Notícias

Geração de energia eólica chega a 19 mil megawatts e bate recordes no Brasil

Energia eólica offshore, em alto mar, tem maior potencial de produção por não haver barreiras para os ventos

 

A produção de energia eólica no Brasil atingiu mais de 19 mil megawatts de energia em 2023, segundo dados do Operador Nacional do Sistema (ONS).

O valor representa 27,8% da demanda nacional e marca um recorde na geração de energia, que foi atingido em 4 de julho. O último recorde do setor tinha sido conquistado em outubro de 2022.

Na média do ano, 17,11 mil megawatts são gerados por mês com a energia eólica no Brasil, o que equivale a 23,4% da demanda nacional. Novos recordes devem ser batidos com a temporada de ventos fortes que se inicia em julho. Em breve, o Brasil deve se habilitar para trabalhar a energia eólica offshore, ou seja, no mar.

A perspectiva do governo é de que até o final do ano já haja um marco regulatório para a produção offshore. A Petrobras pretende investir no setor no Brasil e no exterior.

Deu na Jovem Pan

Economia, Tecnologia

Ibama já tem nove projetos para instalação de eólica no mar do RN

 

 

Gigante da produção de energia eólica onshore (em terra) no Brasil, o Rio Grande do Norte espera, com bastante otimismo, pelo início das instalações em mar (eólica offshore), algo que, conforme fontes ouvidas pela reportagem, deve ocorrer a partir dos próximos quatro anos.

De acordo com informações repassadas pelo Ibama à TRIBUNA DO NORTE na última sexta-feira (13), foram abertas, junto ao órgão, Fichas de Caracterização de Atividade (FCA) para nove projetos no mar do RN, os quais somarão, juntos, uma capacidade instalada de 17,8 gigawatts (GW). A FCA é o formulário eletrônico para a solicitação de licenciamento ambiental para uma atividade ou empreendimento.

O Ibama informou ter emitido um Termo de Referência para balizar a elaboração dos estudos ambientais que precisam ser apresentados pelas empresas. Somente após a apresentação desses mesmos estudos, é que o órgão irá proceder às analises de cada projeto. Em todo o Brasil, detalha o Ibama, são 70 projetos com solicitação de abertura de FCA,  que juntos apresentam capacidade de produção de 176,58 GW.

No caso do RN, os 17,8 GW divididos entre os nove projetos estão distribuídos da seguinte forma: dois complexos com capacidade de gerar 3 GW; um projeto com previsão de gerar 2,4 GW; um projeto com 2 GW; além de complexos que devem produzir 1,9 GW, 1,8 GW, 1,7 GW e 1,1 GW de energia eólica. O menor parque tem capacidade de produção de 624 MW.

Em território potiguar, segundo o Atlas Eólico e Solar do RN, o potencial para futura geração offshore alcança 54,5 GW, o suficiente para suprir cerca de um terço de toda energia elétrica brasileira de 2020 (aproximadamente 651TWh).

No total, os projetos eólicos candidatos à implantação no RN, preveem instalar, juntos, 1.221 aerogeradores, sendo que o maior deles deverá contar com 215 turbinas e o menor, com 52. A perspectiva de abertura de inúmeros novos negócios, emprego e renda na área anima as entidades do setor, que esperam uma revolução na economia do RN.

“É uma área que gera empregos de longo prazo. Se a gente conseguir se tornar um exportador de produtos e serviços para atender ao mercado, a gente tem como, de fato, alavancar nosso cenário econômico e nosso PIB”, afirma Sérgio Azevedo, membro do  Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).

Rodrigo Mello, diretor do Senai e do Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), também ressalta a possibilidade de bons negócios para o setor, com aumento da necessidade de mão de obra. “O que vem por aí, nesse sentido, é algo entre 5 e 15 vezes maior do que tudo o que a gente já ocupou em terra”, aposta.

Mello ressalta, ainda, o crescimento da injeção de recursos para a área.  “Para se ter uma ideia, um projeto de eólica offshore demanda cerca de 80% mais investimentos do que aqueles para exploração onshore. É complicado falar de valores reais, porque é algo que depende da negociação entre fornecedores e das condições de demanda de mercado”, diz.

