Guerra, Mundo

Na ONU, Guterres diz que Oriente Médio está à beira de conflito total

Foto: David Delgado

 

O Conselho de Segurança realizou uma reunião de emergência neste domingo a pedido de Israel, horas após o lançamento de projéteis ao país a partir do Irã. Nas primeiras declarações feitas na sessão, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, disse que o Oriente Médio está à beira de um conflito total.

Desarmar e baixar a escalada

O líder das Nações Unidas disse que as populações da região enfrentam um perigo real de uma arrasadora situação de guerra total, ao enfatizar que é hora de desarmar e diminuir a escalada. Guterres declarou ainda que este é o momento de exercer máxima moderação.

O chefe da ONU citou a solicitação da reunião feita pelo embaixador israelense apontando para “um ataque direto contra seu território” com mais de 200 veículos aéreos não tripulados, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos contra Israel, em clara violação da Carta das Nações Unidas.

O representante iraniano também escreveu ao presidente do Conselho de Segurança, afirmando que nas últimas horas de 13 de abril, se país “realizou uma série de ataques militares contra objetivos militares israelenses.”

Ao defender que a região não se deve permitir a uma guerra, Guterres destacou que as partes interessadas têm a responsabilidade de atuar em favor da paz.

Confrontos militares em múltiplas frentes

Para o chefe da ONU, este é o momento de se recuar do abismo e que isso é “essencial para evitar qualquer ação que possa levar a grandes confrontos militares em múltiplas frentes no Oriente Médio.”

Para Guterres, os civis já estão suportando o peso e pagando o preço mais alto pela atual situação.

Ao apelar pela responsabilidade coletiva do Conselho, Guterres disse que é preciso envolver ativamente todas as partes para evitar nova escalada” tal como prevê a Declaração de Relações Amistosas de 1970. O documento proíbe atos de represália com o uso da força sob o direito internacional.

Cessar-fogo humanitário imediato

Guterres disse ainda que o Conselho tem a responsabilidade partilhada de garantir um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza, a libertação incondicional de todos os reféns e a entrega desimpedida de ajuda humanitária.

O secretário-geral ressaltou ainda que é vital o trabalho comum para acabar com a violência na Cisjordânia ocupada, evitar o agravamento da situação ao longo da Linha Azul e restabelecer a navegação segura no Mar Vermelho.

Deu no Metrópoles

Guerra, Mundo

EUA dizem que negociações de trégua em Gaza estão caminhando “na direção certa”

 

Os Estados Unidos afirmaram, nesta terça-feira (13), que as negociações de alto nível no Cairo para uma possível trégua na Faixa de Gaza e uma troca de prisioneiros estão caminhando “na direção certa”.

A afirmação foi feita por um dos porta-vozes da Casa Branca, John Kirby, durante uma entrevista coletiva quando questionado sobre as negociações em curso entre representantes da CIA, Mossad, dos grupos terroristas Hamas e Jihad Islâmica, bem como autoridades de Egito e Catar, principais mediadores no conflito.

“Estamos satisfeitos por estas conversações estarem acontecendo. Elas têm sido construtivas e caminham na direção certa”, disse Kirby, que se recusou a fornecer detalhes sobre os meandros das negociações.

No Cairo, está o diretor da CIA, William Burns, que hoje chegou a um acordo com o presidente do Egito, Abdel Fattah al Sisi, para continuar a “coordenação intensiva” para chegar a uma trégua na Faixa de Gaza, segundo a Presidência egípcia.

Durante o dia, Al Sisi também se reuniu com o primeiro-ministro do Catar, Mohamed bin Abderrahman, e com o chefe da Inteligência do Catar, Abdullah bin Mohamed al Julaifi.

Todas essas reuniões bilaterais aconteceram em meio das reuniões de alto nível que estão se desenvolvendo no Cairo e que, segundo a rede de televisão egípcia Al Qahera News, próxima da inteligência egípcia, começaram ao meio-dia com o objetivo de abordar a distensão no enclave palestino. Até o momento, não foram divulgados mais detalhes sobre o conteúdo das conversas.

Uma fonte de segurança egípcia disse à Agência EFE que estava previsto discutir os novos pedidos que o Hamas apresentou em resposta à proposta anterior feita semanas antes em Paris, como resultado de negociações entre os mediadores, Catar e Egito, além de Estados Unidos e Israel.

Tudo isto poderia levar à cessação dos combates durante dois ou três meses, durante os quais seria implementado um acordo de troca de prisioneiros e seria feita uma tentativa de alcançar um cessar-fogo permanente e relançar o processo de paz, segundo a fonte.

