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Veja remédios contraindicados em caso de suspeita de dengue

 

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta para os remédios contraindicados em caso de suspeita da doença. O presidente da SBI, Alberto Chebabo, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas.

– Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS – disse o médico.

Corticoides também são contraindicados na fase inicial da dengue.

Segundo Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.

O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada.

– A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença.

Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.

SINTOMAS GRAVES
Entre os sinais de alarme, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento.

– Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico – alertou.

No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.

Com informações Agência Brasil

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Alerta: Vírus ‘comedor de ânus’ se espalha e gera preocupação

 

Um vírus popularmente conhecido como ‘comedor de ânus’ está se espalhando no Japão. A doença mata aproximadamente 30% dos infectados. Nos primeiros dois meses de 2024, foram detectados no país cerca de 378 casos de síndrome do choque tóxico estreptocócico (STSS). No ano passado, foram registrados 941 casos. A estimativa é que este ano o número de casos seja maior.

A STSS é causada por uma forma mais grave da bactéria que causa o estreptococo A, que pode ‘crescer’ na garganta, na pele, no ânus e nos órgãos genitais, causando uma série de doenças.

Os sintomas do STSS são: febre, dificuldade para respirar, disfunção renal, disfunção hepática, pressão arterial baixa, confusão mental, dor de cabeça, dores musculares, náuseas e vômitos, diarreia, mal-estar e mucosas avermelhadas.

A STSS é mais comum em idosos com 65 anos ou mais, contudo, atualmente a doença está levando à morte de mais pacientes com menos de 50 anos.

Um jovem de 14 anos precisou ter ambas as mãos e pés amputados devido a complicações da síndrome do choque tóxico. O caso aconteceu em setembro do ano passado. Os especialistas admitiram que não sabem dizer porque o número de casos está aumentando.

“Ainda existem muitos fatores desconhecidos sobre os mecanismos por trás das formas fulminantes (graves e repentinas) de estreptococos, e não estamos no estágio em que possamos explicá-los”, afirmou o Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID) em comunicado.

Deu no R7

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Mulher tem mãos e pés amputados após sentir dor de garganta; entenda o caso

Sherri Moody/ Arquivo pessoal

 

Uma professora de ensino médio nos Estados Unidos teve que passar por uma amputação de mãos e pés devido a uma infecção respiratória que se desenvolveu a partir de uma dor de garganta, culminando em uma sepse.

Sherri Moody, uma texana de 51 anos, compartilhou em uma entrevista ao jornal Today dos Estados Unidos que experimentou pela primeira vez uma sensação de arranhão na garganta em abril de 2023, durante uma excursão escolar. Inicialmente, ela não deu muita atenção ao sintoma.

No entanto, o quadro clínico evoluiu rapidamente, e em poucos dias, Sherri começou a apresentar febre alta, vômitos, fadiga e dificuldades respiratórias. O diagnóstico revelou uma pneumonia bilateral, uma infecção nos dois pulmões causada pela bactéria Streptococcus.

“Reconheci rapidamente que estávamos em uma situação grave. Eu estava morrendo de medo”, diz Sherri. O agravamento do quadro resultou em sepse, conhecida também como infecção generalizada.

O que é sepse

A infecção pode apresentar origem bacteriana, fúngica, viral, parasitária ou por protozoários. Geralmente, seu início ocorre nos pulmões, manifestando-se como pneumonia; no trato urinário, configurando uma infecção urinária; ou ainda no trato gastrointestinal, caracterizando uma infecção abdominal.

Quando não tratada precocemente, a sepse tem a capacidade de disseminar-se rapidamente pelo corpo, impactando o sistema imunológico e comprometendo o funcionamento dos órgãos. Em resposta a esse quadro, o organismo experimenta alterações na temperatura, pressão arterial, frequência cardíaca e contagem de células brancas do sangue, conforme esclarece o Ministério da Saúde.

Como consequência desse processo, o paciente pode enfrentar situações como parada cardíaca, falência múltipla dos órgãos e, em casos extremos, a fatalidade.

No caso de Sherri, apenas dois dias após buscar atendimento médico, seus pulmões e rins entraram em colapso, e sua pressão arterial registrou queda significativa. Os profissionais de saúde optaram por induzir um estado de coma para estabilizar a situação, contudo, os problemas de circulação sanguínea agravaram-se, dificultando a irrigação das extremidades dos membros.

