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Ex-namorados, homens são presos por pedofilia e atuação para contaminar crianças com HIV

Foto: RCP/Medea

 

Na última sexta-feira (10), dois homens foram presos em Manaus, capital do Amazonas, acusados de estuprar e contaminar várias crianças e adolescentes com o vírus HIV. Além da brutalidade dos crimes, o que chocou a todos foi a duração e o padrão cruel com que os agressores selecionavam suas vítimas.

Rodrigo Santos e Victor Igor, que mantiveram um relacionamento cerca de dois anos atrás, agiam juntos na busca por vítimas em terminais de ônibus e banheiros de locais públicos, como shoppings. Eles selecionavam menores em situações de vulnerabilidade, compartilhando estratégias com outros pedófilos em grupos de aplicativos conhecidos como ‘os carimbadores’. Os alvos dos agressores eram sempre garotos, nunca meninas. Eles chegavam a escolher até mesmo familiares de pessoas conhecidas e de suas próprias famílias.

A polícia ainda não sabe quantas vítimas os dois fizeram, mas já confirmou que eles estupravam e contaminavam menores com HIV há pelo menos dois anos.

Nas redes sociais, Rodrigo se apresenta como técnico em edificações em seu perfil nas redes sociais e, em postagens recentes, mostra estar atualmente casado com outra pessoa. Já Victor, que hoje é ex-namorado de Rodrigo, é técnico de enfermagem e estudante da mesma área. Antes de ser preso, ele trabalhava em hospitais, o que levantou ainda mais preocupações sobre contaminação proposital.

Ambos responderão pelos crimes de estupro de vulnerável e exploração sexual na modalidade de pornografia infantil. A polícia está investigando o caso e busca identificar todas as vítimas dos agressores.

Deu no Conexão Política

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Número de casos de HIV cresce 553% no Rio Grande do Norte

 

Os recentes dados sobre o HIV no Rio Grande do Norte são preocupantes. De acordo com o Boletim Epidemiológico sobre HIV e Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde no início do mês de dezembro, no período entre 2012 e 2022 as notificações passaram de 93 para 608 por ano, o que equivale a um aumento de 553% nos diagnósticos. Entre janeiro e outubro de 2023, foram registrados 308 casos de HIV. Ainda segundo o Boletim, os números da Aids subiram de 463 notificações em 2012 para 609 em 2022, um crescimento de 31,5%.

Ainda de acordo com o documento do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte é o quinto estado do país com maior detecção do vírus entre grávidas, 1.126 dentro do período. A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV na sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Ou seja, ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá aids. No entanto, quando infectada, a pessoa viverá com o HIV durante toda sua vida.

De acordo com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), detalhados em Boletim Epidemiológico da Sesap em novembro, o RN possui, atualmente, cerca de 12.400 pacientes realizando tratamento para HIV/Aids em 14 Serviços de Atenção Especializada (SAE) existentes nos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Santa Cruz, São Paulo do Potengi, Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros.

Mortalidade
No RN, de janeiro de 2012 a dezembro de 2022, foram registrados 1.447 óbitos em decorrência da Aids. Desses, 73,4% ocorreram em homens. Observa-se, no período, um aumento de 32,6% no número de óbitos por Aids no estado. Entre janeiro e outubro de 2023, foram registrados 84 óbitos.

O ano de 2022 registrou o maior número de óbitos no Rio Grande do Norte. Foram registradas 170 mortes, 58,8% a mais do que em 2012, quando o RN teve 107 óbitos em que a Aids foi a causa básica.

Profilaxia
Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP (Profilaxia de Pré-Exposição), método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, em virtude de um possível contato com alguém que já tenha contraído HIV. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Em todos os estados, há serviços de saúde que ofertam a PrEP.

De acordo com Igor Thiago Queiroz, infectologista e presidente da Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia, a rede pública está totalmente preparada para diagnóstico e tratamento de pessoas com infecção por HIV.

