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Casos de síndrome respiratória continuam crescendo em todo o país

 

O novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sinaliza crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maior parte do país, em todas as faixas etárias analisadas.

Segundo a Fiocruz, o atual quadro é decorrente dos diversos tipos de vírus que estão circulando no território nacional, entre os quais o Sars-CoV-2 (covid-19, mesmo após a massante campanha pela vacinação obrigatória), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

Referente à Semana Epidemiológica (SE) 10 (de 3 a 9 de março), o estudo tem como base dados inseridos até 11 de março.

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Fiocruz e Ministério da Saúde investigam caso suspeito de febre amarela em primata no RN

 

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) recebeu comunicação do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), no último dia 18 de janeiro, de um resultado sugestivo de febre amarela em um sagui de tufo branco. A amostra é proveniente do município de Espírito Santo, na região Agreste do Rio Grande do Norte.

O caso é considerado em investigação pelo Ministério da Saúde e aguarda outras análises laboratoriais (sequenciamento genético) e evidências ecoepidemiológicas para conclusão. Desde a comunicação do caso pela Fiocruz, a Sesap mantem constante articulação interna e comunicação entre os setores envolvidos para organização das ações de investigação e prevenção.

Uma equipe composta pela Vigilância Epidemiológica, Imunização, Entomologia e Controle Vetorial do nível central e I URSAP da Sesap já realizou uma visita técnica e orientou as equipes da vigilância em saúde e atenção primária do município, além de recomendar a vacinação, especialmente na área de ocorrência do caso.

“É importante frizar que o sagui é um animal sentinela, ele não transmite a doença. Ou seja, ele nos avisa que está ocorrendo uma circulação do vírus naquela localidade. Quem transmite a doença para o homem é o mosquito infectado”, explicou Cíntia Higashi, bióloga no Núcleo de Endemias e Zoonoses da Sesap.

Febre Amarela

Assim como a maioria dos estados do Nordeste, o Rio Grande do Norte não tem registro de circulação do vírus da febre amarela nas últimas décadas, mas passou a ser área de recomendação de vacina desde 2020 devido à expansão da doença para novas áreas do país. A vacina da febre amarela foi implantada no estado em 2022. Atualmente a cobertura vacinal para a febre amarela no RN está em 22% da população.

Quanto à notificação de febre amarela no RN, foram notificados em 2022 no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 10 casos humanos suspeitos, nenhum confirmado até o momento. Quanto aos Primatas Não Humanos (PNH), foram enviadas para o diagnóstico laboratorial 50 amostras, provenientes de nove (9) municípios, sendo: 45 descartadas para febre amarela, quatro (4) sem condições de análise e uma (1) em investigação.

A notificação da morte ou adoecimento de macacos (epizootia) é Evento de Saúde Pública (ESP) de notificação compulsória imediata (até 24h) e serve como alerta para uma possível transmissão do vírus da febre amarela. Para uma comunicação mais rápida, a Sesap recomenda a utilização do aplicativo SISS-GEO (Sistema de Informação em Saúde Silvestre), ferramenta desenvolvida pela Fiocruz/RJ para registro da vida silvestre, disponível no Android ou IOS (https://www.biodiversidade.ciss.fiocruz.br).

Deu na Agência Brasil

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Fiocruz alerta para o avanço da subvariante x-b-b do coronavírus

Frasco de vacina da Covid-19

 

O Instituto Fiocruz alerta para o avanço da subvariante x-b-b do coronavírus. A circulação dela poderá levar ao aumento no número de casos de Covid-19 a nível global, alerta a Organização Mundial da Saúde.

A subvariante altamente transmissível tem sido associada ao aumento significativo de infecções nos Estados Unidos O primeiro caso da subvariante registrado no Brasil foi no interior de São Paulo, uma mulher de 54 anos de idade.

O Ministério da Saúde ressalta a importância da vacinação para evitar mais casos. Em nota, a pasta disse que monitora atentamente o cenário epidemiológico da Covid-19 no Brasil, assim como a evolução da cobertura vacinal e as inovações tecnológicas de prevenção e tratamento contra a doença.

