Política, Saúde

Comissão de Saúde da Assembleia visita o Hospital Walfredo Gurgel

Foto: João Gilberto

Na manhã desta sexta-feira (26), a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte realizou uma visita ao Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, maior unidade de saúde do estado. A iniciativa teve como objetivo avaliar as condições estruturais e os serviços prestados à população, principalmente após as notícias de que havia falta de insumos básicos na instituição.

A visita contou com a presença dos deputados Galeno Torquato (PSDB), presidente da Comissão de Saúde; Cristiane Dantas (SDD) e Terezinha Maia (PL). Eles foram recebidos pela secretária estadual adjunta de Saúde, Leidiane Queiroz, e pelo diretor-geral da unidade, Geraldo Neto. Durante a visita, os parlamentares puderam conhecer de perto as instalações do hospital, além de dialogar com profissionais de saúde e pacientes, a fim de compreender os desafios enfrentados pela instituição e identificar possíveis melhorias a serem implementadas.

O presidente da Comissão de Saúde, Galeno Torquato, destacou a importância da visita para acompanhar de perto a realidade do principal centro de saúde do estado e lamentou a dificuldade financeira no setor. “É fundamental estarmos aqui para conhecer de perto as necessidades do Hospital Walfredo Gurgel e buscar soluções que possam contribuir para a melhoria do atendimento à população. Viemos nos somar à Secretaria de Saúde e à diretoria da unidade para buscarmos juntos melhorar o serviço ofertado à população”, afirmou o deputado.

Por sua vez, a secretária estadual adjunta de Saúde, Leidiane Queiroz, agradeceu pela iniciativa da Comissão de Saúde em realizar a visita. “Receber os deputados aqui é uma oportunidade para mostrarmos o trabalho que vem sendo realizado e também para buscarmos uma parceria com o objetivo de melhorar o trabalho que vem sendo realizado”, disse Leidiane. Ela também admitiu que a unidade precisa de mais investimentos, mas que as notícias de desabastecimento são por faltas momentâneas, e que o hospital continua preparado para atender as demandas de urgência e emergência na saúde pública.

Segundo a deputada Cristiane Dantas, a visita foi motivada justamente para fiscalizar a possível falta de insumos no Hospital. “Estamos sempre procurando colaborar com o setor e trabalhar para que essas ocorrências sejam de fato resolvidas, porque a falta desses produtos ocorre há muitos anos, de tempos em tempos. Mas aqui temos a certeza que se o cidadão precisar, no Walfredo ele será atendido”, disse. Já a deputada Terezinha Maia ressaltou que o Walfredo Gurgel é uma referência para a saúde do Estado.

Nomeado recentemente como diretor geral do Hospital, Geraldo Neto afirmou que tem feito um trabalho ainda inicial para identificar possíveis “fragilidades” no funcionamento da maior unidade hospitalar do RN. “O Walfredo não se resume ao corredor. Peço um voto de confiança para podermos juntos reescrever a história desse Hospital”, afirmou, esclarecendo que os processos e planejamentos para aquisição de insumos já estão sendo analisados. “Mas em momento algum a assistência foi prejudicada pela falta de qualquer produto”, garantiu.

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Servidores colocam cartazes na porta do Hospital Walfredo Gurgel com lista de itens e remédios em falta

Servidores colocam cartazes na porta do Hospital Walfredo Gurgel com itens que estão em falta - Foto: Sindsaúde / Reprodução
Foto: Sindsaúde / Reprodução

 

Servidores do Hospital Walfredo Gurgel, maior unidade de pronto atendimento da rede pública do Rio Grande do Norte, fixaram cartazes na porta do hospital denunciando a falta de insumos e medicamentos básicos.

Os cartazes colocados pelos funcionários citam que o hospital não tem: sabão, luvas, gazes, álcool, suportes de soro, lençóis, ataduras, dipirona e antibióticos, entre outros materiais.

A superlotação do hospital também afetou o trabalho das ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Por conta da falta de macas no hospital, as macas das ambulâncias permanecem dentro da unidade, e os veículos ficam retidos, sem poder sair do hospital até que a maca seja liberada.

