Tecnologia

Notebooks e celulares com inteligência artificial começam a chegar às lojas; Veja o que eles têm de diferente

 

A Inteligência Artificial (IA) generativa está revolucionando a forma como interagimos com nossos dispositivos. Com a capacidade de criar imagens, apresentações em PowerPoint e até mesmo traduções simultâneas durante videoconferências, esses sistemas estão se tornando parte integrante da experiência digital.

Fabricantes de hardware estão lançando novos modelos de dispositivos reforçados com sistemas de IA embarcados, preparados para lidar com grandes volumes de dados em alta velocidade. Essa tendência ganha força no Brasil com a chegada de uma série de notebooks, tablets e celulares equipados com IA, prometendo proporcionar novas experiências aos consumidores.

A combinação de hardware e software dotados de processadores avançados e núcleos dedicados à IA permite que computadores e smartphones executem tarefas complexas com rapidez e eficiência. Isso inclui a geração de imagens, vídeos e textos utilizando soluções de IA como o ChatGPT da OpenAI e o Gemini do Google.

Os dispositivos com IA generativa estão se tornando cada vez mais comuns, representando uma parcela significativa das vendas de produtos eletrônicos este ano. A expectativa é que até 2026, 80% dos novos PCs para uso comercial contenham chips dedicados à IA, enquanto um em cada três celulares lançados até 2027 virá com aplicativos de IA embutidos.

Recentemente, empresas como Nvidia e Qualcomm anunciaram novos chips e processadores projetados para executar tarefas de IA. Esses avanços permitirão que os dispositivos realizem uma variedade de funções, desde reconhecimento de fala até criação de vídeos tridimensionais, impulsionando ainda mais a adoção dessa tecnologia.

Com a chegada de laptops equipados com IA no Brasil, os usuários poderão desfrutar de recursos avançados, como assistentes virtuais inteligentes e aplicativos de design gráfico generativo. Essa integração de IA em dispositivos do dia a dia promete transformar a forma como trabalhamos e nos comunicamos, abrindo caminho para uma nova era de experiências digitais personalizadas e eficientes.

Deu no O Globo
Notícias

INSS começa a usar inteligência artificial para detectar fraudes em atestados para auxílio-doença

Robô da Dataprev vai fazer uma varredura nos atestados médicos enviados pela internet - Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

O INSS começa nesta segunda-feira (15) a utilizar inteligência artificial (IA) para detectar fraudes em atestados médicos para conseguir o auxílio-doença, atualmente chamado de benefício por incapacidade temporária.

Esse benefício é concedido quando o trabalhador precisa ficar afastado do serviço por mais de 15 dias por motivo de doença. Para obtê-lo, é necessário apresentar atestado ou fazer uma perícia médica.

A partir desta segunda, um robô desenvolvido pela Dataprev vai fazer uma varredura nos atestados médicos que forem enviados pela internet, pela plataforma Atestmed.

Esse sistema substitui o atendimento médico-pericial por uma análise de documentos, nos casos em que o benefício é de até 180 dias.

Agora, a análise feita pela inteligência artificial vai cruzar dados como nome, assinatura e CRM do médico no atestado, além de identificar o endereço de onde foi enviado o arquivo.

Em 2023, mais de 1,6 milhão de pedidos chegaram ao INSS via Atestmed, mas quase metade (46%) não foi aceita porque não estava de acordo com as regras do instituto.

Segundo o órgão, faltava alguma informação no atestado ou algum dado gerou dúvidas, por isso, os trabalhadores foram encaminhados para perícia.

Tanto quem falsifica como quem usa o documento falso podem ser condenados a até 5 anos de prisão. Além disso, o beneficiário do INSS que comprou o atestado terá que devolver o dinheiro recebido e pode ser demitido por justa causa.

Regras para o atestado

Atestados devem ser emitidos por médicos com inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) e não podem ter nenhuma rasura. Eles também precisam:

  • especificar o tempo de afastamento necessário para a recuperação do paciente;
  • estabelecer o diagnóstico quando expressamente autorizado pelo paciente;
  • registrar os dados de maneira legível;
  • identificar o emissor mediante assinatura e carimbo ou número de registro no CRM;
  • trazer o número da Classificação Internacional de Doenças (CID) correspondente, no caso do Atestmed.