Para reduzir os riscos de transmissão, a pasta reforçou a necessidade de adotar medidas de prevenção. Ainda segundo o ministério, a ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, incluindo a aplicação de doses de reforço, é um dos principais métodos para reduzir os riscos de novos surtos da doença no Brasil.

A Fiocruz afirma que, até o momento, não há necessidade da retomada de protocolos de restrição como o fechamento de fronteiras e a proibição de voos com destino ao Brasil.

Deu na Jovem Pan

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BOMBA: Fiocruz superfaturou em R$ 12,9 milhões compras de ventiladores e aventais na pandemia

BOMBA: Fiocruz superfaturou em R$ 12,9 milhões compras de ventiladores e aventais na pandemia 

 

Relatório da CGU aponta superfaturamento de R$ 1,7 milhão em salários e construção de centro hospitalar da Fiocruz sem os devidos estudos

Relatório de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) aponta superfaturamento de R$ 12,9 milhões na importação de ventiladores pulmonares e aventais pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, durante a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

O órgão também identificou que os salários de técnicos de enfermagem teriam sido superfaturados em pelo menos R$ 1,7 milhão entre maio e outubro de 2020.

A CGU ainda concluiu que a construção do Centro Hospitalar da Fiocruz foi feita sem estudo sobre a demanda após a pandemia, o que teria gerado despesas continuadas sem observância da Lei de Responsabilidade Fiscal, além de “risco de manutenção indevida da contratação de mão de obra assistencial”.

Todas essas demandas fazem parte do contrato 54/2020 do órgão, cujo valor total é de R$ 187,4 milhões. As aquisições foram feitas sem licitação pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec).

Superfaturamento de EPIs

Em abril de 2020, início da pandemia da Covid-19, a fundação adquiriu 14 ventiladores de transporte Shangrila 510s, Asano Electronics Co Limited, no valor unitário de R$ 134,9 mil. No entanto, o mesmo equipamento poderia ser encontrado, segundo a CGU, por menos da metade do preço, a R$ 52,8 mil.

No mesmo mês, a Fiotec comprou 300 mil aventais por R$ 57,33 cada, considerando os custos de importação, como frete e seguro. O valor de referência do produto, porém, é de R$ 18,05, segundo a Controladoria.

Dessa maneira, a compra dos ventiladores gerou um superfaturamento de R$ 1,1 milhão, e a dos aventais de R$ 11,7 milhões.

A Fiocruz argumentou sobre a dificuldade de realizar as aquisições no cenário pandêmico e de obter preços de referência. “Deve-se lembrar que as Unidades que adquiriram itens por valores inferiores enfrentaram as mesmas dificuldades e conseguiram adquirir os itens por menores valores”, contra-argumentou a CGU.

“Dessa forma, não cabe a afirmação da fundação de que ‘não houve superfaturamento, mas sim o preço que tivemos que pagar, para garantir oportunamente a capacidade instalada mínima do Centro Hospitalar de Atenção e Apoio às Pesquisas Clínicas para Pacientes Graves – Sars-Cov-2, naquele momento’”, acrescentou.

Superfaturamento de salários

A Controladoria também analisou a contratação de enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos plantonistas pela Fiocruz na pandemia, por R$ 30,3 milhões.

Para verificar se os salários pagos pela Fiotec estavam de acordo com os salários pagos em contratações temporárias de outros órgãos da Administração Pública, a CGU usou como referência a RioSaúde, empresa pública do Rio.

“Constatou-se que os salários de enfermeiros plantonistas, técnicos de enfermagem e médicos plantonistas foram superiores aos salários pagos para estas categorias profissionais nas contratações realizadas pela Administração Pública, no mesmo período, para a mesma finalidade de enfrentamento da Covid-19”, afirma o órgão.

Os médicos e enfermeiros plantonistas foram desconsiderados do cálculo final, uma vez que o superfaturamento foi de 5%, enquanto, no caso dos técnicos de enfermagem, foi de 44%. A Fiocruz contratou pouco mais de 2 mil técnicos com remuneração individual de R$ 2,7 mil. A média de salários dessa mesma profissão é de R$ 1,8 mil no Rio.