De acordo com a InterTV Cabugi, na manhã desta segunda-feira (22), pelo menos 10 ambulâncias estavam paradas no local.

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CAOS: Walfredo Gurgel enfrenta problemas no abastecimento de alimentos

FOTO: ADRIANO ABREU

 

O Hospital Walfredo Gurgel suspendeu parcialmente o fornecimento de refeições a servidores e acompanhantes de pacientes internados nesta quarta (17). A medida foi tomada após redução do abastecimento de mantimentos do hospital, provocada por atrasos nos pagamentos dos fornecedores do hospital. Servidores e acompanhantes não receberam, de forma integral, a alimentação do café da manhã e do almoço. Já no jantar foi possível retomar o fornecimento. A normalização completa é prevista para acontecer nesta quinta-feira (18).

A suspensão foi iniciada após recomendação da Divisão de Nutrição e Dietética (DND) do Hospital Walfredo Gurgel, encaminhada aos funcionários no início da terça-feira (16). Apesar de prejudicial para o funcionalismo público, a suspensão já era uma das medidas previstas pelos funcionários, que há semanas veem o abastecimento de medicamentos e materiais diminuírem dia após dia.

Ainda na terça-feira (16), a Secretaria de Saúde Pública do RN informou em nota que já estava em ação para que acontecesse a normalização da situação e que ela aconteceria em dois dias. A previsão do Walfredo é que novos mantimentos cheguem nesta quinta.

Segundo a nutricionista Ana Silvia Dantas, gerente geral da Divisão de Nutrição e Dietética (DND) do Hospital Walfredo Gurgel, a situação seria normalizada após acordo entre a Sesap e o fornecedor, normalizando então as suas entregas e, por consequência, a situação da suspensão das refeições. A coordenadora ainda explica que a situação se deu devido a problemas com o fornecedor de alimentos não perecíveis e proteínas, o que comprometeria as refeições dos pacientes caso as refeições continuassem sendo entregues no mesmo volume.

“Aqui, no hospital, o volume de refeições chega a quase 2.500 refeições por dia, incluindo pacientes, servidores e acompanhantes. Então, na hora que a gente faz uma associação dessa, a gente sabe muito bem o impacto financeiro e social que acontece para essa população (que precisa dessas refeições).” conclui a nutricionista.

A medida foi criticada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde (Sindsáude), que, através da sua coordenadora Rosália Fernandes, informou que a suspensão é dada pela falta de pagamento dos fornecedores do hospital. O desabastecimento, segundo Rosália Fernandes, atinge também o material de limpeza e os medicamentos básicos. “A questão é falta de pagamento, entendeu? Está faltando um monte de coisas lá, faltando produtos, faltando álcool, faltando várias coisas. Está um caos. Falta até alguns tipos de seringas”, revela a coordenadora.

O perfil social dos familiares com parentes hospitalizados é uma grande preocupação por parte da coordenadora do Sindsaúde, que percebe estes como sendo os principais prejudicados pela suspensão. “A maioria das pessoas são do interior, um perfil de muita vulnerabilidade social, do ponto de vista financeiro”, disse a coordenadora do Sindsaúde, Rosália Fernades.

Deu na Tribuna do Norte

Saúde

Saúde do Governo Fátima (PT): Paciente idoso passa cinco dias com frasco de amaciante usado como bolsa coletora no Walfredo Gurgel

 

A situação de um paciente internado no Hospital Walfredo Gurgel, em Natal, ganhou repercussão e gerou revolta. O idoso Francisco Quirino da Silva, 82 anos, passou cinco dias com um frasco de amaciante utilizado como um coletor de urina improvisado. O uso do recipiente começou na última sexta (23) até essa quarta-feira (27), quando a Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap) informou que fez a ampliação de bolsas coletoras para a unidade hospitalar. A pasta classificou o caso como “situação episódica” e disse que trabalha para evitar a repetição do ocorrido.

Francisco Quirino está internado no hospital desde o dia 14 de fevereiro deste ano, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele passou mais de 30 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e foi encaminhado para o setor de enfermaria na última sexta-feira. Naquele momento, o que poderia ser encarado como um bom sinal foi recebido com preocupação pela filha do paciente, Aurea Medeiros, 50 anos.

