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Pedidos de seguro-desemprego crescem no 1° bimestre de 2024 e atingem maior nível em 9 anos

São Paulo - Movimento no comércio da rua 25 de Março no mês do Natal.

 

Os pedidos de seguro-desemprego registraram um aumento nos dois primeiros meses deste ano, atingindo o maior patamar para o primeiro bimestre desde 2015.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, entre janeiro e fevereiro, foram notificados 1,2 milhão de requerimentos em todo o país. Isso representa uma disparada de 8% em relação ao mesmo período de 2023, quando houve 1,1 milhão de solicitações.

O valor total pago também teve um crescimento, passando de R$ 6,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2023 para R$ 7,3 bilhões no mesmo período deste ano, representando uma alta de 19,6%.

No acumulado de requerimentos. é o maior desde 2015, quando o benefício foi solicitado por 1,39 milhão de pessoas que haviam perdido seus empregos, de acordo com o Painel de Informações do Seguro-Desemprego do Ministério do Trabalho e Emprego.

Conforme o Ministério do Trabalho, o “aumento se deve à rotatividade do mercado de trabalho”.

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Brasil cria quase 1,5 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, no 2º ano seguido de recuo

 

A economia brasileira gerou 1,48 milhão de empregos com carteira assinada em 2023, informou nesta terça-feira (30) o Ministério do Trabalho.

Ao todo, segundo o governo federal, no ano passado foram registradas:

  • 23,257 milhões de contratações;
  • 21,774 milhões de demissões.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os números representam uma queda de 26,3% em relação ao ano de 2022, quando foram gerados 2,01 milhões de postos de trabalho.

A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia.

Os números oficiais mostram que, somente em dezembro do ano passado, as demissões superaram as contratações em 430.159 vagas formais. Normalmente há demissões no último mês de cada ano.

Ao final de 2023, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 43,92 milhões de empregos com carteira assinada. O resultado representa alta na comparação com dezembro do ano anterior (42,44 milhões).

Empregos por setor

Os números do Caged de 2023 mostram que foram criados empregos formais nos cinco setores da economia.

Salário médio de admissão

O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.026,33 em dezembro do ano passado, o que representa redução em relação a novembro (R$ 2.032,85).

Na comparação com dezembro de 2022, também houve aumento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 1.986,15.

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Grande empresa brasileira abre seleção para vaga de Home Office; Veja como concorrer

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A Unimed Grande Florianópolis está com processo seletivo aberto para a vaga de Analista de Governança Corporativa em regime de home office. Com salário de R$ 4.101,69, a oportunidade faz parte da maior cooperativa de saúde de Santa Catarina, que atua há mais de 50 anos no cuidado da saúde e bem-estar das pessoas.

Descrição da Vaga:

A Unimed Grande Florianópolis busca fortalecer e disseminar os processos e princípios de governança corporativa, alinhados às práticas de ESG (Environmental, Social and Governance). O(a) profissional selecionado(a) atuará na organização e consolidação do relatório de gestão e sustentabilidade, participando de diagnósticos, certificações, auditorias e outros programas relacionados à governança corporativa e ao ESG.

Informações Adicionais:

Modelo de Trabalho: Teletrabalho. Residência na Grande Florianópolis é necessária para encontros presenciais periódicos.
Remuneração: R$ 4.101,69

Benefícios:

  • Vale Refeição/Alimentação (R$ 800,00)
  • Auxílio Creche
  • Auxílio Educação
  • Vale Transporte
  • Plataforma de Academias
  • Psicologia Viva
  • Plano de Saúde
  • Plano Odontológico
  • Folga no Mês de Aniversário
  • Plano de Carreira, Cargos e Salários
  • Horário de Trabalho:
  • De segunda à sexta-feira, das 08h às 18h.

Requisitos e Qualificações:

  • Ensino Superior completo, preferencialmente em Administração, Comunicação, Jornalismo, ou áreas afins.
  • Experiência com a elaboração de relatório de gestão e sustentabilidade no padrão GRI (Global Reporting Initiative).
  • Conhecimentos em informática (editor de texto, planilha eletrônica, apresentações, Internet, e-mail).
  • Noções da legislação de regulamentação das operadoras de plano de saúde.
  • Boas práticas de governança corporativa e metodologias de reporte de gestão e sustentabilidade.
  • Noções sobre gestão sustentável e ESG (Environmental, Social and Governance).
  • Desejável pós-graduação em governança corporativa e/ou desenvolvimento sustentável e/ou ESG.
  • A Unimed Grande Florianópolis promove uma cultura inclusiva, considerando todas as candidaturas sem distinção de etnias, raça, cor, religião, gênero, identidade de gênero, nacionalidade, deficiência, orientação sexual, idade, cultura, etc.