Com isso, o pagamento de salários superiores aos valores de mercado resultou no superfaturamento de R$ 1.716.690,68, referente ao período de maio a outubro de 2020.

“O fato de o salário ser superior ao de mercado também repercute nos encargos e provisões, ou seja, também significa um aumento de custos indiretos do contrato, que não foi incluído no cálculo do superfaturamento. Não foram analisados os salários das demais categorias profissionais contratadas e nem dos demais enfermeiros e médicos, que atuam em outros setores, outro regime de plantão ou outra carga horária semanal”, assinalou o órgão.

Construção de centro hospitalar

A CGU também apontou irregularidades na construção do Centro Hospitalar da Fiocruz, logo no início da pandemia.

A unidade, batizada de Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 – Instituto Nacional de Infectologia, foi construída em menos de dois meses. O investimento necessário foi estimado pela Fiocruz em R$ 140 milhões.

“A característica de estrutura permanente do centro hospitalar, sem as devidas estimativas de demanda e de impacto orçamentário-financeiro, representa risco para a sustentabilidade do complexo a longo prazo e risco de manutenção indevida da contratação de mão de obra assistencial, via Fiotec, de forma contínua e por prazo indeterminado”, assegurou a Controladoria.

O órgão de controle apontou ainda que não foi elaborado estudo técnico detalhado para a criação da unidade. A Fiocruz alegou que não foi realizado levantamento uma vez que a situação emergencial não permitia.

“A decisão de construir uma estrutura permanente não foi baseada em avaliação formal e criteriosa de custo versus benefício, não foi acompanhada da indicação de orçamento para manutenção do hospital, nem de estudo técnico que demonstre que há demanda futura suficiente para um hospital, com essa capacidade, voltado para o tratamento de doenças infectocontagiosas, ainda que essa demanda exista, como argumenta a Fiocruz”, argumenta a CGU.

Deu no Terra Brasil Notícias.

Saúde

“Estamos caminhando para o fim da pandemia”, diz Julio Croda, pesquisador da Fiocruz

 

Após mais de dois anos convivendo com o coronavírus, o Brasil volta a sentir novamente um senso de normalidade com a queda da obrigatoriedade do uso de máscara e distanciamento social. Com o relaxamento das medidas e a queda de casos, muitos já acreditam que chegamos, enfim, ao fim da pandemia da Covid-19.

O infectologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, à frente de importantes pesquisas sobre o cenário epidemiológico da Covid-19 e a resposta às vacinas, afirmou que a pandemia ainda não acabou, mas estamos próximos de ver esse cenário se concretizar.

“Ainda acontecem muitos óbitos em todo o mundo, a distribuição de vacinas permanece desigual, mas – mesmo com o surgimento de novas variantes – estamos caminhando para o fim da pandemia”, acredita Croda.

Nessa terça-feira (12/4), o Brasil registrou a menor média móvel de mortes por Covid-19 em 90 dias. O país está há 12 dias com a média abaixo de 200, com indicadores que sinalizam a queda expressiva de casos da infecção.

A tendência de diminuição do número de mortes é observada globalmente. Nos últimos sete dias, foram registrados 21.480 óbitos em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Desde 2020, 6.190.349 pessoas faleceram em decorrência do coronavírus.

Na avaliação do pesquisador da Fiocruz, os próximos meses da pandemia serão marcados por eventuais repiques de casos, no entanto, com menor gravidade que nas ondas anteriores. Para controlar de vez o vírus, ele pondera que é necessário apostar na imunização da população que ainda não teve acesso às injeções.

“Temos que avançar com a vacinação de duas doses, principalmente na África, e a dose de reforço entre os mais vulneráveis“, diz.

Quem decide que a pandemia acabou?

Embora alguns países tenham derrubado as restrições de prevenção à Covid-19 e até mesmo removido a situação de emergência de saúde pública, como os Estados Unidos anunciou nessa quarta-feira (13/4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) é o órgão responsável por determinar o fim do estado de emergência de saúde pública.