O infectologista alerta que os testes rápidos para diagnóstico de HIV estão disponíveis em todas as unidades do SUS e não é necessário uma indicação ou prescrição médica para realização, basta o indivíduo solicitar diretamente na rede de atendimento.

“Há disponível nas Unidades Básicas, UPAs e Pronto Socorros os teste rápidos, assim como os medicamentos são distribuídos de forma gratuita seja para tratamento, com terapia anti-retroviral, o chamado coquetel, ou profilaxia pré-exposição (PrEP) ou pós-exposição (PEP)”.

O infectologista chama a atenção para a divulgação dos métodos de prevenção contra o HIV e realização do teste precocemente, principalmente entre os jovens.

“A grande dificuldade que a gente vê é que são pessoas que não sabem o diagnóstico e obviamente não se tratam e, quando descobrem, muitas vezes já estão com a doença avançada recebendo diagnóstico em uma internação hospitalar por alguma infecção oportunista”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte

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Casos de sífilis e de HIV/aids aumentam entre jovens

 

Dados do Ministério da Saúde indicam que o país vem registrando queda nos casos de HIV/aids, mas não entre homens de 15 a 29 anos. Nesta faixa, o índice tem aumentado, chegando, em 2021, a 53,3% dos infectados de 25 a 29 anos. Os números da pasta também registram crescimento dos casos de sífilis em homens, mulheres e gestantes.

No mês em que se realiza a campanha Dezembro Vermelho, iniciativa de conscientização para a importância da prevenção contra o vírus HIV/aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) alerta que, se não tratadas, essas infecções podem causar lesões nos órgãos genitais, infertilidade, doenças neurológicas e cardiovasculares e até câncer como o de útero e de pênis.

Ao longo do mês de dezembro, a sociedade médica esclarece as principais dúvidas envolvendo as ISTs por meio de liveposts e vídeos em seu perfil nas redes sociais (@portaldaurologia).

Vacinação

Apesar de o SUS oferecer a vacinação contra o HPV para meninos e meninas de 9 a 14 anos, segundo o Ministério da Saúde, a cobertura da segunda dose está em 27,7% entre os meninos. Já entre as meninas, a cobertura é maior, atingindo 54,3%, mas ainda longe dos 95% recomendados.

Karin Jaeger Anzolch, diretora de Comunicação da SBU e uma das responsáveis pela campanha, disse que os urologistas têm percebido que o uso dos preservativos nas relações sexuais tem decaído muito nos últimos anos, enquanto a transmissão das ISTs segue em alta.

“Outra grande preocupação é que muitas dessas infecções estão se tornando resistentes aos tratamentos existentes, em várias partes do mundo. Por essas razões, decidimos que temos que voltar a falar mais sobre o assunto, alertar e instruir a população e os agentes de saúde, e este é o terceiro ano consecutivo que adotamos o Dezembro Vermelho, mês já tradicional de conscientização sobre a aids, como o mês dedicado à temática de todas as ISTs”, disse a médica, em nota.

Sintomas

As ISTs podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase.

Algumas ISTs, em seu estágio inicial, são silenciosas, não apresentando sinais ou sintomas, ou os sintomas iniciais podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de que a doença foi curada, o que pode atrasar o tratamento e agravar as complicações e as consequências, que podem ser infertilidade, câncer e até mesmo a morte.

Entre os sintomas mais comuns estão: feridas, corrimento, verrugas, dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas.

O uso do preservativo (masculino ou feminino) continua sendo a melhor forma de prevenção, além da vacinação contra ISTs como HPV e hepatite.

Estatísticas de HIV/aids

Dados do Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 do Ministério da Saúde apontam que o número de infectados vem caindo, exceto entre os homens de 15 a 29 anos. De acordo ainda com o boletim, a quantidade de infectados pelo HIV em 2021 era maior entre os homens de 25 a 29 anos (53,3%). Nas mulheres, o maior índice foi registrado entre 40 e 44 anos (18,4%).

Somente em 2021, foram contabilizadas 28.967 infecções pelo vírus em pessoas com idade entre 15 e 39 anos, sendo 22.699 entre os homens e 6.268 entre as mulheres.

