Guerra

Manifestantes protestam contra Netanyahu em Tel Aviv com cartazes de ‘Ministro do Crime’

Foto: ABIR SULTAN/EFE/EPA

Manifestantes entoaram, neste sábado (22), em Tel Aviv, palavras de ordem contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Segundo a organização Hofshi Israel, que convocou o protesto, a concentração de hoje foi a maior até o momento, com cerca de 150.000 participantes. Eles exigiram novas eleições e o retorno dos reféns mantidos em Gaza pelo movimento islamista Hamas. Todos os sábados ocorrem protestos deste tipo na capital financeira de Israel contra a gestão governamental da guerra em Gaza, que estourou há quase nove meses.

Os participantes tremulavam bandeiras israelenses e muitos exibiam cartazes com palavras de ordem como “Ministro do Crime” e “Pare a Guerra”. Alguns manifestantes deitaram no chão cobertos de tinta vermelha na Praça da Democracia para denunciar o que consideram “a morte da democracia” sob o governo de Netanyahu. Em um discurso, um ex-chefe da agência de segurança interna de Israel Shin Bet, Yuval Diskin, classificou Netanyahu de “pior primeiro-ministro” da história de Israel.

Muitos manifestantes acusam a coalizão de conservadores, nacionalistas e religiosos ultraortodoxos no poder de prolongar a guerra na Faixa de Gaza e colocar em perigo a segurança do país e os reféns. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando combatentes islamistas do Hamas mataram 1.194 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo um balanço baseado em dados oficiais israelenses.

O Exército israelense estima que 116 pessoas permanecem retidas em Gaza, 41 das quais teriam morrido. Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que deixou pelo menos 37.551 mortos até agora, também civis na maioria, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

Publicado por Carolina Ferreira

Deu na JP News

Guerra, Notícias

Israel ameaça uma “guerra total” contra o Hezbollah

Foto: Divulgação

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, e membros do alto escalão militar do país, expressaram estarem prontos para uma “guerra total“contra o grupo libanês extremista Hezbollah. Na 3ª feira (18.jun.2024) Katz demonstrou uma postura de firmeza frente às supostas ameaças feitas pelo grupo ao norte de Israel.

Depois da divulgação de imagens capturadas por drones da cidade portuária de Haifa, no norte do país, e atribuídas ao grupo extremista, o governo de Israel passou a tratar o caso como uma provocação direta. “Estamos muito próximos do momento da decisão de mudar as regras contra o Hezbollah e o Líbano. Numa guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será severamente atingido”, escreveu Katz em seu perfil do X.

O ministro também condenou veementemente as ações do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, enfatizando que Israel está próximo de tomar medidas decisivas contra o grupo. “Nasrallah se gaba de filmar os portos de Haifa. Com toda a força das FDI [Forças de Defesa de Israel], restauraremos a segurança aos residentes do norte”, afirmou Katz.

O Comando norte de Israel, sob a liderança de Ori Gordin, também confirmou a aprovação de planos operacionais para uma ofensiva terrestre, indicando um aumento na prontidão das tropas israelenses para um possível confronto. “Como parte da avaliação situacional, foram aprovados e validados planos operacionais para uma ofensiva no Líbano, e foram tomadas decisões sobre a continuação do aumento da prontidão das tropas no terreno”, comunicou o exército israelense.

Este cenário de escalada vem na esteira de meses de hostilidades de baixo nível na fronteira entre Israel e Líbano, com os Estados Unidos tentando mediar e evitar uma escalada maior. A situação se agravou após ataques do Hezbollah a Israel em retaliação à morte de um alto comandante do grupo extremista, em 12 de junho de 2024, ampliando o espectro de conflito na região. O Hezbollah, por sua vez, intensificou suas operações militares contra Israel, alegando apoiar os palestinos em Gaza. Nasrallah prometeu continuar os ataques até que Israel cesse suas ações em Gaza.

A comunidade internacional observa com preocupação a possibilidade de uma guerra aberta, que poderia ter consequências devastadoras para a região. Enquanto isso, os esforços diplomáticos dos EUA, liderados pelo enviado da Casa Branca, Amos Hochstein, buscam desacelerar o ritmo da escalada, embora o sucesso dessas negociações permaneça incerto.