“Nós ficamos bem apreensivos porque recebemos muitos relatos que a enfermaria era ‘infernal’ devido à quentura. As pessoas ficam felizes quando saem da UTI. Já nós ficamos arrassados quando soubemos que ele ia sair de lá”, afirmou a filha do idoso. “Na sexta-feira, quando nós chegamos à enfermaria, eu perguntei: moça, é aqui que nós vamos ficar? Ela respondeu que sim. Eu retruquei: nessas condições? E ela reafirmou”, complementou.

As condições mencionadas por Aurea Medeiros eram de remédios apoiados em cordões, mofo em janelas, além de falta de lençóis e climatização adequada. O frasco de amaciante, segundo ela, foi entregue por outra acompanhante de paciente que se encontrava no mesmo estado. O caso ganhou repercussão quando ela fez fotos e vídeos da situação em que o pai se encontrava.

Nessa quarta-feira, Francisco Quirino precisou ser atendido no pronto-socorro e foi encaminhado novamente a um leito de UTI. A família do idoso aguarda que ele seja transferido para outro hospital com atendimento especializado para atendimento cardiológico.

“Graças a Deus, ele desceu da enfermaria, mas os outros ficaram. Eu falo do meu pai, mas eu também penso nos outros que ficaram lá”, relatou a filha Aurea Medeiros.

Ela informou que o pai está debilitado pelo grau de severidade do AVC sofrido e que espera por uma transferência para uma unidade especializada para ele ter o tratamento necessário.

“Ele nos reconhece, conversa com a gente através do aperto da mão, ele olha para gente. A gente faz perguntas e pede para ele piscar o olho, já que ele não consegue falar porque está traqueostomizado. Ele ainda não tem expressão, não sorri porque o AVC não deixa. Mas isso tudo para a gente agora é o mínimo porque o que queremos é manter ele vivo, saudável e confortável. Ali, o problema vai se agravar mais ainda se não houver um cuidado maior, não que seja maior que os outros, mas que seja o cuidado necessário”, disse Aurea Medeiros.

Veja posicionamento da Sesap:

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e a direção do Hospital Walfredo Gurgel vem à público para reconhecer a situação veiculada pela imprensa e informar que, ao longo desta quarta-feira (27), realizou uma série de ações para solucionar o caso. A primeira medida foi a ampliação emergencial do estoque de bolsas coletoras, a partir de medidas conjuntas com outras entidades, com o objetivo de atender a demanda da unidade dentro dos próximos dias. A segunda ação foi o reforço na quantidade de suportes de soro, com 20 novos equipamentos encaminhados à unidade para atendimento emergencial. A Sesap e a direção do hospital seguem trabalhando para solucionar as questões, evitando a repetição de uma situação episódica como a que hoje foi apresentada.

Deu na Tribuna do Norte

Saúde

Caos na Saúde do RN: Pane em sistema de prontuário deixa recepção lotada de pacientes e macas

Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel registra cerca de 5 mil procedimentos por mês – Foto: Jaqueilton Gomes/NOVO Notícias

 

O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, enfrentou uma superlotação durante a tarde desta quinta-feira (14). A situação foi ocasionada por um problema no sistema de prontuário da unidade hospitalar. A recepção ficou cheia de pacientes e macas.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (Sesap), o sistema eletrônico de prontuário da unidade vem apresentando problemas há pelo menos cinco dias. O serviço que é contratado de uma empresa terceirizada tem monitorado diariamente.

“A empresa foi acionada e o setor de gestão de tecnologia da Sesap também trabalha em paralelo para solucionar a situação. A assistência aos pacientes está mantida normalmente ao longo destes dias”, diz a nota.

A Sesap informou que ainda não há prazo definido para que a questão seja solucionada.

O caos na saúde do RN não é de hoje, mas tem se agravado visivelmente no Governo da professora Fátima Bezerra (PT), onde a lotação de macas nos corredores do Hospital tem sido uma rotina, apesar das proibições da justiça.