Se você se identifica com essa oportunidade e busca fazer parte de uma equipe dedicada e inovadora, a Unimed Grande Florianópolis espera por você. Cadastre-se.

Missão:
Promover e cuidar da saúde das pessoas.

Visão:
Aprimorar a experiência das pessoas, através das melhores práticas de saúde, governança e gestão por meio de um ecossistema inovador.

Valores:
Cuidado, efetividade, conhecimento, transparência, proatividade.

Com informações do site Hora do Emprego DF.

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17 setores que mais empregam no país criticam decisão de Haddad

 

O Movimento Desonera Brasil, formado pelos 17 setores que mais empregam no país, emitiu uma nota sobre a decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de derrubar a desoneração da folha desses setores por meio de uma medida provisória.

Para o movimento, o governo Lula cria insegurança jurídica para as empresas e para os trabalhadores, pois a lei que garante a desoneração até 2027 foi publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial, passando a valer a partir do dia 1º de janeiro de 2024.

Porém, assim que a MP de Haddad for publicada, o que deve acontecer até 31 de dezembro, ela passa a ter força de lei, revogando então o que foi aprovado no Congresso Nacional.

A entidade demonstra preocupação com o que será decidido pela MP e quais os impactos o texto trará para as empresas. Eles também criticam o fato de que não há qualquer informação sobre as alterações que serão feitas e da falta de discussão sobre o assunto.

– São propostas que não devem ser impostas à sociedade sem discussão prévia ampla e abrangente, por meio de uma medida provisória – diz a nota.

Os 17 setores que serão impactados pela decisão do governo federal são: Confecção e vestuário, calçados, construção civil, call center, comunicação, construção de obras de infraestrutura, couro, fabricação de veículos e carroçarias, máquinas e equipamentos, proteína animal, têxtil, tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, projeto de circuitos integrados, transporte metroferroviário de passageiros, transporte rodoviário coletivo e transporte rodoviário de cargas.

Deu no Pleno News

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Pedido do MP ameaça empregos e pode trazer prejuízos ao RN, diz APER

 

A Associação Potiguar de Energias Renováveis (APER) criticou a recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), que pede o cancelamento de Licença de Instalação (LI) do Parque Eólico na Serra do Feiticeiro, em Lajes, na região Central potiguar. Para a entidade, a medida pode acarretar em prejuízos para o Estado, municípios e população. Por meio de nota assinada pelo vice-presidente José Maria Vilar, a associação destacou que o processo alvo do MP foi analisado por um órgão técnico e juridicamente habilitado para tal atividade.

Vilar considera que a medida, após meses de análise e vultosos investimentos já realizados para a instalação do parque eólico, pode provocar um efeito cascata no setor. “Pode gerar forte insegurança jurídica para os atuais e potenciais investidores, com prejuízos também para o Estado, municípios e população, que seria beneficiada pelos investimentos. Vale destacar ainda que os investimentos serão realizados em áreas da região semiárida, que contam com poucas oportunidades de emprego e renda”, frisou ele.

A recomendação em questão foi divulgada na última quinta-feira (23) e foi direcionada ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). De acordo com o documento, a emissão da LI pelo Idema ocorreu mesmo após negativa do Núcleo de licenciamento de Parques Eólicos (NUPE/Idema) e da importância da Serra do Feiticeiro na conservação da Caatinga. O Parque de Lajes, segundo o órgão ministerial, está parcialmente inserido na região.

Em nota, o Idema/RN informou que vai analisar os critérios técnicos indicados pelo MPRN “para posterior posicionamento, pois a mesma se trata de um projeto amplamente discutido tecnicamente pelo órgão ambiental”.

De acordo com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), oito anos foram levados para a emissão da licença, de 2014 a 2022. Para o presidente da entidade, Roberto Serquiz, todas as etapas para a liberação da instalação do parque foram analisadas, debatidas e ajustadas anteriormente. A recomendação de cancelamento pegou de surpresa o setor.

