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Coleta de dados confirma que ‘não há dúvidas’ sobre a vitória de Bukele em El Salvador, afirma OEA

Coleta de dados confirma que ‘não há dúvidas’ sobre a vitória de Bukele em El Salvador, afirma OEA 1

 

A missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que expressou preocupação com a lentidão na apuração dos votos tanto nas eleições presidenciais quanto nas legislativas, afirma que os dados coletados por sua equipe “confirmam a grande diferença entre o candidato vencedor e os demais candidatos” em El Salvador.

Essa sinalização pesa em favor do atual presidente e candidato à reeleição, Nayib Bukele, de 42 anos. No dia do pleito, com base em pesquisas de Boca de Urna, incluindo levantamentos internos e partidários, Bukele reivindicou sua vitória, com cerca de 85% dos votos. O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) de El Salvador, no entanto, não confirmou a procedência.

A comitiva da OEA assegura que a coleta de dados “não deixa dúvidas sobre os resultados das eleições presidenciais”.

A missão relatou um ‘início lento’ do processo de contagem nas mesas de votação, conforme um relatório preliminar da organização. No documento, destaca-se que houve uma etapa de processamento e transmissão de dados extremamente lenta devido ao recebimento tardio de recursos tecnológicos e equipamentos de transmissão, confirmando informações fornecidas pelo Conexão Política nesta terça-feira (6).

Além disso, o relatório menciona que o TSE de El Salvador apenas aprovou a elaboração manual de atas para o escrutínio preliminar após o fechamento das urnas, e em face de falhas distintas do sistema de informática.

Deu no Conexão Política

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Presidente de El Salvador diz que países como o Brasil são ‘parceiros de criminosos’

Em discurso, Bukele diz que países como o Brasil são ‘parceiros de criminosos’ 1

 

Durante uma coletiva de imprensa, na virada de domingo (4) para segunda-feira (5), o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, foi questionado sobre a criminalidade no país.

Como tem mostrado o Conexão Política, quando o direitista assumiu o país, El Salvador era apontado como um dos locais mais perigosos do mundo.

Desde que assumiu o poder, em 2019, o governo de Bukele realizou milhares de prisões contra criminosos, inaugurou diversas unidades prisionais e empregou as Forças Armadas nas ruas para combater a criminalidade.

De modo energético, Nayib conseguiu neutralizar gangues violentas que assolavam o território caribenho. Sua gestão focou na restauração da segurança pública, antes dominada por décadas de guerra entre gangues, que resultou em colapso econômico, milhares de mortes de civis inocentes e uma forte migração da população para outros países.

Até às 05h30 desta segunda-feira (5), no horário de Brasília, Bukele registrava cerca de 83% dos votos válidos. A apuração segue ocorrendo no país, que ainda não oficializou o nome do próximo presidente eleito. Com base nos números, Bukele deve ser reeleito para mais um mandato.

Ao falar sobre a criminalidade, o mandatário foi enfático e afirmou que países como o Brasil são ‘parceiros de criminosos’.

De acordo com ele, as autoridades caribenhas estão conseguindo sanar uma temática tão complexa por existir vontade política e apoio popular.

“El Salvador está resolvendo seus problemas com vontade política e apoio do povo. Por isso que esse exemplo se aplica no Brasil e em qualquer país do mundo”, disse Nayib, em coletiva aberta, com repórteres e mídias de todo o mundo presentes no local.

Deu no Conexão Política

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À frente nas pesquisas, Bukele tenta reeleição neste domingo em El Salvador; veja o que está em jogo

Nayib Bukele

 

A população de El Salvador, localizado na América Central, irá às urnas neste domingo, 4, para escolher o presidente e 60 deputados da Assembleia do país. A estimativa é que cerca de 5,4 milhões de pessoas votem. Pesquisas mostram que o atual presidente, Nayib Bukele, que concorre à reeleição, está à frente com mais de 80% das intenções de voto.