 

Informações do Novo

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Superlotação no Walfredo continua e corredores têm 20 macas com pacientes

 

A superlotação do Hospital Walfredo Gurgel continua. Até a manhã da última quarta-feira (25), 20 pessoas ocupavam os corredores da unidade, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. O SindSaúde, por sua vez, informou que 21 pessoas estavam nos corredores do Clóvis Sarinho e outras três nos das enfermarias. A partir do dia 6 de novembro, o pronto-socorro terá uma triagem para diminuir o número de internações. A Secretaria não deu mais detalhes sobre como será feita a triagem.

Segundo profissionais que falaram com a reportagem sob a condição de anonimato, não há como haver tratamento digno aos pacientes atualmente, por conta da superlotação. Na perspectiva de uma técnica de enfermagem, que há 10 anos trabalha no Walfredo, seria preciso construir “pelo menos três hospitais do mesmo porte” para melhorar a situação.

Isso porque todos os casos de urgência e emergência, sejam de Natal ou outras cidades, passam pela unidade e precisam ser atendidos. “Todo hospital tem um limite de entrada e aqui o céu é o limite”, relata. Como consequência da sobrecarga, continua, muitos pacientes precisam enfrentar uma realidade precária.

Nesta semana, conta a técnica de enfermagem, uma paciente de 88 anos quebrou o fêmur e foi encaminhada ao Walfredo Gurgel. Devido à falta de leitos adequados na enfermaria, ela precisou passar mais de 24h em uma maca estreita no corredor.

A acompanhante, por sua vez, passou todo o período de tempo aflita até a idosa conseguir uma cama em uma das enfermarias. Segundo a profissional de saúde, casos como esse são frequentes e, em muitas situações, os pacientes também chegam sem itens básicos para permanecerem internados ou vêm de cidades distantes.

Francisco Davi da Silva, de 82 anos, sofre com problemas de saúde no estômago e veio de Vila Flor para Natal realizar alguns exames no Walfredo Gurgel, onde passou dois dias no corredor da unidade. É o que relata o filho do idoso, Geronimo Davi da Silva, de 42 anos. De acordo com ele, o pai não pôde realizar os exames imediatamente porque não estava de jejum e somente na manhã de quarta-feira (25) passou pelos procedimentos e recebeu alta. Antes disso, conta o acompanhante, Francisco ficou instalado em uma maca desconfortável e teve dificuldades para dormir.

Deu na Tribuna do Norte

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MPRN determina esvaziamento imediato de pacientes internados nos corredores do Walfredo Gurgel

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) ingressou nesta quarta-feira (26) com um requerimento de cumprimento de sentença para que a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) adote imediatamente as providências administrativas necessárias ao esvaziamento de pacientes internados nos corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. No pedido entregue à 2ª vara da Fazenda Pública de Natal, o MPRN destaca que o objetivo é restaurar o respeito à dignidade humana dos pacientes atualmente internados em macas nos corredores do hospital.

O MPRN pediu que a Sesap informe se efetivou a plena regulação da porta do pronto-socorro Clóvis Sarinho. Além disso, a Secretaria deve comprovar se estruturou a Central de Acesso às Portas Hospitalares (CAPH) com 11 médicos clínicos com carga horária de 20h ou 6 médicos com carga horária de 40h com vistas a completar 44h de jornada de trabalho, totalizando 62 plantões. Para esse dado, deve ser considerado o plantão de 24h, durante 7 dias na semana e um mês de 31 dias. Essa Central tem como finalidade direcionar os usuários do SUS, notadamente, os usuários transportados pelas ambulâncias tipo A (“brancas”) junto às portas de entrada das unidades hospitalares de referência, respeitando o perfil hospitalar estabelecido pela própria Sesap.

A Sesap, ainda no pedido do MPRN feito à Justiça, deve informar se atualizou os fluxos assistenciais das urgências clínicas e cirúrgicas (adulto e pediátrica) para nortear as ações dos profissionais que atuarão na regulação do acesso às portas de urgência, uma vez que as normas técnicas que norteavam os referidos fluxos datavam do ano de 2014 e careciam de atualização.