Como a energia eólica está altamente presente na região Nordeste, o setor avalia que medidas como a do MPRN podem iniciar a migração de investimentos do Rio Grande do Norte para estados vizinhos. A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, criticou a interferência. “Se a todo momento os licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, disse ela em entrevista, na semana passada.

A representante do setor reforça que o licenciamento dos parques eólicos está baseado em uma resolução federal do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), publicada em 2014, seguida rigorosamente pelos órgãos ambientais para realizar a licença de empreendimentos. Além da insegurança jurídica, ela afirma que ações como essa prejudica, o processo para descarbonização da matriz energética.

Deu na Tribuna do Norte

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Setor eólico deve gerar 1,1 milhão de empregos até 2038, aponta estudo

 

A ascensão das energias renováveis têm impulsionado um novo capítulo no mercado de trabalho brasileiro, com projeções promissoras para a região Nordeste, especialmente o Rio Grande do Norte, que lidera o ranking dos maiores produtores de energia de fonte eólica do País. Com base em estudos apresentados no recente Fórum de Energias Renováveis em Natal, a expectativa é que a implantação de parques eólicos em terra gere 1,1 milhão de empregos diretos e indiretos até 2038, com 85% das vagas em operação e manutenção concentradas na região.

Os números foram apresentados no evento promovido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN), com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Federação das Indústrias do Estado (Fiern). Os participantes destacaram a crescente demanda por mão de obra especializada e delinearam a expansão das oportunidades para profissionais técnicos. O especialista e consultor Jorge Boeira, um dos responsáveis pela elaboração do estudo “Criação de empregos no setor eólico brasileiro”, explica que elementos como a estimativa de inserção de potência e abundância de recursos naturais sustentam a projeção positiva.

“Já é bastante conhecido o grande potencial de ventos da região Nordeste. Aqui se tem um regime de ventos, que permitem que o fator de necessidade seja muito maior, por isso que as decisões de investimento de instalação de parques eólicos, 90% devem acontecer no Nordeste. Além da instalação de parque, que neste sentido envolve uma maior participação de empregos na parte de construção e instalação, sem contar a parte da criação de empregos no transporte, temos os empregos na parte de manutenção e operação, que são empregos em uma escala menor, mas que as pessoas ficam empregadas por 20, 25 anos”, diz.

Boeira acrescenta que empregos também podem ser gerados em eventuais repotenciações, isto é, troca de equipamentos no futuro, e fabricação de componentes. “Como as partes e peças de um aerogerador são muito grandes, então para facilitar do ponto de vista da logística, a maior parte das fabricantes de componentes, como torres, pás eólicas, e mesmo a montagem do aerogerador, estão se localizando no Nordeste para facilitar. A gente estima que o Nordeste deva concentrar em torno de 60% dos fabricantes de equipamentos voltados para a geração de energia eólica”, comenta.

O estudo, intitulado “Criação de empregos no setor eólico brasileiro” foi feito a pedido da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável – por meio do Projeto Profissionais do Futuro, que reúne os Ministérios da Educação (MEC) e de Minas e Energia (MME) – com a agência pública alemã Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). O documento traz estimativas de curto, médio e longo prazos para criação de empregos na cadeia produtiva onshore, ou seja, em atividades voltadas a parques eólicos em terra.

A concentração de empregos na operação e manutenção de parques eólicos no Nordeste reforça a importância estratégica dessa região para a economia verde. Espera-se que esse crescimento não apenas forneça oportunidades de emprego, mas também contribua significativamente para a redução da pegada de carbono e a transição para uma matriz energética mais sustentável no Brasil. Neste processo, até alcançar a marca de 1 milhão de empregos gerados em 15 anos, o principal desafio é o volume de profissionais formados e a qualificação da mão de obra, afirma Boeira.

“A gente fez uma pesquisa, que também envolveu um questionário estruturado. Entrevistamos os empresários e os centros de formação. Existe toda uma preocupação de formação, mas o grande desafio é formar na quantidade necessária para essa expansão. Do ponto de vista do estabelecimento de novas escolas, eu acho que o Brasil fez um excelente trabalho quando criou os institutos federais técnicos lá atrás, os SESIs também, com uma formação mais tradicional de técnicos eletromecânicos”, pontua.

Fonte: Tribuna do Norte

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Insegurança jurídica ameaça empregos no setor eólico no RN

 

A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) avalia que a recomendação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) para cancelar a licença de instalação do Parque Eólico na Serra do Feiticeiro, em Lajes, na região Central do Estado, pode frear investimentos voltados à cadeia produtiva local de energia eólica.