A nação completou no último sábado o quinto aniversário das eleições presidenciais de 2019, que ocasionaram um terremoto político no país centro-americano e resultaram na ascensão do poder de Nayib Bukele. O chefe do Executivo ganhou popularidade pelo progresso na segurança do país. Por meio de uma política de encarceramento em massa, ele conseguiu acentuar a diminuição de homícidios e retirar das gangues o controle de bairros.

Até 2015, El Salvador era considerado um dos países mais violentos do mundo, com 103 homicídios por 100 mil habitantes, um número que caiu para 2,4 em 2023. O estado de emergência aprovado pelo partido governista no Congresso, a pedido de Bukele, resultou em mais de 76 mil prisões de pessoas suspeitas de integrarem gangues.

Bukele foi eleito em 3 de fevereiro de 2019, com 53% dos votos válidos, um resultado que encerrou um período de 30 anos de domínio dos partidos Aliança Republicana Nacionalista (Arena, direita) e Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN, esquerda). Ele se aliou ao partido de extrema direita Grande Aliança pela Unidade Nacional (GANA) para concorrer, apesar de seu passado político na FMLN. Nas eleições deste ano, ele concorre pelo partido Novas Ideias, que tem como líder um primo dele.

Deu na Jovem Pan

Mundo, Segurança pública

O exemplo de El Salvador no combate ao crime organizado

 

A violência provocada pelo crime organizado tem incendiado diferentes países da América Latina nos últimos anos, com destaque recente para o Equador, que enfrenta uma grave crise na Segurança Pública, iniciada após a fuga de um líder de facção de um presídio, no final de semana.

Não muito tempo atrás, o país era considerado um dos mais seguros das Américas, com uma taxa de homicídios de apenas 5 por 100.000 habitantes, segundo dados oficiais de 2017. Esse índice disparou em 2022, chegando a 25,5 assassinatos por 100 mil habitantes, e no ano passado, a 44,9 por 100 mil habitantes.

O mesmo cenário era visto há poucos anos em El Salvador, uma pequena nação localizada na América Central dominada pelo tráfico de drogas e ações de criminosos, que em 2015 era classificado como o país mais perigoso do mundo, com uma taxa de homicídio que chegava a 106,3 homicídios para cada 100 mil habitantes. Essa realidade mudou drasticamente após a chegada do presidente Nayib Bukele, em 2019, que decretou estado de emergência nacional e iniciou uma luta ferrenha contra as gangues.

As medidas emplacadas por Bukele envolvem, principalmente, mudanças na legislação federal e maior liberdade de atuação da forças militares. A primeira grande ação de seu governo contra o crime organizado surgiu em 2022, após um massacre liderado por uma organização criminosa, que resultou na morte de 87 pessoas. Com isso, o líder salvadorenho decretou um estado de exceção, suspendendo direitos constitucionais dos cidadãos, medida esta que segue em vigor e tem previsão de durar, no mínimo, até março deste ano.

O índice de homicídio desabou para 7,8 homicídios por 100 mil habitantes, no mesmo ano. Já em 2023, essa taxa chegou a apenas 1,7 homicídio por 100 mil, segundo estatísticas oficiais.

A principal medida elaborada pelo chefe de Estado foi a construção do maior presídio do continente americano, com capacidade para receber até 40 mil detentos: o Centro de Confinamento do Terrorismo (Cecot). De acordo com informações do Ministério da Infraestrutura de El Salvador, a prisão é destinada a líderes de facções criminosas como a Barrio 18 e Mara Salvatrucha (MS-13), as maiores que atuam no país.

No ano passado, quando o centro prisional completou seis meses, o ministro Gustavo Villatoro afirmou que o objetivo da megaprisão não era apenas receber membros dessas organizações ilegais, mas mantê-los confinados para que não retornassem ao convívio externo e colocassem a segurança da população em risco.

Desde então, o pequeno país restringiu diversos direitos constitucionais, entre eles os de defesa e liberdade de associação e circulação, iniciando uma série de operações policiais que prenderam milhares de criminosos em todo o território nacional. Estima-se que a polícia de El Salvador já encarcerou cerca de 70 mil pessoas durante o estado de exceção. Os últimos números divulgados pelo governo dão conta de 68.294 presos.

