia

INVESTIMENTOS: Fundos imobiliários têm maior retorno com dividendos em cinco anos

Muitos fundos de investimentos imobiliários (FII) tiveram perdas amargas na bolsa de valores e até agora não recuperadas durante os últimos dois anos de pandemia.

O IFIX, índice da B3 que reúne os principais fundos imobiliários listados na bolsa, vem andando de lado desde o início da crise sanitária: sua pontuação está hoje ainda 9% abaixo do nível que registrava no início de fevereiro de 2020, logo antes de a crise do coronavírus atingir a bolsa brasileira.

Há um pedaço deles, porém, que está se recuperando com força: a rentabilidade dos dividendos.

Os dividendos são a distribuição semestral ou mensal dos lucros que os fundos imobiliários pagam a seus cotistas. Essa renda vem, geralmente, dos ganhos com aluguéis dos imóveis que administram ou do rendimento de títulos de renda fixa do setor imobiliário em que podem investir, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Até fevereiro, o retorno médio com dividendos dos fundos que compõem o IFIX acumulou 8,8% em 12 meses, de acordo com levantamento da consultoria de dados financeiros Economatica. É o maior retorno desde junho de 2017, quando o chamado “dividend yield” (taxa de dividendo) dos fundos imobiliários tinha ficado também em 8,8%.

A proporção é bem superior que o retorno do CDI nos mesmos 12 meses até fevereiro, que foi de 5,4%. A conta da rentabilidade dos dividendos, nos fundos imobiliários, é feita considerando o quanto o fundo distribuiu em lucros por cota dividido pelo valor da cota, que é, para os FIIs, o equivalente ao valor unitário da ação de uma empresa. Para chegar à rentabilidade média do IFIX, esta conta é ponderada pela participação de cada fundo que integra o índice. É uma maneira de dar uma indicação aos investidores de quanto o dinheiro que eles têm aplicado nesses fundos está rendendo.

Ajuda dos juros e inflação alta

Maria Fernanda Violatti, analista de fundos imobiliários da XP Investimentos, explica que boa parte do retorno em alta se explica pelos chamados “fundos de papel”, que são os fundos imobiliários que investem não em imóveis físicos, mas em títulos de renda fixa ligados ao setor, os CRIs.

Os CRIs são títulos de crédito emitidos por instituições financeiras especializadas para financiar empreendimentos imobiliários. Como outros papéis de renda fixa, eles remuneram seus investidores geralmente com juros atrelados ao CDI ou à inflação – e, como os dois subiram no último ano, os rendimentos dos CRIs dispararam também.

Segundo Violatti, os fundos de papel vêm ganhando espaço desde 2018 e hoje representam cerca de 45% do IFIX. “Eles são muito beneficiados por juros e inflação mais altos, acabaram se tornando muito atrativos e sua representatividade acabou se refletindo no IFIX como um todo.”

Cálculos da XP indicam que o pagamento de dividendos por fundos que formam o IFIX representaram, só em janeiro, o equivalente a uma rentabilidade anual de 11,8%.

Considerada apenas a parcela do índice formada por fundos de papel, essa rentabilidade foi de quase 15%, enquanto em outros segmentos, como o de FIIs que investem em shoppings, ela ficou em 8%.

É por essa razão que tanto Violatti quanto outros especialistas do setor enxergam em 2022 uma oportunidade para investir nesses fundos imobiliários especializados em títulos financeiros.

“Começamos 2022 com a taxa de juros bem elevadas, acima de 10%, o que favorece os fundos de papel”, diz Arthur Vieira de Moraes, professor de finanças especializado no mercado de fundos imobiliários.

“A rentabilidade dos fundos de tijolo deve estar em torno de 0,6% a 0,7% ao mês atualmente, enquanto a dos fundos de papel está chegando próxima do 1%”, disse ele.

Oportunidade de “comprar” imóvel barato

Os chamados “fundos de tijolo” são a outra grande parte do mundo dos fundos imobiliários. São os fundos que possuem ou administram imóveis reais, como shoppings, prédios corporativos, galpões ou hotéis, e que ganham com o aluguel e comercialização desses espaços.

Isso dá às pessoas que investem nesses fundos duas frentes possíveis de ganhos: a renda recorrente que vem dos aluguéis, paga aos cotistas na forma de dividendos geralmente mensais, e a possibilidade de valorização da cota, que é o pequeno pedaço do fundo que os investidores compram diretamente na bolsa de valores e cujo preço sobe e desce conforme a procura, de maneira muito parecida às ações.