A Secretaria Estadual de Saúde Pública deve comprovar também se publicou portaria regulamentando o fluxo das urgências traumáticas, bem como se o apresentou à Comissão Intergestores Bipartite do Estado do Rio Grande do Norte (CIB/RN) para fins de deliberação, sem condicionar a aprovação nesta instância colegiada de gestão o efetivo início da regulação da porta do Clóvis Sarinho/Walfredo Gurgel, uma vez que essa medida visa atender uma determinação judicial.

Por fim, o MPRN questiona se a Sesap deu ampla publicidade aos gestores municipais e sociedade em geral acerca das mudanças de fluxo assistenciais decorrentes da regulação da porta do PS Clóvis Sarinho.

O MPRN pede no requerimento de cumprimento de sentença que a Justiça adote as providências judiciais necessárias à efetivação da sentença já antes proferida para o esvaziamento dos corredores do hospital.

Deu no Portal da 96

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MP dá 15 dias para corredores do Walfredo Gurgel serem desocupados e ameaça entrar com ação na Justiça

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deu um prazo de 15 dias, computado a partir desde terça-feira, para que a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) assegure a retirada de todos os pacientes internados em macas nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel, em Natal.

De acordo com a direção da unidade hospitalar, havia nesta terça-feira (11) ainda 29 pacientes no corredor, sendo 18 da ortopedia e 11 de patologias diversas, mas em decorrência dos leitos de internação da ala da ortopedia estarem sempre lotados, com pacientes no pré ou pós cirúrgico ortopédico. Caso a medida não seja atendida, o MPRN poderá judicializar a questão.

Em reunião nesta terça-feira, o MPRN, por intermédio da promotora de Justiça da Saúde, Iara Pinheiro, discutiu providências para o desafogamento do Hospital Walfredo Gurgel e uma maior responsabilização dos municípios da região metropolitana quanto à regular oferta da prestação de atendimento para a ortopedia de baixa complexidade.

Deu no Portal da 98

Saúde

MP dá 10 dias para o Walfredo Gurgel explicar pacientes nos corredores

 

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) concedeu um prazo de 10 dias para que o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel informe o número atual de pacientes que se encontram internados em macas nos corredores da unidade. O HMWG também deverá informar que soluções estão sendo viabilizadas para resolver o problema.

Na última segunda-feira 3, segundo dados fornecidos pelo HMWG, havia 38 pacientes internados nos corredores. Em resposta a uma solicitação do MPRN, a direção do hospital disse que dois motivos têm contribuído para o acúmulo de pacientes nos corredores: o resquício da greve dos profissionais de enfermagem, o que traz dificuldade de se agilizar o giro de leitos para pacientes internados, bem como a redução do atendimento ao paciente SUS pelo Hospital Memorial mais uma vez, que alegou dificuldades no abastecimento de oxigênio para a unidade hospitalar.

A direção do HMWG também informou que irá se reunir com a empresa de terceirização de mão de obra privada que faz cirurgias ortopédicas no Centro Cirúrgico do Walfredo Gurgel, quando será debatida a possibilidade de ampliar os quantitativos de procedimentos cirúrgicos executados pela empresa no âmbito do próprio Walfredo Gurgel.

O MPRN expediu notificação dirigida ao Hospital Memorial, para que o nosocômio esclareça se persiste o recebimento de pacientes em menor quantidade vindos do Hospital Walfredo Gurgel, se houve problemas com o abastecimento de oxigênio em sua unidade e quando será possível retomar os atendimentos em seu quantitativo de média histórica normal, a fim de resolver a situação de pacientes aguardando cirurgias ortopédicas internados em macas nos corredores do HMWG.

Acompanhamento da situação do Walfredo Gurgel

Desde a segunda quinzena mês de junho, devido à redução de atendimento SUS por parte dos prestadores privados ortopédicos, a qual decorreu de determinação da SMS/Natal no sentido de que os prestadores deveriam restringir as suas produções ao limite financeiro previsto nos contratos firmados com a SMS/Natal, o MPRN mantém uma atuação perene visando restabelecer a normalidade do referido fluxo assistencial na área de ortopedia.