Deu na EFE

Guerra, Mundo

Rebeldes houthis atingem navio que transportava milho do Brasil para o Irã

 

O Exército dos Estados Unidos informou que rebeldes houthis pró-Irã dispararam mísseis contra um navio que transportava milho do Brasil para o porto do Irã. O ataque aconteceu na costa do Iêmen na segunda-feira, 12, e causou pequenos danos à embarcação. “Em 12 de fevereiro, das 3h30 às 3h45 (horário de Sanaa), militantes huthis apoiados pelo Irã dispararam dois mísseis de áreas sob seu controle no Iêmen em direção ao (estreito de) Bab al-Mandeb”, disse o Comando Central dos EUA na região em publicação no X (antigo Twitter). A empresa de segurança Ambrey afirmou  que o navio era um graneleiro de propriedade grego que arvorava bandeira das Ilhas Marshall e que “foi atacado por mísseis em dois incidentes separados” em um intervalo de 20 minutos.Segundo o Exército dos Estados Unidos, a embarcação de propriedade grega foi atacada por mísseis em um intervalo de 20 minutos.

O Centcom afirmou ainda que a embarcação estava “em trânsito no Mar Vermelho com uma carga de milho do Brasil” e informou “estar em condições de navegar e sem ferimentos à tripulação”. O grupo rebelde – juntamente com outros grupos islamistas que recebem apoio do Irã – faz parte do que Teerã chama de “eixo de resistência” antiocidental e anti-Israel. Desde novembro, os houthis lançam ataques contra navios que navegam no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, e que consideram vinculados a Israel, em “solidariedade” com os palestinos em Gaza.

Informações da AFP

Guerra

Israel destrói 700 lançadores de foguetes do Hamas

A embaixada de Israel no Brasil informou que os soldados das Forças de Defesa do país começaram operação na Faixa de Gaza para apreender e destruir foguetes e lançadores. Segundo a embaixada, mais de 700 lançadores de foguetes foram destruídos.

O objetivo é remover a capacidades de lançamento de foguetes do Hamas e impedir novos ataques aéreos em direção a Israel.

Durante a missão, o Hamas chegou a disparar contra Israel a partir de uma escola e de uma mesquita na Faixa de Gaza, outros lançadores de foguetes carregados e prontos para lançar foram achados dentro de um cemitério.

Deu na JP News

 

 

 

Guerra

Israel e Hamas concordam com entrada de medicamentos em Gaza, inclusive para reféns

Foto: ABIR SULTAN 

 

Israel e o grupo terrorista Hamas concordaram, com a mediação do Catar, com a entrada na Faixa de Gaza de medicamentos, que também devem chegar aos 136 reféns que o grupo terrorista palestino mantém dentro do território.

“Isso permitirá a entrada de medicamentos para os reféns mantidos pela organização terrorista Hamas em Gaza, como parte do sistema de ajuda humanitária de Israel para a Faixa”, anunciou em comunicado o Gabinete do primeiro-ministro do país.

O acordo foi negociado no Catar pelo chefe do Mossad (serviço de inteligência israelense), David Barnea, sob as ordens do premiê Benjamin Netanyahu.

“A medicação será administrada a eles nos próximos dias”, diz o comunicado.

Nesta semana, tanto Israel quanto o Hamas recusaram uma proposta do Catar para outro acordo de trégua que prevê a libertação de todos os prisioneiros em troca de um cessar-fogo permanente.

Israel vem exigindo há semanas que a Cruz Vermelha tenha acesso ao enclave para que suas equipes médicas tratem dos 136 reféns restantes – estima-se que 25 deles estejam mortos -, muitos deles feridos ou com problemas médicos pré-existentes.

O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), com sede em Ramallah, na Cisjordânia, também anunciou o envio de medicamentos e suprimentos médicos para a Faixa de Gaza por meio do Banco Mundial (BM), a serem distribuídos pela Unicef.

Além disso, um novo lote de vacinas contra a poliomielite também entrará no território, graças ao financiamento do Egito.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Israel anuncia fim das grandes operações no norte de Gaza e destruição da infraestrutura do Hamas

 

O exército de Israel declarou neste domingo, 7, que concluiu as grandes operações de combate no norte de Gaza e finalizou o desmantelamento da infraestrutura militar do Hamas na região.

Essa ação ocorre exatamente no momento em que a guerra contra o grupo terrorista completa três meses. O porta-voz das forças militares, contra-almirante Daniel Hagari, afirmou no sábado, 6, que não há planos de enviar mais tropas para o norte de Gaza. Ele ressaltou que as forças continuarão a fortalecer as defesas ao longo da cerca entre Israel e Gaza, além de concentrar seus esforços nas áreas central e sul do território.

