Greve

Após reajuste de benefícios, servidores dizem que debate não acabou

Foto: Breno Esak

 

Após reajuste nos benefícios (auxílio-alimentação, auxílio-saúde e assistência pré-escolar), assinado na última quinta-feira (25/4), servidores públicos federaisdizem que o debate ainda não acabou e prometem manter a pressão sobre o governo. Há cobranças, em especial, por dois itens: recomposição salarial ainda em 2024 e reestruturação de carreiras.

Com exceção do auxílio-saúde, os demais benefícios que tiveram correção não contemplam aposentados e pensionistas.

“É preciso lembrar que o debate não acabou. O reajuste dos auxílios foi só a primeira fase da campanha salarial”, disse Rudinei Marques, presidente do Fórum Nacional das Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Por sua vez, a Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef/Fenadsef), que representa 80% do Executivo federal, pretende avançar na reestruturação de carreiras com foco na paridade, ou seja, atingindo não só os servidores da ativa, mas também os da inativa (aposentados e pensionistas).

Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef, considerou que o reajuste dos benefícios foi um passo importante, mas insuficiente. “É um passo adiante? É, sim, mas ainda está incompleto, porque não sinaliza algo na remuneração para 2024. Mas nós não vamos deixar de insistir e bater nessa tecla”.

Reajuste salarial

Após reajuste salarial linear (isto é, geral, para todo o conjunto do funcionalismo) de 9% em 2023, o governo Lula (PT) não deverá conceder reajuste neste ano, mas negocia pontualmente com as carreiras. A justificativa oficial é que o reajuste concedido no ano passado tem impacto orçamentário e financeiro em 2024.

Nesse sentido, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)assumiu o compromisso de instalar, até julho, as mesas que ainda não foram abertas para negociação de carreiras específicas. Atualmente, há 18 mesas de negociações específicas abertas. Dez mesas já chegaram a acordos e oito estão em andamento.

Em breve, será divulgado o calendário das mesas ainda não instaladas. Já foram agendadas reuniões de três mesas para a próxima semana: na terça-feira (30/4), com os analistas técnico-administrativos e com os servidores das carreiras de Previdência, Saúde e Trabalho; e, na quinta-feira (2/5), com servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Reajuste de benefícios para servidores

O MGI assinou, na quinta passada, o reajuste de benefícios para servidores públicos do Executivo federal. A portaria com as alterações deve ser publicada até a próxima segunda-feira (29/4).

Veja o que muda:

  • auxílio-alimentação: passa de R$ 658 para R$ 1.000 (aumento de 51,9%);
  • assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde): passa de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,30%);
  • assistência pré-escolar (auxílio-creche): passa de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 50,7%).

Os novos valores dos benefícios passarão a valer a partir de maio deste ano, mas o pagamento será feito retroativamente em junho, pois a folha de salários do próximo mês já foi fechada. Isso significa que a parcela que não foi paga em maio será honrada em junho, junto à parcela daquele mês.

Equiparação

Servidores ainda demandam a equiparação dos valores pagos ao Executivo em relação à remuneração destinada ao Legislativo e ao Judiciário. Para fins de comparação, o Legislativo paga R$ 1.331,59 em auxílio-alimentação, enquanto o Judiciário paga R$ 1.182,74.

O governo considera legítima a demanda por equiparação, mas frisa que a proposta de correção nos auxílios não tem precedentes.

“Nós estamos trabalhando na linha da equiparação. Como os Poderes são independentes, cada Poder consegue oferecer o seu próprio reajuste para esses benefícios”, disse o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão, José Celso Cardoso Jr.

Deu no Metrópoles

Greve

Servidores esperam fechar nesta 4ª acordo para reajuste de benefícios

Matheus Veloso
Foto: Matheus Veloso

 

O governo federal deverá formalizar, nesta quarta-feira (10/4), a oferta de reajuste nos valores dos benefícios recebidos pelos servidores do Executivo federal (auxílio-alimentação, per capita da saúde complementar e assistência pré-escolar), com efeito a partir de maio de 2024.

