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Governo Lula registra déficit primário de R$ 1,5 bilhão em março

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O aumento das receitas fez o déficit primário cair em março de 2024. No mês passado, o Governo Central – Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social – registrou resultado negativo de R$ 1,527 bilhão, contra déficit primário foi R$ 7,083 bilhões em relação a março de 2023, queda de 79,3% além da inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

“Comparado a março de 2023, o resultado primário observado decorre da combinação de aumento real de 8,3% (R$ 12,6 bilhões) da receita líquida [após transferências a estados e municípios] e aumento real de 4,3% (R$ 6,8 bilhões) das despesas totais”, informou o Tesouro Nacional, em seu relatório divulgado nesta segunda-feira (29).

O resultado de março passado veio melhor do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado negativo de R$ 5,1 bilhões.

Nos três primeiros meses do ano, o Governo Central registra superávit primário de R$ 19,431 bilhões, valor 39,8% menor que o obtido no mesmo período do ano passado, descontado o IPCA, quando foi R$ 31,208 bilhões. As contas do governo ainda registram superávit em 2024 por causa do resultado positivo recorde de R$ 79,337 bilhões em janeiro, já que em fevereiro o resultado negativo foi recorde com a antecipação de R$ 30,1 bilhões de pagamentos de precatórios.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano e o novo arcabouço fiscal estabelecem meta de déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo, para o Governo Central.

O último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado no fim de março, projetou déficit primário de R$ 9,3 bilhões para o Governo Central, o equivalente a um resultado negativo de 0,1% do PIB. Para cumprir a meta fiscal, o governo bloqueou R$ 2,9 bilhões do Orçamento e manteve a estimativa de arrecadar R$ 168 bilhões em receitas extras em 2024.

Deu no Diário do Poder

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FMI piora previsão fiscal do Brasil durante Governo Lula

Imagem: Getty Images

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou as projeções fiscais para o Brasil. Para a instituição, o país deve registrar déficits primários (saldos negativos entre despesas e receitas, sem contar com o pagamento de juros da dívida) de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 e de 0,3% em 2025.

Na última análise desse tipo, feita em outubro, esses números estavam negativos em 0,2% para os dois anos.

Pior que pares emergentes
A situação da dívida brasileira, segundo o estudo do FMI, é pior do que a verificada entre outros países emergentes, cuja média ficou em torno de 70,3% do PIB em 2024 (para o Brasil, é de 86,7%). O quadro do débito do Brasil, destacou a instituição, só é melhor do que o de países como o Egito e a Ucrânia. A Argentina, que passa por forte turbulência econômica, desfruta de situação melhor, com dívida de 86,2% do PIB neste ano.

Embora anunciadas nesta quarta-feira, as projeções do FMI foram feitas antes da mudança da meta fiscal para 2025, divulgada pelo governo federal. Agora, a estimativa é de um déficit zero para o ano que vem, com eventual saldo negativo de 0,25% do PIB. O alvo anterior era de um superávit de 0,5% do produto em 2025.

Fonte: Metrópoles

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Reitor afirma que UFRN pode encerrar 2024 com déficit de até R$ 20 milhões

 

A UFRN corre o risco de terminar o ano de 2024 com um déficit de R$ 20 milhões. Segundo o reitor da instituição, José Daniel Diniz, o motivo são as sucessivas quedas no orçamento destinado pelo Governo Federal. Atualmente, o orçamento da UFRN, e de todas as universidades federais, é menor do que o disponibilizado no ano passado, de acordo com o que consta no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2024. A UFRN tinha R$ 2 bilhões em 2023 e poderá ter R$ 1,9 bilhão em 2024. Segundo José Daniel Diniz, o Ministério da Educação prometeu equiparar o orçamento deste ano ao de 2023. Isso contudo não resolve o problema e somente uma suplementação pode evitar que a UFRN termine o ano no vermelho.