Embora ainda menos atraentes que os fundos de papel nesse momento, esses fundos formados por imóveis reais, de acordo com os analistas, estão com os preços ainda muito abaixo do que realmente valem. Isso também dá a eles, agora, uma boa oportunidade de compra.

“É um ótimo momento para comprar fundos de tijolo, muitos deles com excelentes ativos e que estão com um valor ainda muito abaixo de seu valor patrimonial”, diz Moraes. “É como comprar um imóvel muito mais barato do que o que realmente vale.”

Os fundos que investem em shoppings e em lajes corporativas são alguns que, depois de passar por maus bocados com muitas lojas e escritórios vazios durante a pandemia, já mostram uma retomada das atividades nos principais centros comerciais do país, de acordo com os analistas.

Outros, como os de galpões logísticos, muito procurados por empresas de e-commerce, nunca pararam, cresceram ainda mais durante a pandemia e seguem ainda aquecidos.

“São fundos que estão com descontos muito atraentes. Não significa que as cotas deles vão ter altas significativas agora, não há muito sinais disso ainda”, diz Violatti, da XP.

“Mas estamos, sim, em um ponto de entrada bem interessante para aquele investidor que é orientado para o longo prazo, que sabe que não se compra um imóvel hoje para vender amanhã, que vê que eles estão pagando dividendos mensais e que podem voltar a se valorizar em algum momento.”

Notícias

Ministro Rogério Marinho anuncia R$ 97,2 milhões em investimentos em mobilidade urbana e drenagem em Natal

 

O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), vai investir R$ 97,2 milhões em obras de mobilidade urbana e drenagem de águas pluviais na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. O anúncio dos repasses foi feito nesta sexta-feira (11) pelo ministro Rogério Marinho, durante visita à capital potiguar.
“Temos o compromisso de trabalhar para ampliarmos essa ação de melhorias na infraestrutura urbana e na mobilidade na cidade de Natal. É um compromisso assumido por nós e que esperamos ampliar para mais localidades do município”, destacou Marinho.
O titular do MDR destacou, ainda, a importância dos investimentos da União no Rio Grande do Norte e no Nordeste. “O Ministério do Desenvolvimento Regional tem a missão de atacar as desigualdades regionais. O Nordeste do Brasil tem pouco menos de 30% da população e apenas cerca de 14% do PIB do País. É evidente que a ação tem que ser muito mais forte nessa região”, reforçou.
Ao todo, sete projetos serão contemplados com recursos federais. Um dos que terá maior impacto positivo sobre a mobilidade da capital potiguar é o de implantação de um pontilhão – espécie de pequena ponte – sobre a linha férrea da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), no trecho entre os Bairros Cidade Nova e Planalto.
A obra, que receberá investimentos de R$ 14,9 milhões, vai facilitar o deslocamento de cerca de 235 mil pessoas que vivem na região, além das que trafegam pelo local. Com isso, haverá mais segurança para motoristas, ciclistas e pedestres, e também para a operação da linha da CBTU que passa na região.
“Essa obra é importantíssima para a Zona Oeste, pois vai dar um desenvolvimento diferenciado a esse local. Estamos resolvendo, definitivamente, um problema que afetava aquela comunidade desde tempos remotos”, afirmou o prefeito de Natal, Álvaro Dias.
Morador do Bairro Planalto, o aposentado Paulo Furtado de Souza comemorou o anúncio do projeto. “Nós esperamos por isso há mais de 20 anos. Essa obra tem uma importância enorme, porque dá mais conforto no trânsito e vai diminuir o perigo que se tem no percurso hoje. Nós vamos ter uma outra visão e um outro desenvolvimento nesta região”, disse.
*Centro histórico*
O projeto que receberá mais investimentos, de R$ 28,7 milhões, será o de requalificação urbana nos Bairros Cidade Alta e Ribeira, que fazem parte da área histórica da capital potiguar. As intervenções têm como objetivo melhorar os acessos aos dois bairros e ao Porto de Natal.
Além disso, serão feitas melhorias na infraestrutura urbana ao longo de importantes áreas, como a Pedra do Rosário – local onde está instalada a imagem de Nossa Senhora da Apresentação, padroeira da cidade. Serão beneficiados tanto os moradores da capital potiguar quanto turistas que desejem visitar a parte histórica.
Outra obra que receberá investimentos do MDR será a de implantação de travessia em desnível para facilitar o deslocamento entre as Avenidas Hermes da Fonseca e Almirante Alexandrino Alencar, na altura do Bairro Tirol. A estrutura é chamada de “Trincheira” e consiste na execução de intervenções para que um trecho de via seja escavado no solo, abrindo uma nova pista, com raias laterais para deslocamentos para diferentes áreas. Dessa maneira, dá-se maior fluidez ao trânsito.
Esse é um dos trechos com maior volume de tráfego de veículos na Grande Natal, sendo a principal ligação entre as Zonas Leste e Sul da capital, além de ser ponto de passagem para diversas áreas da região metropolitana.
A projeção é que cerca de 75 mil veículos passem pela região diariamente e as intervenções poderão beneficiar até 1,5 milhão de pessoas na Grande Natal. Com a conclusão do projeto, será possível melhorar a fluidez das ligações transversais da cidade, facilitando o acesso das Zonas Leste/Sul com Oeste/Norte, principalmente nos bairros Nova Descoberta, Lagoa Nova, Nossa Senhora de Nazaré, Dix-Sept Rosado e parte do Tirol.
Mais R$ 22,4 milhões serão destinados à instalação de diversos tipos de infraestruturas de mobilidade urbana pela cidade de Natal. Os recursos serão utilizados para a pavimentação de vias, instalação de calçadas acessíveis e ciclovias, além de requalificação urbana de trechos da cidade.
*Investimentos em qualificação viária*
O Ministério do Desenvolvimento Regional também vai aportar recursos em qualificação viária em diversos locais de Natal. São R$ 6,3 milhões destinados a esse fim, em três repasses diferentes.
O de maior valor alcança R$ 5,8 milhões, que serão utilizados para pavimentação em paralelepípedo em ruas de diversos bairros da cidade que ainda não contam com esse tipo de infraestrutura. Estima-se que 400 mil pessoas serão impactadas por esse aporte, além de benefícios conexos, como a possibilidade de inclusão das áreas beneficiadas em rotas do sistema de transporte público coletivo e redução de ocorrências de desastres naturais, como alagamentos.
Além disso, serão aportados R$ 287,8 mil diretamente para o recapeamento da Rua Natal, localizada no Bairro Cidade da Esperança. A via é uma das mais movimentadas do bairro e conta com intensa atividade comercial e tráfego de veículos. Espera-se que cerca de 5 mil pessoas sejam beneficiadas diretamente pelas obras.
Por fim, mais R$ 238 mil serão destinados à implantação de pavimentação em paralelepípedo e de sistema de drenagem, em local ainda a ser definido pela Prefeitura de Natal.
Economia

