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Pesquisadores revelam que beber refrigerante “zero” pode aumentar risco de doença cardíaca

Foto: Shutterstock / Saúde em Dia

 

Cientistas chineses identificaram que consumir sete ou mais latas de refrigerante zero por semana pode aumentar a probabilidade de desenvolver arritmia cardíaca a longo prazo, conforme publicado em um estudo na revista científica Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology na terça-feira (5/3).

A pesquisa envolveu 200 mil adultos do Reino Unido sem histórico de problemas cardíacos, acompanhados ao longo de 10 anos por meio de questionários alimentares e amostras sanguíneas. Os resultados indicaram que indivíduos que ingeriam aproximadamente sete latas de bebidas adoçadas artificialmente por semana apresentavam um risco 20% maior de desenvolver arritmia cardíaca em comparação com aqueles que não consumiam tais bebidas.

A arritmia cardíaca provoca irregularidades no ritmo cardíaco, resultando em batimentos muito lentos ou rápidos. Os sintomas incluem palpitações, falta de ar, tontura ou desmaios, podendo também ser assintomática. Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), a condição afeta cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil, resultando em mais de 320 mil mortes súbitas anualmente. No entanto, com tratamento adequado, a maioria dos afetados pode levar uma vida normal.

Os pesquisadores ressaltam que os dados são observacionais, não estabelecendo uma relação de causa e efeito. Ningjian Wang, principal autor do estudo da Escola de Medicina da Universidade Jiao Tong de Xangai, destaca a complexidade das dietas e afirma que as descobertas não podem concluir definitivamente que uma bebida específica representa mais risco à saúde do que outra.

“Mas, com base nessas descobertas, recomendamos que as pessoas reduzam ou mesmo evitem bebidas adoçadas artificialmente e açucaradas sempre que possível. Não acredite que opções com baixo teor de açúcar e adoçadas artificialmente são saudáveis, pois elas podem representar riscos potenciais para a saúde”, alerta o estudo.

Como diminuir os impactos de arritmia cardíaca

  • Evitar o consumo excessivo de cafeína, álcool e tabaco;
  • Reduzir o estresse;
  • Manter uma dieta saudável;
  • Praticar exercícios regularmente;
  • Em casos mais complexos, o paciente por precisar de tratamentos medicamentosos, marca-passo ou um cardioversor desfibrilador implantável.

Com informações de Metrópoles

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Veja o que acontece com nosso corpo quando paramos de consumir cafeína

wirot pathi/Vecteezy

 

A cafeína, o composto psicoativo mais consumido globalmente, está presente em diversas fontes, desde café e chá até refrigerantes e chocolates. A recomendação é que adultos não ultrapassem 400 mg de cafeína diariamente, mas mesmo consumidores moderados podem experimentar efeitos colaterais como irritabilidade e insônia. Diversos estudos indicam benefícios ao abandonar a cafeína, incluindo melhorias na função cerebral, sono, humor e saúde cardiovascular.

Ao parar o consumo de cafeína, pode ocorrer abstinência, causando dores de cabeça e fadiga. A cafeína também afeta o sono, reduzindo o tempo total e interferindo no período de sono profundo. No entanto, ao interromper o consumo, a qualidade do sono tende a melhorar. Além disso, a cafeína tem sido associada ao aumento da ansiedade, e abandoná-la pode resultar em melhora do humor, relacionada, em parte, à qualidade do sono aprimorada.

A saúde cardiovascular pode se beneficiar com a redução ou eliminação da cafeína, melhorando condições como azia e indigestão. Além disso, a interrupção da cafeína pode diminuir a pressão arterial e a frequência cardíaca. Deixar de consumir cafeína também pode contribuir para um sorriso mais brilhante, já que substâncias presentes em bebidas como café e chá podem manchar os dentes.