A licença, segundo a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), passou oito anos em análise. Na avaliação da presidente da Abeeólica, Elbia Gannoum, a ‘interferência’ pode representar um cenário de insegurança jurídica para as empresas, além de influenciar na migração de recursos para outras regiões do Nordeste.

Conforme aponta a presidente da Abeeólica, há uma necessidade global de descarbonização da matriz energética e medidas como a do MPRN podem prejudicar esse processo. “Esse tipo de interferência traz uma insegurança muito grande para quem está fazendo investimentos, porque um parque eólico exige uma grande quantidade de capital porque tem muito investimento. Se a todo momento os licenciamentos ficarem sujeitos a dúvidas e questionamentos por órgãos do Ministério Público, que tem o seu papel fundamental, isso vai prejudicar os nossos investimentos em energia eólica”, argumenta.

Aliado a isso, uma vez que a energia eólica está altamente presente na região Nordeste, muitas empresas podem iniciar a migração de investimentos do Rio Grande do Norte para outros estados. Ela lembra, ainda, que o licenciamento dos parques eólicos está baseado em uma resolução federal do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), publicada em 2014, seguida rigorosamente pelos órgãos ambientais para realizar a licença de empreendimentos.

Isso significa que não há impedimentos do ponto de vista legal e regulatório para a instalação do Parque Eólico de Lajes, uma vez que a licença foi pautada pela legislação. “O Brasil é um país muito sério em relação à legislação ambiental. É um país que respeita o meio ambiente e tem todo seu arranjo ambiental muito bem estruturado em leis e regras. É claro que elas precisam ser atualizadas, e elas são. É um país que tem confiança do investidor, mas na medida que essas inseguranças jurídicas vão aparecendo ele vai perdendo a credibilidade”, adverte.

A recomendação do Ministério Público do Estado foi divulgada na última quinta-feira (23) e foi direcionada ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). De acordo com o documento, a emissão da LI pelo Idema ocorreu mesmo após negativa do Núcleo de licenciamento de Parques Eólicos (NUPE/Idema) e da importância da Serra do Feiticeiro na conservação da Caatinga. O Parque de Lajes, segundo o MPRN, está parcialmente inserido na região.

Deu na Tribuna do Norte

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Setores rebatem Haddad e dizem que benefício gerou novos empregos

 

Empresários e representantes de centrais de trabalhadores rebateram nesta sexta-feira, 24, as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que a desoneração da folha de pagamentos não teria representado a contratação de novos funcionários. Haddad disse ainda que a pressão para a prorrogação do benefício fiscal, com o argumento de manutenção dos atuais empregos, seria “chantagem”.

“Isso não é chantagem. É desespero”, afirmou a empresária Vivien Suruagy, presidente da Feninfra, entidade que representa as empresas do setor de infraestrutura de telecomunicações. “Ou as empresas quebram ou há um desemprego.”

Estudo feito por iniciativa dos setores desonerados, usando dados do Caged (que mede o número de empregos formais no País), mostra que, entre janeiro de 2018 e dezembro de 2022, os 17 setores desonerados contrataram mais de 1,2 milhão de trabalhadores, um crescimento de 15,5% no período. De outro lado, os 13 setores que perderam o mesmo benefício fiscal em 2018 contrataram pouco mais de 400 mil novos trabalhadores, o que equivale a apenas 6,8% de crescimento.

Adotada desde 2011, a desoneração da folha é um benefício que substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% incidente sobre a folha de salários por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. Na prática, a medida reduz a carga tributária da contribuição previdenciária devida por empresas de 17 setores que mais empregam no País. O benefício perde a validade no fim deste ano se Congresso não derrubar o veto presidencial.

O presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Haroldo Ferreira, diz que a entidade realizou um levantamento do impacto de uma possível reoneração da folha de pagamentos. “O impacto imediato é de uma perda de 20 mil empregos já no primeiro ano. Taxar a geração de empregos vai de encontro à desejada política de reindustrialização do País.” A avaliação no setor calçadista é de que o impacto seria uma carga tributária extra de R$ 720 milhões por ano.