Na análise do número de casos em geral, a maior quantidade nos últimos anos vem sendo registrada entre o sexo masculino.

Segundo Karin Anzolch, na época que eclodiu a aids, e por vários anos depois, muitas pessoas se assustaram e de fato passaram a adotar e a exigir o uso do preservativo, bem como começaram a ter mais cuidado na escolha de parceiros. Entretanto, com o tempo, muitas pessoas se descuidaram e passaram a banalizar os riscos de contágio, o que não só as deixaram novamente expostas ao HIV, mas a todas as outras ISTs que são altamente prevalentes.

Outro ponto importante de salientar, de acordo com a médica, é que, embora as pessoas que vivem com HIV hoje em dia disponham de tratamentos eficazes que não somente prolongam, mas também oferecem uma boa qualidade de vida, não se pode esquecer que, para isso, elas precisam tomar regular e constantemente medicações e ter uma rotina bem rígida de cuidados, exames e controles médicos, já que ainda se trata de uma doença incurável.

“Agora imagine um jovem, iniciando a sua vida, contraindo uma doença dessas e já tendo que conviver com esse ônus, influenciando todo o seu presente e futuro. E é o que está ocorrendo, infelizmente, sobretudo entre o público jovem masculino, em que se verificou um aumento na incidência da doença. Isso é resultado de uma série de razões, mas sem dúvida a exposição durante a prática de sexo desprotegido, bem como o consumo de drogas injetáveis, estão entre os principais fatores”, afirmou a médica.

Desde o início da epidemia de aids (1980) até 2021, foram notificados no Brasil 371.744 óbitos devido à doença. A maior proporção desses óbitos ocorreu no Sudeste (56,6%), seguido das regiões Sul (17,9%), Nordeste (14,5%), Norte (5,6%) e Centro-Oeste (5,4%).

Estatísticas de sífilis

Segundo o Boletim Epidemiológico Sífilis 2023, do Ministério da Saúde, de 2012 a 2022, foram notificados no país 1.237.027 casos de sífilis adquirida, 537.401 casos de sífilis em gestantes, 238.387 casos de sífilis congênita e 2.153 óbitos por sífilis congênita. Houve aumento na taxa de detecção de sífilis adquirida de 2012 a 2022, exceto em 2020, provavelmente em decorrência da pandemia de covid-19.

O boletim também indica aumento em casos e taxa de detecção de gestantes com sífilis, de 2012 a 2022. A Região Sudeste é a campeã, com 248.741 casos registrados, seguida do Nordeste, com 112.073.

“A sífilis se manifesta inicialmente como uma lesão na pele, no local onde foi feita a inoculação por contato direto com a lesão de uma pessoa infectada (sífilis primária). Mesmo sem tratamento, essa lesão inicial cicatriza espontaneamente, dando a falsa impressão de que a lesão não era ‘nada de grave’, mas a pessoa continua infectada e a doença continua evoluindo, podendo provocar a morte do paciente”, destacou Alfredo Canalini, presidente da SBU.

Na opinião do vice-presidente da SBU, Roni de Carvalho Fernandes, para combater a sífilis no Brasil, algumas medidas poderiam ser adotadas, como educação e conscientização, acesso facilitado a testes e tratamentos, melhorias no sistema de saúde, ampliação do pré-natal e fortalecimento da vigilância epidemiológica.

“É importante ressaltar que a adoção dessas medidas deve ser feita de forma integrada e contínua, visando à prevenção, detecção e tratamento adequado da sífilis para reduzir sua incidência e impacto no Brasil”, recomenda Fernandes.

Vacinação contra o HPV

O papilomavírus humano (HPV) é responsável por cerca de 50% dos cânceres, entre os quais colo de útero, ânus, vulva, vagina, orofaringe e pênis. E a vacinação contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenir o contágio.

A SBU realiza anualmente, em setembro, a campanha #Vemprouro, de conscientização da saúde do adolescente masculino, e aproveita para chamar a atenção sobre a importância da imunização.