Diniz pontuou que a Andifes pleiteia R$ 2,5 bilhões de suplementação junto ao Governo Federal, para o custeio integral de despesas como água, luz, limpeza e vigilância, e para garantir bolsas e auxílios aos estudantes em todas as universidades que integram a rede da Associação. Com isso, o reitor acredita que a UFRN receberia recurso suficiente para evitar o déficit neste ano – cerca de R$ 20 milhões, conforme estimativas do gestor. “O valor pleiteado nos equipararia ao patamar de 2017”, disse ele.

“Fazer estimativa de déficit é complexo, porque a gente tem que definir se vai desenvolver ações que nós não fazemos há muito tempo, como manutenção predial, por exemplo. É necessário uma avaliação criteriosa e a gente precisa confirmar o valor que deve ser restituído ao PLOA, conforme prometeu o ministro. No entanto, a estimativa é de que, sem suplementação alguma, o déficit de 2024 para 2025 irá variar de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões na UFRN”, apontou Daniel Diniz.

Mesmo que não se chegue ao valor necessário, o reitor explicou que espera haver algum tipo de suplementação no meio do ano, quando a Junta Orçamentária Federal revisa os programas e financiamentos do Governo. “A gente entende que foi uma sinalização importante a reunião da quarta, mas vamos ter que aguardar até a metade do ano. Enquanto isso, a situação continua difícil. O ministro se comprometeu com a recuperação do orçamento para torná-lo igual ao ano passado, então, a gente segue trabalhando pela suplementação. Sem o complemento dos recursos, a universidade encerrará o ano com prejuízos às atividades e com as contas em aberto”, declarou Diniz.

O reitor garantiu que não haverá cortes de pessoal ou qualquer outra mudança em contratos terceirizados. “A gente tem uma política de priorização na ordem dos pagamentos. Nesse aspecto, os estudantes bolsistas e os terceirizados estão na primeira linha. O que acontece quando a universidade não tem recurso suficiente é que contas como energia, compra de material de consumo para atividades acadêmicas e de laboratório, ficam em aberto”, falou.

“Não existe a possibilidade de suspender aulas ou outras atividades, porque não temos essa política. Também não há previsão de redução de terceirizados, uma vez que a UFRN já trabalha com o mínimo de funcionários de que necessita”, afirmou ele, em seguida. Daniel Diniz explicou que a situação é preocupante porque a universidade trouxe para 2024 um déficit de R$ 2 milhões, em razão do orçamento insuficiente destinado à instituição no ano passado.

“Nós tínhamos um déficit previsto para 2023 de mais de R$ 9 milhões. Mas houve uma suplementação de mais de R$ 4 milhões, feita pelo Governo Federal no final do ano e ficaram em torno de R$ 4,2 milhões. Além disso, a UFRN usou um recurso de arrecadação (de R$ 2 milhões) advindo de projetos próprios para cobrir parte do valor restante. Então, o que efetivamente ficou para este ano foi um déficit de R$ 2 milhões”, detalhou o gestor.

Ao passo que o orçamento veio mais curto no PLOA, as universidades têm a perspectiva de aumento de gastos com contratos terceirizados e energia. Desse modo, o reitor afirmou que o orçamento previsto este ano tornaria o funcionamento das instituições completamente inviável e por isso a necessidade de, ao menos haver equiparação aos recursos de 2023. “Até a recuperação anunciada pelo ministro [da Educação], a redução orçamentária da UFRN era de 7,69% em 2024, trazendo para isso o déficit do ano passado e o aumento dos contratos terceirizados. Agora, vamos refazer as contas para ver, de fato, como fica a situação”, informou.

Deu na Tribuna do Norte

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Em 2024, rombo do governo Lula já ultrapassa R$79 bilhões

 

O déficit gerado pelas despesas do governo Lula (PT), que prometeu um cenário de “déficit zero”, já ultrapassou os R$ 79,2 bilhões nas primeiras semanas de 2024. De acordo com o Portal da Transparência, as despesas atingiram R$ 771,8 bilhões, enquanto a arrecadação ficou em R$ 692,6 bilhões.

