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Reino Unido envia navio de guerra à Guiana em meio a tensões com a Venezuela

nicolas maduro

 

O Reino Unido anunciou neste domingo, 24, o envio de um navio militar para a Guiana, uma ex-colônia que enfrenta renovadas reivindicações territoriais da ditadura venezuelana sobre o Essequibo, uma região rica em petróleo que representa dois terços de sua superfície. “O ‘HMS Trent’ irá este mês para a Guiana, nosso aliado regional e parceiro na Commonwealth, para uma série de compromissos na região”, informou o ministério da Defesa britânico em comunicado, sem fornecer mais detalhes.

De acordo com a BBC, o navio deve participar de manobras militares após o Natal com outros aliados da Guiana, que foi uma colônia britânica até 1966. A emissora britânica não especificou quais outros países colaborarão na missão. Londres já havia mostrado seu apoio à Guiana com a viagem no início da semana de David Rutley, chefe da diplomacia britânica nas Américas.

O HMS Trent, que costuma operar no Mar Mediterrâneo, já havia se deslocado no início de dezembro para o Caribe para combater o tráfico de drogas. A Venezuela reivindica há mais de um século a soberania sobre este território de 160.000 km². No entanto, sua reivindicação se intensificou após a descoberta de vastas reservas de petróleo nesta região em 2015. A Guiana argumenta que um tribunal de arbitragem em Paris estabeleceu as fronteiras em 1899, entre a Venezuela e a então colônia.

As tensões entre os dois países se acentuaram após a realização de um referendo sobre a soberania do Essequibo em 3 de dezembro na Venezuela. No entanto, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu homólogo da Guiana, Irfaan Ali, se reuniram em 15 de dezembro e reduziram a tensão, embora não tenham resolvido suas diferenças fundamentais.

Com informações da AFP

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Identidades venezuelanas são emitidas na fronteira da Guiana

Identidades venezuelanas são emitidas na fronteira da Guiana - A Província  do Pará

 

A Venezuela começou a emitir documentos de identidade na cidade de Tumeremo, perto do território de Essequibo, que o país disputa com a Guiana, informou nesta segunda-feira (11) o Serviço de Identificação, Migração e Estrangeiros venezuelano (Saime).

A instituição compartilhou no Instagram várias fotos e vídeos que mostram a entrega de carteiras de identidade nessa cidade onde, provisoriamente, serão instalados os órgãos de poder criados unilateralmente pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, em sua tentativa de anexar Essequibo.

Embora Maduro tenha garantido que o Saime abriria um escritório em Tumeremo no sábado (9), as autoridades confirmaram a implementação de “jornadas especiais” – geralmente itinerantes – para a entrega de documentos, sem esclarecer se a sede do órgão já abriu suas portas.

A reitora do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Rosalba Gil, responsável pelo registro da instituição, informou na mesma rede social sobre uma “visita institucional de reconhecimento” a Tumeremo, onde pretende abrir “novas unidades” para a coleta de dados dos cidadãos.

– Convocamos todos os essequibanos (habitantes da área em disputa), que estamos à disposição no registro civil para atender qualquer situação, providenciar seus documentos, e depois entregar sua identificação, como a carteira de identidade – disse ela.

Informações da EFE

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Presidente da Guiana pressiona Brasil e cobra ajuda do governo Lula contra Venezuela

 

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse esperar que o Brasil assuma um papel de liderança na manutenção da paz na América do Sul. A declaração é uma reação após o regime venezuelano realizar um suspeito referendo sobre a anexação de dois terços do território guianês.

Em entrevista à GloboNews, Ali disse que todos querem que a região permaneça como um local de paz e estabilidade. “Nós esperamos que o Brasil tenha um papel de liderança, um papel significativo em garantir que essa região se mantenha. O que a Guiana quer, a única ambição da Guiana é que essa região se mantenha uma região de paz e estabilidade, onde todos nós podemos coexistir em harmonia“, manifestou Ali.

Ali afirmou ainda que teve uma conversa com Lula antes do referendo e destacou as medidas tomadas pelo governo brasileiro para proteger seu território.

“O Brasil tem uma boa relação conosco também e nós esperamos que a Venezuela aja com princípio. Nós conversamos com o presidente Lula e com o ministro do exterior (Mauro Vieira) e os dois garantiram que a Venezuela estará do lado certo da lei (…). Então, nós temos confiança de que o Brasil vai agir de maneira responsável, de maneira que seja condizente de um país que mostra maturidade e liderança”, ressaltou o presidente da Guiana.