Outro efeito da cafeína é sua influência na função intestinal, causando contrações no cólon e aumento da produção de urina. Parar de consumir cafeína pode resultar em menos idas ao banheiro. É importante destacar que a retirada da cafeína deve ser gradual para minimizar efeitos colaterais como dores de cabeça e cansaço, que podem persistir por algumas semanas, dependendo do hábito de consumo anterior.

Com informações do g1.

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Pesquisa inédita aponta que reservas subterrâneas de água estão acabando

 

Muitas partes do mundo estão registrando um rápido esgotamento das reservas subterrâneas de água das quais milhões de pessoas dependem para beber, irrigar e fazer outros usos, de acordo com uma nova pesquisa que analisou milhares de medições do nível das águas subterrâneas de 170 mil poços em mais de 40 países.

É o primeiro estudo que mostra o que está acontecendo com os níveis das águas subterrâneas em escala global, de acordo com os pesquisadores. A iniciativa ajudará os cientistas a compreenderem melhor o impacto que os seres humanos têm neste valioso recurso subterrâneo, seja através da utilização excessiva ou indiretamente por mudanças nas chuvas ligadas às alterações climáticas causadas pela humanidade.

As águas subterrâneas, contidas em fissuras e buracos em estruturas rochosas permeáveis ​​conhecidos como aquíferos, são uma tábua de salvação para as pessoas, especialmente em partes do mundo onde as chuvas e as águas superficiais são escassas, como o noroeste da Índia e o sudoeste dos Estados Unidos.

As reduções dos níveis das águas subterrâneas podem dificultar o acesso das pessoas à água doce para beber ou para irrigar as plantações, resultando na subsidência de terras, que traz diversos problemas ambientais.

“Este estudo foi movido pela curiosidade. Queríamos compreender melhor o estado das águas subterrâneas globais, analisando milhares de medições do nível das águas subterrâneas”, diz a coautora do estudo Debra Perrone, professora associada do Programa de Estudos Ambientais da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, em um comunicado à imprensa sobre o estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira (24).

Os autores descobriram que os níveis das águas subterrâneas diminuíram, entre 2000 e 2022, 71% em 1.693 sistemas aquíferos incluídos na pesquisa, com os níveis das águas subterrâneas diminuindo mais de 0,1 m por ano em 36%, o que corresponde a 617 dos locais analisados.

O Aquífero Ascoy-Sopramo, na Espanha, teve a taxa de declínio mais rápida nos dados compilados – uma redução média de 2,95 m por ano, disse o coautor do estudo Scott Jasechko, professor associado da Escola Bren de Ciência e Gestão Ambiental, da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.

Para compreender se as reduções observadas no século 21 estavam acelerando, a equipe também acessou dados sobre os níveis das águas subterrâneas de 542 dos aquíferos no estudo no período entre 1980 e 2000.

Foi então que descobriram que o declínio dos níveis das águas subterrâneas acelerou nas primeiras duas décadas do século 21 em 30% desses aquíferos, ultrapassando as reduções registadas entre 1980 e 2000.

“Estes casos de declínio acelerado do nível das águas subterrâneas são duas vezes mais prevalentes do que o esperado diante de flutuações aleatórias na ausência de quaisquer tendências sistemáticas em qualquer período de tempo”, observou o estudo.

Donald John MacAllister, hidrólogo do British Geological Survey, que não esteve envolvido na pesquisa, disse que se trata de um conjunto de dados realmente “impressionante”, apesar de algumas lacunas.

“Penso que é justo dizer que esta compilação global de dados sobre águas subterrâneas não havia ainda sido feita nesta escala”, diz MacAllister. “A água subterrânea é um recurso extremamente importante, mas um dos desafios é que, por não podermos vê-la, ela fica fora da mente da maioria das pessoas”, finalizou o hidrólogo.

Com informações de CNN

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Estudo revela o melhor horário para fazer exercícios e emagrecer

 

Praticar atividade física em diferentes horários do dia pode afetar o corpo de diversas maneiras. Um estudo recente propôs investigar qual é o melhor momento para fazer exercícios e descobriu que o período da manhã é eficaz se o objetivo for reduzir a gordura abdominal e promover a perda de peso.