Um atestado médico pode ser considerado falso, segundo o INSS, quando:

  • é elaborado por uma pessoa que não possui habilitação para a emissão do documento;
  • o seu conteúdo não é verdadeiro, ainda que subscrito por profissional habilitado;
  • fica comprovado que o documento foi adulterado; embora o atestado seja legítimo.

Quando um trabalhador pode ser afastado do trabalho por doença?

Para que um funcionário possa ser afastado do trabalho por doença, ele precisa receber um atestado médico com um pedido de afastamento.

O que gera o direito ao benefício é a incapacidade de exercer sua atividade profissional por consequência da doença, afirma a advogada Carla Benedetti, mestre em direto previdenciário.

A partir disso, “os primeiros 15 dias de afastamento serão custeados pela empresa e, após, a responsabilidade é transferida ao INSS”, explica Larissa Maschio Escuder, coordenadora da área trabalhista do Jorge Advogados.

Em seguida, o INSS vai submeter o empregado a uma perícia médica para avaliar o tempo necessário de afastamento e se ele tem direito ao auxílio-doença. Nos casos em que o benefício é de até 180 dias, não é necessário fazer perícia.

E, se o trabalhador tiver uma doença relacionada ao trabalho, a empresa precisa emitir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) para que ele consiga o auxílio-acidentário, modalidade que garante a estabilidade de 12 meses após a alta.

Quem tem direito ao auxílio-doença do INSS?

Qualquer pessoa que seja segurada tem direito ao auxílio-doença, incluindo empregados CLT, autônomos, empreendedores, facultativos ou contribuintes individuais.

“E se a pessoa estiver desempregada, ela tem uma carência de 12 meses, no caso de acidente do trabalho, para pleitear o benefício ainda na qualidade de segurado”, pontua Marcelo Martins, membro da Comissão da Advocacia Trabalhista da OAB-SP.

Deu na CNN

Saúde

Cientistas brasileiros detectam insuficiência cardíaca usando IA

O método para identificar insuficiência cardíaca utilizando IA mostrou ser bem eficiente. Foto: Freepik.

 

Pesquisadores de universidades brasileiras desenvolveram um método para identificar insuficiência cardíaca que usa inteligência artificial (IA). Com apenas uma análise da voz dos pacientes, é possível identificar o distúrbio.

O algoritmo ‘Marcador de Vozes’ utiliza técnicas computacionais com um modelo matemático inspirado na estrutura neural de organismos inteligentes, semelhantes ao cérebro humano. Essas, por suas vez, reconhecem os padrões de voz e as distorções causadas pela insuficiência cardíaca em uma pessoa.

O invento foi desenvolvido entre uma parceria da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Instituto do Coração da Universidade de São Paulo (Incor/USP). A equipe envolveu alunos e professores de engenharia e medicina.

Rede neural artificial

Foram criadas duas redes neurais artificiais no câmbio da pesquisa.

Uma do gênero masculino e outra feminino. O objetivo era fazer com que as duas reconhecem as distorções causadas pela insuficiência em uma pessoa.

Para isso, os pesquisadores coletaram com um gravador, vozes de 142 voluntários.

Depois, os dados coletados passaram por técnicas de processamento de sinais que detectam defeitos em equipamentos.

Nessa etapa, os pesquisadores querem extrair algumas características que sinalizem a condição de insuficiência cardíaca.

Insuficiência ou saudável?

Com os dados em mãos, era a hora de realizar os primeiros testes.

“Basicamente gravamos a voz do voluntário e aplicamos o ‘Marcador de Vozes’ para que responda ‘insuficiência cardíaca’ ou ‘saudável’, explica o professor do Centro de Ciências Médicas (CCM), Marcelo Dantas Tavares de Melo.

O resultado foi uma surpresa para toda a equipe.

O ‘Marcador de Vozes’ conseguiu resultados mais rápidos e mais precisos do que os métodos habituais.

A eficiência foi alta, acertando quase 92% dos diagnósticos positivos e negativos para o distúrbio.