Guerra

Davi contra Golias: guerra entre Venezuela e Guiana colocaria frente a frente forças militares díspares

 

O temor sobre a possibilidade de que ocorra um conflito entre a Venezuela e a Guiana aumentou após o referendo realizado no domingo (3), no qual os venezuelanos aprovaram as questões levantadas pelo regime de Nicolás Maduro para anexar a vasta região do território de Essequibo. A região, que corresponde a cerca de 70% da Guiana, é alvo de uma disputa histórica entre os dois países, que remonta ao século 19.

O resultado do referendo, que a oposição a Maduro diz que contou com uma baixa participação da população, foi recebido como uma provocação por parte do governo da Guiana, que já havia manifestado sua oposição à consulta popular de Maduro e reafirmado sua soberania sobre a área disputada, que possui riquezas naturais como petróleo, ouro e diamantes.

Em meio ao aumento da tensão, surge a questão: como seria uma guerra entre a Venezuela e a Guiana? Uma análise das capacidades militares dos dois países revela uma enorme disparidade de forças, que poderia colocar a Guiana em uma situação de grande desvantagem.

Analistas consultados pela Gazeta do Povo apontam que em um cenário de conflito, a Venezuela sai na frente, já que sua força militar é maior e de certa forma mais bem equipada que a da Guiana. Os venezuelanos contam atualmente com cerca de 123 mil militares na ativa e 220 mil reservistas, distribuídos entre o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Guarda Nacional.

Segundo dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, veiculados pelo site Poder360, dos 123 mil militares venezuelanos na ativa, 63 mil são do Exército, 25.550 da Marinha, 11.550 da Força Aérea e 23 mil fazem parte da Guarda Nacional.

O país de Maduro também possui um arsenal de armas um pouco mais modernas, que inclui aviões de combate, navios de guerra, 173 tanques, 81 veículos blindados e sistemas de defesa antiaérea em maior quantidade.

Além disso, a Venezuela tem o apoio de países como o Irã e a Rússia, que podem ter fornecido material bélico nos últimos anos para que o país sul-americano pudesse reforçar e atualizar sua capacidade militar, sobretudo na área naval, apesar da crise econômica que enfrenta.

A Guiana, por sua vez, tem uma força de defesa bastante inferior e mais limitada, com cerca de 3.400 soldados – três mil no Exército, 200 da Marinha e 200 da Força Aérea -, que são apoiados por pequenas embarcações de patrulha e algumas aeronaves leves. A maior parte do seu equipamento militar é composto por armas não tão modernas, veículos de reconhecimento e transporte, e alguns tanques mais antigos.

Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, mestre em Geopolítica pela Universidade Nacional de Defesa de Pequim e em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército, disse que “a Venezuela tem forças militares incomparavelmente mais bem equipadas que a Guiana” nesse momento, e que o país liderado pelo regime de Maduro conta com “forças armadas estruturadas” e com “treinamento superior”.

Gomes Filho lembrou que os guianenses possuem neste momento “apenas seis blindados Cascavel, que foram fabricados na década de 1980, pela extinta empresa brasileira Engesa e algumas poucas peças de artilharia, também muito antigas”.

Segundo Alessandro Visacro, analista de segurança e defesa, a Venezuela pode ter feito “algum esforço de modernização” nos últimos anos com a aquisição de material militar que pode ter vindo da Rússia e do Irã. No entanto, ele ressalta que a crise econômica que assola o país pode afetar a sua capacidade de sustentar por muito tempo um esforço bélico contra a Guiana, especialmente se houver a interferência de atores externos.

Ambos os analistas apontam que o terreno de Essequibo ao longo da fronteira entre os dois países também pode desempenhar um papel fundamental em um eventual conflito, já que ele é composto por florestas tropicais, montanhas e rios, que formam um ambiente desafiador para qualquer operação militar. Isso poderia indicar que a superioridade militar da Venezuela não significa que uma eventual guerra contra a Guiana poderia ser fácil ou rápida.

A vegetação densa e o clima imprevisível podem dificultar a visibilidade, a navegação e o reconhecimento, além de limitar o uso de armas pesadas e o apoio aéreo. O terreno também impõe desafios logísticos, como o abastecimento e a comunicação das tropas.