Para chegar ao resultado, pesquisadores do Instituto Karolinska e da Universidade de Copenhague analisaram o tecido adiposo de ratos após uma sessão de exercícios de alta intensidade. A equipe testou dois horários do dia, o que corresponderia a uma sessão no final da manhã e outra no final da tarde.

Após a análise, observou-se que a prática de exercícios pela manhã aumenta a expressão de genes relacionados à quebra do tecido adiposo e à termogênese (produção de calor), indicando uma maior taxa metabólica. Isso representa uma maior queima de calorias durante esse período do dia.

“Nossos resultados sugerem que exercícios matinais podem ser mais eficazes do que exercícios noturnos em termos de aumento do metabolismo e queima de gordura. Se for esse o caso, eles podem ser muito úteis para pessoas com sobrepeso”, explicou Juleen R. Zierath , autora do estudo.

Caso queira aproveitar essa vantagem e tornar a perda de peso mais eficiente, vale a pena combinar com exercícios que potencializam a perda de gordura, como o treinamento intervalado de alta intensidade, conhecido como treinamento HIIT.

A informação é do Metrópoles.

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Gel anticoncepcional masculino tem 99% de eficácia, diz estudo

 

Um gel anticoncepcional masculino, que está sendo desenvolvido pela empresa de biotecnologia Contraline, com sede na Virgínia, Estados Unidos, teve eficácia de 99% em um teste realizado com 23 homens. Os resultados foram divulgados neste mês.

Os cientistas esperam que a aplicação do gel tenha resultados semelhantes ao da vasectomia, mas seja completamente reversível. O procedimento consiste em injetar nos canais deferentes – o par de tubos que transporta espermatozoides maduros no trato reprodutor masculino – uma substância macia à base de água chamada hidrogel. No teste, 30 dias após a inserção, o gel levou a uma redução de mais de 99% no número de espermatozoides em movimento, segundo a empresa. Nenhum efeito colateral grave nem alteração no comportamento sexual foi relatado pelos participantes.

Os testes iniciais foram realizados na Austrália. Kevin Eisenfrats, cofundador e CEO da Contraline, disse que o gel é como um DIU para os homens. “No momento, não há nenhum contraceptivo que seja duradouro e reversível para os homens”, afirmou. “Esse gel é feito para pessoas que não estão prontas para ter filhos, não querem ter filhos por um período ou acreditam que nunca vão querer ter mais filhos, mas talvez ainda não estejam prontas para um procedimento permanente.”

Na vasectomia, os canais deferentes são cortados e selados para que os espermatozoides não possam viajar dos testículos até a uretra. O método Contraline envolve fazer um pequeno furo no escroto e usar uma agulha fina para empurrar o hidrogel através de um cateter conectado ao canal deferente. O cateter é então retirado e a punção cicatriza sozinha. Uma vez injetado, o hidrogel tem como objetivo impedir que os espermatozoides entrem no sêmen. O esperma não consegue passar pelo hidrogel, mas o sêmen consegue, então a aplicação não influencia a capacidade de ejacular.

Os homens participantes do estudo tinham idades entre 25 e 65 anos, declararam que não pretendem ter filhos e foram colocados em dois grupos que receberam quantidades diferentes de hidrogel: um volume menor e outro maior. A implantação do gel demorou cerca de 20 minutos e foi feita sob anestesia local, a menos para os participantes que optaram por ser sedados.

Eisenfrats diz que a concentração e o movimento dos espermatozoides nos homens um mês após a aplicação do gel são comparáveis aos níveis observados na vasectomia. O objetivo do estudo atual é avaliar a segurança e a longevidade do gel, e não até que ponto ele previne a gravidez. Os participantes foram solicitados a usar uma forma alternativa de controle de natalidade enquanto estiverem inscritos no estudo.