Sérgio Azevedo, da  ABEEólica, analisa que todo o otimismo em torno da área se justifica pelo fato de que a expansão do setor é um caminho sem volta e cita o que, na opinião dele, é o maior desafio hoje para o Rio Grande do Norte se tornar um polo competitivo no offshore.

Informações da Carbono Zero e Tribuna do Norte

Economia

Parques eólicos fazem crescer PIB e empregos em cidades potiguares

Parque eólico Cumaru em São Miguel do Gostoso, RN — Foto: Divulgação

 

Municípios com parques eólicos instalados no Rio Grande do Norte deram um salto em geração de riquezas, empregos e criação de negócios ao longo dos últimos anos. Porém, o avanço de indicadores sociais, como saúde e educação, ocorreu de forma diferentes entre as cidades.

As conclusões fazem parte da análise “Impactos Socioeconômicos da produção de energia eólica nos municípios do Rio Grande do Norte”, apresentada na última terça-feira (8), durante o Fórum de Energias Renováveis, promovido pela Comissão Temática de Energias Renováveis (Coere), da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern).

O trabalho foi desenvolvido pelo Mais RN – Núcleo de Gestão Estratégica da Fiern – a pedido do Senai – e analisou 10 municípios, que concentram 76% da geração eólica no estado e 84% dos parques.

A lista inclui os municípios de Areia Branca, Bodó, Guamaré, João Câmara, Parazinho, Pedra Grande, São Bento do Norte, São Miguel do Gostoso, Serra do Mel e Touros.

Segundo os organizadores, o objetivo foi identificar se a instalação dos empreendimentos influenciou indicadores socioeconômicos no estado, considerando especialmente os anos 2005, 2015 e 2020 – apresentados como marcos de antes do início das atividades do setor eólico, da fase de transição e da instalação e operação da atividade econômica nos municípios estudados.

Deu no G1

Notícias

Torre de energia eólica pega fogo no interior do RN

 

Uma torre eólica pegou fogo, na manhã desta segunda-feira (29) no distrito de Queimadas, em João Câmara, no Agreste potiguar. O caso aconteceu por volta das 9h, segundo testemunhas.

Moradores da região fizeram vídeos do caso e registraram o momento em que uma das pás caiu. Moradores da região relataram que ouviram um barulho e, em seguida perceberam as chamas e a fumaça na torre.

O Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte confirmou que foi acionado ao local por volta das 10h e enviou uma guarnição de combate a incêndio. Ao chegar ao local, a equipe constatou que o fogo já tinha sido controlado.

Não há informações sobre feridos e as autoridades ainda não informaram a possível causa do incêndio.

Representantes da coordenadoria de Desenvolvimento Energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia, que congrega empresas do setor, disseram que não foram notificados sobre o caso até o fim da tarde desta segunda-feira (29).

Tecnologia

Em 10 anos, produção de energia eólica cresce 1.700% no Rio Grande do Norte

 

Em 10 anos, a produção de energia eólica cresceu 1.702% no Rio Grande do Norte, segundo os dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O estado saiu de 375,15 MW de capacidade de produção em 2012 para 6.762 MW em 2022, ou 6,7 GW.

Naquele ano, o estado tinha 12 parques eólicos funcionando, com 248 turbinas em operação. Uma década depois, já são 220 parques espalhados pelo estado, com 2.696 torres. A previsão de especialistas, é de um novo cenário na próxima década, com a operação de parques eólicos em alto-mar.

Os dados foram levantados pelo g1 dentro da página especial dos 10 anos do portal no Rio Grande do Norte.

Atualmente, a energia gerada pela força dos ventos representa 90,5% da produção de energia no estado, considerando-se as demais matrizes energéticas, como energia solar, hidrelétrica e biomassa. O RN é o maior produtor de energia eólica do país.

O estado estava entrando no mercado de produção de energia eólica em 2012. Após o primeiro leilão, realizado pelo governo federal três anos antes, em 2009, os primeiros parques eólicos contratados pelo mercado regulado pelo governo começavam a operar naquele ano.

