Saúde

Vacina contra Diabetes apresenta resultados animadores

Vacina contra diabetes apresenta resultados iniciais promissores
Foto. Divulgação

Finalmente uma ótima notícia para milhões de pessoas que sofrem com a diabetes. Em um estudo inicial publicado recentemente no jornal científico Diabetes Care, uma vacina para diabetes tipo 1 ajudou a preservar a produção natural de insulina do corpo.

Os pesquisadores queriam testar se uma vacina seria capaz de parar ou retardar a destruição das células beta produtoras de insulina. E isso foi possível, ao menos em um subconjunto de pacientes recém-diagnosticados com a doença.

“Estudos mostram que mesmo uma produção extremamente pequena de insulina no corpo é altamente benéfica para a saúde do paciente”, disse, em comunicado, o autor principal, Johnny Ludvigsson, professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Clínicas da Universidade de Linköping, na Suécia. “Pessoas com diabetes que produzem uma certa quantidade de insulina naturalmente não desenvolvem hipoglicemia, tão facilmente”, explicou.

Entenda a diabetes tipo 1

Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico do corpo ataca células do pâncreas que produzem insulina – hormônio necessário para que as células absorvam a glicose da corrente sanguínea. Pacientes com a enfermidade precisam de injeções de insulina por toda a vida.

E como muitos fatores ocultos no corpo podem afetar a quantidade de insulina de que uma pessoa precisa, quem é insulinodependente geralmente apresenta níveis altos ou baixos de açúcar no sangue. Açúcar elevado no sangue, ou hiperglicemia, a longo prazo danifica os órgãos; já o nível baixo de açúcar, ou hipoglicemia, pode rapidamente causar convulsões e até levar à morte.

Pessoas com certas versões de genes do sistema imunológico – antígenos leucocitários humanos (HLA) – têm maior risco de desenvolver diabetes tipo 1. Vários tipos de HLA aumentam o risco de doença autoimune, mas uma variante genética, a HLA-DR3-DQ2, expõe uma forma da proteína glutamato descarboxilase (DAG), a DAG65, ao sistema imunológico na superfície das células beta. Isso ativa o sistema – que produz anticorpos contra a proteína e envia as células beta para destruição.

Os pesquisadores queriam verificar se uma vacina que expusesse o corpo a mais DAG ajudaria o sistema imunológico a tolerar melhor o DAG65 natural do corpo e, assim, parar de atacar as células produtoras de insulina.

Como foi feito o estudo?

Ludvigsson e sua equipe desenvolveram uma vacina feita de DAG, a GAD-alum (GAD é a abreviatura para DAG em inglês). Para o estudo clínico de fase 2, eles recrutaram 109 pacientes, com idades entre 12 e 24 anos, que foram diagnosticados com diabetes tipo 1 nos seis meses anteriores à pesquisa. Cerca de metade dos participantes eram portadores da variante do gene HLA-DR3-DQ2.

Os pesquisadores dividiram os pacientes em dois grupos: metade, designada aleatoriamente, recebeu três injeções da vacina – aplicada nos nódulos linfáticos, cada uma com um mês de intervalo –, e a outra metade recebeu um placebo.

O estudo analisou quanta insulina natural os participantes produziram no início do estudo e após 15 meses. Também foram verificadas as mudanças nos níveis de açúcar no sangue a longo prazo e a quantidade de insulina suplementar que os pacientes precisavam tomar diariamente. Como um todo, não houve diferença nos grupos de tratamento e placebo, mas o subconjunto que tinha a variante HLA-DR3-DQ2 não perdeu a produção de insulina tão rapidamente quanto outros participantes.

“O tratamento com GAD-alum parece ser uma maneira promissora, simples e segura de preservar a produção de insulina em cerca de metade dos pacientes com diabetes tipo 1, aqueles que têm o tipo certo de HLA”, disse Ludvigsson. “É por isso que estamos ansiosos para realizar estudos maiores e esperamos que eles levem a uma droga que possa mudar o progresso do diabetes tipo 1”, encerrou.

Informações da TecMundo

Ciências, Saúde

Alzheimer pode ser revertido com câmaras de oxigênio

Os dois exames de ressonância magnética do cérebro de participantes humanos indicam o fluxo sanguíneo antes (à esquerda) e depois (à direita) de um dos participantes do estudo fazer a oxigenoterapia. Foto: Divulgação

 

O Alzheimer pode ser interrompido, ou mesmo revertido, por meio de uma terapia com câmara de oxigênio em salas pressurizadas.

O estudo, publicado na revista Aging , demonstrou que os sintomas dos pacientes melhoraram depois de cinco tratamentos de 90 minutos de oxigênio por semana durante três meses.

O trabalho é de pesquisadores israelenses da Universidade de Tel-Aviv. Por enquanto, eles estudaram seis pessoas mais velhas com deficiência cognitiva leve, um estágio inicial de perda de memória que é um precursor da forma mais comum de demência.

“Pacientes idosos que sofrem de perda significativa de memória no início do estudo revelaram um aumento no fluxo sanguíneo cerebral e melhora no desempenho cognitivo, demonstrando a potência da oxigenoterapia hiperbárica para reverter os elementos essenciais responsáveis”, disse o professor Uri Ashery, especialista em neurobiologia da Universidade de Tel Aviv.

Oxigenoterapia

O tratamento – denominado oxigenoterapia hiperbárica (OHB) – faz os pacientes inalarem oxigênio por meio de uma máscara em uma câmara pressurizada.

Ele já é usado por atletas para ajudá-los a se recuperar mais rapidamente e por celebridades que afirmam que ele vence o estresse.

Aumentando significativamente a quantidade de oxigênio nos tecidos corporais, os defensores dizem que o tratamento estimula a cura.

E quando foi administrado em ratos, ele removeu as placas amilóides do cérebro, que são um sinal revelador do Alzheimer.

Os especialistas acreditam que a terapia funciona alterando a estrutura dos vasos no cérebro e aumenta o fluxo sanguíneo.

Com informações do Daily Mail