Os pesquisadores usaram a voz dos pacientes para identificar a existência do distúrbio. Foto: Arquivo pessoal dos cientistas.

 

O algoritmo também apresentou ótimos resultados em critérios como sensibilidade (88%) e especificidade (92%).

Não invasivo

Além disso, outra vantagem da tecnologia desenvolvida nas universidades públicas brasileiras é o fato de ser uma ferramenta não invasiva.

Por usar somente a voz humana em suas análises, a ferramenta é muito positiva.

“Uma vez popularizado, terá impacto imensurável, permitindo que este diagnóstico seja aferido de forma remota, na telemedicina. Na triagem de pacientes, a ferramenta poderá facilitar o direcionamento para centros de referência em cardiologia”, disse Marcelo.

Informações da UFPB

Notícias

IA pode ser uma grande aliada do Brasil no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo

Raphael Ribeiro | BCB

 

A inteligência artificial (IA) pode se tornar uma importante aliada no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo no Brasil, externou nesta segunda-feira (4) o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

A fala aconteceu durante sua participação no seminário que celebra os 25 anos da lei de combate a esse tipo de crime no país, sediado em Brasília.

“Antevemos, por exemplo, o uso de inteligência artificial como ferramenta auxiliar nesse trabalho [de combate à lavagem de dinheiro], mas há desafios, pois as novas tecnologias também podem ser usadas para operações ilícitas”, afirmou o presidente do BC em cerimônia promovida pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Que falar sobre os mecanismo atuais, Campos Neto disse que o Brasil tem buscado se aperfeiçoar e, dentro de atualizações constantes, se aperfeiçoar no rastreamento da origem de recursos ilegais.

“Temos avançado em uma ampla agenda de novas tecnologias que têm o potencial de elevar a rastreabilidade das operações e tornar o combate e a prevenção dessas atividades ilícitas ainda mais efetivo”, afirmou.

Durante o evento, o presidente do BC fez um balanço sobre os avanços do Brasil nas duas áreas: combate à lavagem de dinheiro e ao repasse de dinheiro ao terrorismo. Como principais marcos, Campos Neto citou o alinhamento do país a diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Grupo de Ação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Na ocasião, ele disse que o Brasil manterá o compromisso de reprimir os crimes financeiros e que o BC continuará a colaborar com os órgãos de controle.

“Posso afirmar que essa cooperação tem gerado muitos bons resultados. A atuação do Banco Central tem contribuído para viabilizar importantes operações conduzidas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e demais órgãos de controle”, declarou.

Deu no Conexão Política

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Tetraplégico recupera movimentos nas mãos após implantar chips de inteligência artificial no cérebro

 

Um homem tetraplégico recuperou os movimentos do corpo. Isso foi possível com ajuda de microchips com algoritimos de inteligência artificial (IA), que foram implantados em seu cérebro. O caso aconteceu nos Estados Unidos.

A tecnologia implantada em Keith Thomas permitiu uma reconexão do cérebro com a medula espinhal, formando uma ponte para que a informação transitasse novamente entre os membros e o cérebro.

A cirurgia durou mais de 15 horas, mas, logo após o procedimento, ele conseguiu sentir o toque de sua irmã. Em seguida, ele também recuperou movimentos e sensações nas mãos e sensibilidade nos braços e pulsos.

Um dos especialistas por trás do procedimento mostrou-se otimista em ajudar mais pessoas usando IA.

“Achamos que é possível aplicar este tipo de tecnologia e essa nova abordagem em outras partes do corpo, como membros inferiores, pernas. É uma ideia parecida com, essencialmente, sobrecarregar a medula espinhal e, se nós pudermos acordar alguns desses circuitos que foram danificados e que estão adormecidos há anos, então, o céu é o limite”, disse o especialista.

Em entrevista, Keith Thomas destacou que o mais importante para ele é poder recuperar alguma independência após o procedimento. Ele havia perdido o movimento do tronco e dos membros após quebrar o pescoço após um mergulho em uma piscina rasa.