Com a mudança de perspectiva, a nação salvadorenha atraiu grandes investidores estrangeiros, como a JPMorgan, que criaram interesse por títulos do país; também deu uma guinada no turismo, que em 2023 registrou mais de 30% de crescimento, em comparação ao ano anterior, com um total de 3,2 milhões de visitantes; e transformou sua capital, São Salvador, e outras regiões antes tomadas pelo crime, em locais seguros para a população.

Essa nova realidade observada no país centro-americano elevou a confiança da população no governo e serviu de inspiração para outros governos na América Latina, que sofrem as mesmas consequências do domínio do crime organizado, como é o caso do Equador, o mais recente país em crise de Segurança Pública.

Daniel Noboa, o novo presidente equatoriano, que venceu as eleições gerais do país em novembro do ano passado, é um desses líderes que se espelham em Bukele. Ele foi eleito sob a promessa de adotar medidas mais duras para enfrentar a violência e as facções criminosas que afundam o país.

Seu plano Fênix, defendido desde a campanha eleitoral, visa promover a construção de novas prisões de segurança máxima, parecidas com o Cecot. A proposta de edificação dos centros prisionais contam, inclusive, com o planejamento da mesma empresa que trabalhou no país centro-americano durante 2022.

Mais além, Noboa defende a militarização das fronteiras com países reconhecidamente controlados pelo crime organizado, como a Colômbia, que no primeiro semestre do ano passado registrou um recorde de 52 massacres envolvendo organizações ligadas ao narcotráfico, segundo apontou um relatório da ONU.

Um de seus projetos envolve a criação de um serviço de inteligência de forma conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia, com investimentos que ultrapassam os US$ 800 milhões (R$ 3,8 bilhões) para vigilância de fronteiras, região portuária, proteção de bairros e controle de estradas.

O novo governo do Equador também idealizou a criação de prisões flutuantes, destinadas a manter presos ligados a facções criminosas do país a cerca de 130 quilômetros da costa. Noboa afirmou em um de seus pronunciamentos que já adquiriu três embarcações para colocar em marcha essa nova política.

No início do mês, antes da onda de violência, Noboa chegou a anunciar um referendo que já está em posse do Tribunal Constitucional, em busca de apoio da população para desenvolver medidas como a ampliação de penas de prisão por delitos graves, como homicídio e o tráfico de armas, e a permissão para que o Exército erradique do país os grupos criminosos internacionais que aterrorizam as cidades e as instituições.

“Esta consulta [o referendo] tem três claros objetivos: a intervenção das Forças Armadas na luta contra o crime, o apoio do sistema de justiça para que os condenados do crime organizado tenham penas mais altas e a promoção do emprego através de novas contratações e de novas atividades econômicas”, disse o mandatário em entrevista para uma rádio local.

Agora, com a fuga de lideranças das facções dos presídios e os ataques que estão fazendo vítimas nas ruas de todo o país, o governo decretou um estado de exceção e “conflito interno armado” no país, que autoriza a ação conjunta das Forças Armadas e da polícia contra a criminalidade e no controle dos presídios.

Deu na Gazeta do Povo

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Direitista Nayib Bukele, fenômeno de El Salvador, oficializa ida à posse de Javier Milei

Direitista Nayib Bukele, fenômeno de El Salvador, oficializa ida à posse de Javier Milei

 

O presidente direitista do menor país da América Latina em área territorial, Nayib Bukele, chefe do Executivo de El Salvador, oficializou participação na posse do presidente eleito Javier Milei. Ele se junta a outros líderes mundiais, como Donald Trump, dos Estados Unidos, e Jair Bolsonaro, do Brasil.

O mandatário, inclusive, foi um dos primeiros convidados de honra de Milei para ocupar os assentos oficiais entre as lideranças de direita, como apurou o Conexão Política junto a fontes de Milei que atuam na assessoria do presidente eleito.

Bukele tornou-se um fenômeno da direita na América Latina, especialmente suas políticas “linha-dura” na segurança pública. Isso porque a administração do salvadorenho conseguiu reduzir os índices de homicídios de um país marcado pela violência (veja dados abaixo).