Michel Temer diz em Dubai que o Brasil tem capacidade de recuperação e precisa de “investimentos externos”

Foto: Divulgação CNI

 

Em missão empresarial em Dubai, o ex-presidente Michel Temer (MDB) disse neste domingo, 14, que o Brasil precisa ampliar as relações comerciais e atrair investimentos de países como os Emirados Árabes. Ele disse aos árabes, então, que o Brasil tem capacidade de recuperação e unidade, apesar de algumas divergências internas.

“Vez ou outra há alguma divergência interna no Brasil, mas hoje, graças a Deus, essas divergências vão indo para o plano programático, administrativo, vez ou outra no plano ideológico, mas não passa disso. Portanto, temos unidade no país”, afirmou Temer. Ele participa de missão empresarial da CNI (Confederação Nacional da Indústria) que reúne mais de 300 empresários e executivos brasileiros, além de investidores e representantes árabes, em Dubai.

Dirigindo-se a embaixadores árabes, Temer falou que o Brasil tem uma “capacidade de recuperação extraordinária” e está preocupado em fortalecer as relações com os Emirados Árabes, tanto do ponto de vista empresarial, quanto do ponto de vista político e institucional. Para o ex-presidente, o desenvolvimento dessa parceria “será útil para ambos os países”. “É fundamental que tenhamos investimentos estrangeiros no Brasil, coligados com investimentos nacionais. E aqui fora há trilhões de dólares procurando onde investir produtivamente”, afirmou Temer.

Na mesma linha do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também está em Dubai, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro em uma viagem de 5 dias ao Oriente Médio, Temer disse que os investimentos árabes podem contribuir com o desenvolvimento da infraestrutura no Brasil. “Nós precisamos de investimentos estrangeiros no Brasil. Eu sou muito franco em dizer que, nos dias atuais, o Brasil não tem tanto dinheiro para aplicar em infraestrutura e a aplicação em obras é fundamental, porque gera empregos. A iniciativa privada, por sua vez, teve certa queda”, afirmou Temer. Para o ex-presidente, o multilateralismo é fundamental para o Brasil: “De vez em quando, temos ideias equivocadas de certo isolacionismo ou bilateralismo. É impossível para o nosso país que assim venhamos a proceder”….

Informações do Poder 360