Deu na CNN Brasil

Notícias

Apple desenvolve ferramenta de inteligência artificial para concorrer com ChatGPT e Bard

iPhone com a tela virada para cima do lado de carregador e em cima de um teclado de notebook

 

Apple desenvolve uma ferramenta de inteligência artificial (IA) para concorrer com o ChatGPT, da OpenAI, e a Bard, recém-lançada pelo Google.

Contudo, ainda não há informação de como a tecnologia será disponibilizada para o público. A princípio será usada para melhorar funcionalidades, equipamentos e serviços da Apple.

O projeto informalmente tem um nome provisório de “Ajax”. No entanto, os engenheiros da empresa mais valiosa do mundo têm outro nome para falar do projeto: AppleGPT. A empresa de tecnologia é a única, até o momento, que não se posicionou sobre a inteligência artificial.

Deu na Jovem Pan

Educação, Tecnologia

Professor do IMD conduz pesquisa internacional sobre responsabilidade social e IA

Estudo começa em agosto e investigará formas de responsabilizar atores sociais por mau uso de IA – Foto: Thiago Araújo -IMD/UFRN

 

Com potenciais consequências debatidas ao redor do mundo, a inteligência artificial (IA) terá implicações sociais, políticas e econômicas estudadas também no âmbito do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN). Isso porque o professor do IMD Leonardo Bezerra vai dar início, em agosto de 2023, a uma pesquisa internacional que visa contribuir para a criação de mecanismos de responsabilização pelo mau uso de IA em diferentes contextos.

Com apelo global, o projeto de pesquisa foi aprovado por três instituições de fomento à ciência localizadas na União Europeia e Reino Unido e inseridas nos contextos de estudos do tipo fellowship e lectureship. Ao final, o estudo deverá resultar na criação de um observatório digital – ferramenta que contemplará tudo o que pode ser considerado dano social causado por más aplicações de IA ao redor do mundo.

Na prática, a ferramenta deverá funcionar como um portal de divulgação científica aberto a toda a sociedade. Uma vez criado, o observatório servirá tanto de referência para outros trabalhos relacionados com IA como também de base para autoridades de diferentes países traçarem políticas públicas que garantam segurança e responsabilização por parte de empresas ou usuários da tecnologia.

“Exemplo disso é a desinformação nas redes sociais ou a própria falta de transparência de IAs criadoras de conteúdo. Essas são situações discutidas mundialmente e a nossa proposta é estudar não apenas esses problemas, mas monitorá-los, entender suas limitações e propor soluções concretas para a falta de responsabilização da IA em diferentes contextos”, explica Leonardo Bezerra.

O projeto também prevê a escrita de um livro que detalhará todo o processo de discussão e criação das soluções propostas pela pesquisa.

Parceria internacional

Por se tratar de um tema amplo, que abrange questões humanas, éticas e legislativas de todo o mundo, o docente também chama atenção para a necessidade de o estudo receber apoio de instituições com forte atuação global no âmbito da IA. A intenção, segundo Leonardo Bezerra, é estar perto de pessoas que preparam políticas públicas, para poder entender como esses dispositivos legais serão desenvolvidos ao longo dos próximos anos.

“Assim como na pandemia de Covid-19, que vinha em ondas, essas revoluções da IA também acontecem em ciclos. Então, uma vez que a gente esteja preparado para mitigar o risco envolvido com tudo isso, a gente consegue estar preparado para possíveis problemas relacionados com por exemplo precarização do trabalho, desemprego humano, questões de saúde pública, entre outras”, comenta Bezerra.

O projeto de pesquisa passou por mais de 20 processos seletivos estrangeiros e foi aprovado por três instituições. Todas essas estão inseridas em contextos de financiamento internacional, que pode ser oferecido por agências de fomento ou consórcios de pesquisa, fellowship, ou ainda por universidades, lectureships.

No contexto de fellowship, o estudo do professor Leonardo foi aprovado pelo Consórcio Europeu de Pesquisa em Informática e Matemática (ERCIM), o qual abrange instituições de pesquisa da Itália, Holanda, Alemanha, Portugal, Noruega, Suécia e Finlândia.

