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URGENTE: PF sob Lula escondeu operação sobre caso Adélio-PCC autorizada pela Justiça

 

 

A Polícia Federal realizou no mês passado, já no governo Lula (PT), uma operação com busca e apreensão para tentar avançar na apuração sobre uma suposta relação da facção criminosa PCC com o pagamento da defesa de Adélio Bispo de Oliveira no caso da facada contra Jair Bolsonaro, em 2018.

Autorizada pela Justiça Federal em Juiz de Fora (MG), local em que o então candidato foi atacado, a ação mirou um dos advogados que atuaram para Adélio.

Mas, ao contrário do que ocorre na maior parte dos casos, a deflagração não foi divulgada pelo setor de comunicação da PF.

Revelado pelo Jornal Folha de São Paulo nesta quarta (19), a apuração da PF se baseia especialmente em pagamentos feitos por suspeitos de integrar a facção para um dos advogados, realizados dois anos depois do atentado.

A reportagem também mostra que a atual direção do órgão vê como inconsistente a linha de investigação, além de pressão bolsonarista no caso.

Na operação do mês passado, a medidas, seis mandados de busca e apreensão, foram cumpridas no mesmo dia de outra operação realizada pela PF em Minas Gerais, contra traficantes, em 14 de março.

A Folha teve acesso ao despacho do juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora. A decisão que autorizou as buscas foi dada no dia 11 de novembro, após o fim da eleição presidencial.

O principal indício descrito nas apurações da PF, citado pelo juiz, são os pagamentos fracionados de R$ 315 mil realizados em 2020 para uma empresa no nome de Fernando Magalhães, um dos advogados da banca que defendeu Adélio até o final de 2019.

A possível ligação ao caso da facada se daria, segundo o delegado, pelo fato de esses valores serem próximos ao citado por Zanone Oliveira Júnior —advogado da banca que liderava a defesa— como sendo o custo máximo final caso eles seguissem até eventual chegada do processo ao STF (Supremo Tribunal Federal) —de R$ 150 mil a R$ 300 mil.

“É razoável inferir que o pagamento fracionado de R$ 315 mil tenha constituído auxílio prestado pela referida facção para o custeio dos honorários dos advogados do autor do atentado, lançando mão dos recursos movimentados pelo citado Setor das Ajudas do PCC”, afirma o juiz do caso, Bruno Savino, em sua decisão.

Além disso, haveria registro no livro-caixa de Zanone de um pagamento de R$ 25 mil e a rubrica “caso Adélio”, e um grupo de troca de mensagens entre os advogados no aplicativo WeChat com o nome “Adélio PCC”.

Internamente, na Polícia Federal, o sigilo na operação do mês passado tem sido justificado como necessário para evitar o prejuízo na investigação ainda em andamento e, também, pelo fato da atual cúpula da PF discordar da linha seguida pelo delegado Martin Bottaro.

Para integrantes da direção da PF, os indícios levantados não sustentam a tese da ligação do PCC com o caso da facada.

Segundo a PF, o PCC estaria financiando a defesa de Adélio Bispo

De acordo com pessoas da cúpula, ao focar na suposta relação da facção criminosa com um dos advogados de Adélio, o delegado do caso deixou de lado uma investigação maior. Esse movimento, para a direção da PF, está relacionado com o período sob a influência do governo de Jair Bolsonaro.

Zanone e seus sócios deixaram a defesa no final de 2019 e até hoje sustentam ter recebido R$ 5.000 de um patrocinador em relação ao qual nunca revelaram o nome. Para investigadores da PF que participaram do início das investigações, porém, a hipótese provável é que eles tenham assumido a causa de graça, apenas em troca da notoriedade do caso.

Conversas no grupo do WeChat acessado a partir do celular de Zanone giravam em torno da preocupação com o fato de Fernando Magalhães ter atuado na defesa de membros do PCC, relatam as investigações.

Magalhães nega relação com o PCC e diz que os pagamentos que recebeu também não têm ligação com a defesa de Adélio.

