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Fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo dobrou desde 2020

 

A fortuna dos cinco homens mais ricos do mundo mais que dobrou desde 2020, passando de US$ 405 bilhões para US$ 869 bilhões, a uma taxa de US$ 14 milhões por hora. No mesmo período, no entanto, quase 5 bilhões de pessoas ficaram mais pobres. O levantamento é do novo relatório Desigualdade S.A., lançado nesta segunda-feira (15) pela Oxfam. O relatório revela que, se a tendência atual for mantida, o mundo terá o primeiro trilionário em uma década.

Os destaques do relatório em relação ao Brasil mostram que quatro dos cinco bilionários brasileiros mais ricos tiveram aumento de 51% da riqueza desde 2020. Enquanto isso, no mesmo período, 129 milhões de brasileiros ficaram mais pobres.

A pessoa mais rica do país tem fortuna equivalente ao que tem a metade da população mais pobre do Brasil, ou seja, 107 milhões de indivíduos. A parcela de 1% dos mais ricos tem 60% dos ativos financeiros do Brasil.

Publicado na data de início do Fórum Econômico Mundial de 2024, que reúne a elite do mundo corporativo em Davos, na Suíça, o relatório mostra que sete das 10 maiores empresas do mundo tem um bilionário como CEO (diretor executivo) ou principal acionista. Tais empresas têm valor estimado de US$ 10,2 trilhões, mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) combinado de todos os países da África e da América Latina.

Notícias

Elon Musk volta a ser a pessoa mais rica do mundo com uma fortuna de R$ 960 bilhões

 

Elon Musk voltou a ser a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de US$ 192 bilhões, cerca de R$ 960 bilhões.

O empresário, dono da montadora de carros elétricos Tesla, da empresa espacial SpaceX e da rede social Twitter, passou o francês Bernard Arnault, presidente e diretor-geral do grupo LVMH, o maior conglomerado de produtos de luxo do mundo.

De acordo com a atualização do ranking de bilionários da Bloomberg, Musk tem US$ 5 bilhões de dólares a mais do que o segundo colocado, que acumula US$ 187 bilhões, cerca de R$ 935 bilhões.

O bilionário de origem francesa passou a fortuna de Musk em dezembro do ano passado, quando as ações da Tesla despencaram por causa da compra do Twitter por US$ 44 bilhões (R$ 220 milhões), uma negociação polêmica e cheia de reviravoltas.

No acumulado do ano, Musk já ganhou US$ 55 bilhões, segundo levantamento da Bloomberg. A subida das ações da fabricante de veículos elétricos fez o empresário ficar ainda mais rico.

O pódio dos mais ricos do planeta tem Jeff Bezos na terceira posição. O empresário é dono do gigante do comércio eletrônico Amazon e da empresa de turismo espacial Blue Origin.

A fortuna de Bezos é atualmente de US$ 144 bilhões, cerca de R$ 720 bilhões, segundo a Bloomberg. Em 2021, era ele quem ocupava o topo do ranking até ser ultrapassado por Musk.

Deu no R7

Polícia

Dono da Itapemirim fez fortuna comprando empresas à beira da falência; Entenda o que aconteceu

 

O empresário Sidnei Piva de Jesus, dono da empresa Ita Transportes Aéreos – que abandonou diversos clientes nos aeroportos do país às vésperas das viagens de fim de ano -, teria adquirido e administrado de modo predatório outras companhias em processo de falência. Ex-proprietários de outras empresas compradas por Sidnei o acusam de aplicar golpes.

Em suas negociações, Sidnei costuma atuar em parceria com dois outros empresários: Camila Valdívia e Milton Rodrigues. O trio já foi processado várias vezes por empresários e credores. Apenas no Tribunal de Justiça de São Paulo, o nome Sidnei Piva de Jesus aparece em 60 processos, Camila em mais 27 e Milton Rodrigues em 25.

Sidnei e seus companheiros também ocultariam seus patrimônios e de suas empresas para inviabilizar a cobrança de dívidas, mesmo após decisões judiciais. Além disso, outro método do trio seria o de criar argumentos falsos e discussões teóricas que demoram anos para serem resolvidos na Justiça. Assim, mesmo que o trio perca os processos, tem tempo de sobra para manobrar os recursos e dificultar a reparação de danos.