Em 2023, o déficit fiscal chegou a R$ 250 bilhões, e se essa discrepância entre gastos e receitas continuar no ritmo atual até o final do ano, o déficit do ano anterior pode até dobrar.

Com informações do Diário do Poder.

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Lula leva estatais ao pior déficit financeiro desde 2017

Lula leva estatais ao pior déficit financeiro desde 2017 - ContraFatos

 

As estatais federais retornaram ao estado de déficit durante a administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com um déficit primário registrado em R$ 656 milhões em 2023. Este valor, anunciado na quarta-feira pelo Banco Central (BC), denota o resultado mais desfavorável das empresas estatais desde 2017.

No ano de 2022, o mesmo grupo de empresas estatais apresentou um superávit de quase R$ 4,8 bilhões. A contabilidade do BC não engloba empresas pertencentes aos grupos Petrobras e Eletrobras.

De acordo com o Banco Central, as empresas estatais federais apresentaram superávit quase constantemente entre 2018 e 2022. Durante esse intervalo, o único déficit primário ocorreu em 2020, ano em que a pandemia se instalou, resultando em um saldo negativo de R$ 614 milhões.

Essas empresas registraram balanços deficitários em 11 dos 12 anos no período de 2006 a 2017, antes disso.

Todas as empresas estatais do país, incluindo federais, estaduais e municipais, apresentaram um déficit primário de quase R$ 2,3 bilhões. Este é o primeiro saldo negativo desde 2016 e o resultado mais desfavorável desde 2015.

Com informações de Gazeta do Povo

Economia

Pior que o esperado, déficit corrente bate US$ 1,6 bilhão em novembro

 

O Brasil registrou um déficit de transações correntes de US$ 1,6 bilhão em novembro de 2023, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (3/1) pelo Banco Central (BC).

O resultado obtido em novembro veio ligeiramente abaixo do déficit de US$ 1,7 bilhão verificado no mesmo período de 2022.

O déficit corrente de novembro de 2023 veio bem pior do que as estimativas dos analistas. O consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, estimava um saldo negativo de US$ 400 milhões.

No período de 12 meses encerrado em novembro, o déficit em transações correntes do Brasil somou US$ 33,7 bilhões, o que corresponde a 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

No mês anterior, o déficit corrente ficou em US$ 33,8 bilhões (1,59% do PIB). Já em novembro de 2022, foi de US$ 49,9 bilhões (2,59% do PIB).

Déficit em transações correntes

Fazem parte das transações correntes do país a balança comercial (exportações e importações), a balança de serviços (pagamento de juros da dívida externa, remessas de lucros e dividendos, transportes etc.) e as transferências unilaterais.

O déficit em transações correntes ocorre quando a soma das balanças comercial e de serviços e de transferências unilaterais do balanço de pagamentos mostra um resultado negativo.

Política

Estatais no vermelho: sob Lula, empresas federais voltam a ter déficit

 

As estatais voltaram ao vermelho com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Chama atenção a rapidez da deterioração das contas das empresas federais em apenas um ano de mandato.

De acordo com o último relatório da Secretaria de Orçamento Federal (SOF) (veja na íntegra), publicado em 22 de novembro, o prejuízo estimado para um conjunto de 22 empresas controladas pela União em 2023 é de R$ 4,5 bilhões. O valor é R$ 1,5 bilhão acima do autorizado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023, que é de RS 3 bilhões.

Como o déficit será maior que o autorizado, o governo terá de compensar o excedente – com recursos públicos – pela primeira vez em oito anos.

Para economistas ouvidos pela Gazeta do Povo, o aumento é revelador. “Foi muito rápido o estouro das contas. Fica bem nítida para todo mundo a execução de uma gestão, no mínimo, pouco responsável”, afirma Juliana Inhasz, economista do Insper.

