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‘Muito defensor de indígena mora em cobertura no Nordeste, mas nunca pisou em aldeia’, diz presidente da Funai

 

Nesta quinta-feira, 12, o programa Pânico recebeu o presidente da Funai, Marcelo Xavier. Em entrevista, ele opinou sobre a polêmica que cerca a demarcação de terras indígenas e a preservação do meio ambiente. “Um indígena não pode ser obrigado. Se ele quiser fazer pesca esportiva, ele pode; se quiser fazer artesanato, também pode. Tem que partir da vontade dele, a gente não pode impor”, disse. “A gente erra quando pensa que terra indígena é uma imposição preservacionista, está errado. Você demarca porque é direito do índio, a preservação do meio ambiente pode ser consequência, mas não é causa da demarcação”

Xavier ressaltou a importância de ouvir as vontades dos povos indígenas e se desprender de conceitos prévios sobre seus anseios. “O indígena pode, sim, ter sua vontade respeitada e pode, sim, como outro qualquer cidadão brasileiro, ter os mesmos sonhos e possibilidades. Temos que deixar de lado o preconceito. As pessoas, infelizmente, enxergam o indígena como se fosse um álbum de figurinha, o arquétipo estático do passado, o indígena da Netflix. Cultura não é estática, é dinâmica”, afirmou. “A gente aprisiona esses indígenas para grupos estrangeiros e antropólogos que vendem a visão de miserável para conseguir recursos lá fora. Sempre em época eleitoral piora.”

O presidente da Funai ainda defendeu um envolvimento profundo nas causas indígenas para entender suas necessidades e afirmou que costuma frequentar celebrações típicas em tribos e aldeias. “Tem muito defensor de comunidade indígena que nem sequer pisou em terra indígena. Tem muito indígena que se autodeclara representante dos povos indígenas de todo o Brasil, que mora em cobertura do Nordeste, onde o apartamento custa dois milhões, faz viagem para a Europa em hotel 5 estrelas, mas não pisa na terra indígena dela mesma, né? Eu sempre vou e frequento”, contou. “Tem festivais de cultura que são fenomenais, bandeiras hasteadas, o pessoal conversa. Querem um trator para fazer as roças artesanais deles. Você quebra a cultura deles com isso? É um absurdo”, defendeu.

Informações da Jovem Pan

Política

Deputada Federal Tábata Amaral diz que “É hipocrisia feministas se calarem após agressão de Zé de Abreu”

Foto : Divulgação

A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) chamou de ‘hipocrisia feministas’ o silêncio de lideranças de esquerda que fazem ativismo contra violência contra mulheres. A declaração ocorreu em razão de um compartilhamento feito pelo ator José de Abreu, que dizia “se encontro na rua, soco até ser preso”. A informação é da Gazeta Brasil.
 “O intuito dessas mensagens de ódio e ameaças tão violentas e agressivas é fazer com que eu tenha medo e deixe de defender aquilo que eu acredito. Me indigna ver que moramos em um país onde se tolera que uma pessoa com meio milhão de seguidores propague uma ameaça de agressão física a uma mulher, independentemente de quem seja. E com a tentativa de silenciá-la, no meu caso, por eu ser uma pessoa que atua politicamente”, disse a congressista em em entrevista à revista Veja.

Ao ser questionada sobre solidariedade de movimentos feministas, Tabata Amaram respondeu:

“Primeiro, estou tomando todas as ações judiciais cabíveis contra este ator. No caso das demonstrações de solidariedade, fico triste por ver que pessoas que se apresentam como feministas e que dizem lutar contra o machismo e a violência de gênero se calaram completamente, seja porque não gostam de mim seja porque gostam do Zé de Abreu. Isso é muita hipocrisia”.