O anúncio foi feito antes da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel. Membros da administração de Joe Biden têm instado Israel a reduzir sua campanha aérea e terrestre em Gaza, optando por ataques mais direcionados contra os líderes do Hamas, a fim de evitar danos aos civis palestinos.

Nas últimas semanas, Israel já vinha diminuindo suas operações militares no norte de Gaza e intensificando suas ações no sul do território, onde a maioria dos 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza está presa em áreas cada vez menores sob bombardeios israelenses, o que tem gerado uma crise humanitária. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo que a guerra não terminará até que os objetivos de eliminar o Hamas, recuperar os reféns israelenses e garantir que Gaza não seja uma ameaça para Israel sejam alcançados.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques israelenses já causaram a morte de mais de 22,8 mil palestinos e feriram mais de 58 mil. No entanto, esses números não foram confirmados de forma independente.

Neste domingo, dois jornalistas foram mortos em um ataque aéreo perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza. Entre as vítimas está Hamza Dahdouh, filho mais velho de Wael Dahdouh, principal correspondente da Al-Jazeera em Gaza. A Al-Jazeera exibiu imagens emocionantes de Dahdouh chorando sobre o corpo de seu filho antes de sair atordoado. Outro ataque aéreo atingiu uma casa entre Khan Younis e Rafah, matando pelo menos sete pessoas. Os corpos foram levados para um hospital próximo, de acordo com um jornalista da Associated Press presente no local. As forças israelenses estão avançando sobre a cidade central de Deir al-Balah, onde os moradores de vários bairros foram alertados no sábado para evacuarem suas casas por meio de panfletos lançados sobre a cidade. A organização Médicos Sem Fronteiras anunciou a retirada de sua equipe médica e suas famílias do Hospital dos Mártires de Al Aqsa, em Deir al-Balah, devido ao aumento do perigo.

A Organização Mundial da Saúde fez um apelo pela proteção dos profissionais de saúde em toda Gaza. O porta-voz militar, Hagari, afirmou que são esperados combates esporádicos no norte de Gaza, juntamente com disparos ocasionais de foguetes em direção a Israel. Ele ressaltou que membros do Hamas ainda estão presentes, mas sem uma estrutura organizada e sem comandantes.

Deu na JP News

Guerra

Hamas liberta mais 13 israelenses e 4 tailandeses após sete horas de atraso

Foto: Gil Cohen

 

O grupo terrorista palestino Hamas confirmou neste sábado, 25, a liberação de reféns israelenses e estrangeiros para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O acordo com Israel previa soltura antes do prazo de meia-noite. Os reféns agora seguem “a caminho do ponto de passagem de Rafah” em direção ao Egito, segundo informações do Exército israelense.

Conforme estabelecido na negociação, 39 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e adolescentes menores de 19 anos, que foram detidos no território israelense, também foram libertados. A decisão veio após atraso e incerteza dada pelo Hamas, que chegou a acusar Israel de “quebra de acordo” neste final de semana. Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, entre as 17 vítimas, estavam 13 israelenses e quatro cidadãos tailandeses. Autoridades do Egito e Catar negociaram e mantiveram contato com ambos os lados da Guerra no Oriente Médio. “Os obstáculos à libertação de prisioneiros foram superados através de contatos entre o Catar e o Egito com ambos os lados”, postou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros catari, Majed al-Ansari.

Autoridades israelenses classificaram o avanço das negociações como “significativas”. Na última sexta-feira, 24, o grupo armado palestino liberou 24 pessoas do território na Faixa de Gaza. Todos eles haviam sido sequestrados no dia 7 de outubro, incluindo 13 israelenses, dez tailandeses e um filipino. Em Tel Aviv, por sequência, 39 pessoas foram liberadas. Este acordo tomou força no início da semana, após as duas partes combinarem trégua de quatro dias na guerra.

Informações da AFP

Guerra

Israel divulga nomes de 300 prisioneiros palestinos que podem ser envolvidos em troca por reféns em Gaza

 

Ministério da Justiça de Israel publicou nesta quarta-feira (22) os nomes de 300 prisioneiros palestinos que deverão ser libertados como parte de um acordo mais amplo para libertar reféns detidos na Faixa de Gaza.

A lista incluía mais detalhes, incluindo idades e motivo da prisão.