“Só a OMS determina o fim da pandemia, um evento de impacto global. Ela tem a prerrogativa de entender que caiu para endemia. Um país, isoladamente, não pode decretar o fim da pandemia”, explica Croda.

“O vírus está circulando em todos os continentes, o que vai definir (o fim) é o impacto das vacinas na transmissão. Elas não são esterilizantes (não impedem a infecção) e isso se tornou mais evidente com a Ômicron“, continuou.

Na última segunda-feira (11/4), membros do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS, responsável por avaliar o cenário da pandemia, concluíram que ainda não é o momento de rebaixar a classificação da Covid-19. A decisão foi anunciada nessa quarta-feira (13/4).

Embora o cenário seja otimista, os membros do comitê entenderam que a Covid-19 ainda afeta negativamente a saúde das populações em todo o mundo, e há um risco contínuo de disseminação internacional. Por isso, existe a necessidade de uma resposta coordenada entre os países.

O vírus vai desaparecer?

É improvável que o vírus desapareça, mas deve se tornar endêmico em breve. Ou seja, ele continua a circular, mas em níveis mais baixos e provocando doença menos grave, assim como ocorreu com o vírus influenza após o surto de 2009.

 

Metrópoles

Saúde

Fiocruz inicia distribuição de comprimido para tratamento de HIV

 

O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou a distribuição do medicamento Dolutegravir 50 mg. O antirretroviral para tratamento de pessoas que vivem com HIV é fruto de aliança estratégica com a farmacêutica GSK e ViiV Healthcare, firmada em julho de 2020.

Em fevereiro, foi realizada a entrega da primeira remessa à instituição, um total de 16,5 milhões de comprimidos. Ao longo do ano, serão encaminhadas mais de 64,5 milhões de unidades farmacêuticas do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo a Fiocruz, a internalização da tecnologia do Dolutegravir se dará por meio da transferência reversa, começando pela etapa final (análise de controle de qualidade e embalagem) e, aos poucos, a Farmanguinhos/Fiocruz vai absorvendo as demais etapas do processo.

“Desta forma, o medicamento será totalmente fabricado no laboratório parceiro. Após o período, o instituto passa a produzir gradualmente a demanda. Ao final da transferência, toda a produção será executada no Complexo Tecnológico de Medicamentos (CTM) de Farmanguinhos/Fiocruz”, disse a instituição.

O projeto prevê ainda a colaboração para fabricação local de uma combinação deste antirretroviral com a Lamivudina 300 mg em dose única diária. A tecnologia será transferida para Farmanguinhos em fases.

“A parceria também vai gerar economia aos cofres públicos com redução dos custos de aquisição do medicamento, o que diminui a dependência do Programa de HIV/Aids por insumos importados, em médio e longo prazos”, informou a Fiocruz.

De acordo com o diretor de Farmanguinhos, Jorge Mendonça, outro objetivo é trazer para o Brasil mais conhecimento na fabricação desses produtos estratégicos para o SUS.

Em nota, a Farmanguinhos disse que “sempre busca o que tem de melhor em termos de tecnologia e adesão ao tratamento”. E continua: “Com essa aliança estratégica, passamos a fornecer os dois principais medicamentos para o tratamento do HIV, o Dolutegravir, e mais a combinação de Tenofovir com Lamivudina.”

Com a transferência da tecnologia, o instituto pretende, nos próximos dois anos, “já estar produzindo o Dolutegravir dentro da nossa unidade e, no futuro próximo, fabricar a combinação dele com Lamivudina, ou outras combinações que o Ministério da Saúde, por meio do programa de DST/Aids, aprove”, disse, em nota.

Medicamento

O Dolutegravir 50mg é considerado um dos mais modernos antirretrovirais utilizados atualmente no tratamento de HIV no mundo. O medicamento foi introduzido no SUS em 2016 e distribuído a mais de 300 mil pacientes, beneficiando aqueles que ainda não iniciaram o tratamento com outros antirretrovirais ou apresentaram resistência às formulações anteriores.