O gel foi concebido para se dissolver ao final de dois anos e os participantes serão acompanhados pelos pesquisadores até que isso ocorra. A reversibilidade do gel já foi testada em cães, mostrando que a contagem e a qualidade do esperma se recuperaram após a remoção do produto. A empresa planeja lançar um segundo teste este ano para testar a reversibilidade da substância em pessoas.

Apesar dos resultados positivos, qualquer procedimento médico pode causar efeitos colaterais ou complicações. Em entrevista à Wired, Raevti Bole, urologista especializada em saúde masculina na Clínica Cleveland que não está envolvida no estudo, diz que uma injeção no ducto deferente pode causar risco de infecção de pele, desconforto leve ou hematomas leves. E ainda há incógnitas sobre o gel em si, embora os hidrogéis sejam biocompatíveis e geralmente seguros.

O gel da Contraline ainda levará anos para chegar às prateleiras. A empresa precisará realizar testes com centenas de homens e suas parceiras para testar a eficácia na prevenção da gravidez. Eisenfrats diz que a empresa pretende lançar um teste com mais participantes nos EUA nos próximos anos.

Créditos: O Globo.

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Universidade pesquisa substância que induz à morte de células do câncer de mama; Saiba mais

 

Três professoras da UFF estão pesquisando substância que induz à morte de células do câncer de mama. O estudo é feito por meio de modificações químicas em quinolonas, estruturas presentes em antibióticos usados para o tratamento de diversas infecções bacterianas, por exemplo.

O estudo está sendo feito pelas pesquisadoras Fernanda Boechat, Maria Cecília Bastos e Letícia Villafranca: “Apesar de ter um protocolo de tratamento estabelecido, o câncer de mama ainda é uma doença muito importante para ser investigada, porque as células tumorais podem desenvolver resistência aos quimioterápicos existentes”, explica Fernanda.

Como se sabe, o câncer de mama é a primeira causa da morte por esse tipo de doença nas brasileiras, especialmente no sul e sudeste. Para cada ano de 2023 a 2025, foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma incidência de 41,89 casos por cem mil mulheres.

Fonte: O Globo.

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Beber todo dia ou tomar um porre por semana? Estudo revela o que é pior para a saúde

 

Fazer uma maratona etílica em uma noite é mais perigoso para a sua saúde do que o consumo constante de álcool. A conclusão é de um novo estudo que mapeou os efeitos de padrões de ingestão de bebida alcóolica — ou seja, como se bebe, em vez de apenas quanto.

Pesquisadores do University College London (UCL), do Royal Free Hospital, e das universidades de Oxford e Cambridge examinaram dados de 312,5 mil adultos que costumam beber da base de dados do UK Biobank. A intenção era verificar se havia evidências de risco aumentado de doença hepática com base nos hábitos de vida, além da presença de fatores genéticos e diabetes.

Embora se saiba que o “binge drinking” (beber sem parar em um curto intervalo de tempo) é prejudicial à saúde, pela primeira vez uma pesquisa comparou esse hábito com outras formas de consumir álcool. A conclusão foi que maratonar uma vez por semana é pior que dividir a mesma quantidade de bebida alcoólica pelo mesmo período.

O consumo médio de álcool foi calculado na pesquisa dentro quatro grupos, por quantidade: os que bebem dentro do limite (menos de 24g para mulheres e 32g para homens), acima do limite mas abaixo do binge (24g a 48g para mulheres e 32g a 64g para homens), binge (48g a 72g para mulheres e 64g a 96g para homens) e binge pesado (mais de 72g para mulheres e mais de 96g para homens).

Cerca de 20% da população bebe dentro do limite tolerável e 42% ficam acima dessa margem. Os “maratonistas” são 23%, enquanto 15% fazem maratona etílica pesada.