Nos termos do acordo recentemente negociado, o Secretariado do Gabinete israelense disse que 150 prisioneiros palestinos seriam libertados em quatro etapas durante quatro dias, desde que pelo menos 10 raptados israelenses pelo Hamas fossem entregues às forças de segurança de Israel todos os dias.

Famosos

INACREDITÁVEL: Componente da Banda Pink Floyd diz que ataque do Hamas a Israel no dia 7 é Fake News

 

O músico britânico e ex-líder da banda Pink Floyd, Roger Waters, conhecido por suas declarações anti-sionistas e antissemitas, negou a chacina de civis cometida pelo Hamas em Israel em 7 de outubro de 2023.

Em entrevista ao advogado e jornalista Glenn Greenwald, Waters aludiu a teorias de conspiração infundadas e, sem o dizer, à possibilidade de o governo de Benjamin Netanyahu estar ciente do que iria acontecer.

“Como diabos os israelenses não sabiam que isso iria acontecer? Ainda estou um pouco nessa toca do coelho. Quero dizer, o exército israelense naqueles 11, 10 ou 11 campos não ouviu os estrondos quando explodiram? O que eles tiveram que voar para cruzar a fronteira? Há algo de muito suspeito nisso”, declarou.

Questionado sobre se o massacre selvagem de civis perpetrado pelo Hamas pode ser justificado, o britânico garantiu que ainda não sabe se eles foram os responsáveis.

“Eles tinham justificativa para resistir à ocupação? Sim. Eles estão absolutamente legal e moralmente obrigados a resistir à ocupação desde 1967”, acrescentou.

Waters evitou reconhecer as evidências incontestáveis dos acontecimentos ocorridos em 7 de outubro nos kibutzim e no festival de música, onde milhares de civis foram massacrados a sangue frio por terroristas do Hamas. Em vez disso, mencionou a morte de militares israelitas, que afirma não constituir um crime de guerra.

Ele também afirma que os israelenses inventaram histórias sobre decapitação de bebês, apesar das evidências convincentes apresentadas por Israel.

“A coisa foi exagerada porque os israelenses inventaram histórias sobre decapitação de bebês”, disse ele.

O músico acredita que a verdade sobre o que aconteceu no dia 7 de outubro nunca será conhecida, embora o massacre do Hamas contra civis seja visível para o mundo inteiro.

“Mas o que sabemos é se foi ou não uma operação de bandeira falsa, ou o que quer que tenha acontecido, e não sabemos se algum dia conseguiremos uma história real. É sempre muito difícil saber o que realmente aconteceu. Eles chamam isso de 11 de setembro. O que diabos aconteceu em 11 de setembro na América do Norte? Ninguém sabe. Claramente, a narrativa oficial tem lacunas. E de qualquer forma, não vamos entrar no 11 de Setembro”, indicou.

Questionado sobre sua rejeição a Israel e suas frequentes declarações antissemitas, atacou o Estado Judeu, argumentando que “consideram que as pessoas que professam a religião judaica têm uma série de direitos completamente diferentes de todos os outros. Isto é fundamentalmente importante. É por isso que na minha mensagem digo: você concorda ou não com a ideia de direitos humanos iguais? Porque assim que não o fizer, será um nazista. E eu sei que você não pode dizer nazista.”

Waters tem uma longa história de controvérsia em torno de declarações de marcado antissemitismo e antisionismo.

Informações da Gazeta Brasil

Guerra

Israel assumirá segurança de Gaza por período indeterminado, diz Netanyahu

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu nesta segunda-feira, 6, que o país será o encarregado da segurança em Gaza por tempo indeterminado, uma vez terminada a guerra que está sendo travada com o grupo islâmico Hamas no território palestino. “Acho que Israel terá, por um período indefinido de tempo, a responsabilidade geral pela segurança, porque já vimos o que acontece quando não a temos”, disse Netanyahu em um trecho de uma entrevista à rede americana de televisão “ABC News”. “Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é uma erupção do terror do Hamas em uma escala que não poderíamos imaginar”, acrescentou. Perguntado sobre quem deveria governar Gaza após o fim da guerra, o primeiro-ministro israelense respondeu: “aqueles que não quiserem seguir o caminho do Hamas”. Netanyahu também disse que seu governo não vê possibilidade de um cessar-fogo em Gaza, a menos que os mais de 240 reféns em poder do Hamas após o ataque de 7 de outubro em território israelense sejam libertados. “Não haverá um cessar-fogo geral sem a libertação dos reféns”, enfatizou o premiê, embora tenha afirmado que seu governo realizaria “pequenas pausas táticas” de “uma hora” para permitir o acesso da ajuda humanitária.

Deu na JP News