“Literalmente vi os pés e as mãos da minha esposa morrerem. Eles ficaram escuros e pálidos”, conta David, o marido de Sherri.

A americana teve que amputar as pernas, dos joelhos para baixo, em junho do ano passado. No mês seguinte, teve as duas mãos amputadas.

Com informações de Metrópoles

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Brasil registra 55,8 mil casos e seis mortes por dengue até metade de janeiro de 2024

 

O Brasil atingiu a marca de 55.859 casos prováveis de dengue nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano. Monitoramento do Ministério da Saúde aponta que o número de infecções corresponde a uma comparação de 27,5 casos a cada 100 mil habitantes. Além dos casos, foram registradas seis mortes pela doença no país.

Na semana de análise mais recente, que vai dos dias 7 a 13 de janeiro, houve uma maior incidência de casos de dengue em quatro unidades da federação: Minas Gerais, Paraná, Acre e Distrito Federal. No caso de Minas, a Secretaria de Saúde aponta que, além dos 3.983 casos confirmados em 2024, outros 11.658 estão sendo investigados. Enquanto o DF estima 5.096 casos prováveis da doença – um aumento de 435% em relação a 2023.

A alta de casos também é vista em cidades afetadas por chuvas, como o Rio de Janeiro. Um temporal no último fim de semana provocou a morte de 12 pessoas, enquanto uma segue desaparecida. O estado registra, em 16 dias de janeiro, quase o mesmo número de casos de dengue dos dois primeiros meses do ano passado: foram 4.446 notificações. Em 2023, foram 4.728 registros em oito semanas.

A Secretaria de Saúde fluminense também indica que os registros podem estar subnotificados. “Com exceção da Região Metropolitana II, que inclui os municípios de Niterói e São Gonçalo, todas as outras oito regiões do estado apresentam casos prováveis acima do que se espera para essa época do ano”, diz trecho de divulgação a respeito da doença.

Fonte: SBT News

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Jornalista Evaristo Costa é internado devido a complicações da Doença de Crohn

 

O jornalista Evaristo Costa, de 47 anos, deu entrada em um hospital na cidade de Cambridge, na Inglaterra, devido a complicações relacionadas à Doença de Crohn, um distúrbio inflamatório do trato gastrointestinal.

Em suas redes sociais, o ex-apresentador da Globo e da CNN Brasil relatou ter sido internado na emergência da unidade de saúde na manhã desta sexta-feira, 12. Evaristo explicou os problemas e sintomas que enfrenta devido à doença, como fortes dores abdominais, diarreia, febre e perda de peso, que resultam em fraqueza e fadiga. Ele chegou a tomar morfina para aliviar as dores. O jornalista também mencionou as complicações da doença crônica, que deixa seu corpo vulnerável a vírus e bactérias, como aconteceu com uma infecção na perna há um mês.

Em novembro, Evaristo já havia sido internado devido a uma infecção de pele na perna, diagnosticada como erisipela. O jornalista ressaltou que a enfermidade era uma consequência da Doença de Crohn e alertou para possíveis complicações, como anemia e infecções graves, devido à baixa imunidade causada pela doença. Apesar das dificuldades enfrentadas, Evaristo se mostrou otimista e afirmou que está recebendo cuidados médicos para tratar as complicações da Doença de Crohn. O jornalista aproveitou para agradecer o apoio e carinho dos fãs e disse que, em breve, estará de volta às suas atividades profissionais.

Deu na JP News

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Novos casos de hanseníase aumentaram 5% de janeiro a novembro de 2023

 

Entre janeiro e novembro de 2023, o Brasil diagnosticou ao menos 19.219 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 5% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, o estado de Mato Grosso segue liderando o ranking das unidades federativas com maiores taxas de detecção da doença.

Até o fim de novembro, o total de 3.927 novos casos no estado já superava em 76% as 2.229 ocorrências do mesmo período de 2022. Em seguida vem o Maranhão, com 2.028 notificações, resultado quase 8% inferior aos 2.196 registros anteriores.

Consultada pela Agência Brasil, a Secretaria de Saúde de Mato Grosso informou que nos últimos anos os diagnósticos da doença vêm aumentando gradualmente, resultado de uma “política ativa de detecção” que, entre outras medidas, inclui a “capacitação dos profissionais da saúde”.

