Cidade, Educação

Programa Aluno Presente combate abandono escolar na rede municipal de ensino de Parnamirim

 

Com o objetivo de combater a evasão escolar, garantindo às crianças da rede municipal uma permanência de qualidade, a Prefeitura de Parnamirim, através da Secretaria de Educação (SME), conta com o Programa Aluno Presente.

A iniciativa tem a parceria do Conselho Tutelar e do Ministério Público e tem apresentado resultados positivos. De acordo com informações da coordenadora do Programa, Fátima Reis, o programa tem apresentado resultados muito positivos, conforme mostrou os dados do IBGE, que de 2019 à 2020, a taxa de abandono escolar reduziu de 298 alunos para 26.

Além da equipe pedagógica, o programa conta com assistente social, psicólogo e acompanha as 44 escolas e os níveis 5 e 6 dos 29 Centros Infantis. São avaliados os dados e motivos da infrequência dos alunos; sugestão de alternativas que intensifiquem ações de resgate dos estudantes.

Palestras com temas relacionados à conscientização e responsabilidade mutuas entre família e escola, visita de orientação técnica à unidade de ensino e busca ativo aos alunos, também fazem parte das ações do “Aluno Presente”.

As ações iniciam em sala de aula, quando o professor observa a situação de infrequência do aluno, se a coordenação, direção e o conselho escolar não resolverem, o caso é encaminhado à equipe do Programa Aluno Presente. Caso o problema apresente maior complexidade e não seja resolvido, será encaminhado ao Conselho Tutelar e por último ao Ministério Público.

 

Educação

RN tem 2ª maior taxa de abandono escolar do Ensino Médio no Brasil

 

Os dados da segunda etapa do Censo Escolar da Educação Básica 2021 apontam que, no ano passado, o Rio Grande do Norte registrou a maior taxa de reprovação (10,7%) e abandono escolar (14,7%) do Ensino Médio em todo o Nordeste. Na outra ponta, a taxa de aprovação é a menor da região (74,6%). O Estado tem a segunda menor taxa de aprovação do País, com aproveitamento melhor apenas do que o Pará, que registrou índice de 73,3%. Em relação ao abandono de estudantes do Ensino Médio, o Rio Grande do Norte está em segundo lugar no ranking nacional. A taxa do Estado, de 14,7% só não é pior do que o índice do Pará, que registra 15,6% de abandono escolar.

Os dados foram divulgados na semana passada  e estão disponíveis portal do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e no sistema do Educacenso. A diferença entre os dados do RN e dos estados vizinhos é outro aspecto que chama a atenção. A taxa de reprovação no RN é 35 vezes maior que a do Ceará (10,3% x 0,3%). Até mesmo a comparação com o segundo colocado da lista coloca o RN em situação difícil. A taxa de Alagoas é de 4,5%, ou seja menos que a metade. O mesmo acontece com a taxa de abandono. O RN tem números 10 vezes maiores que Pernambuco. Especialistas avaliam que é necessário analisar os dados com cuidado, uma vez que os estados adotaram critérios diferentes para definir os processos de aprovação, reprovação e abandono escolar.

Em se tratando de reprovação, o Estado está em sexta colocação no Brasil. Com desempenho pior do que o RN, que tem índice de 10,7%, estão Amapá (15,4% ), Mato Grosso do Sul (13,8%), Mato Grosso (12,3%), Santa Catarina (12,1%) e Distrito Federal (11%). No comparativo entre 2020 e 2021, os números do ano passado no Rio Grande do Norte também apontam para um declínio no rendimento dos estudantes do Ensino Médio do Estado.

Em 2020, a taxa de aprovação era de 98,4% e os índices de reprovação e abandono eram 0,1% e 0,6%, respectivamente.    Getúlio Marques, secretário de educação do Estado, explica que a diferença de um ano para o outro se deve ao fato de não haver reprovações em 2020, conforme recomendação do Inep. O titular da Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC/RN) reconhece que os números do Censo são preocupantes e o cenário se deve, especialmente, às restrições provocadas pela pandemia.

“Em 2019, tivemos dificuldade financeira. O Estado estava em situação de calamidade e tivemos que investir menos em algumas áreas. Com isso, um grande número de alunos ficou prejudicado na pandemia, especialmente aqueles de cidades com pouca estrutura. Muitos não tiveram acesso à internet e, para isso, nós utilizamos a televisão, que não teve o mesmo impacto”, afirma o secretário.

Informações da Tribuna do Norte