Segundo a médica Karin, o índice de vacinação ainda está muito aquém do ideal, especialmente entre os meninos. Além dos cânceres, o HPV também pode ocasionar verrugas genitais de demorado e difícil tratamento, que estigmatizam a pessoa e levam a consequências nos relacionamentos e risco de transmissão.

“Pessoas com imunossupressão, nas quais se incluem os transplantados e pessoas que vivem com HIV, têm riscos ainda maiores, e a faixa etária para vacinação gratuita nesse grupo e para as pessoas vítimas de violência sexual foi estendida para até 45 anos. Temos trabalhado muito a vacinação do HPV, justamente por todas essas questões, mas especialmente entre os adolescentes masculinos, um público que ainda não está sendo suficientemente motivado ou direcionado para receber esse benefício”, sinaliza Karin.

Como o HPV é uma doença na maioria das vezes assintomática e com remissão espontânea em até dois anos, muitas pessoas não descobrem ter o vírus e o transmitem a seus parceiros. Por isso a importância do incentivo à vacinação. A vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos (além de pessoas imunossuprimidas), mas a cobertura ainda não chega nem próxima da meta recomendada de 95%.

Entre as consequências do HPV estão os cânceres de colo de útero e de pênis. Em 2021, foram registradas mais de 6 mil mortes de mulheres devido ao câncer de colo de útero, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. E a estimativa é que surjam mais de 17 mil novos casos em 2023.

Com relação ao câncer de pênis, de 2007 a 2022, foram realizadas no SUS 7.790 amputações de pênis decorrentes de tumores malignos, o equivalente a uma média de 486 procedimentos por ano. Em relação ao número de mortalidade em decorrência da doença, é registrada uma média de 400 por ano.

Fonte: Agência Brasil

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Brasil ainda não cumpre todas as metas para fim do HIV, aponta relatório da ONU

HIV

 

Nesta quinta-feira, 13, foi divulgado o novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids). Com 990 mil pessoas infectadas, o Brasil ainda enfrenta obstáculos na prevenção e tratamento.

O país cumpre apenas uma das três metas para acabar com a Aids como ameaça à saúde pública até 2030, chamadas de “95-95-95”. Os números representam os países em que 95% das pessoas que vivem com HIV conhecem seu status sorológico; 95% das pessoas que sabem que vivem com HIV estão em tratamento antirretroviral que salva vidas; e 95% das pessoas em tratamento estão com a carga viral suprimida.

No caso brasileiro, houve o atingimento de, respectivamente, 88-83-95, ou seja, apenas a meta de pacientes com carga viral suprimida foi atingida.

“O país ainda enfrenta obstáculos, causados especialmente pelas desigualdades, que impedem que pessoas e grupos em situação de vulnerabilidade tenham pleno acesso aos recursos de prevenção e tratamento do HIV”, declarou o relatório da Unaids. Em 2022, o Brasil registrou 51 mil novas infecções pelo HIV e 13 mil óbitos em decorrência da Aids.

Fonte:JovemPan

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Medicamento que previne contra o HIV é distribuído em unidades de Saúde de Natal

Medicamento que previne contra o HIV é oferecido em unidades de Saúde de  Natal

 

Com a intenção de conscientizar a população contra a infecção pelo vírus do HIV/Aids, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) Natal desenvolve diversas ações de educação e prevenção à doença durante todo o ano nos serviços de saúde municipais. Um dos dispositivos que podem ajudar a prevenir contra o vírus é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), medicamento distribuído de forma gratuita pelo município, que permite ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o HIV.

A PrEP é um método seguro e eficaz na prevenção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Consiste no uso de antirretrovirais orais que bloqueiam alguns caminhos que o vírus usa para infectar o sistema imunológico, indicados em duas modalidades, a PrEP diária, que consiste na tomada de comprimidos de forma contínua, e a PrEP sob demanda, indicada quando ocorre uma possível exposição de risco ao HIV.