Deu no Poder360

Guerra

Forças de Israel resgatam quatro reféns vivos da Faixa de Gaza, dizem militares

Foto: Frórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos

As forças israelenses (IDF) resgataram quatro reféns vivos da Faixa de Gaza central neste sábado (8), disseram os militares.

Os quatro reféns, três homens e uma mulher, foram sequestrados do festival de música Nova, em 7 de outubro, e levados a um hospital para exames médicos, ainda segundo os militares.

Os resgates ocorreram em dois locais separados na área de al-Nuseirat.

Eles foram identificados como:

Noa Argamani, de 25 anos;

Almog Meir Jan, de 21 anos;

Andrey Kozlov, de 27 anos;

Shlomi Ziv, de 40 anos.

“Eles estão em boas condições médicas e foram transferidos para o Centro Médico ‘Sheba’ Tel-HaShomer para exames médicos adicionais”, acrescentou a IDF.

O resgate de reféns feitos durante os ataques do Hamas em 7 de outubro continua sendo um dos principais objetivos da campanha militar israelense em Gaza.

Essa é a terceira operação bem-sucedida. O cabo da IDF Ori Megidish foi resgatado em outubro do ano passado do norte da Faixa de Gaza. Em outra operação, em 12 de fevereiro deste ano, Fernando Marman e Louis Har foram resgatados do sul de Rafah.

Argamani era uma das reféns remanescentes mais conhecidos e apareceu em uma série de vídeos de propaganda do Hamas divulgados em janeiro.

A Israeli News 12 transmitiu imagens de Argamani reunida com seu pai, sorrindo e o abraçando. O vídeo do sequestro de Argamani circulou logo depois que ela foi levada para Gaza por homens armados em 7 de outubro.

O primeiro vídeo mostrava clipes de Argamani ao lado de dois homens reféns, Yossi Sharabi e Itai Svirsky. Terminava com uma legenda dizendo: “Amanhã, informaremos a vocês o destino deles”.

Um terceiro e último vídeo parecia mostrar os cadáveres de Svirsky e Sharabi. Ele também mostrava Argamani dizendo que os dois homens haviam sido mortos por bombardeios israelenses, e suas mortes foram confirmadas posteriormente por sua aldeia natal.

Deu na CNN Brasil

Guerra

Israel mata comandante sênior do Hezbollah encarregado de executar ataques a partir do Líbano

Foto: EFE/EPA/STR.     

 

As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram nesta segunda-feira (8) que mataram mais um comandante sênior da força de elite Radwan do Hezbollah, responsável pelo planejamento e execução de inúmeros ataques contra o território israelense nos últimos meses. Sua morte também foi confirmada pelo grupo terrorista.

De acordo com o Exército de Israel, Ali Ahmed Hassin ocupava um posto de comandante de brigada e foi acusado de planejar ataques contra Ramim Ridge, no norte do país, uma área que constantemente é alvo de disparos de foguetes, mísseis e drones carregados de explosivos pela milícia libanesa.

“Como parte de sua função, ele foi responsável pelo planejamento e execução de ataques terroristas na área de Ramim Ridge contra a frente interna israelense”, disseram as IDF em um comunicado.

Hassin foi morto na cidade de as-Sultaniyah, no sul do Líbano, junto a outros dois terroristas sob seu comando, segundo informações israelenses. Ele foi o quinto oficial sênior do Hezbollah a ser eliminado por Israel em meio à guerra em curso no Oriente Médio, de acordo com o Exército.
Desde 8 de outubro, um dia depois do início oficial da guerra de Israel contra o Hamas, as forças lideradas pelo Hezbollah têm atacado quase diariamente comunidades do território israelense e postos militares localizados ao longo da fronteira. As IDF afirmam que cerca de 3.100 foguetes, mísseis e drones já foram lançados do Líbano no norte de Israel desde o início da guerra.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Netanyahu autoriza nova rodada de negociações para discutir trégua em Gaza

 