Dados oficiais mostram números efetivos no combate à criminalidade no país, com os efeitos chegando de fato até a população, que tem relatado um cenário de normalidade que há décadas não se via, quando se encontrava em meio aos conflitos entre gangues nas ruas e principais vielas do país.

Diante de um cenário de violência massiva, ao assumir o Executivo, Nayib Bukele implementou um decreto que foi amplamente aprovado pelo Congresso após a morte de 87 pessoas num único fim de semana em 2022.

A partir do massacre, o Congresso concordou com o chefe do Executivo e, a partir disso, suspendeu certos pontos dos salvadorenhos, como o direito de inviolabilidade da correspondência e a liberdade de associação e circulação. Também tornou possível o Estado interferir nas telecomunicações sem decisão judicial.

Com a medida incisiva, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes desabou para 7,8 em 2022, a mais baixa da história, segundo o governo – em 2015, no pior ano, era 100 para 100 mil. Por consequência, a população voltou a circular nas ruas com menos medo das gangues, conforme relatos externados à imprensa internacional, que cobriu parte das investidas do país na área da segurança pública.

Bukele, em paralelo, colocou em execução uma política de encarceramento em massa, levando El Salvador a ter a maior taxa de pessoas presas no mundo, além de contar com milhares de vagas prisionais no país, que hoje conta com 21 centros de detenção, com capacidade total de 100 mil pessoas. Estima-se que há cerca de 60 a 90 mil criminosos na prisão atualmente, que corresponde a aproximadamente 2,2% da população maior de 18 anos.

Deu no Conexão Política

Economia

El Salvador se torna primeiro país a adotar bitcoin como moeda legal

El Salvador se tornou nesta terça-feira (7) o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda legal, embora tenha sofrido problemas iniciais quando o governo teve que desconectar uma carteira digital para lidar com a demanda.

A mudança significa que as empresas devem aceitar o pagamento em bitcoin junto com o dólar americano, que tem sido a moeda oficial de El Salvador desde 2001 e permanecerá com curso legal.

Ainda não está claro se as empresas serão penalizadas se não aceitarem o bitcoin.

O presidente Nayib Bukele, que pressionou pela adoção da criptomoeda, pediu ajuda aos usuários que já haviam baixado o aplicativo apoiado pelo governo, para testar se ele estava então funcionando corretamente.

“Você poderia por favor tentar se registrar e postar nos comentários se há algum erro ou se todo o processo funciona bem?” o presidente escreveu no Twitter.

Bukele disse que o uso do bitcoin ajudará os salvadorenhos a economizar 400 milhões de dólares por ano em comissões para remessas, ao mesmo tempo que dará acesso a serviços financeiros para quem não tem conta bancária.

No entanto, os mais pobres podem ter dificuldade em acessar a tecnologia necessária para fazer o bitcoin funcionar em El Salvador, onde quase metade da população não tem internet e muitos mais têm acesso esporádico.

Outros dizem que a mudança pode alimentar a lavagem de dinheiro e a instabilidade financeira. Isso já turvou as perspectivas de mais de 1 bilhão de dólares em financiamento que El Salvador está buscando do Fundo Monetário Internacional (FMI).

No início da terça-feira, os salvadorenhos que tentavam baixar a carteira digital Chivo, que o governo promoveu, prometendo 30 dólares em bitcoin para cada usuário, descobriram que ela não estava disponível em lojas de aplicativos populares. Em seguida, Bukele tuitou que o governo o havia desconectado temporariamente para lidar com a demanda.

Pesquisas indicam que os salvadorenhos estão preocupados com a volatilidade da criptomoeda, que pode perder centenas de dólares em valor por dia.

Antes do lançamento, El Salvador comprou 400 bitcoins no valor de cerca de 20 milhões de dólares, disse Bukele, ajudando a elevar o preço da moeda para acima de 52.000 dólares pela primeira vez desde maio. Horas depois, no entanto, havia enfraquecido cerca de 4%, para 50.516 dólares.

 

Fonte: Agência Brasil