“A Profilaxia Pré-Exposição é indicada para pessoas que não possuem o vírus do HIV no organismo, e age para impedir que o indivíduo tenha risco de contato com ele, protegendo de uma possível infecção, já que o HIV não tem cura”, comenta Tayane Oliveira, coordenadora do Núcleo Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais da SMS Natal, que reforça a importância do uso combinado com outras formas de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (IST) ou as hepatites virais. “É importante ressaltar que o uso da PrEP não protege de outras ISTs, portanto seu uso deve ser combinado com outras estratégias de prevenção, como o uso da camisinha, por exemplo”.

O uso da profilaxia é indicado para pessoas sem infecção pelo HIV, que tenham idade a partir de 15 anos, com peso corporal igual ou superior a 35 quilos, sexualmente ativas e que apresentem contextos de risco para a aquisição da infecção pelo HIV. “Qualquer pessoa que se enquadre nesses critérios pode procurar uma das unidades de referência, lá ela vai passar pelo primeiro atendimento com um profissional de saúde, que vai analisar se aquele paciente se adequa a algumas solicitações. Ocorrendo tudo bem, e o paciente se enquadrar nos critérios, ele já sai com o medicamento para os primeiros 30 dias iniciais”, comenta a coordenadora do Núcleo de IST/Aids e Hepatites Virais.

Tayane reforça também que durante o atendimento são fornecidos encaminhamento para a realização de alguns exames, que os resultados devem ser apresentados no retorno do paciente. “Neste primeiro retorno o profissional de saúde também vai avaliar a aceitação do organismo com o medicamento durante os primeiros dias de uso. É importante ressaltar que a pessoa que utiliza a PrEP realiza acompanhamentos regulares de saúde, com consultas médicas e testagem para o HIV e outras ISTs”.

HIV/Aids

A Aids é uma doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), um vírus que ataca o sistema imunológico (responsável por defender o organismo de doenças), fazendo com que o sistema de defesa vá pouco a pouco perdendo a capacidade de responder adequadamente, tornando o corpo mais vulnerável a doenças.

A infecção pelo vírus pode acontecer para qualquer pessoal por meio da realização de sexo sem o uso de camisinha (seja sexo vaginal, anal ou oral); pelo compartilhamento de seringa por mais de uma pessoa; pela transfusão de sangue contaminado; por meio da mãe infectada com a doença que a tramite para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; e na utilização de Instrumentos que furam ou cortam que não estejam devidamente esterilizados.

Locais de referência de distribuição da PrEP em Natal

Unidade de Saúde Vale Dourado

  • Localizada na Rua Irmã Vitória, Nº 706, bairro Nossa Senhora da Apresentação. O agendamento pode ser feito de modo presencial na unidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 10h, ou via Whatsapp, pelo número (84) 98604-5793.

Unidade de Saúde Panatis

  • Localizada na Rua Milton Servita de Brito, Nº 994, no Conjunto Panatis II, bairro Potengi. Na unidade de Panatis, o agendamento pode ser feito também de modo presencial, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h na unidade, ou pelo e-mail: esfpanatis@gmail.com.

Instituto de Medicina Tropical do RN

  • Localizado na Rua Cônego Monte, Nº 300, bairro Quintas (ao lado do Hospital Giselda Trigueiro). O agendamento para a primeira consulta pode ser feito previamente via Whatsapp, pelo número (84) 9229-6585, de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Informação da Prefeitura do Natal

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Janssen encerra estudo de vacina contra HIV após ineficácia

 

A farmacêutica Janssen informou na quarta-feira (18) que desistiu de prosseguir com o estudo da vacina contra o HIV após os resultados apresentarem ineficácia.

De acordo com a empresa, a substância não conseguiu gerar a quantidade suficiente de anticorpos contra o vírus.

“Infelizmente, não é o resultado que esperávamos. O desenvolvimento de uma vacina segura e eficaz contra o HIV tem sido um desafio científico considerável”, disse Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID).