Segundo o que foi escrito pelo magistrado Bruno Savino na decisão de busca e apreensão, a tese sobre a participação do PCC no financiamento do atentado “apresenta coerência porquanto a vítima, o então candidato ao cargo de presidente da República Jair Messias Bolsonaro adotou, durante todo o período de campanha eleitoral, forte discurso de combate à criminalidade no país”.

PF começa a desvendar quem mandou matar Jair Bolsonaro

 

O juiz Savino só autorizou as medidas após um segundo pedido da PF. Um primeiro havia sido negado, antes da eleição presidencial, porque o magistrado entendeu não haver os requisitos mínimos.

Na primeira solicitação, a PF elencava apenas o conteúdo do celular de Zanone Júnior como indício, mas não tinha ainda as informações sobre transações enviadas pelo Coaf.

O Ministério Público Federal, que havia sido contra o primeiro pedido da PF, concordou com as buscas em endereços do advogado Fernando Magalhães e dos sócios das empresas suspeitas.

Como mostra a decisão que autorizou as diligências, o MPF afirma, no entanto, “não haver, ainda, indícios de que os titulares das cinco empresas utilizadas para a realização das transferências bancárias em favor de FM Costa Serviços Administrativos [empresa de Magalhães] tenham se associado ao executor do atentado [Adélio] para o fim da perpetração do delito.”

Na sua manifestação, o Ministério Público também pediu à Justiça que as buscas fossem cumpridas pela PF reserva “com vistas à preservação da imagem dos alvos e de forma a não fomentar fake news”.

O caso está sob tutela da Direção de Inteligência Policial, a DIP, comandada desde janeiro por Rodrigo Morais. Ele foi delegado da investigação sobre a facada e concluiu não haver mandante na ação de Adélio Bispo —ele foi substituído por Martin Bottaro em dezembro de 2021, após ser nomeado para um cargo nos EUA.

Deu na Folha de São Paulo

 

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URGENTE: PF quer novo interrogatório de Adélio Bispo para encontrar mandante do atentado contra Bolsonaro

URGENTE: PF quer novo interrogatório de Adélio Bispo, autor da facada em Bolsonaro, para encontrar mandante

 

A Polícia Federal quer interrogar novamente Adélio Bispo de Oliveira na apuração que busca identificar eventuais mandantes ou financiadores do atentado contra Jair Bolsonaro (PL) em Juiz de Fora (MG), durante as eleições de 2018.

Antes de levar adiante a diligência, porém, o delegado Martín Bottaro Purper, encarregado atualmente do inquérito, pediu à Justiça Federal em Mato Grosso do Sul acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio, produzido recentemente por dois peritos.

O juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal Criminal de Campo Grande, negou acesso no dia 4 de outubro, após ouvir o Ministério Público Federal.

O magistrado afirmou que “o documento está sob sigilo absoluto e não constitui diligência investigativa sobre fatos pretéritos, que justifiquem sua utilização na averiguação da participação e/ou financiamento por terceiros, no delito praticado pelo internado”.

Purper assumiu o inquérito no início deste ano. O delegado que estava com o caso antes dele concluiu por duas vezes que Adélio agiu sozinho e que não houve mandante no atentado contra Bolsonaro.

Recolhido em uma penitenciária federal na capital sul-mato-grossense, o responsável pela facada no hoje presidente da República foi submetido a uma nova avaliação psiquiátrica em julho. O exame subsidiará a definição, pela Justiça Federal, sobre eventual retorno de Adélio ao convívio social.

O pedido da PF para ter acesso à documentação foi apresentado nos autos da execução penal em 21 de setembro, duas semanas antes do primeiro turno das eleições. O delegado Purper quer saber detalhes das condições atuais de saúde de Adélio antes de efetivar um novo interrogatório.