Já no âmbito das lectureships, o projeto foi aprovado pelas universidades de Westminster (Inglaterra) e Stirling (Escócia) – sendo esta uma das 50 principais instituições de ensino superior do Reino Unido, segundo o Guardian University Rankings 2022, e uma das 50 melhores do mundo segundo o Times Higher Education World University Rankings 2017.

Após as avaliações e trâmites na UFRN, Leonardo deverá escolher neste mês uma das instituições para dar início ao estudo em agosto. Apesar da candidatura individual, o docente também prevê a participação de outros membros na execução do projeto, especialmente pesquisadores docentes e membros de doutorado internacional, de modo a criar um grupo de atuação multidisciplinar e abrangente.

Informações do IMD/UFRN

Notícias

Criminosos usam inteligência artificial para enganar vítimas e roubar dinheiro; veja como se proteger

 

Golpistas estão cada vez mais empenhados em confundir vítimas para roubar dinheiro e estudam formas complexas para isso, inclusive usando IA (inteligência artificial).

O novo golpe consiste na manipulação da voz por meio de programas que imitam respiração, pausas e tom de fala, gerando frases que são enviadas por áudio ou ligação para pessoas que possam reconhecer os sons, como amigos e familiares. O objetivo é enganar e extorquir.

Como funciona?

Arthur Igreja, especialista em tecnologia e inovação e co-fundador da plataforma AAA Inovação, afirma que a principal ferramenta usada para esse tipo de golpe é a ElevenLabs, mas existem outras como Murf.ai, Respeecher e Discursar.

Os softwares, alimentados por inteligência artificial, conseguem imitar vozes e reproduzi-las de maneira fiel, usando poucos minutos de áudios reais. “Há programas que, com apenas 3 segundos, conseguem criar uma identidade, mas não são capazes de captar alguns aspectos da voz, vícios de linguagem e pequenas sutilezas. Para ser algo extremamente fidedigno, esses programas pedem de 10 a 15 minutos”, ele conta.

Pessoas que publicam vídeos na internet são os principais alvos dos golpistas. “O acesso à voz delas é mais fácil e, quanto mais gravações, mais perfeita a voz artificial fica”, explica o advogado Luiz Augusto, especialista em crimes cibernéticos.

Após a ferramenta assimilar a voz original, tudo o que o golpista precisa fazer é escrever uma frase como: “Você pode fazer um pix de R$ 600 para mim?”. Então, o programa se encarrega de gerar a voz artificial que pode enganar as vítimas.

Golpes com inteligência artificial

O advogado afirma que a utilização indevida ou ilícita da inteligência artificial é um cenário inevitável. “Os criminosos se aproveitam da criação de tecnologias para desenvolver novos golpes. A manipulação de áudios não é algo novo para a IA, mas agora tem sido usada por pessoas mal-intencionadas, que conseguem deixar as vozes cada vez mais próximas do real para enganar e roubar”, disse.

Quanto mais ferramentas disponíveis, mais golpes vão surgir. E os que já existem vão evoluir. Na visão de Igreja, as armadilhas que utilizam inteligência artificial são “extremamente preocupantes”, uma vez que a tecnologia está sendo usada para roubar a privacidade, a segurança e a identidade de uma pessoa. “A partir do momento em que alguém rouba isso, tudo fica frágil”, falou.

Como se proteger?

Dentre as formas de se proteger do golpe da voz, Augusto conta que a mais eficaz é a criação de uma palavra-chave entre os amigos mais chegados e familiares. “Combinar uma palavra de segurança para ser usada toda vez que o assunto envolver finanças é uma garantia de identificar se é um golpe ou não”.

Após o pai ter caído no golpe da voz, Dario conta que a família criou uma palavra-chave e agora se sente mais segura. “Eu percebi que, assim como o meu pai, minha mãe e outros familiares também poderiam acreditar no golpe. Por isso, escolhemos uma palavra para usar nesses casos e estamos mais atentos”.