O Brasil se tornou referência mundial em sua política de acesso universal a antirretrovirais. Segundo a Fiocruz, Farmanguinhos é o principal produtor público desta classe de medicamentos, atuando na ampliação da disponibilização do tratamento aos pacientes.

 

Agência Brasil

Saúde

Fiocruz vê cenário promissor, mas alerta que pandemia não acabou

 

Diante da queda nos indicadores de monitoramento da pandemia a nível nacional, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classificou nessa quinta-feira (24) o cenário atual como bastante promissor, mas destacou que as desigualdades do país criaram diferentes realidades até mesmo dentro de um mesmo município. A análise foi publicada no boletim do Observatório Covid-19, que frisa ser equivocado pensar em redução de leitos, testagem e uso de máscara no país como um todo.

 

“Embora o cenário geral seja bastante promissor, tanto pela tendência de queda dos principais indicadores como pelo avanço na cobertura vacinal, além da chegada de medicamentos para o tratamento da covid-19, é importante sublinhar que a pandemia ainda não acabou”, afirmam os pesquisadores da Fiocruz. “Não é possível pensar na mitigação da pandemia no Brasil como um todo utilizando indicadores globais do país sem um olhar atento para outras escalas. Enquanto houver descontrole dos indicadores em um único município a pandemia não terminará”.

 

A Fiocruz afirma que a pandemia acentuou desigualdades estruturais no país, e que a partir dela é possível observar, no mínimo, a existência de dois Brasis, um do Norte e outro do Sul. O boletim compara São Paulo e Rio Grande do Sul a Maranhão e Pará, e afirma que os estados do Sul e Sudeste estiveram sempre acima da média nacional de vacinação e já mostram ter passado do pico de infecções da variante Ômicron. Os estados do Norte e Nordeste, por outro lado, ainda podem estar atravessando o pico de casos e têm curvas de óbitos ainda em movimento de alta.

 

“É equivocado, portanto, pensar em estratégias homogêneas de recuo na provisão de leitos e insumos para unidades de média e alta complexidade, assim como reduzir a indução da testagem em massa e o desincentivo ao uso de máscaras no país como um todo”.

 

Agência Brasil

Saúde

Fiocruz volta a alertar para altas taxas de ocupação de leitos de UTI para Covid-19

Das 27 unidades federativas do país, apenas sete estão fora da zona de alerta em relação às taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento da Covid-19, na rede do Sistema Único de Saúde (SUS). São nove estados em zona de alerta crítico, ou seja, com ocupação igual ou superior a 80%, e 11 na zona de alerta intermediário, cujas taxas variam entre 60% e 80%.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10), na Nota Técnica do Observatório Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e os números são relativos ao dia 7 deste mês. Na comparação com o boletim divulgado na semana passada, referente ao dia 31 de janeiro, o número de estados na zona crítica manteve-se o mesmo.

O levantamento mostrou, ainda, que 11 estados aumentaram a quantidade de leitos de UTI. Nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, esses acréscimos trouxeram alguma melhoria nos índices de ocupação. Já no Piauí, Pernambuco, Bahia, Espírito Santo e Paraná o aumento de leitos apenas proporcionou a manutenção em níveis relativamente estáveis. No Ceará, no entanto, mesmo com mais leitos disponíveis, houve piora na taxa de ocupação.

Segundo os pesquisadores, esse acréscimo de leitos poderia ser maior e mais eficiente.

“Conforme mencionado anteriormente, o padrão de reabertura de leitos vem sendo reativo e conservador, possivelmente com o gerenciamento deliberado das taxas em níveis elevados”, alertaram.

Capitais

A situação é ainda pior nas capitais. São 15 cidades em zona de alerta crítico, cinco na zona intermediária, cinco fora da zona de alerta e duas que não divulgaram suas taxas de ocupação de leitos. Em relação ao último boletim divulgado, na semana passada, são duas capitais a mais na zona crítica.

Enquanto duas capitais saíram da zona crítica (Manaus e Macapá), outras quatro entraram nesta zona de alerta máximo –Porto Velho, Rio Branco, Palmas e João Pessoa. As cidades de Belém e Aracaju não disponibilizaram seus dados e, por isso, não entraram no levantamento.