Os resultados da pesquisa apontam que adultos saudáveis que bebem acima do limite diário mas menos que o binge tiveram um risco de doenças do fígado como cirrose e esteatose hepática um pouco aumentado (1,33 vez), enquanto “maratonistas” tiveram o dobro do risco (2,37). Já quem faz binge pesado quase quadruplica o risco (3,85).

Quando os pesquisadores refinaram os dados, incluindo relatos dos participantes sobre seus padrões de consumo de álcool, as conclusões foram ainda mais impressionantes. Quem descreveu seu hábito como moderado teve um aumento do risco de doenças hepáticas entre 1,33 e 2,39, enquanto as pessoas que admitiam maratonar apresentavam mais de cinco vezes mais probabilidade de consequências danosas para o fígado (5,16) e, por fim, os que faziam noitadas de bebedeira ainda mais pesadas multiplicaram esse risco por 9,38.

“Uma entre três pessoas que bebem em níveis elevados terá alguma doença séria do fígado”, afirmou o autor sênio do estudo, Gautam Mehta, da divisão de medicina da UCL e do Royal Free Hospital. “A genética tem influência, mas este estudo ressalta que o padrão de ingestão de álcool também é um fato determinante. Os resultados sugerem, por exemplo, que pode ser mais danoso beber 21 doses em duas sessões do que distribuir essa quantidade pela semana”.

O estudo também destaca conclusões anteriores sobre por que as pessoas que adotam a abordagem “ou tudo ou nada” em relação ao álcool apresentam mais risco de prejuízos para a saúde. Pesquisas iniciais apontam para a possibilidade de as maratonas etílicas aumentarem os níveis de proteínas bacterianas (lipopolissacarídeos) e citocinas pró-inflamatórias, dois fatores cruciais para as doenças do fígado.

Fonte: O Globo.

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Mudar 8 hábitos pode te dar 20 anos a mais de vida, calcula estudo

SURPREENDENTE: Mudar 8 hábitos pode te dar 20 anos a mais de vida, calcula estudo; VEJA QUAIS

 

No último Congresso da Sociedade Americana para Nutrição, um estudo apresentado pela pesquisadora Xuan-Mai T. Nguyen, do Carle Illinois College of Medicine (EUA), mostrou que investir em oito hábitos por volta dos 40 anos fazia os homens ganharem 24 anos a mais de vida e mulheres, 23 anos extras. Além disso, o risco de morte por qualquer causa foi 13% menor em relação a quem não adotou nenhum dos comportamentos avaliados.

A análise foi baseada em informações de 719.147 veteranos americanos de 40 a 99 anos – os dados eram referentes ao período de 2011 a 2019. Durante o acompanhamento, cerca de 30 mil pessoas morreram.

De acordo com os achados do trabalho, os oito hábitos associados ao ganho na longevidade são:

  • Não fumar
  • Praticar exercícios físicos
  • Contar com boas relações pessoais
  • Não ter episódios frequentes de abuso de álcool
  • Ter boas noites de sono
  • Manter uma dieta saudável
  • Controlar o estresse
  • Não ter vício em medicamentos opioides

“É um belo resultado”, elogia Simone Fiebrantz Pinto, nutricionista especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Ela nota que fatores como aplicação de vacinas, desenvolvimento de medicamentos cada vez mais modernos e maior capacidade de controlar doenças já resultaram, no mundo todo, em um aumento na expectativa de vida. “A gente consegue ver as pessoas chegando aos 80, 90 anos, mas não com tanta qualidade de vida. E é isso que queremos corrigir”, analisa. Para ela, a incorporação desses hábitos garante justamente que o indivíduo não apenas viva mais, como viva melhor.

Para Simone, a marca dos 40 anos é importante porque, nessa fase, muitos hábitos já estão consolidados e os efeitos deletérios de alguns deles começam a aparecer, como um quadro de hipertensão, diabetes etc. “É um momento de recalcular a rota e minimizar prejuízos”, resume a especialista. Mas ela frisa que uma mudança positiva trará benefícios em qualquer etapa, seja aos 50, 60 ou 70.