O presidente do Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (Cerne), Darlan Santos, trabalhava na equipe da Petrobras que instalou quatro parques eólicos em 2012 no estado. Uma década depois, ele lembra alguns dos entraves que o setor enfrentava no início.

“Como esse mercado estava iniciando no Brasil, uma dificuldade era a mão de obra. Era muito difícil encontrar mão de obra especializada para trabalhar na implantação desses parques e no desenvolvimento dos projetos. Era muito comum chegar a um canteiro de obras e encontrar profissionais de outros países. Era difícil encontrar as próprias máquinas, não tinha muitos fabricantes no Brasil. Outra dificuldade era encontrar fornecedores para a cadeia produtiva, para compra de concreto, aço, a logística de transporte. Tudo estava de desenvolvendo”, afirma.

Ao longo de uma década, os gargalos foram reduzidos e a economia de pequenos municípios do Rio Grande do Norte se desenvolveu em torno da cadeia produtiva, com geração de empregos nos serviços para atender as empresas e trabalhadores da área.

Instituições como o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CT-Gás ER), ligado ao Senai, e o Instituto Federação do Rio Grande do Norte (IFRN) criaram cursos de formação técnica e superior na área.

O CT-Gás começou a oferecer cursos voltados para a energia eólica em 2014. De acordo com o instituto, mais de 3,3 mil profissionais passaram pelo local.

Se em 2012 o estado tinha cerca de 24.193 empregos no setor, o número saltou para 137.154 ao longo dos 10 anos.

Um dos potiguares empregados no setor é o engenheiro eletricista Marcus Souto, que atualmente atua como gerente de projetos de uma empresa que auxilia na construção de parques eólicos.

Informações do G1

Economia

Geração instantânea de energia eólica no Nordeste tem novo recorde

Foto: Miguel Ângelo/CNI

A energia eólica no Nordeste bateu novo recorde de geração instantânea (pico de geração), informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Em 8 de julho, as turbinas eólicas produziram 14.167 megawatts (MW), o equivalente a 123,2% da demanda na região.

Esse montante é suficiente para suprir o consumo de energia de todo o Nordeste por um minuto, sobrando 23,2%. Por um minuto naquele dia, a região tornou-se exportadora de energia eólica para o restante do país.

Os dados ainda estão em fase de validação pela ONS. Além do recorde eólico, o Nordeste atingiu o recorde de geração instantânea de energia solar. Às 10h28 da última terça-feira (12), a região produziu 2.963 MW solares. Isso equivale a 27,5% da demanda de todo o subsistema Nordeste naquele minuto.

Tradicionalmente, o mês de julho no Nordeste é conhecido como safra dos ventos, com os mais fortes no litoral da região impulsionando a produção de energia eólica. Esse foi o primeiro recorde de geração instantânea de energia eólica registrado em 2022. A ONS não descarta a possibilidade de que outros recordes sejam alcançados nas próximas semanas.

Segundo a versão mais recente do Boletim Mensal de Energia, do Ministério de Minas e Energia, a participação da energia eólica na matriz energética deverá aumentar de 10,6% em 2021 para 11,9% em 2022. A participação da energia solar deverá subir de 2,5% para 3,9% na mesma comparação.

Com informações da Agência Brasil

Economia

Setor de energia renovável projeta investir R$ 35 bilhões no RN, nos próximos quatro anos

 

Representantes do setor de energias renováveis projetam investimentos da ordem de R$ 35 bilhões no Rio Grande do Norte ao longo dos próximos quatro anos. A estimativa foi dada durante a primeira edição do RMT Eólica & Solar, evento que reuniu, nesta quinta-feira (12), empresários, investidores e autoridades nacionais e internacionais do setor de energias renováveis. O encontro foi promovido pela Baur, multinacional de serviços e tecnologia para manutenção de cabos isolados, que vê o Rio Grande do Norte como uma terra fértil para investimentos em redes de média tensão em plantas renováveis. A empresa se prepara para atuar diretamente no Estado.