Os pesquisadores chamaram atenção para a persistência das taxas de ocupação de leitos de UTI em níveis críticos tanto nas capitais quanto nos estados. Entre estas, eles destacaram estados e capitais do Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo, e especularam que esses altos índices podem estar associados “à movimentação induzida pelo turismo durante o verão”.

O boletim voltou a apontar a preocupação com o espalhamento e interiorização da variante Ômicron no país, especialmente nas regiões onde ainda há uma baixa cobertura vacinal e recursos precários. Esses fatores, dizem os pesquisadores, podem levar ao aumento do número de mortes e quadros graves de Covid-19.

“Como temos sublinhado, a elevadíssima transmissibilidade da variante Ômicron pode incorrer em demanda expressiva de internações em leitos de UTI, mesmo com uma probabilidade mais baixa de ocorrência de casos graves”.

Novamente, a Fiocruz reforçou a necessidade de seguir avançando com a vacinação da Covid-19 no país, especialmente entre as crianças de 5 a 11 anos, a importância da exigência do passaporte vacinal, a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais públicos e o incremento de campanhas “para orientar à população e o auto isolamento ao apresentar sintomas, evitando a transmissão”.

Confira trecho da nota com as taxas de ocupação de leitos de UTI de estados e capitais:

“Os estados do Piauí (87%), Rio Grande do Norte (86%), Pernambuco (88%), Espírito Santo (83%), Mato Grosso do Sul (103%), Goiás (91%) e o Distrito Federal (97%) mantiveram-se na zona de alerta crítico, onde também entraram o Amazonas (80%) e Mato Grosso (86%). Na zona de alerta intermediário, permaneceram o Pará (74%), Amapá (69%), Tocantins (78%), Ceará (67%), Bahia (74%), Rio de Janeiro (62%), São Paulo (72%), Paraná (72%), e entraram o Alagoas (69%) e Santa Catarina (76%), que estavam fora na zona de alerta. Fora da zona de alerta mantiveram-se o Acre (57%), Maranhão (59%), Paraíba (41%), Sergipe (37%), Minas Gerais (37%) e Rio Grande do Sul (54%), somando-se Rondônia (58%) e Roraima (52%), que estavam na zona de alerta intermediário.

Entre as 25 capitais com taxas divulgadas, 13 estão na zona de alerta crítico: Manaus (80%), Macapá (82%), Teresina (83%), Fortaleza (80%), Natal (percentual estimado de 89%), Maceió (81%), Belo Horizonte (86%), Vitória (80%), Rio de Janeiro (95%), Campo Grande (109%), Cuiabá (92%), Goiânia (91%) e Brasília (97%). Nove estão na zona de alerta intermediário: Porto Velho (77%), Rio Branco (70%), Palmas (72%), São Luís (64%), Recife (77%, considerando somente leitos públicos municipais), Salvador (68%), São Paulo (75%), Curitiba (71%) e Florianópolis (68%). Boa Vista (52%), João Pessoa (58%) e Porto Alegre (55%) estão fora da zona de alerta”.

Saúde

Fiocruz pode ajustar vacina para Ômicron e crianças

Depois de receber o aval para o uso do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)nacional na fabricação da vacina contra Covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)espera os resultados de experimentos científicos feitos no Reino Unido para saber se conseguirá usar a fórmula para imunizar crianças e adolescentes e também se a vacina terá algum tipo de adaptação à variante Ômicron do coronavírus.

Até o momento, os desenvolvedores do imunizante não receberam nenhum sinal negativo: nem de que a vacina seria ineficaz contra a Ômicron e nem que não poderia proteger crianças e adolescentes.

Por enquanto, os estudos mostraram que, diante do avanço de variantes, mais doses eram necessárias. Para a formação genética original do coronavírus, uma dose tinha alta efetividade. Na variante delta, esse mesmo nível de efetividade precisava de quantidade maior de resposta que era dada pela segunda dose. Neste momento, os dados apontam que a terceira dose da mesma vacina produz eficácia contra a variante Ômicron. O vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, Marco Kriger, no entanto, afirma que isso não significa que uma adaptação não possa dar resultado importante.