E não é necessário adotar os oito hábitos de uma vez só. Embora esse seja o cenário ideal, faz mais sentido começar aos poucos – até para não ocorrer uma desistência no meio do caminho. “Não dá para abraçar tudo de uma vez, tem que ser devagar”, incentiva Simone. Ela sugere começar por algo que você já faz, mas que pode ser melhorado – como colocar um dia de exercício físico a mais na rotina. Quando conseguir, dá para partir para outra meta. “Quando consolidar um hábito, você agrega outro”, recomenda a especialista da SBGG.

A seguir, saiba mais sobre os comportamentos levantados no estudo.

Não fumar

Há uma relação clássica entre tabagismo e câncer de pulmão. Mas, de acordo com o Ministério da Saúde, o cigarro está associado a mais de 50 doenças. Para ter ideia, os fumantes correm um risco cinco vezes maior de infarto, bronquite crônica e enfisema pulmonar, e uma probabilidade duas vezes maior de derrame cerebral.

Depois de cinco a 10 anos de parar de fumar, o perigo de infarto já se torna igual ao de indivíduos que nunca tiveram o hábito. Simone lembra que há recursos terapêuticos para auxiliar no abandono do cigarro, como remédios e psicoterapia.

Praticar exercícios físicos

A Organização Mundial da Saúde preconiza 150 minutos de atividade física por semana. “Não é tão complexo. Mas, às vezes, as pessoas acham que arrumar a casa entra na conta. Mas não vale”, aponta a especialista.

Ainda de acordo com ela, é preciso investir em exercícios que acelerem um pouco o batimento cardíaco, como caminhada, natação, bicicleta, e em modalidades que fortaleçam os músculos, a exemplo de pilates e musculação.

Contar com boas relações pessoais

Atualmente, uma parcela da população foca na interação com outra pessoas por meio de redes sociais. Mas, para Simone, isso não significa necessariamente que há uma relação de amizade ali – e é justamente esse tipo de laço que está associado à longevidade.

“Precisa ser uma relação de qualidade. É muito importante ter uma rede de apoio, um convívio social de verdade. Tem que conversar, sair, ter uma troca”, destaca. Ela observa ainda que é essencial investir em contatos intergeracionais. “Especialmente para termos idosos aprendendo com os mais jovens, evitando, assim, que se isolem”, diz.

Não abusar de álcool com frequência

“O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis”, alerta o Ministério da Saúde.

Para Simone, o fato de o álcool estar muito presente em eventos sociais torna difícil a interrupção do hábito. Porém, assim como acontece com o tabagismo, há opções de tratamentos para quem decide parar de beber.

Ter boas noites de sono

Para a especialista da SBGG, esse é um hábito que tem ganhado cada vez mais destaque na manutenção da saúde em geral. “E não só na longevidade, mas até na redução de quadros demenciais”, completa.

A quantidade necessária de descanso varia de pessoa para pessoa, mas, em geral, pesquisas indicam que os adultos precisam dormir entre sete e nove horas. No caso de insônia, quadro prevalente na atualidade, faz sentido buscar o apoio de um profissional de saúde. Afinal, há medidas comportamentais capazes de melhorar bastante o padrão de repouso. Em alguns casos, é possível recorrer a medicamentos.

Manter uma dieta saudável

“As pessoas sempre acham que comem bem e, quando vão ver, não é bem assim”, ressalta Simone. Para ela, pensando em longevidade, um ponto crucial que merece atenção é o consumo de proteínas, que são nutrientes necessários para a formação de músculos. “Na idade adulta, temos uma reserva muscular. Mas, lá pelos 50, 60 anos, existe uma queda, e o impacto disso é importante”, comenta. É que, com a perda de força, vem também o risco de quedas e fraturas.