O Estado foi escolhido para receber o evento por abrigar cerca de um terço das usinas eólicas do País. O diretor executivo e representante da Baur no Brasil, Daniel Bento, diz que a tendência é de que o Rio Grande do Norte siga como protagonista no segmento. “Nos últimos 10 anos, mais de R$ 200 bilhões foram investidos em eólica e solar no País, só nesse ano estão previstos R$ 80 bilhões de investimentos. São números muito expressivos. O aerogerador, que é a parte mais cara, vai gerar a energia, mas para escoar essa energia é preciso uma rede de média tensão, por isso a importância de estarmos aqui discutindo isso nesse evento”, destacou.

O encontro também teve a presença de Markus Baur, CEO da multinacional austríaca que se prepara para começar a atuar diretamente no RN. “A Baur Áustria vai dar todo esse suporte técnico para todo o Brasil, principalmente em conhecimento, que é a parte mais importante nesse momento”, disse o empresário. Markus informou ainda que existe a possibilidade de instalar uma sede da Baur no Estado para aproximar a empresa dos negócios que serão fechados em solo potiguar. “Existe sim a chance disso acontecer porque esse Estado tem muito potencial, portanto é uma ótima ideia ter uma filial, uma base por aqui”, complementa.

O evento teve foco no desenvolvimento do setor e no debate de questões pertinentes a projeto, operação e manutenção de redes elétricas de média tensão, utilizadas para conectar as usinas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Os parques eólicos e solares, por contarem com diversas unidades geradoras afastadas entre si, precisam deste tipo de rede, instalada de forma subterrânea na maioria dos casos. Com o aumento da oferta de plantas renováveis, cresce também a infraestrutura de redes elétricas para transmitir essa energia aos pontos de consumo, bem como a necessidade de capacitação de profissionais para atuar na área.

O diretor técnico da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Sandro Yamamoto, também esteve no evento e fez uma apresentação sobre o cenário do Rio Grande do Norte. Ele reforçou que o Estado deve se tornar um importante polo de distribuição de renda, a partir das oportunidades profissionais que serão geradas nos próximos anos.

A compensação ambiental é a contrapartida do empreendedor pela utilização dos recursos ambientais e respectivo proveito econômico. O modelo federal foi incorporado na legislação estadual que é de 2004 e prevê a aplicação de, no mínimo, 0,5% do valor do investimento para apoiar a implantação e manutenção de unidades de conservação e até o limite máximo de 5% para apoiar ou executar outras medidas ambientais de compensação à comunidade e ao ecossistema atingidos.

Informações da Tribuna do Norte

Notícias

Associação Brasileira de Energia Eólica teme que decreto estadual prejudique o setor

 

A Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) está avaliando atualmente o impacto de um decreto governamental que regulamenta o processo de compensação ambiental no Rio Grande do Norte. E afirmou, em nota, preocupação com relação ao risco que esse texto possa apresentar para os empreendimentos instalados no RN. A ABEEólica teme inclusive que o decreto afaste investidores.

“A ABEEólica está analisando o Decreto a fim de verificar todos os impactos que ele possa representar aos empreendedores que planejam investir no Estado do RN, uma vez que se trata de medidas compensatórias socioambientais além das existentes. Entendemos que existe um risco aos empreendedores que optarem por investir no RN ao se aplicar tais medidas para projetos eólicos”, informou a entidade. De acordo com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), as eólicas não são atingidas pelo decreto porque não apresentam alto significativo impacto ambiental.

Segundo o diretor geral do órgão, Leon Aguiar, não há no Rio Grande do Norte empreendimentos eólicos que gerem impacto ambiental ao ponto de se enquadrar no que prevê o decreto. “O decreto não trata de empreendimento eólico, ele tem abrangência geral. Se aplica a qualquer tipo de atividade ou empreendimento que possa ser de significativo impacto ambiental. Se eu tenho empresas de energia eólica e solar que no nosso estado não são consideradas de significativa impacto ambiental, como é que eu vou exigir compensação ou medida compensatória dessas?”, questionou.

O diretor geral do Idema explica que o decreto regulamenta exigência estabelecida na Lei Federal N°9.985/2022,que é aplicada por todos os órgãos ambientais e ressalta o que diz a Legislação Ambiental Estadual, Lei N° 272/2004, a legislação ambiental estadual. “Entre os instrumentos da política de Meio Ambiente, nós temos a compensação ambiental que não tinha uma regulamentação. Então, o Idema agia com base na lei 9985/2000 chamada de SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. Os órgãos municipais de licenciamento aplicam a compensação ambiental baseada no SNUC para empreendimentos de significativo impacto ambiental que se utilizam dos recursos ambientais do país”, explicou.