A exemplo do Mato Grosso, outras unidades federativas seguem abastecendo o cadastro nacional com informações anteriores a novembro, o que significa que o percentual de 5% tende a aumentar ainda mais.

A pasta também atualizou os dados estaduais. Somados os diagnósticos de dezembro e outros ainda não reportados ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), o total de novos casos notificados em 2023 já chega a 4.212.

“Para nós, o aumento [dos diagnósticos] nacional do último ano não é novidade, pois há uma grande subnotificação de casos no país”, disse o coordenador Nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Faustino Pinto, explicando que, paradoxalmente, o aumento de diagnósticos é, em um primeiro momento, algo positivo.

De acordo com Faustino, até 2019, o número de novos casos identificados vinha aumentando ano a ano, sem, com isso, representar a real gravidade da situação. “Como há muitos anos não há uma campanha nacional de esclarecimento e estímulo para as pessoas procurarem o serviço de saúde em caso de suspeita da doença, os diagnósticos são resultado de uma busca espontânea. As pessoas procuraram o serviço de saúde por iniciativa própria, buscando as causas de uma mancha na pele; área dormente ou dores nos nervos”, explicou Pinto, acrescentando que a situação piorou de 2020 a 2021, devido à pandemia da covid-19.

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, no boletim epidemiológico divulgado em janeiro de 2023, com os dados da doença relativos a 2022, admite que a pandemia impôs um desafio extra, exigindo estratégias direcionadas ao fortalecimento das ações de controle da hanseníase.

“A pandemia de covid-19 criou dificuldades para novos diagnósticos e para o tratamento de pacientes com hanseníase, contribuindo para a subnotificação e o pior prognóstico dos casos”, disse a secretaria ao demonstrar que, de 2019 a 2020, o total de casos diagnosticados caiu de 27.864 para 17.979. Além disso, em 2021, 11,2% dos 18.318 novos pacientes identificados já apresentavam lesões graves nos olhos, mãos e pés quando foram diagnosticados.

“Ou seja, hoje não retornamos sequer aos números pré-pandemia, quando já acusávamos a subnotificação. O que significa que a situação atual é ainda mais grave, porque se estamos identificando apenas os pacientes que chegam por demanda espontânea, muitas pessoas estão deixando de ser tratadas a tempo de evitar sequelas neurológicas. Também estamos falhando nos esforços para interromper o ciclo de transmissão da doença”, comentou Pinto, destacando que, uma vez iniciado o tratamento, a pessoa infectada deixa de transmitir a bactéria causadora da hanseníase para outras pessoas susceptíveis a desenvolver a doença.

Fonte: Agência Brasil

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Prefeito do RN é interditado pela Justiça por doença mental e deverá ser afastado

 

A Justiça do Rio Grande do Norte determinou nesta sexta-feira (15) a interdição provisória do prefeito de Tangará, Dr. Airton Bezerra, de 72 anos, por suspeita de doença mental. Com a interdição, ele deixa de ser responsável pelos seus próprios atos e pela administração dos bens.

Segundo a decisão, obtida com exclusividade pela 98 FM, a curadoria do prefeito ficará a cargo de uma das filhas dele, Elane Bezerra, que atualmente também é secretária municipal de Administração, Finanças e Tributação. A decisão é assinada pelo juiz Daniel Couto, da Vara Única da Comarca de Tangará.

A ação de interdição foi protocolada por outro filho do prefeito, Magdiel Bezerra. Ele argumenta que o pai enfrenta sérios problemas de saúde e foi afastado do convívio do restante da família por Elane, que teria assumido de fato o comando da prefeitura, praticando irregularidades.

Ao conceder a interdição provisória, o juiz argumentou que o prefeito não tem comparecido a perícias médicas marcadas pela Justiça, o que levanta suspeitas de que, de fato, ele está doente.

Além de interditar o prefeito provisoriamente, o magistrado determinou a realização de uma perícia médica em 26 de dezembro, em Natal. Caso haja recusa, está autorizada condução coercitiva. Além disso, considerando que há desentendimento entre os irmãos, o juiz assegurou que os outros filhos não poderão ser proibidos de ver o pai.