A pesquisa teve início em 2019 e, desde então, já envolveu 3.900 voluntários de 18 a 60 anos. O estudo foi realizado com pessoas em mais de 50 países, incluindo o Brasil, além de Estados Unidos, Itália, México, Peru, Espanha e Argentina, entre outros.

“O Conselho de DSMB [Conselho de Monitoramento de Dados e Segurança] determinou que o regime não foi eficaz na prevenção da infecção pelo HIV em comparação com o placebo entre os participantes do estudo. Não foram identificados problemas de segurança com o esquema vacinal”, acrescenta o comunicado da Janssen.

Mesmo com esse resultado negativo, a farmacêutica promete continuar estudando para desenvolver uma vacina que combata o vírus do HIV. “Aprenderemos com este estudo e continuaremos adiante”, disse Anthony Fauci à agência Reuters.

Informação da Reuters

Saúde

Fiocruz inicia distribuição de comprimido para tratamento de HIV

 

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou a distribuição do medicamento Dolutegravir 50 mg. O antirretroviral para tratamento de pessoas que vivem com HIV é fruto de aliança estratégica com a farmacêutica GSK e ViiV Healthcare, firmada em julho de 2020.

Em fevereiro, foi realizada a entrega da primeira remessa à instituição, um total de 16,5 milhões de comprimidos. Ao longo do ano, serão encaminhadas mais de 64,5 milhões de unidades farmacêuticas do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a Fiocruz, a internalização da tecnologia do Dolutegravir se dará por meio da transferência reversa, começando pela etapa final (análise de controle de qualidade e embalagem) e, aos poucos, a Farmanguinhos/Fiocruz vai absorvendo as demais etapas do processo.

“Desta forma, o medicamento será totalmente fabricado no laboratório parceiro. Após o período, o instituto passa a produzir gradualmente a demanda. Ao final da transferência, toda a produção será executada no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos/Fiocruz”, disse a instituição.

O projeto prevê ainda a colaboração para fabricação local de uma combinação deste antirretroviral com a Lamivudina 300 mg em dose única diária. A tecnologia será transferida para Farmanguinhos em fases.

“A parceria também vai gerar economia aos cofres públicos com redução dos custos de aquisição do medicamento, o que diminui a dependência do Programa de HIV/Aids por insumos importados, em médio e longo prazos”, informou a Fiocruz.

De acordo com o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, outro objetivo é trazer para o Brasil mais conhecimento na fabricação desses produtos estratégicos para o SUS.

Em nota, a Farmanguinhos disse que “sempre busca o que tem de melhor em termos de tecnologia e adesão ao tratamento”. E continua: “Com essa aliança estratégica, passamos a fornecer os dois principais medicamentos para o tratamento do HIV, o Dolutegravir, e mais a combinação de Tenofovir com Lamivudina.”

Com a transferência da tecnologia, o instituto pretende, nos próximos dois anos, “já estar produzindo o Dolutegravir dentro da nossa unidade e, no futuro próximo, fabricar a combinação dele com Lamivudina, ou outras combinações que o Ministério da Saúde, por meio do programa de DST/Aids, aprove”, disse, em nota.

Medicamento

O Dolutegravir 50mg é considerado um dos mais modernos antirretrovirais utilizados atualmente no tratamento de HIV no mundo. O medicamento foi introduzido no SUS em 2016 e distribuído a mais de 300 mil pacientes, beneficiando aqueles que ainda não iniciaram o tratamento com outros antirretrovirais ou apresentaram resistência às formulações anteriores.

O Brasil se tornou referência mundial em sua política de acesso universal a antirretrovirais. Segundo a Fiocruz, Farmanguinhos é o principal produtor público desta classe de medicamentos, atuando na ampliação da disponibilização do tratamento aos pacientes.