Segundo Gomes Filho, a Venezuela teria que realizar uma “operação anfíbia”, ou seja, desembarcar tropas pelo mar por conta das dificuldades impostas pela fronteira predominantemente formada por selva com a Guiana.

“Uma eventual ação militar venezuelana, muito provavelmente seria planejada projetando-se poder do mar sobre a terra, no qual a Venezuela desembarcaria tropas em algum ponto do litoral guianense”, disse ele.

Gomes Filho também afirmou que o terreno da fronteira entre os dois países “impede o deslocamento de colunas de viaturas blindadas e dificulta em muito o deslocamento de tropas a pé, assim como o envio dos suprimentos necessários para a manutenção das tropas em combate”.

Visacro disse que a fisiografia da região de Essequibo pode ser um obstáculo para as operações militares da Venezuela de grande escala, que dependem de infraestrutura logística pré-existente, como estradas, pistas de pouso e energia elétrica. Ele lembrou que a melhor forma de chegar na área disputada é passando pelo território brasileiro, o que parece improvável neste momento diante da posição do governo brasileiro de não consentir com uma invasão venezuelana.

Visacro também disse que um eventual conflito entre os dois vizinhos poderia se desenvolver por meio de operações navais, já que a disputa principal está no interesse pelas costas de Essequibo, que é onde se pode explorar o petróleo. No entanto, segundo o analista, a Venezuela poderia enfrentar problemas nas operações navais caso a Guiana conseguisse contar com o apoio militar dos EUA, por exemplo.

Segundo o analista, “militarmente”, o conflito “não é um desafio tão fácil para Venezuela, embora a capacidade militar da Guiana seja praticamente nula”.

 

Estratégia de defesa

Para tentar se defender, a Guiana poderia promover uma “guerra de resistência” contra os venezuelanos, “utilizando técnicas de guerrilha”, disse Gomes Filho. No entanto, ele apontou que, militarmente, o pequeno país sul-americano “não reúne condições” para “resistir a uma invasão venezuelana” por muito tempo.

Por sua vez, Visacro, destacou que os guianenses, por possuir um “poder político, econômico e militar” muito pequeno, deveriam adotar neste momento como “única estratégia possível” um alinhamento com atores externos.

“O mais importante deles, sem dúvida nenhuma, é os Estados Unidos, que não quer um conflito na região”, disse o analista, observando que os EUA têm sido cautelosos e discretos na sua abordagem sobre a situação de Essequibo.

Ele também mencionou a possibilidade de uma “guerra de resistência” por parte da Guiana, mas ressaltou que essa ação dependeria de vários fatores, como “condições fisiográficas, psicossociais, políticas e econômicas” da Guiana que ainda não estão muito claras.

“A única opção praticamente que a Guiana tem é apelar para o apoio externo e contar com a capacidade de força dissuasória dos EUA para evitar uma escalada do conflito”, disse Visacro.

Deu na Gazeta do Povo

 

 

 

 

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Exército envia 20 tanques para Roraima em meio a tensão entre Venezuela e Guiana

Guaicuru, blindado brasilerio que será enviado para a divisa com a Venezuela - Foto: Exército brasileiro

 

O Ministério da Defesa vai enviar 20 tanques para Roraima. O estado está em atenção por conta da disputa entre a Venezuela e Guiana pela região de Essequibo.

O deslocamento das unidades já estava programado para dar apoio em operações contra o garimpo. Os blindados vão ficar em Boa Vista, mas, à disposição para uma eventual necessidade de atuação em Pacaraima.

Os blindados, do modelo Guaicuru, vão sair de unidades no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, onde estão localizados, e se somarão ao aumento do número de homens em Roraima – que já estava previsto em portaria – com a mudança do Esquadrão que atua na região – para 18º Regimento de Cavalaria Mecanizada. O tempo estimado de transporte é de ao redor de um mês. Só de Manaus a Boa Vista, um dos trechos que é possível percorrer por terra, são 700 quilômetros. De Belém a Manaus, por exemplo, os equipamentos vão de barco. Embora seja duvidosa a invasão venezuelana, os blindados, assim como o aumento do número de homens, atuarão como força de dissuasão.

A região de Essequibo, que é rica em petróleo, é objeto de uma longa disputa entre os dois países, alimentada pela recente descoberta de mais recursos energéticos. A área equivale a cerca de dois terços do território nacional da Guiana.

Na semana passada, o exército já tinha aumentado para 130 o efetivo de militares na fronteira. O Pelotão Especial de Fronteira de Pacaraima, que opera com 70 militares, ganhou o reforço de mais 60 soldados.