Dentre as iniciativas empreendidas, o MPRN, por intermédio do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça da Saúde (Caop Saúde) e das 47ª e 48ª Promotorias de Justiça de Natal, promoveu reuniões nos dias 20, 21 e 27 de junho para debater a situação do orçamento da saúde, notadamente, a insuficiência de recursos para o adimplemento das ações e serviços de saúde SUS ofertados na rede privada, que era a principal causa da redução dos atendimentos dos serviços ortopédicos.

Na reunião do dia 21 de junho passado, o MPRN conseguiu dos gestores da Sesap/RN e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal) o compromisso de que voltariam a autorizar o atendimento acima do teto físico e financeiro contratual dos prestadores privados da ortopedia, no caso, o Hospital Memorial e a Policlínica Paulo Gurgel.

No dia 22 de junho, com anuência da Sesap/RN, a SMS/Natal cumpriu o ajuste ao expedir ofícios dirigidos aos prestadores privados, suspendendo a determinação anterior de restrição da produção de atendimentos aos tetos físico e financeiros estabelecidos nos contratos que mantém com esses prestadores.

Em continuidade, o Ministério Público, por intermédio da 47ª Promotoria de Justiça, tem monitorado a situação da internação de pacientes ortopédicos nos corredores do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel mediante a realização de contato diário com a direção-geral do Hospital, que tem disponibilizado estatísticas de atendimento e informações de medidas administrativas que estão adotadas.

No contato feito em 29 de junho, a direção repassou um gráfico no qual se constata a existência de 37 usuários internados no corredor do hospital, havendo uma média de 35,25 pacientes nos corredores do hospital, conforme demanda registrada de 19 a 29 de junho.

A expectativa era de que houvesse a redução consistente e gradual do número de pacientes internados nos corredores do Hospital Walfredo Gurgel na segunda-feira (3 de julho); porém, profissionais da enfermagem vinculados à Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) entraram em greve e, esse contexto paredista também impactou no represamento de pacientes.

Segundo dados fornecidos pelo HMWG, o número de pacientes manteve-se estável nos corredores durante essas duas últimas semanas, sendo importante registrar que todos os dias são admitidos pacientes ortopédicos no HMWG, que é o serviço de referência do trauma ortopédico para todo o Estado do RN, seja de complexidade mais simples até a atendimento ao paciente politraumatizado, por praticamente ausência de atendimento ortopédico SUS nos municípios norte-rio-grandenses.

Deu no Agora RN

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Com salários atrasados, servidores terceirizados paralisam atividades em hospitais da rede estadual em Natal

terceirizados da empresa Safe protestaram contra o atraso no pagamento do 13° salário, do vale alimentação e do vale transporte

 

Servidores terceirizados que atuam em hospitais da rede pública do Rio Grande do Norte paralisaram suas atividades na manhã desta terça-feira (24). Eles reivindicam o pagamento dos salários de dezembro de 2022, da segunda parcela do 13º salário e o depósito do vale-transporte e alimentação, que estão atrasados.

A maior parte dos servidores são profissionais da limpeza e maqueiros. Segundo o sindicato que representa a categoria, a paralisação abrange os funcionários da empresa Safe e só ocorre em Natal, porque a capital é a área de atuação da empresa, nos contratos com o estado.

Ainda segundo o sindicato, foram afetados os serviços de limpeza e de transferência de macas, com pacientes ou não. Apenas o mínimo de 30% dos serviços é mantido, segundo a entidade. Uma das unidades afetada é o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel.

A direção da empresa contratada informou que aguardava um repasse da Secretaria Estadual de Saúde, nesta segunda-feira (23), para realizar os pagamentos, mas o recurso não foi depositado.

Ainda de acordo com a empresa, há um indicativo de que o pagamento seja feito pelo governo do estado até esta quarta-feira (25).

Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde afirmou que tomou conhecimento da paralisação e entrou em contato com a Secretaria de Planejamento do Estado para informar as medidas que serão adotadas. O posicionamento final sobre o assunto não foi enviado até a última atualização desta matéria.

Com informações do g1 RN.