Máquinas

Já no setor de máquinas e equipamentos, a previsão é de que manutenção do veto possa levar a 40 mil demissões, o equivalente a 10% de toda a mão de obra empregada atualmente. “Entendo a preocupação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em buscar o equilíbrio fiscal e em melhorar as contas públicas, mas a desoneração, embora pareça ser uma renúncia fiscal, gera empregos e renda”, diz o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso.

Rebatendo outro argumento usado por Haddad, o presidente executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, afirmou que a desoneração é constitucional, pois se trataria de extensão da sua vigência até 2027, e não da criação de um benefício fiscal. “Além disso, o veto ameaça milhares de empregos que foram mantidos ou gerados nesses setores, com alto uso de mão de obra, nos últimos anos. Diante dessas circunstâncias, confiamos na sensibilidade do Congresso para derrubar o veto”, disse ele.

Representantes dos trabalhadores também demonstraram temor com o risco de demissões. Em nota conjunta assinada pela Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), os presidentes das três centrais afirmam que o veto pode colocar milhões de empregos em risco, estimular a precarização no mercado de trabalho e levar ao fim do ciclo, conduzido pelo Ministério do Trabalho, de redução do desemprego. “O resultado será perda de arrecadação, insegurança e empregos de menor qualidade.”

Miguel Torres (Força), Ricardo Patah (UGT) e Antonio Neto (CSB) dizem lamentar a decisão do governo federal e o fato de não terem sido procurados para debater o tema. Para eles, desonerar a folha de pagamento é uma questão de sensibilidade social. “A equipe econômica comete um equívoco ao jogar o ajuste fiscal no setor produtivo e no emprego formal, pois a conta será absorvida pelos trabalhadores seja com o desemprego ou com a informalidade”, assinalam.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Pequenos negócios respondem por 71% dos empregos criados até setembro

 

Micro e pequenas empresas responderam por 1,1 milhão (ou 71%) do total de 1,5 milhão de novos empregos formais gerados entre janeiro e setembro de 2023 no Brasil. Os meses de agosto e setembro foram os que apresentaram saldo mais positivo, registrando respectivamente 219.330 e 211.764 novas contratações com carteira assinada.

Os números constam do relatório divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados ajustados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

Segundo o Sebrae, das mais de 211 mil vagas geradas no mês de setembro, 147.173 foram em micro e pequenas empresas (69,5% do total). Das cerca de 219 mil vagas celetistas geradas em agosto, 160.899 foram pequenos negócios – o que corresponde a 73,17% do total de postos criados no mês.

Empresas de médio e grande portes geraram, no acumulado do ano, 307,9 mil novas vagas – número que corresponde a 19,2% dos cerca de 1,5 milhão novos empregos gerados entre janeiro e setembro de 2023.

Destaques

Segundo o Sebrae, o setor de serviços foi o que mais contribuiu, em setembro, para a criação de postos de trabalho. “Considerando o universo das micro e pequenas empresas, foram 68,4 mil vagas preenchidas. Em segundo lugar aparece o comércio com 37,3 mil vagas, seguido pela construção com 19,8 mil empregos gerados.”

“No acumulado de 2023, o cenário continua o mesmo com as micro e pequenas empresas liderando em termos de criação de vagas, com destaque nos setores de serviços (590,6 mil), construção (218 mil) e comércio (162 mil)”, detalha o levantamento.

Entre as empresas de médio e grande porte, o destaque em setembro ficou com os setores de serviços (26,5 mil), indústria da transformação (24,4 mil) e comércio (6 mil). No acumulado do ano, o destaque ficou com serviços (177,6 mil), indústria da transformação (90 mil) e construção (26 mil).

Atividades

De acordo com a Classificação Nacional por Atividades Econômicas (CNAE), as atividades que mais geraram empregos formais em setembro – entre micro e pequenas empresas – foram as de restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (11 mil empregos gerados); e de construção de edifícios (6,6 mil empregos).

Entre as empresas de médio e grande porte, as atividades que mais se destacaram foram as de fabricação de açúcar em bruto (16,7 mil empregos gerados), locação de mão de obra temporária (5,3 mil) e limpeza em prédios e em domicílios (2,9 mil).