No Brasil já há estudos clínicos com novas formulações da vacina da AstraZeneca – a que no Brasil é produzida pela Fiocruz. É possível que as respostas venham num futuro próximo. Krieger estima que, se uma nova fórmula for mais potente, essa sinalização deve vir em fevereiro. Em março, portanto, já seria possível produzir uma vacina ajustada com IFA nacional. Até lá, são conduzidos estudos clínicos, de segurança e equivalência de resposta imune com a atual formulação e novos formatos da vacina.

Crianças e adolescentes

A Fiocruz espera ainda a resposta dos testes científicos em Oxford para entender qual o impacto da vacina em crianças e adolescentes. Em entrevista à CNN, a presidente da fundação, Nísia Trindade, confirmou a expectativa. “A AstraZeneca no Reino Unido vem realizando estudos clínicos para a vacina pediátrica, então estamos aguardando essa conclusão. É uma possibilidade”, disse ela.

Com isso, está no radar da Fiocruz a ampliação da entrega de vacinas ao Ministério da Saúde caso o sinal da Europa seja positivo. Hoje o compromisso é de 120 milhões de doses no primeiro semestre entregues à pasta.

Krieger afirma que a fundação tem capacidade para chegar a 300 milhões de doses entregues no ano de 2022. Isso significaria dobrar a produção, já que ao longo de todo ano de 2021 foram remetidas ao governo federal, 153,2 milhões de doses.

Cronograma

Com o IFA brasileiro, a Fiocruz não tem mais dependência da importação de matéria-prima. A produção efetivamente da vacina com insumo nacional começa na segunda-feira (10). O ritmo será acelerado. Inicialmente 20 milhões de doses serão entregues ao ministério. A fábrica está preparada para produzir um milhão de doses por dia.

O processo começa com o descongelamento da matéria-prima, que estava preservada à espera da aprovação –isso leva 3 dias. Ao todo, em 20 dias deve ser feita a produção e controle de qualidade. Isso significa que o processo deve ser concluído ainda no mês de janeiro, de modo que as primeiras entregas sejam feitas entre 1º e 4 de fevereiro.

Deu na CNN

Saúde

Vacina 100% nacional será entregue pela Fiocruz em fevereiro

Fiocruz entregará primeiras doses feitas totalmente no Brasil ao Ministério da Saúde em fevereiro

 

Os primeiros imunizantes contra a Covid-19 com 100% de produção nacional devem ser envasados ainda neste mês e entregues ao Ministério da Saúde em fevereiro, disse a Fiocruz nesta sexta-feira (7).

O anúncio aconteceu no mesmo dia em que a Anvisa aprovou o registro do ingrediente farmacêutico ativo (IFA) produzido pela Fiocruz, o que garante que todas as etapas de produção passem a ser realizadas no país.

Os imunizantes serão disponibilizados “assim que forem concluídos os testes de controle de qualidade que ocorrem após o processamento final da vacina”, disse a instituição em comunicado enviado à imprensa.

A Fiocruz iniciou a produção nacional ainda em julho de 2021, após a assinatura do contrato de transferência de tecnologia com a AstraZeneca, mas dependia de insumos importados.

“A pandemia de Covid-19 deixou claro o problema da dependência dos insumos farmacêuticos ativos para a produção de vacinas. Com essa aprovação hoje pela Anvisa, conquistamos uma vacina 100% produzida no país e, dessa forma, garantimos a autossuficiência do nosso Sistema Único de Saúde (SUS) para essa vacina”, disse a Friocruz na nota.

O instituto afirma que, procedimentos como o que possibilitou a criação da vacina 100% nacional costumava levar 10 anos. O processo, desta vez, aconteceu em cerca de um ano.

Mauricio Zuma, diretor do Instituto, diz que o registro do imunizante 100% nacional com o IFA, feito na unidade de Bio-Manguinhos, demonstra “a capacitação no estabelecimento de um processo produtivo de alta complexidade”.

Informações da CNN