 

Agência Brasil

Saúde

Mulher é curada do HIV após transplante de células-tronco

Uma paciente de Nova Iorque foi curada da HIV após receber um tratamento inovador, a partir de células-tronco - Foto: Getty Images

A medicina deu mais um passo gigantesco, necessário e bastante otimista! Uma equipe de cientistas do New York-Presbyterian Weill Cornell Medical Center, nos Estados Unidos, comunicou em nota que, pela primeira vez, uma mulher foi curada do HIV, através de um tratamento inovador, feito a partir de células-troncos.

A mulher recebeu sangue do cordão umbilical de um bebé com resistência genética ao Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH). E também recebeu células estaminais (com capacidade de auto-renovação) de um dador adulto.

De acordo com os cientistas, a paciente também tinha leucemia desde 2017. Para que a equipe reconhecesse a cura, ela aceitou passar por um procedimento polêmico já que a nova terapia é considerada antiética em pessoas que não estão em estado terminal da doença.

 

“Paciente de Nova Iorque”

Para que a pesquisa aconteça sem grandes especulações, a mulher nao teve o nome revelado e foi batizada de “Paciente de Nova Iorque”, na nota emitida pelo centro médico.

Segundo os pesquisadores, ela ainda seguirá em tratamento e será acompanhada pela equipe médica e pelo time de cientistas que desenvolveu a terapia. No entanto, as primeiras respostas já foram muito animadoras, já que havia risco de morte e rejeição inicialmente.

“O facto de ela ser mestiça e ser mulher é muito importante cientificamente e muito importante em termos de impacto na comunidade”, disse Steven Deeks, especialista em AIDS da Universidade da Califórnia.

Steven explica que o vírus progride de maneira diferente nas mulheres do que nos homens, por isso foi importante a escolha da paciente.

Ele também ressalta que, mesmo as mulheres sendo a maioria dos casos de VIH no mundo, apenas 11% se apresentam como voluntárias nos ensaios que visam alcançar a cura.

Outros casos

Além da Paciente de Nova Iorque, outros dois homens foram curados da HIV. Um deles é norte-americano Timothy Ray Brown. Brown foi chamado de “O Paciente de Berlim” na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas de 2008, onde sua cura foi anunciada pela primeira vez, para preservar seu anonimato.

Timonty recebeu um transplante de células-tronco de um doador com uma anormalidade genética rara, na qual as células atingem a resistência natural do HIV.

Diferente da atual paciente, ele também estava com leucemia mieloide aguda em estado avançado.

O segundo paciente curado de HIV, que teve o caso contado aqui no SoNotíciaBoa, foi Adam Castillejo, de 40 anos. Ele nasceu na Venezuela e vivia com o HIV desde 2003.

Adam tinha Leucemia e havia recebido um transplante de células-tronco de medula óssea.

Por sorte, o doador tinha uma mutação, um DNA resistente ao vírus e isso tornou Adam Castillejo também resistente ao HIV.

 

r. Koen van Besien, Dra. Jingmei Hsu e Dr. Marshall Glesby, que acompanharam a paciente - Foto: .Benjamin Ryan
r. Koen van Besien, Dra. Jingmei Hsu e Dr. Marshall Glesby, que acompanharam a paciente – Foto: .Benjamin Ryan

 

Deu na NBC News

 

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MODERNA inicia testes em humanos de vacina contra HIV

A farmacêutica Moderna anunciou que os primeiros testes da vacina contra HIV serão realizados em 56 pacientes - Foto: Getty Images

 

A farmacêutica Moderna anunciou nesta quinta, 27, que iniciou os testes em humanos para uma vacina contra o vírus HIV. O ensaio clínico está em fase 1 e é realizado nos Estados Unidos, com a participação de 56 voluntários saudáveis que são HIV negativos.

As primeiras pessoas do grupo de voluntários já começaram a receber suas doses na Escola de Medicina e Ciências da Saúde da Universidade George Washington, na capital americana.

A nova vacina usa mRNA, ou RNA mensageiro, que ensina as células do corpo a produzir proteínas que desencadeiam respostas imunes. Trata-se da mesma tecnologia utilizada na bem-sucedida vacina contra a Covid-19 da Moderna.