Para calcular o grau de impacto, valores e destinação dos recursos, o decreto pontua a regulamentação da Câmara de Compensação Ambiental e cria o Comitê de Compensação Ambiental Estadual,  que tem caráter deliberativo e consultivo. Este deve ser integrado por representantes de órgãos do Governo e da sociedade civil, com funções, entre outras, de estabelecer prioridades, avaliar e auditar o trabalho da Câmara, visando dar mais segurança, combate à corrupção e transparência.

Informações da Tribuna do Norte

Economia

Recomendação da PGE ameaça futuro da energia éolica no RN

Uma recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE/RN) que estabelece critérios mais restritivos para a implementação de usinas e parques de energia eólica ameaça a liderança nacional do Rio Grande do Norte no segmento, segundo entidades representativas do setor. O despacho, assinado pelos procuradores do Estado Marjorie Madruga Alves Pinheiro e José Marcelo Ferreira Costa, propõe que novos empreendimentos apresentem Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para projetos acima de 10 megawatts (MW).

Especialistas da área e empresários do setor são unânimes em afirmar que a exigência aumentará a burocracia para aprovação de projetos e consequentemente provocará uma migração dos investimentos para estados vizinhos, que possuem legislações mais claras. No Ceará, por exemplo, só há exigência de estudos de impactos ambientais para projetos de energia acima de 150 MW. De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), os benefícios superam os impactos ambientais de forma significativa, uma vez que a energia eólica é limpa e renovável.

Com 6,460 gigawatts (GW) de potência instalada, o RN é o maior gerador de energia eólica do País e responde por 30,53% de toda a produção nacional. É justamente esse protagonismo que está ameaçado, segundo o diretor da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz. “Nós temos um potencial hoje em projetos em andamentos de 5,01 GW contratados, então nós podemos subir para mais de 11 GW e é isso que está ameaçado. É muito preocupante. Precisamos rever isso, do ponto de vista ambiental e também da segurança jurídica”, comenta o dirigente.

Serquiz acrescenta que o Rio Grande do Norte precisa criar um ambiente legislativo mais seguro para atrair investimentos e usufruir do próprio potencial. “Temos tudo para continuar na liderança, não só por ser líder, mas para o bem do Brasil. Somos autossuficientes e temos condições de expandir isso. O Rio Grande do Norte é impressionante na questão das condições naturais. Nós só temos empreendedores buscando hoje o RN porque é o lugar onde tem os melhores ventos e a melhor radiação solar”, diz Serquiz, que representa a Fiern no Conselho Estadual do Meio Ambiente (Conema).

Tribuna do Norte

Economia

Com parques no RN, Governo Federal define regras para instalação de éolicas direto do mar

A publicação de um decreto que regulamenta a instalação de parques eólicos no litoral brasileiro deve acelerar o andamento de projetos de geração que já somam mais de 40 mil megawatts de energia e que estão em análise ambiental pelo Ibama. Esse volume de energia equivale à potencial total de praticamente quatro hidrelétricas de Belo Monte, que é a maior usina nacional.

Por meio do Decreto 10.946, publicado nesta quarta-feira, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, pelo Ministério de Minas e Energia, foram estabelecidas regras para exploração energética dos ventos marítimos, prática já explorada em diversos países da Europa, mas que ainda aguardava definições de regras no Brasil.

O texto prevê o aproveitamento em águas interiores de domínio da União, no mar territorial, na zona econômica exclusiva e na plataforma continental, para geração de energia elétrica dos chamados “empreendimentos offshore”, ou seja, no mar.

Os projetos atualmente em análise no Ibama somam nada menos que 3.486 cataventos que seriam instalados no mar brasileiros. Os parques eólicos seriam erguidos nos Estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Cada empreendimento tem uma distância diferente em relação à costa, variando de um quilômetro a 20 quilômetros.

Estadão Conteúdo