Na decisão do início do mês, o juiz federal determinou ainda que a Polícia Federal fundamente, “concreta e especificamente, as razões do pedido de acesso ao laudo de avaliação do estado de saúde mental de Adélio”. Estabeleceu dez dias de prazo para essa providência.

Deu na Folha de SP

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Laudo sobre Adélio Bispo é concluído e informa que ele “não deixou de ser perigoso”

 

Está pronto o laudo elaborado pelos psiquiatras designados pela Justiça Federal para avaliar a condição da saúde mental de Adélio Bispo de Oliveira, o homem que deu uma facada no presidente Jair Bolsonaro (PL) durante campanha eleitoral em 2018. O parecer dos médicos-peritos conclui que “não houve cessação de periculosidade” e que Adélio continua com sinais de transtorno delirante paranoide.

O documento dará subsídio para o juiz do caso decidir se Adélio continuará cumprindo a medida de segurança ou se retornará ao convívio social.

Se o magistrado seguir o parecer técnico dos psiquiatras – com dez perguntas sobre Adélio respondidas – a hipótese é que o homem que atentou contra a vida de Bolsonaro permanece recluso e em tratamento na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Esse o mesmo diagnóstico que a justiça levou em conta para considera-lo inimputável no momento do crime. Por isso, em vez de prisão, foi imposta uma medida com caráter de internação para tratamento.

A legislação penal prevê que após o cumprimento do tempo mínimo de internação, no caso específico estabelecido em três anos, a pessoa passe por nova perícia para embasar decisões sobre a manutenção ou não da medida. É o que foi feito agora.

Pela regra, o laudo dos peritos psiquiatras  tem validade de um ano. Isso significa que, caso a sentença seja no sentido de manter a medida de segurança, Adélio Bispo ficaria mais 12 meses sob cuidados do Estado. Após esse período, passaria por nova avaliação.

A Procuradoria da República no Mato Grosso do Sul confirmou que o Ministério Público apresentou manifestação nos autos após a conclusão do exame. Mas não divulgou o teor das considerações.

A Defensoria Pública da União, responsável pela defesa, se limitou a informar que teve acesso ao resultado da perícia. E que, pela legislação, não poderia divulgar informações sobre a saúde de Adélio.

Com informações da CNN Brasil

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Perícia sobre condição mental de Adélio Bispo será realizada em 25 de julho

 

A Justiça Federal marcou perícia médica em Adélio Bispo de Oliveira para o dia 25 de julho e o procedimento avaliará a saúde mental do autor da facada em Jair Bolsonaro (PL) em um comício na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais, durante a campanha presidencial das eleições de 2018.

A medida deve definir a cessação ou permanência da periculosidade de Adélio, que atualmente cumpre medida de internação no Presídio Federal de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Os médicos vão responder a quesitos apresentados pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública. Entre eles, se o quadro de saúde mental apresentado pelo paciente citado na sentença persiste.

O laudo pericial desta nova análise deverá ser juntado ao processo em até trinta dias após o fim do procedimento. Adélio foi absolvido pela Justiça Federal de Minas Gerais em junho de 2019 por ser considerado inimputável, ou seja, incapaz de responder pelos atos que praticou. A sentença, no entanto, fixou um prazo de três anos para nova perícia médica.

A Justiça também determinou que o Governo Federal deverá arcar com os custos da perícia médica. O Departamento Penitenciário Nacional é que vai pagar passagens e hospedagens para os dois psiquiatras que farão as análises.

Segundo a decisão, houve grande dificuldade em encontrar profissionais dispostos a fazer a avaliação em decorrência das peculiaridades do caso e do baixo valor de honorários pagos aos profissionais. A Justiça contou com o auxílio da Associação Brasileira de Psiquiatria, que viabilizou dois profissionais para o procedimento.

Os médicos sairão de João Pessoa, capital da Paraíba, e do Rio de Janeiro para fazer a perícia em Campo Grande. Como Adélio é beneficiário da justiça gratuita, ele não pode ser incumbido de arcar com os custos.

Informações da Jovem Pan