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou nesta sexta-feira (29) uma nova rodada de negociações visando uma trégua na Faixa de Gaza, cercada e bombardeada há quase seis meses por Israel e onde a população está à beira da fome. “Benjamin Netanyahu teve uma reunião com o diretor do Mossad (serviço secreto estrangeiro) e com o diretor do Shin Bet (inteligência interna). Ele autorizou uma nova rodada de negociações nos próximos dias em Doha e no Cairo (…) para avançar”, afirmou seu gabinete em um comunicado. Nos últimos meses ocorreram várias rodadas de negociações, lideradas pelo Egito, Catar e Estados Unidos, para conseguir uma trégua na guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, mas sem resultados. Desde o início do conflito, apenas uma trégua de uma semana foi observada no final de novembro. A pausa permitiu a libertação de mais de 100 reféns, sequestrados durante o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel, por detentos palestinos.

Guerra, Mundo

Nova proposta do Hamas pede libertação de até mil prisioneiros palestinos em troca de parte dos reféns

 

O grupo terrorista Hamas enviou nesta sexta-feira (15) a Israel uma nova proposta de trégua na Faixa de Gaza dividida em duas fases, na qual mantém o fim definitivo da guerra, mas mostra maior flexibilidade na troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses e na libertação das mulheres.

Na primeira fase do acordo, todas as mulheres, crianças, doentes e idosos israelenses sequestrados seriam libertados em troca de entre 700 e mil prisioneiros palestinos, detalharam fontes relacionadas às negociações sob condição de anonimato.

Além disso, nesta etapa inicial – sem dar detalhes da duração, que anteriormente era de seis semanas – todas as soldados mulheres em cativeiros também seriam libertadas em troca de cerca de 100 prisioneiros palestinos em prisão perpétua. Depois dessa parte, segundo a proposta, seria fixada uma data para um cessar-fogo permanente e para a retirada de Israel da Faixa de Gaza.

Por fim, a libertação de “todos os prisioneiros de ambos os lados”, referindo-se também aos reféns israelenses, ocorreria em uma segunda fase do plano.

Na noite desta quinta (14), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou ter recebido uma “visão integral de um acordo de trégua” proposto pelo Hamas, mas reiterou que as exigências do grupo são mais uma vez “pouco realistas”, segundo um comunicado oficial do governo.

Hoje, Netanyahu deverá abordar a proposta do Hamas de uma maneira mais formal, após sua reunião com o gabinete de guerra na base militar de Kirya, em Tel Aviv. Familiares dos raptados anunciaram protestos nesse mesmo período.

“Pela primeira vez podemos imaginar abraçá-los novamente, por favor conceda-nos este direito”, pediu o grupo familiar a Netanyahu em um comunicado. Os familiares exigem que o primeiro-ministro aceite o acordo para salvar a vida dos 134 “filhas e filhos cruelmente sequestrados, apenas por serem israelenses”.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Empresas de fachada e recorde de doações: o Hamas nunca recebeu tanto dinheiro quanto agora

Líder político do Hamas, Ismail Haniyeh: membros do grupo têm sido sancionados por diferentes países desde o início da guerra| Foto: EFE/EPA

 

Investigações da inteligência israelense e de Washington mostram que o grupo terrorista Hamas recebe entre oito a 12 milhões de dólares mensais somente por meio de doações pela internet, muitas das quais partem de organizações de fachada que defendem o envio de ajuda a civis em Gaza.

Esse dinheiro é considerado um “aumento recorde” em comparação ao que a milícia recebia antes do ataque a Israel em 7 de Outubro, de acordo com funcionários do Gabinete Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Tel Aviv, que conversaram com o portal Bloomberg, sob condição de anonimato.

Em novembro, um mês após a invasão de terroristas pela fronteira da Faixa, um oficial de alta patente do Mossad – a agência de Inteligência e Operações Especiais de Israel – já havia revelado um crescimento de 70% do dinheiro transferido a instituições de ajuda humanitária ligadas ao Hamas. Em valores brutos de dólares, houve um aumento de cerca de US$ 100 milhões (R$ 495,3 milhões) nas sete primeiras semanas semanas após o massacre, de acordo com funcionários do Ministério da Defesa e dos Negócios Estrangeiros de Israel, que também divulgaram os dados anonimamente.