O imunizante contra o HIV é desenvolvido em parceria com a Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids (IAVI) e o Scripps Research Institute, nos Estados Unidos.

— Estamos tremendamente entusiasmados por avançar nesta nova direção no projeto de vacinas contra o HIV com a plataforma de mRNA da Moderna — disse Mark Feinberg, presidente e CEO da IAVI, em um comunicado.

Cerca de 38 milhões de pessoas em todo o mundo têm o HIV, que pode levar à AIDS. Quando foi descoberta, no início dos anos 1980, a doença provocou pânico porque, naquela época, o diagnóstico era considerado quase uma sentença de morte.

Naquela altura, os pacientes eram vítimas de preconceito, principalmente porque a maior parte da população desconhecia as formas de transmissão e prevenção. Desde então, o tratamento de doentes evoluiu e muitas pessoas infectadas pelo vírus conseguem viver longamente e sem complicações.

No entanto, apesar de décadas de pesquisa, nenhuma vacina foi desenvolvida.

— A busca por uma vacina contra o HIV tem sido longa e desafiadora, e ter novas ferramentas em termos de imunógenos e plataformas pode ser a chave para fazer progressos rápidos em direção a uma vacina eficaz e urgentemente necessária — acrescentou Feinberg.

Saúde

HIV: Brasil tem 694 mil pessoas em terapia antirretroviral

AUMENTO NOS CASOS DE AIDS-TESTE HIV/ FOTO/ANA SILVA

No Brasil, 694 mil pessoas estão em tratamento contra o HIV. Apenas neste ano, 45 mil novos pacientes iniciaram a chamada terapia antirretroviral. De acordo com o Ministério da Saúde, os números representam cobertura de 81% das pessoas diagnosticadas com HIV no País. Do total de pacientes em tratamento, 95% já não transmitem o vírus por via sexual por terem atingido carga viral suprimida. Os números foram divulgados pela pasta nesta quarta-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, divulgados pelo Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2021, mostram que, no ano passado, foram notificados 29.917 casos de Aids no Brasil contra 37.731 em 2019 – uma queda de 20,7%.
“Segundo especialistas, ainda que se observe um arrefecimento, a situação ainda preocupa, visto que os registros de óbitos pela doença continuam”, alertou o ministério. Em 2020, foram 10.417 mortes por Aids contra 10.687 no ano anterior – uma queda de apenas 2,52%.
Campanha
Também nesta quarta-feira, o Ministério da Saúde lançou a campanha Prevenir é Sempre a Melhor Escolha. A proposta é conscientizar sobre a importância da prevenção do HIV e atuar fortemente no diagnóstico e no tratamento, sobretudo entre os mais jovens.
Em toda a série histórica, o Brasil registrou 381.793 casos notificados do vírus. Desses, 69,8% foram em pessoas do sexo masculino e 30,2% do sexo feminino. Mais de 50% dos casos atingem homens e mulheres de 20 a 34 anos.
Além disso, foram notificados 7,8 mil casos de HIV em gestantes, o que representa uma taxa de detecção de 2,7 casos para cada mil nascidos vivos, com aumento de 30,3% na taxa de detecção em dez anos. Ao todo, o país registrou 32.701 casos de HIV no ano passado contra 43.312 em 2019 – uma redução de 10.611 casos.
Doença
A Aids é causada pela infecção pelo HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. O vírus é capaz de alterar o DNA de uma das células do corpo humano e fazer cópias de si mesmo. Ao se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. “Vale lembrar que a pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a Aids, caso realize o tratamento adequado”, reforçou o ministério.
A transmissão ocorre por meio do sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha; pelo uso de seringa por mais de uma pessoa; por transfusão de sangue contaminado e pelo uso de instrumentos não esterilizados que furam ou cortam. É possível transmitir o vírus também durante a gravidez, no momento do parto e na amamentação.
“É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que as pessoas que vivem com HIV não transmitem a doença das seguintes formas: masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete, toalha, lençóis; talheres e copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue; pelo ar”, destacou a pasta.
Agência Brasil