Pela decisão, a curadora provisória deverá prestar contas mensalmente da movimentação bancária completa do curatelado (despesas e receitas) a contar da data da decisão, todo dia 01 de cada mês até a curadoria ser eventualmente revogada ou convertida em definitiva. Além disso, as receitas obtidas pelo interditando devem ser destinadas exclusivamente para a sua manutenção, vedando-se a utilização dos recursos para fins pessoais, tanto pela curadora provisória como a qualquer dos filhos. Também fica vedada alienação de bens imóveis ou a realização de novos empréstimos durante a curadoria provisória sem autorização judicial.

Com a decisão, o prefeito deverá ser afastado do cargo. Procurada, a presidente da Câmara Municipal, Ana Viana, não respondeu aos contatos da reportagem. A Justiça Eleitoral já foi intimada da decisão.

Deu no Portal da 98

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Número de casos de HIV cresce 553% no Rio Grande do Norte

 

Os recentes dados sobre o HIV no Rio Grande do Norte são preocupantes. De acordo com o Boletim Epidemiológico sobre HIV e Aids, divulgado pelo Ministério da Saúde no início do mês de dezembro, no período entre 2012 e 2022 as notificações passaram de 93 para 608 por ano, o que equivale a um aumento de 553% nos diagnósticos. Entre janeiro e outubro de 2023, foram registrados 308 casos de HIV. Ainda segundo o Boletim, os números da Aids subiram de 463 notificações em 2012 para 609 em 2022, um crescimento de 31,5%.

Ainda de acordo com o documento do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte é o quinto estado do país com maior detecção do vírus entre grávidas, 1.126 dentro do período. A Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV na sigla em inglês). Esse vírus ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. Ou seja, ter HIV não significa que a pessoa desenvolverá aids. No entanto, quando infectada, a pessoa viverá com o HIV durante toda sua vida.

De acordo com dados do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), detalhados em Boletim Epidemiológico da Sesap em novembro, o RN possui, atualmente, cerca de 12.400 pacientes realizando tratamento para HIV/Aids em 14 Serviços de Atenção Especializada (SAE) existentes nos municípios de Natal, Parnamirim, Macaíba, São Gonçalo do Amarante, São José de Mipibu, Santa Cruz, São Paulo do Potengi, Caicó, Mossoró e Pau dos Ferros.

Mortalidade
No RN, de janeiro de 2012 a dezembro de 2022, foram registrados 1.447 óbitos em decorrência da Aids. Desses, 73,4% ocorreram em homens. Observa-se, no período, um aumento de 32,6% no número de óbitos por Aids no estado. Entre janeiro e outubro de 2023, foram registrados 84 óbitos.

O ano de 2022 registrou o maior número de óbitos no Rio Grande do Norte. Foram registradas 170 mortes, 58,8% a mais do que em 2012, quando o RN teve 107 óbitos em que a Aids foi a causa básica.

Profilaxia
Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP (Profilaxia de Pré-Exposição), método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, em virtude de um possível contato com alguém que já tenha contraído HIV. A pessoa em PrEP realiza acompanhamento regular de saúde, com testagem para o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Em todos os estados, há serviços de saúde que ofertam a PrEP.

De acordo com Igor Thiago Queiroz, infectologista e presidente da Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia, a rede pública está totalmente preparada para diagnóstico e tratamento de pessoas com infecção por HIV.

O infectologista alerta que os testes rápidos para diagnóstico de HIV estão disponíveis em todas as unidades do SUS e não é necessário uma indicação ou prescrição médica para realização, basta o indivíduo solicitar diretamente na rede de atendimento.

“Há disponível nas Unidades Básicas, UPAs e Pronto Socorros os teste rápidos, assim como os medicamentos são distribuídos de forma gratuita seja para tratamento, com terapia anti-retroviral, o chamado coquetel, ou profilaxia pré-exposição (PrEP) ou pós-exposição (PEP)”.

O infectologista chama a atenção para a divulgação dos métodos de prevenção contra o HIV e realização do teste precocemente, principalmente entre os jovens.

“A grande dificuldade que a gente vê é que são pessoas que não sabem o diagnóstico e obviamente não se tratam e, quando descobrem, muitas vezes já estão com a doença avançada recebendo diagnóstico em uma internação hospitalar por alguma infecção oportunista”, diz.