O rol de empresas com projeção de déficit neste ano – conforme cálculos do governo a partir dos resultados até outubro – tem nomes como Correios, NAV Brasil, Hemobras e Indústrias Nucleares do Brasil (INB).

Os piores resultados primários esperados para 2023 são os da Emgepron (Empresa Gerencial de Projetos Navais, ligada à Marinha, com déficit de R$ 3,7 bilhões) e Eletronuclear (responsável pelas usinas de Angra dos Reis, com saldo negativo de R$ 1,4 bilhão).

O relatório também tem empresas no positivo, com destaque para Infraero (superávit esperado de R$ 732 milhões no ano) e ENBPar (controladora de Itaipu e Eletronuclear, com R$ 642 milhões).

Dentro do rombo de R$ 4,5 bilhões projetado pelo próprio governo não estão incluídos os resultados da Petrobras nem de empresas do setor financeiro, como Caixa e Banco do Brasil. Algumas empresas também tem contabilidades excluídas dos cálculos para a LDO, por critérios de investimentos estratégicos.

Economistas afirmam que os maus resultados do conjunto de empresas se devem principalmente ao elevado peso dos gastos com pessoal. “Há um sequestro político de parte das estatais, com inchaço de quadros não técnicos”, diz Inhasz.

Murilo Viana, especialista em contas públicas, destaca que algumas dessas empresas têm problemas crônicos de gestão, como os Correios, que tem o terceiro pior resultado projetado para o ano (déficit de R$ 274 milhões, segundo o relatório da SOF). “Ao longo dos anos houve uma deterioração das finanças e da gestão”, afirma Viana.

O governo de Jair Bolsonaro (PL) pretendia privatizar a estatal e chegou a obter o aval da Câmara, mas a proposta parou no Senado e depois, com a posse de Lula, foi abandonada de vez.

Para Marcelo Farias, presidente do Instituto Liberal de São Paulo (ILSP), o rombo atual não deveria surpreender porque traduz a essência de utilização o serviço público pelos apadrinhados e a natureza perdulária da gestão petista.

“O governo já iniciou o mandato com a perspectiva de gastar mais, como ficou claro com a PEC da Transição. Começou o mandato em déficit”, afirma.

Estatais tiveram superávit em 4 dos últimos 5 anos; déficit voltou em 2023

Segundo o Banco Central mostram que as empresas estatais federais foram superavitárias em quatro dos últimos cinco anos. A contabilidade do BC não inclui empresas dos grupos Petrobras e Eletrobras.

De 2018 para cá, o único déficit primário na estatística compilada pelo BC foi registrado em 2020, ano da pandemia, quando o saldo ficou negativo em R$ 614 milhões.

Anteriormente, essas empresas tiveram balanços deficitários em 11 de 12 anos – no intervalo de 2006 a 2017, só houve resultado primário positivo em 2011.

O dado mais recente do BC indica que as estatais federais acumularam déficit de R$ 263 milhões de janeiro a setembro deste ano. No mesmo intervalo de 2022, elas exibiam superávit de R$ 6,1 bilhões.

Resultado primário das empresas estatais federais (não inclui grupos Petrobras e Eletrobras). Fonte: Banco Central

2002 Superávit de R$ 1,454 bilhão
2003 Déficit de R$ 985 milhões
2004 Superávit de R$ 44 milhões
2005 Superávit de R$ 959 milhões
2006 Déficit de R$ 685 milhões
2007 Déficit de R$ 1,620 bilhão
2008 Déficit de R$ 418 milhões
2009 Déficit de R$ 1,609 bilhão
2010 Déficit de R$ 624 milhões
2011 Superávit de R$ 579 milhões
2012 Déficit de R$ 1,056 bilhão
2013 Déficit de R$ 544 milhões
2014 Déficit de R$ 2,008 bilhões
2015 Déficit de R$ 1,729 bilhão
2016 Déficit de R$ 836 milhões
2017 Déficit de R$ 952 milhões
2018 Superávit de R$ 3,466 bilhões
2019 Superávit de R$ 10,292 bilhões
2020 Déficit de R$ 614 milhões
2021 Superávit de R$ 3,030 bilhões
2022 Superávit de R$ 4,754 bilhões

Números acendem luzes de alerta sobre as estatais

Para especialistas, os números divulgados acendem luzes de alerta sobre as estatais. Eles veem falta transparência sobre a administração das empresas e seus investimentos. “Os balanços das empresas precisam ser melhor investigados”, acredita Viana.