Fonte: Agência Brasil

Economia, Política

Manter a alta do ICMS é ameaça aos empregos no RN, diz setor produtivo

Foto: Adriano Abreu

 

Entidades representativas da indústria e do comércio reagiram negativamente ao anúncio da intenção do Governo do Estado de manter a alíquota do ICMS em 20% para 2024. Na quarta (4), o secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, disse que o Estado pretende enviar um projeto de lei complementar à Assembleia Legislativa formalizando o pedido. A Fecomércio-RN viu o anúncio com “surpresa e perplexidade” e afirmou que a medida ameaça empregos. A Federação da Agricultura e Pecuária (Faern) vai pressionar deputados para barrar prorrogação do aumento. Já a Fiern aponta que manter a alíquota vai prejudicar o crescimento de alguns setores.
A Fecomércio-RN fez duras críticas ao projeto e ressaltou que o Rio Grande do Norte irá perder competitividade perante outros estados. “Dados da própria Sefaz mostram que, em 12 meses, não houve perda efetiva de arrecadação de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “blue chips” (telecomunicações, combustíveis e energia elétrica), houve aumento de R$ 617 milhões na arrecadação total, ou seja, o crescimento nos demais segmentos da arrecadação deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação”, destaca.
A entidade lembrou que o Senado aprovou na quarta-feira (4), o projeto que viabiliza a compensação de R$ 27 bilhões da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis. Além disso, após negociações, o governo concordou em antecipar cerca de R$ 10 bilhões previstos no acordo para 2024. “O RN deve ficar com cerca de R$ 350 milhões deste valor, dos quais cerca de R$ 90 milhões devem ir para os municípios e os R$ 260 milhões restante ficar com o estado”, reforça a Fecomércio.
A Federação do Comércio também cobra esclarecimentos do Congresso sobre as regras de transição propostas pela reforma tributária, relativas ao IBS e CBS, e compensações previstas para serem custeadas com o Fundo de Equalização. “Caso os recursos estimados para esse Fundo sejam suficientes para manter os níveis de arrecadação com o ICMS atual quando da implantação do IBS, não há motivos para a correria dos estados na busca por aumentar as suas alíquotas modais”, destacou.
O presidente da Faern, José Vieira, disse que o setor produtivo é “terminantemente” contra a manutenção da alíquota de 20%. Vieira diz que pretende tocar uma articulação junto à Assembleia Legislativa pela rejeição do projeto de lei e tentar sensibilizar a governadora Fátima. Na avaliação dele, o Governo deve se concentrar em reduzir gastos públicos para equilibrar as contas do Estado.
José Vieira, presidente da Faern: setor produtivo é terminantemente contra o projeto Foto: Alex Régis
“Nós precisamos  recuperar as estradas e as estruturas do Rio Grande do Norte, fazendo o dever de casa, reduzindo custos e não aumentando imposto, colocando nas costas da sociedade potiguar a continuidade desse imposto, que ao nosso ver dificulta muito o incentivo e o ambiente de negócios. Eu espero que a governadora também seja sensível e entenda que não é mais possível continuar com a taxa de ICMS tão alta de 20%, porque isso pesa muito no bolso do contribuinte potiguar”, diz José Vieira.
Fiern: crescimento da indústria será afetado
Para o presidente eleito da Federação das Indústrias do RN, Roberto Serquiz, o setor produtivo é contrário à manutenção da alíquota. A Federação realizou um estudo técnico e identificou que a indústria potiguar está em fase de “recuperação”, após várias turbulências, como a pandemia e a Guerra da Ucrânia, que impactou no preço dos insumos. “Manter essa carga, esse sacrifício, vai interferir no crescimento de alguns setores. Daí, não se olha com bons olhos a ideia do governo de manutenção da alíquota”, aponta Serquiz.
Na mesma linha de raciocínio, a Associação dos Empresários do Alecrim (AEBA) defende que a manutenção da alíquota em 20% vai provocar aumento dos preços de produtos e serviços, além de reduzir os níveis de consumo. O presidente da AEBA, Matheus Feitosam acrescenta que a medida põe em xeque a credibilidade do Governo. “Muitos expressaram dúvidas sobre a credibilidade das promessas do Governo, mas o setor produtivo optou por dar um voto de confiança”, diz.
Desde 1º de abril deste ano, a alíquota do ICMS passou de 18% para 20%, após aprovação de lei pela Assembleia a e sanção da governadora Fátima Bezerra. Na prática, isso significa que todos os produtos e serviços vendidos no Estado tiveram uma elevação de dois pontos percentuais no preço. O texto prevê que o aumento tem vigência até 31 de dezembro deste ano, mas, agora, o governo pretende prorrogar a cobrança dos 20% para 2024 também.
Deu na Tribuna do Norte