Fonte: Tribuna do Norte

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Três crianças morrem em MG após apresentarem sintomas de amigdalite e vômitos; entenda

Três crianças morrem em MG após apresentarem sintomas de amigdalite e vômitos; entenda

 

A Prefeitura de São João del Rei, um município situado na Zona da Mata de Minas Gerais, localizado a 190 km da capital Belo Horizonte, investiga as circunstâncias que levaram à morte de três crianças e à hospitalização de outras quatro, após elas apresentarem sintomas como dor de garganta, febre, vômitos e manchas na pele.

As autoridades acionaram o Cievs (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais) para auxiliar na investigação. A suspeita é de que essas crianças possam ter sido infectadas pela bactéria Streptococcus pyogenes, que tem a capacidade de causar doenças como faringite e escarlatina, entre outras.

As mortes e internações ocorreram em datas distintas, mais precisamente em 24 de setembro, 8 e 23 de outubro. As crianças que vieram a óbito em 24 de setembro e 23 de outubro tinham 10 anos de idade, enquanto aquela que faleceu no dia 8 tinha 3 anos. Ao menos uma das crianças internadas já recebeu alta e permanece sob observação.

Em um comunicado emitido na última segunda-feira (23), a Secretaria Municipal de Saúde de São João del Rei informou que uma reunião havia sido realizada com representantes do Cievs para discutir a situação das crianças no município.

O comunicado afirmou que algumas crianças apresentavam sintomas de amigdalite, febre, vômitos e manchas ou erupções cutâneas. A maioria delas já havia sido avaliada por profissionais médicos na rede pública ou privada e estava em condição estável, de acordo com o texto.

Entretanto, nesta quarta-feira (25), a prefeitura anunciou o fechamento das escolas públicas municipais da cidade para desinfecção. A reabertura está prevista apenas para o dia 5 de novembro. As escolas estaduais e particulares continuarão funcionando normalmente.

Além disso, a prefeitura informou a aquisição de 3.750 kits rápidos para a identificação da bactéria no sistema de saúde da cidade. Exames adicionais estão sendo conduzidos pela Funed (Fundação Ezequiel Dias) para confirmar as causas das mortes e das hospitalizações.

Deu no Conexão Política

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Doença transmitida por gatos está ‘descontrolada’; Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai registram casos

Doença transmitida por gatos está ‘descontrolada’; Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai registram casos 1

 

A esporotricose, uma micose que causa lesões na pele e é ocasionada pelo fungo Sporothrix brasiliensis, está se expandindo em vários estados brasileiros e também apresenta casos registrados em países vizinhos, como Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.

Classificada como uma zoonose, essa doença de origem animal permanece fora de controle, alertou o infectologista Flávio Telles, que coordena o Comitê de Micologia da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e é professor da UFPR (Universidade Federal do Paraná), durante o 23º Congresso Brasileiro de Infectologia realizado em Salvador.

Além do fungo Sporothrix brasiliensis, a esporotricose também é causada pelo Sporothrix schenckii, que é encontrado em plantas, elementos vegetais e até palhas. Flávio Telles ressaltou que atualmente, no Brasil, cerca de 90% dos casos são causados pelo Sporothrix brasiliensis e transmitidos por gatos, esclarecendo que cães e humanos não são vetores.

A incidência da doença chamou a atenção da comunidade científica devido ao aumento significativo de casos registrados no Brasil. Nos últimos 10 anos, houve um crescimento de 162% na taxa de infecção no estado do Rio de Janeiro, saltando de 579 casos em 2013 para 1.518 em 2022, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).

Já em crianças com menos de 15 anos, é dito que os casos também aumentaram, saindo de 26 em 2013 para 196 em 2022, representando um aumento de 653%. A disparada já estava sendo classificada como ‘evidente’ em outros estados no final de maio, incluindo São Paulo e Minas Gerais.

Não há, no entanto, uma estimativa precisa desses números, uma vez que a esporotricose não é de notificação compulsória em nível nacional. Ou seja, os profissionais de saúde não são obrigados a notificar os casos diagnosticados às Secretarias de Saúde dos municípios, que posteriormente enviam os dados ao Ministério da Saúde. Essa obrigatoriedade de notificação está implementada apenas em alguns municípios e estados, como no caso do Mato Grosso do Sul, que faz fronteira com o Paraguai.

Deu no Conexão Política