Há expectativa de que o acordo seja fechado ainda nesta quarta, na reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) — principal fórum de discussão entre governo e funcionalismo —, que ocorrerá a partir das 14h30 no Conselho Nacional de Previdência Social, em Brasília.

A reunião, que estava prevista para acontecer apenas no mês de junho, foi antecipada em caráter extraordinário a fim de debater a recomposição dos benefícios em 2024. No início da semana passada, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) acionou o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)com o objetivo de garantir a “implementação imediata” do reajuste dos benefícios.

A proposta oficial de adequação dos auxílios, a partir de 1º de maio, já havia sido apresentada há alguns meses, mas o MGI ainda não havia recebido o aceite por parte das entidades do funcionalismo, que esperavam por uma proposta de reajuste geral para negociar o pacote completo. No entanto, por ora, a posição do governo está mantida em aumento salarial zero para 2024. Com essa tratativa sobre salário empacada, o funcionalismo mudou de estratégia e passou a demandar a correção imediata nos benefícios, a fim de garantir alguma recomposição para este ano.

 

Os valores ofertados pelo governo são os seguintes:

  • auxílio-alimentação: sobe de R$ 658 para R$ 1 mil
  • auxílio-saúde: sobe de R$ 144 para R$ 215
  • auxílio-creche: sobe de R$ 321 para R$ 484,90

O reajuste nos auxílios representa aumento de 51,06%, e os recursos para bancá-lo já estão contemplados no Orçamento de 2024.

Deu no Metrópoles

Greve

IFRN divulga nota sobre movimento de paralisação dos servidores O movimento reivindica melhoria e valorização da carreira dos servidores

 

O IFRN divulgou nesta quinta-feira, 4, um nota sobre a paralização dos servidores. Veja a nota na íntegra abaixo:

Nota Oficial

Em atenção à deflagração da greve nacional coordenada localmente no IFRN pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), seção Natal e Mossoró, a gestão do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) vem a público reconhecer o movimento comunicado por meio dos ofícios 20/2024 da Seção Sindical Natal e 2/2024 da Seção Sindical Mossoró.

A gestão se compromete em manter um diálogo permanente com o Sinasefe e com a comunidade acadêmica, bem como assegurar a manutenção dos serviços essenciais do IFRN. Orienta ainda estudantes e familiares que fiquem atentos sobre como se dará o funcionamento de seu campus.

“Esperamos que o Governo e os sindicatos possam o mais rápido possível encontrar uma resolução que contemple as reivindicações dos servidores para que os nossos estudantes continuem a receber a oferta de educação pública, gratuita, de qualidade e socialmente referendada. Nos comprometemos ainda em atuar junto ao Ministério da Educação (MEC) e ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) para que exista avanço nas negociações”, declarou o reitor do IFRN, professor José Arnóbio.

Educação, Greve

UFRN: Reitoria recebe técnicos em mobilização pela reestruturação da carreira

Foto: Marina Gadelha

 

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), José Daniel Diniz Melo, recebeu, nesta segunda-feira, 11, representantes dos servidores técnico-administrativos da instituição, que entregaram o comunicado de deflagração de greve a partir de quinta-feira, 14. Os servidores solicitaram apoio institucional na mobilização pela reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).

Na ocasião, Daniel Diniz afirmou que entende a necessidade da reestruturação e valorização do PCCTAE, motivo pelo qual tem apoiado as representações sindicais junto ao Governo Federal, por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

“A carreira dos técnico-administrativos em educação está defasada, pouco atrativa para os servidores, e já não atende às demandas de uma universidade moderna, que tem perdido profissionais qualificados. Por isso, compreendemos a mobilização por um diálogo construtivo pelo processo de reestruturação do PCCTAE. A Andifes tem participado das discussões e continuará fazendo esse trabalho, para que possamos avançar e ter sucesso na proposta”, afirmou o reitor.

Na UFRN, o comunicado da deflagração de greve será enviado para a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progesp), que fará os encaminhamentos junto à representação sindical durante o período de paralisação.

Informações da Ascom/Reitoria