Além das empresas de fachada, outra fonte significativa de financiamento do grupo terrorista vem de um sistema islâmico de transferência de dinheiro chamado Hawala, que permite o envio de valores por meio de intermediários, sem que a importância atravesse fisicamente fronteiras, semelhante a uma rede de notas promissórias. O dinheiro passa de uma parte para outra, contornando os bancos que seguem o modelo ocidental, o que dificulta a aplicação de sanções por países que querem frear as atividades terroristas de grupos extremistas.

O dinheiro de caridade canalizado para o Hamas através do sistema tem como finalidade por vezes a necessidades humanitárias legítimas em Gaza, tais como cuidados médicos, alimentação e educação. Contudo, a inteligência de Israel diz que grande parte desse dinheiro acaba sendo utilizado para fins militares do grupo palestino.

A movimentação de dinheiro dentro das redes de transferência em Gaza é altamente fluido e difícil de localizar a origem, tornando a tarefa dos rastreadores financeiros israelenses desafiadores. Para contornar as restrições nos EUA e da UE, por exemplo, o Hamas angaria dinheiro através de organizações em outros países e que não estão claramente ligadas ao grupo, explicaram as autoridades israelenses e americanas.

No entanto, no dia 11 deste mês, a União Europeia (UE) sancionou o líder político do grupo, Yahya Sinwar, pelo ataque contra Israel no dia 7 de outubro. Por meio dessas sanções, o líder da milícia palestina está proibido de entrar no território da UE e seus bens e ativos em entidades europeias estão congelados. Além disso, nenhuma empresa ou indivíduo do bloco poderá fornecer-lhe fundos.

Em entrevista à emissora CNBC, altos funcionários do governo americano disseram que o rastreamento e quantificação da angariação de fundos do Hamas é difícil de ser medido, uma vez que a organização terrorista possui anos de experiência em contornar sanções financeiras e outras ferramentas destinadas a sufocar ou restringir o seu acesso ao dinheiro.

O mesmo desafio ocorre com as criptomoedas. As autoridades de Washington e de Tel Aviv não têm total controle sobre a extensão das transferências, porque o Hamas e seus doadores não usam as moedas digitais que os governos ocidentais costumam monitoram, como o bitcoin ou a ethereum. Em vez disso, a rede de doadores da milícia palestina utiliza criptomoedas menores.

Antes da guerra, quando as doações eram feitas diretamente a instituições de caridade, o dinheiro chegava ao Hamas de diferentes maneiras, inclusive por meio de comboios de ajuda. Outro processo é conhecido como Financiamento do Terrorismo Baseado no Comércio (FTBC). Dessa forma, há possibilidade do grupo “camuflar as doações”, pedindo aos empresários locais de Gaza que transfiram dinheiro para o Hamas, que governa o território desde 2007. As empresas são então reembolsadas sob a forma de bens, revelam as autoridades israelenses.

Boa parte das despesas do Hamas também são financiadas por países como o Catar, que envia cerca de US$ 30 milhões por mês (R$ 148,5 milhões) ao enclave, juntamente a um subsídio da Autoridade Palestina, sediada na Cisjordânia.

Segundo a inteligência de Israel, o Irã é outro grande patrocinador das atividades terroristas da organização, que integra o Eixo da Resistência, uma aliança informal contrária ao Ocidente no Oriente Médio. Segundo o Mossad, Teerã é responsável por financiar os esforços militares do Hamas com mais de US$ 100 milhões (R$ 495 milhões) por ano, segundo os últimos levantamentos coletados, dinheiro que vem juntamente com os rendimentos dos investimentos do Hamas em vários países e doações no exterior.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo para libertação de reféns

 

Israel e Hamas fecharam o primeiro grande acordo desde o início da guerra no Oriente Médio, na noite desta terça-feira, 21.

O trato entre as partes envolve a troca de reféns e um cessar-fogo de quatro dias, o primeiro desde que o conflito começou, em 7 de outubro. “O governo aprovou as linhas gerais do primeiro estágio de um acordo pelo qual pelo menos 50 pessoas sequestradas – mulheres e crianças – serão libertadas nos próximos quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates”, diz a nota de Israel.