Outra questão que merece destaque é a participação de itens ultraprocessados na rotina – eles costumam concentrar uma quantidade expressiva de gorduras, açúcar e sal, compostos que devem ser consumidos com bastante moderação. Para reconhecer um ultraprocessado, uma pista é olhar para a lista de ingredientes: ela tende a ter mais de cinco itens, muitos deles de nomes estranhos. O recado geral é apostar em alimentos naturais e minimamente processados.

Controlar o estresse

Para Simone, esse é um dos maiores desafios presentes na lista. “É algo muitos vezes subdiagnosticado, até porque as pessoas tendem a normalizá-lo”, justifica.

Ela explica que viver sob estresse constante significa submeter o organismo a um estado permanente de inflamação, uma situação que acaba descompensando todo o metabolismo.

Por isso, é válido pensar em maneiras de manejar esse quadro, como reservar um tempo considerável do dia para se dedicar a hobbies (como ler um livro, assistir um filme, passear no parque) e a atividades reconhecidas por favorecer a saúde mental, como meditação e prática de jardinagem. Os exercícios físicos também são grandes aliados nesse sentido.

Não se tornar dependente de opioides

Essa classe de remédios é conhecida por aliviar dores crônicas. Só que o uso constante pode gerar dependência. Simone nota que esse é um problema muito presente na realidade dos Estados Unidos – justamente de onde vem o estudo. “É uma questão muito séria”, observa. Tanto que o vício nesses medicamentos figura entre as principais causas de mortes entre jovens americanos hoje em dia.

A experiência pode servir de alerta para o Brasil, até porque há dados que apontam para um aumento de uso por aqui nos últimos anos. Segundo um levantamento da Anvisa, o número de prescrições médicas de opiáceos vendidos nas farmácias em 2009 foi de 1.601.043 e, em 2015, passou a 9.045.945 – é uma disparada de 465%.

Créditos: Estadão.

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Uso excessivo de dispositivo digital afeta desempenho de alunos

 

O relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, divulgado nesta terça-feira (5) pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra que alunos usuários de smartphones e outros dispositivos digitais de cinco a sete horas por dia tiveram pontuação menor nos testes.

“Na média nos países da OCDE, os estudantes que passam até uma hora por dia na escola em dispositivos digitais para lazer obtiveram 49 pontos a mais em matemática do que os alunos cujos olhos ficavam grudados nas telas entre cinco e sete horas por dia, depois de levar em conta o perfil socioeconômico dos alunos e das escolas”, informa o relatório.

Aplicado a cada três anos, o Pisa avalia os conhecimentos dos estudantes de 15 anos de idade nas três disciplinas. No total, 690 mil estudantes de 81 países fizeram os testes em 2022. A edição teve como foco o desempenho em matemática.

Distração
Cerca de 65% dos estudantes afirmaram que ficaram distraídos nas aulas de matemática por estar usando celular e outros dispositivos, como tablets e laptops.

No Brasil, esse percentual chegou a 80%, assim como na Argentina, no Canadá, Chile, na Finlândia, Letônia, Mongólia, Nova Zelândia e no Uruguai.

Outros 59% relataram que a distração foi causada por colegas estarem usando os dispositivos. “Alunos que relataram se distrair com outros alunos usando dispositivos digitais, na maioria, ou em todas as aulas de matemática obtiveram 15 pontos a menos nos testes de matemática do Pisa do que aqueles que mal experimentaram essa experiência. Isso representa o equivalente a três quartos do valor de um ano de educação, depois de contabilizados os alunos e o perfil socioeconômico das escolas”, aponta o relatório.

Em países como o Japão e a Coreia, o nível de distração relatado pelos alunos foi de 18% e 32%, respectivamente. As nações estão entre as melhores colocadas no Pisa, com pontuações acima da média da OCDE.

Desafio
O relatório reconhece que o uso de celular em escola tem sido um tema controverso e desafiador para os gestores de educação nos país.

A recomendação não é abandonar esses dispositivos no processo de aprendizagem. Mas que as escolas promovam a interação entre a tecnologia e o aprendizado, porém minimizem o tempo de uso para evitar desvio de atenção, bullying nas redes sociais e exposição da privacidade dos estudantes.

