Economia

Com parques no RN, Governo Federal define regras para instalação de éolicas direto do mar

A publicação de um decreto que regulamenta a instalação de parques eólicos no litoral brasileiro deve acelerar o andamento de projetos de geração que já somam mais de 40 mil megawatts de energia e que estão em análise ambiental pelo Ibama. Esse volume de energia equivale à potencial total de praticamente quatro hidrelétricas de Belo Monte, que é a maior usina nacional.

Por meio do Decreto 10.946, publicado nesta quarta-feira, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia, foram estabelecidas regras para exploração energética dos ventos marítimos, prática já explorada em diversos países da Europa, mas que ainda aguardava definições de regras no Brasil.

O texto prevê o aproveitamento em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental, para geração de energia elétrica dos chamados “empreendimentos offshore”, ou seja, no mar.

Os projetos atualmente em análise no Ibama somam nada menos que 3.486 cataventos que seriam instalados no mar brasileiros. Os parques eólicos seriam erguidos nos Estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Cada empreendimento tem uma distância diferente em relação à costa, variando de um quilômetro a 20 quilômetros.

Estadão Conteúdo

Tecnologia

Energia eólica fecha o ano com recorde no Brasil, em expansão puxada pelo RN

O Brasil registrou este ano “o maior incremento da história em capacidade instalada de energia eólica” e o Rio Grande do Norte, o maior produtor desse tipo de energia no país, foi o estado que mais puxou esse crescimento. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (16) pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) a partir de dados consolidados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

 

O levantamento mostra que foram instalados no país mais de 3 Gigawatts (GW) em energia eólica em 2021, até novembro, e que a participação potiguar nesse total chegou a 44,19%, ou a 1,35 GW. Na sequência do ranking aparecem Bahia, com contribuição de 818,40 MW, ou uma fatia de 26,79%, Ceará (10,03%), Paraíba e Piauí.

 

Com a adição dos 3 GW, “o maior incremento na capacidade instalada de fonte eólica da história”, segundo a Aneel, a potência instalada da “energia dos ventos” no país alcançou 20,1 GW, o que representa participação de 11,11% das eólicas na matriz energética brasileira.

Notícias

Em quatro anos, RN dobrará capacidade em energia eólica

 

Considerando os contratos atuais, o Rio Grande do Norte irá dobrar a capacidade instalada na energia eólica, superando os 12 gigawatts (GW) no final de 2025. Segundo o mais recente boletim de dados da Associação Brasileira de Energia Eólica – ABEEólica (o Infoventos), atualmente o estado potiguar tem 6,054 GW de potência instalada, o que o coloca na liderança da produção de energia a partir dos ventos no País. A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec-RN) prepara o detalhamento de dados que justificam essa informação para ser divulgado nos próximos dias.

“Estamos finalizando o nosso boletim de eólica e matriz elétrica que deve sair na próxima semana. A previsão é que o Estado alcance neste ano de 2021 o valor de R$ 13 bilhões em investimentos em novos contratos de geração de energia, superando o valor alcançado em 2020”, declarou o coordenador de desenvolvimento energético da Sedec/RN, Hugo Fonseca.

 

Ele informou que nos seis primeiros meses deste ano, o Governo do Estado captou R$ 5.359 bilhões em investimentos contratados para a energia eólica no Rio Grande do Norte. Este valor representa 64% do total contratado em 2020 – cerca de R$ 8,3 bilhões. Os 200 parques hoje em atividade no Estado somam 2.563 aerogeradores. Para se ter uma ideia de como o setor vem crescendo no RN, em maio passado eram 177 usinas eólicas e 2.268 turbinas em operação.

Política

Rogério Marinho anuncia projeto que vai ampliar a capacidade de escoamento da energia elétrica gerada no RN

O ministro Rogério Marinho participa neste sábado, 23,  do anúncio da autorização de instalação de um transformador na Subestação João Pessoa II, localizada na capital paraibana. O equipamento vai possibilitar a expansão do sistema de transmissão que atende a Região Metropolitana de João Pessoa e o escoamento de potenciais excedentes de energia elétrica gerada em outras unidades federativas do Nordeste, incluindo o Rio Grande do Norte, para a Paraíba.
“O Rio Grande do Norte é um dos grandes produtores de energia elétrica do País, especialmente quando falamos de matrizes alternativas, como a eólica. Esse equipamento vai permitir que o excedente da produção de energia elétrica feita aqui possa ser escoada também para a Paraíba. Isso será importante para gerar riquezas para a economia potiguar”, destaca o ministro Rogério Marinho.
O investimento para a ampliação da Subestação João Pessoa II é de R$ 87,7 milhões e será feito pela Borborema Transmissão de Energia S.A., empresa que detém a concessão dos serviços desde *junho de 2018.*
Além disso, a concessionária também recebeu autorização da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão vinculado ao MDR, para captar R$ 139 milhões junto ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e R$ 40 milhões, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), para outras iniciativas de expansão da rede.
Os recursos serão usados na construção, operação e manutenção das instalações de transmissão nas cidades paraibanas de João Pessoa, Conde, Fagundes, Campina Grande, Ingá, Itabaiana, Mogeiro, Pedras de Fogo, Pilar, Queimadas, Santa Rita, São José dos Ramos e São Miguel do Taipu.