Para o representante legal da Matrizaria Morillo não há dúvidas de que os ex-proprietários da empresa foram vítimas de golpe. Ele acredita ainda que as evidências sugerem que as práticas são premeditadas, dado o histórico de Sidnei com outras empresas.

No último dia 19, a CNN mostrou as suspeitas levantadas durante o processo de compra do Grupo Itapemirim, que já estava em processo de recuperação. Ex-proprietários da empresa acusam Sidnei de ter corrompido um juíz para validar um documento que alterou os quadro societários da empresa, dando a ele acesso aos bens imóveis do grupo.

No caso da Matrizaria Morillo, em 2015, Sidnei teria firmado um compromisso de compra das ações da empresa no valor de R$ 13 milhões de reais e garantido que assumiria todas as dívidas, de forma que os antigos proprietários não seriam mais os responsáveis por eventuais cobranças. No entanto, Sidnei pagou apenas a primeira parcela do acordo, no valor de R$ 200 mil.

Após assumir os negócios, Sidnei e seus parceiros teriam transferido o controle da Matrizaria para “laranjas” e passado a administrar a empresa de modo predatório. Eles teriam vendido os equipamentos e propriedades da empresa, dado calote nos credores e contraído novas dívidas.

Além disso, teriam mantido os antigos proprietários como responsáveis legais da dívida, motivo pelo qual continuaram a receber cobranças. O processo dos ex-proprietários contra Sidnei tem valor de R$ 20 milhões e ainda não tem data de julgamento.

Segundo Fernando Barros, os ex-proprietários da Morillo sabem que é difícil reaver a empresa e o prejuízo e, por isso, não têm muitas esperanças, mas confiam na justiça.

“A intenção dos ex-proprietários ao abrir o processo foi também para mostrar que foram vítimas e evitar que isso se repita com outras pessoas. Não se trata apenas de recuperar o que foi perdido”, destacou o advogado.

O caso Transbrasiliana

Em novembro de 2017, Sidnei e seus sócios perderam o controle da Transbrasiliana Transporte e Turismo, também conhecido como Grupo TTT, adquirida pelo trio pouco depois da compra da Itapemirim. A decisão foi do juiz Aureliano Albuquerque Amorim, da 4ª Vara Cível de Goiânia, que afirmou que Sidnei agia de modo contrário à recuperação do Grupo TTT.

 

 

De acordo com a decisão, Sidnei, Camila e Milton desviaram dezenas de ônibus da Transbrasiliana para a Viação Itapemirim e também desviaram ao menos R$ 5 milhões de um grupo a outro, sem a existência de contrato ou qualquer justificativa. Além disso, a decisão aponta que houve sucateamento de diversos ônibus e das instalações do Grupo TTT.

 

 

Após apresentar seus argumentos nos autos do processo, o juiz decretou o afastamento de Sidnei e seus companheiros da administração da empresa, bloqueou R$ 7 milhões para a restituição dos desvios, determinou a busca e apreensão dos ônibus desviados para outras empresas e a abertura de inquérito policial para apuração de possíveis condutas criminosas do trio, além de enviar cópia dos documentos ao Ministério Público.

Procurado pela reportagem, Sidnei se manifestou através de nota enviada pelo Grupo Itapemirim e nega qualquer irregularidade. A empresa explica que os imóveis da Matrizaria foram vendidos e que os respectivos valores resultantes estão depositados em processos trabalhistas, para adimplir todo o passivo trabalhista da companhia e este seria o principal descontentamento dos antigos proprietários da Matrizaria.

“Informamos que o Senhor Sidnei Piva permaneceu por alguns meses no quadro social do Grupo TTT, sendo nomeado interventor pelo Juiz da Recuperação Judicial. Repudiamos ainda a informação que houve desvio de patrimônio, o que de fato aconteceu foi a realização de prestação de serviços entre outra empresa pertencente ao empresário, o que, será esclarecido, oportunamente, no processo judicial.”

Em nota, Milton Rodrigues informou desconhecer qualquer transação que envolve ou envolveu a Matrizaria Morilo e que, embora seja o proprietário no papel do Grupo Transbrasiliana, foi prejudicado por um conluio envolvendo os órgãos judiciais goianos.

Além disso, afirmou ter apresentado um plano de recuperação, que teria pago os credores e preservado o patrimônio das empresas se tivesse sido seguido e acrescentou que o laudo final de perícia, elaborado por peritos do Grupo TTT, o isentou das responsabilidades sobre quaisquer irregularidades.