De acordo com o jornal “Haaretz”, 30 crianças, 8 mães e 12 mulheres sequestradas pelos Hamas serão trocadas por mais de 100 mulheres e adolescentes palestinos presos em Israel. A quantidade exata de palestinos ainda não foi confirmada. Mais cedo, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahuhavia antecipado que estava trabalhando para costurar um acordo. Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden também já havia demonstrado otimismo quanto a uma trégua. Catar e Egito foram outros dois países envolvidos na negociação.

Apesar do acordo, o porta-voz das Forças Armadas de Israel, Daniel Hagari, afirmou que eliminar o Hamas continua sendo o foco do exército israelense. “A meta de devolver os reféns é significativa. Mesmo que isso resulte na redução de algumas das outras coisas, saberemos como restaurar nossas conquistas”, declarou.

O trato acontece após uma forte pressão internacional, com repreensões de líderes mundiais e reuniões no Conselho de Segurança da ONUuma resolução foi aprovada na semana passada. Em cerca de 45 dias de guerra, 13.702 pessoas morreram, sendo 12.300 em Gaza e outras 1.402 do lado israelense.

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Guerra

Lula diz que solução de Israel foi tão grave quanto terrorismo do Hamas

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou duramente nesta segunda-feira, 13, as consequências do conflito no Oriente Médio, que vitimou mais de 11 mil pessoas desde 7 de outubro.

Ele condenou tanto as ações do grupo terrorista Hamas quanto a retaliação do Estado de Israel, censurando o enfoque dos ataques em crianças e mulheres. “A quantidade de mulheres e crianças que já morreram, de crianças desaparecidas, a gente não tem conhecimento em outra guerra. Depois do ato de terrorismo do Hamas, a solução do estado de Israel é tão grave quanto foi o do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério”, declarou durante sanção da atualização da Lei de Cotas.

Segundo a avaliação do presidente, as investidas ocorriam sem justificativa. “[Israel] joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que um terrorista está lá, não tem explicação”, pontuou. “Primeiro, vamos salvar as crianças, as mulheres, aí depois faz a briga por quem quiser fazer”, completou.

Além das críticas, Lula celebrou o retorno dos brasileiros que aguardavam liberação de autoridades palestinas para deixar a Faixa de Gaza. O grupo esperava a permissão de repatriação há mais de três semanas. “Hoje é um dia muito feliz para nós brasileiros. Nós conseguimos resgatar as 32 famílias que estavam na Faixa de Gaza. Eles deverão chegar hoje a noite aqui em Brasília”, iniciou o presidente.

Lula afirmou que os diplomatas brasileiros telefonavam diariamente para ministros e representantes palestinos para conseguir a liberação dos brasileiros. Ele ainda declarou que o governo não deixará na região, nem na Cisjordânia, nenhum cidadão que queria regressar ao Brasil. “Nós não vamos deixar nenhum brasileiro ou brasileira lá se ele quiser voltar. Nós vamos ter que encontrar soluções para trazer. Hoje é um dia de festa”, completou. Ele ainda revelou que irá receber na noite desta segunda-feira, 13, os brasileiros que chegarão da Faixa de Gaza.

Por volta das 6h51 (horário de Brasília), a aeronave VC-2, da Presidência da República, decolou do Egito rumo ao Brasil. A bordo, 32 passageiros que deixaram a Faixa de Gaza no domingo, 12, e cumprem agora a última etapa do voo de repatriação do Governo Federal. São 17 crianças, nove mulheres e seis homens: 22 brasileiros e dez palestinos familiares dos brasileiros trazidos no décimo resgate da zona de conflito no Oriente Médio.

Desde que cruzaram a fronteira entre Gaza e o Egito após uma espera de mais de três semanas pela permissão das autoridades envolvidas na guerra, os 32 fizeram a imigração e foram transportados em vans fretadas pela Embaixada Brasileira no Egito até Al-Arish.  Quando o VC-2 tocar o solo da Base Aérea de Brasília, a Operação Voltando em Paz completará 1.477 passageiros e 53 animais domésticos resgatados.

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