Nos países da OCDE, 29% dos alunos responderam que utilizam smartphone várias vezes ao dia e 21% usam quase diariamente ou diariamente na escola.

Conforme o relatório, em 13 países, mais de dois terços dos alunos vão a escolas onde a entrada e o uso de celular não são permitidos. Nessas nações, identificou-se que o percentual de distração em sala de aula é menor, entretanto os jovens não apresentaram uso mais responsável dos aparelhos.

“Parece que as escolas podem proibir os telefones, mas nem sempre é aplicado de forma eficaz. Curiosamente, os alunos em escolas com proibição de telefone em alguns países eram menos propensos a desligar as suas notificações de redes sociais e aplicativos ao dormir. Uma explicação é que a proibição de celulares nas escolas pode fazer com que os alunos sejam menos capazes de adotar um comportamento responsável em relação ao uso do telefone”, diz o relatório.

Deu na Agência Brasil

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Estudo identifica remédios que podem reverter envelhecimento do cérebro após Covid

 

Pesquisadores da Universidade de Queensland (UQ), na Austrália, descobriram uma maneira de reverter um processo celular desencadeado pela Covid-19 que contribui para o envelhecimento prematuro do cérebro.

O cientista Julio Aguado e uma equipe do Instituto Australiano de Bioengenharia e Nanotecnologia (AIBN) da UQ usaram modelos organoides cerebrais sintéticos, cultivados em laboratório a partir de células-tronco humanas, para estudar o efeito de diferentes variantes do SARS-COV-2 no tecido cerebral.

“Descobrimos que a Covid-19 acelera a presença de células ‘zumbis’ ou senescentes, que se acumulam natural e gradualmente no cérebro à medida que envelhecemos”, disse o médico.

O artigo científico com os resultados da pesquisa foi publicado neste mês na revista Nature Aging.

O pesquisador afirmou que já se sabe que as células senescentes provocam inflamação e degeneração dos tecidos, deixando os pacientes expostos a deficiências cognitivas, como confusão mental e perda de memória.

Por isso, a confirmação de que a Covid-19 foi um catalisador para este envelhecimento prematuro levou a uma tentativa de reiniciar o relógio biológico do cérebro.

“Usamos os organoides cerebrais para examinar uma série de estímulos terapêuticos, procurando algum capaz de remover essas células senescentes”, disse ele.

Os pesquisadores encontraram quatro medicamentos que eliminavam seletivamente as células geradas pela Covid-19: navitoclax, ABT-737, fisetina e um coquetel de dasatinibe mais quercetina (D+Q).

O pesquisador disse que os medicamentos rejuvenesceram o cérebro e diminuíram a chance de sintomas neurodegenerativos nos organoides, bem como em um modelo de camundongo infectado com Covid-19.

“É necessária mais investigação para compreender completamente os mecanismos em jogo, mas este estudo marca um avanço significativo no nosso conhecimento da intrincada relação entre infecções virais, envelhecimento e bem-estar neurológico”, disse ele.

“No longo prazo, podemos esperar o uso generalizado destes medicamentos para tratar síndromes de infecção pós-aguda persistentes causadas por infecções virais como a Covid-19”.

O especialista em organoides da AIBN, Professor Ernst Wolvetang, disse que os organoides cerebrais derivados de células-tronco humanas permitem que os pesquisadores realizem experimentos que seriam ética e praticamente difíceis em seres humanos.

“O nosso estudo demonstra como os modelos do cérebro humano podem acelerar o rastreio pré-clínico de terapêuticas – ao mesmo tempo que avançam para testes sem animais – com impactos potencialmente globais”, disse o professor Wolvetang.

“Esse mesmo método de triagem de drogas também poderia ajudar a pesquisa do Alzheimer e de uma série de doenças neurodegenerativas onde a senescência é o fator determinante.”

Fonte: CNN