Deu na CNN

Política

Provocação: Venezuelanos abaixam bandeira da Guiana

 

Continua a passos largos a ameaça do Narco Ditador Maduro em tomar área da Guiana.

“Indígenas venezuelanos” abaixam a bandeira da Guiana e hasteiam a bandeira da Venezuela na Sierra de Pacaraima.

No dia 24 de novembro, O presidente da Guiana, Irfaan Ali hasteou a bandeira da Guiana nesta mesma montanha de 640 metros de altura no território Essequibo.

Localizada na região Norte do Brasil, na fronteira entre Roraima e a Venezuela, a Serrania de Pacaraima abriga o Monte Roraima.

Agora vamos ver até onde vai a loucura do ditador venezuelano e a reação do mundo livre a mais essa ameaça de guerra.

 

Notícias

Ditadura venezuelana quer anexar território da Guiana

 

A Venezuela fará um referendo para anexar um território da Guiana ao país. O anúncio foi feito pelo ditador venezuelano, Nicolás Maduro, em seu perfil no X (antigo Twitter) na sexta-feira (10). A Guiana  afirmou que o anúncio é provocativo e que eventual decisão não terá efeito jurídico internacional.

A região de Essequibo ou Guiana Essequiba é disputada entre os 2 países há mais de 1 século. O local tem 160 mil quilômetros quadrados e é administrado pela Guiana, que tem como chefe de Estado Irfaan Ali. A Venezuela deseja anexar uma área que representa mais da metade do país vizinho.

A Guiana tem 214.969 quilômetros quadrados, com uma população de 800 mil habitantes. A línguas oficiais são inglês e Urdu, além de outras línguas regionais. A moeda é o dólar da guiana.

O governo da Guiana disse neste sábado (11) que o referendo é um crime internacional e disse que a Venezuela tenta enfraquecer a integridade territorial do Estado soberano da Guiana. Eis a íntegra do comunicado.

O país defende que o tratado assinado em Washington em 2 de fevereiro de 1897, que determinou a linha divisória entre a colônia da Guiana Britânica e os Estados Unidos da Venezuela em 1899. O Reino Unido e a Venezuela concordaram que os resultados do acordo seriam uma solução “completa, perfeita e final”.

“Durante mais de 6 décadas, a fronteira foi internacionalmente reconhecida, aceita e respeitada pela Venezuela, pela Guiana e pela comunidade internacional como sendo a fronteira terrestre entre os 2 Estados”, disse o governo do país.

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Guiana já descobriu o equivalente a 75% da reserva de petróleo do Brasil

 

A região conhecida como Margem Equatorial, que tem sido identificada como uma nova fronteira de exploração de petróleo semelhante ao pré-sal brasileiro, tem se mostrado extremamente promissora para a Guiana. O país foi pioneiro na descoberta de petróleo nessa região em 2015, por meio da empresa norte-americana ExxonMobil. Nos últimos oito anos, diversas outras descobertas de reservas significativas de petróleo foram anunciadas na área.

Atualmente, a Guiana possui uma reserva estimada de 11 bilhões de barris, o que equivale a cerca de 75% das reservas totais de petróleo do Brasil, incluindo as descobertas no pré-sal, que somam 14,8 bilhões de barris. O país enxerga um potencial expressivo na região equatorial, tendo inclusive realizado leilões de concessão para 42 blocos de exploração nessa área. Contudo, a ausência de licenciamento ambiental tem mantido esses projetos engavetados.

A Margem Equatorial abrange uma extensa área em alto-mar, estendendo-se da Guiana até o estado do Rio Grande do Norte, na região Nordeste do Brasil. Até o momento, somente a Guiana Francesa não se envolveu na exploração petrolífera nessa região. Enquanto o Brasil está em fases iniciais de exploração, Guiana e Suriname já estão avançando consideravelmente. No caso do Suriname, a primeira descoberta ocorreu em 2020, revelando um potencial de extração de aproximadamente 4 bilhões de barris, cerca de 27% das reservas brasileiras.

É importante destacar que, devido à recenticidade das descobertas em ambos os países, a produção comercial ainda está em fase inicial. Isso ocorre devido ao complexo processo que envolve a transição da exploração para a produção, incluindo a aprovação de órgãos regulatórios em cada nação, a construção de plataformas e o licenciamento ambiental.

Com informações da AFP