Outra opção é realizar uma videochamada antes de efetuar qualquer tipo de transação. No entanto, o advogado Luiz Augusto alerta que logo este método pode ficar obsoleto, uma vez que a inteligência artificial também já é capaz de manipular imagens. “É um processo que exige tempo e profissionais experientes, mas se ainda não está do alcance dos golpistas, em breve vai estar”, disse.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) comenta que golpistas utilizam a manipulação psicológica do usuário e falsas urgências para conseguir informações confidenciais, como senhas, números de cartões e transações. Sendo assim, sempre que pessoas aparecerem pedindo dinheiro ou dados por aplicativos de mensagem, a desconfiança já é uma defesa.

Caí no golpe! E agora?

Caso você seja vítima de um golpe, existem atitudes que podem ser tomadas. A Febraban orienta que o cliente notifique imediatamente seu banco. Assim, medidas adicionais de segurança serão adotadas, como bloqueio do aplicativo e da senha de acesso.

Há também a possibilidade do banco recuperar o dinheiro junto ao destino. “Sobre ressarcimento, informamos que cada instituição financeira tem sua própria política de análise e devolução, baseada em pesquisas individuais, considerando as evidências apresentadas pelos clientes e informações das transações realizadas”, explicou o órgão.

O advogado sugere que, assim que se der conta do golpe, a vítima também registre um boletim de ocorrência por estelionato. Nesse caso, o criminoso pode cumprir pena de reclusão de um a cinco anos.

Fonte: R7

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Mar em fúria e calor de 50º: ChatGPT prevê “fim do mundo” no Brasil

 

Imaginar o futuro, tentar prevê-lo, é uma característica dos humanos que guarda registros nas primeiras civilizações. Os oráculos eram uma parte fundamental das sociedades grega, na Europa, ou iorubá, na África, por exemplo.

Com a evolução das IAs (Inteligências Artificiais), como o ChatGPT, é possível “consultar” o futuro com poucos cliques. Ainda que estes “robôs” não tragam respostas certeiras do amanhã, eles baseiam-se em dados científicos – sobretudo quando pensamos em projeções climáticas. Podemos dizer que uma previsão do ChatGPT tem mais chance de dar certo, do que uma visão do Oráculo de Delfos, o mais famoso da Grécia Antiga.

Hoje, existe um esforço global para que o aumento da temperatura terrestre fique abaixo dos 2ºC até 2030. Para tal, a ONU já declarou que serão necessárias grandes ações.

Mas como será nosso mundo em 100 anos caso as atuais tendências de uso de combustíveis fósseis e emissões de gases de efeito estufa sejam mantidas? Para responder a essa pergunta usamos uma projeção realizada pelo ChatGPT, com dois personagens: Johnny e João, um que vive em um local mais afetado pelas mudanças climáticas, e tem menos recursos financeiros, e outro que vive em um local menos afetado, com boa renda e acesso a tratamento de saúde.

A simulação levou em conta dados científicos sobre mudanças climáticas, impactos na natureza e saúde humana, bem como suposições sobre o desenvolvimento tecnológico e social.

De acordo com a projeção do ChatGPT, a Terra estará mais quente e instável em 100 anos. Nesta próxima centena de anos, as temperaturas médias podem subir até 4°C, causando eventos climáticos extremos, como secas, enchentes, tempestades e furacões mais intensos e frequentes.

A projeção de um mundo totalmente inabitável é incerta e depende de múltiplos fatores, de acordo com a própria inteligência artificial. No entanto, o ChatGPT projeta que se o uso de combustíveis fósseis continuar no ritmo atual, é possível que em menos de 100 anos a Terra se torne um local com condições de vida muito insalubres para a maioria dos seres humanos.

As pessoas poderiam enfrentar temperaturas insuportáveis, com termômetros marcando mais de 50°C em algumas regiões, tornando impossível permanecer ao ar livre por muito tempo. O ar seria tóxico, com altos níveis de poluição atmosférica e de partículas finas, o que pode levar a uma série de doenças respiratórias e cardiovasculares. A água potável seria escassa, e a maioria dos rios, lagos e reservatórios estaria secando ou contaminada por produtos químicos e tóxicos.

As cidades seriam quentes e sufocantes, com poucas áreas verdes e sem árvores, tornando a vida urbana ainda mais estressante. As comunidades mais vulneráveis, como as populações indígenas, as pessoas que vivem em regiões costeiras ou em áreas com altos índices de pobreza e desigualdade, seriam as mais afetadas.

A projeção considerou como seria o cotidiano de duas pessoas fictícias, um rico chamado Johnny e um pobre chamado João, que vivem em lugares diferentes do mundo e têm trabalhos distintos.

Enquanto Johnny desfruta de um estilo de vida ainda confortável em uma cidade desenvolvida, João luta para sobreviver em uma região empobrecida e suscetível a eventos climáticos extremos. Johnny é um advogado que vive em Vancouver, Canadá, tem acesso a uma dieta balanceada, exercícios regulares e serviços de saúde de qualidade. Ele trabalha em um escritório de advocacia renomado e possui uma casa luxuosa.

Enquanto isso, João, um estivador que mora em Recife (PE), enfrenta dificuldades para garantir a própria alimentação. Ele está exposto a doenças causadas pela poluição do ar e da água, além de ter que lidar com o risco de deslizamentos de terra e inundações. Trabalhando sob o sol escaldante, com temperaturas que podem exceder os 40°C, sem acesso à água potável ou a instalações sanitárias adequadas.

Sandro Faria, biólogo doutor em evolução e sistemática e Membro do CPMAMA (Centro de Pesquisa e Monitoramento Ambiental da Mata Atlântica), que considerou os apontamentos e projeções pertinentes e afirma que os impactos em algumas partes do globo seriam bem próximos ou iguais aos que foram apontados pelo ChatGPT.

“A questão é que esse mecanismo não consegue prever tantas características sociais, pois, locais mais pobres serão afetados muito antes, e os desdobramentos dessas fragilidades ainda não são totalmente mensuráveis pela ciência ou por inteligências artificiais”, afirma Faria.

O biólogo alerta que o fracasso na redução do uso dos combustíveis fósseis e em outras estratégias que barrem as mudanças climáticas irão desencadear uma série de eventos climáticos de proporções ainda desconhecidas.

“Algumas catástrofes mais drásticas, agressivas e pontuais podem acontecer em diversas regiões do globo e não de uma maneira gradual como previsto na IA. No geral, o mecanismo se mostrou bastante coerente”, avalia.

Por fim, a IA nos deixa um recado, tal qual um oráculo que prevê e alerta ao futuro: “Ainda há tempo para agir, mas é necessário que governos, empresas e sociedade civil trabalhem juntos em busca de soluções sustentáveis e justas para enfrentar esse desafio global”.

Com informações de UOL

Notícias

Três em cada cinco pessoas não confiam em tecnologias que utilizam inteligência artificial

Inteligência Artificial

 

Pesquisa realizada pela Consultoria KPMG aponta que três em cada cinco pessoas não confiam na inteligência artificial. 

A confiança e aceitação, no entanto, dependem do tipo de aplicação da tecnologia já que o uso na área da saúde é visto como positivo, enquanto na área de recursos humanos, negativa. Ricardo Santana, sócio da KPMG, explicou que a confiança é maior em setores que atingem a parte médica ou de saúde.

Também há diferenças nos países pesquisados, já que trabalhadores de nações ocidentais estão entre os que menos confiam na inteligência artificial no trabalho. Já Índia, China e África do Sul concentram um grau maior de confiabilidade.

Com mais de 17 mil entrevistas realizadas em 17 países , um terço afirmou que nunca utilizou inteligência artificial no trabalho, enquanto outros 13% não têm certeza.

“Diria que, quase 50% dos brasileiros não sabem que há um modelo de inteligência artificial, que está presente desde 2012. Já tem mais de 10 anos que essa tecnologia está envolvida em processos, aplicativos. Desde uma biometria, provas de vida. São modelos de rede neural que encontram similaridade, mapeia seu rosto e o produto somos nós”, disse o sócio da KPMG.

Atualmente, há um projeto de lei que cria um marco regulatório para inteligências artificiais no Brasil, que foi aprovado na Câmara dos Deputados em setembro de 2021. Desde então, o projeto está parado aguardando votação no Senado.

Deu na Jovem Pan