O governo Lula deixou de publicar o Boletim das Empresas Estatais Federais, que era elaborado pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).

O informativo trazia dados trimestrais sobre as empresas estatais federais, entre elas orçamentos, investimentos e aportes da União, além da evolução do quadro de pessoal e despesas. O último disponível no site da Sest é o relatório do 3.º trimestre de 2022, ainda no governo Bolsonaro.

“Sem dados confiáveis é difícil estabelecer a vigilância necessária. Talvez não haja interesse em divulgar para não mostrar a deterioração”, diz Inhaz.

Deu na Gazeta do Povo

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Tesouro Nacional estima rombo de R$ 6 bilhões em estatais no primeiro ano de Lula

 

O Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias do Tesouro Nacional relativo ao quarto bimestre projeta que, em 2023, as estatais brasileiras vão somar um rombo de R$ 6 bilhões. Pela primeira vez desde 2015, o Tesouro Nacional pode ter que cobrir esse déficit. O resultado reverte uma tendência dos últimos anos no Brasil, quando as estatais deram lucro.

“Esse resultado foi calculado com base na execução de julho e na projeção orçamentária efetuada pelas empresas de agosto a dezembro desse exercício conforme elaboração do Programa de Dispêndios Globais de 2023”, diz o relatório, feito com base no desempenho de 22 estatais não dependentes de recursos da União.

A Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) permite que as empresas públicas tenham um déficit primário de até R$ 3 bilhões neste ano, mas a última projeção do governo é que o rombo das estatais chegue a R$ 5,6 bilhões. A mesma LDO também permite uma compensação entre as metas estabelecidas para o resultado do Governo Central e as metas das estatais federais. Essa compensação, porém, não precisou ser adotada nos últimos anos, já que as estatais vinham tendo resultado positivo.

Nos últimos cinco anos, as estatais não foram lucrativas somente em 2020, ano de pandemia, quando houve déficit de R$ 600 milhões. Em 2021, as estatais registraram um resultado positivo de R$ 3 bilhões. Em 2022, de quase R$ 5 bilhões.

Os dados do Banco Central também mostram que entre 2012 e 2017, no governo de Dilma e no penúltimo ano de Temer, as empresas públicas fecharam com déficit.

Correios

Entre as estatais que poderão ter um resultado negativo pior que o previsto inicialmente estão a Dataprev, com previsão de rombo de R$ 200 milhões, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB), R$ 300 milhões, a Emgepron, de projetos navais, com mais de R$ 3 bilhões, e os Correios, com previsão de rombo de R$ 600 milhões.

Desde 2017, o governo federal informava pormenorizadamente em relatórios trimestrais os gastos e as receitas das estatais, mas o governo Lula deixou de fazer esse detalhamento.

Segundo um relatório do Tesouro divulgado em outubro, “apesar da expectativa presente de necessidade de compensação, pelo Tesouro Nacional, no ano de 2023, quanto ao resultado primário das empresas estatais federais, para os anos seguintes, não se vislumbra a necessidade de esforço fiscal adicional pelo governo central”.

Deu no Estadão

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Vão quebrar o Brasil: Haddad já admite dificuldade para zerar o déficit em 2024

 

O cumprimento da meta de zerar o déficit primário em 2024 representa um desafio, disse, nesta quinta-feira (31), em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele já admite a possibilidade de não conseguir o tão falado equilíbrio das contas públicas.

– Nós não estamos negando o desafio. Não estamos negando a dificuldade. O que nós estamos afirmando é o nosso compromisso da área econômica em obter o melhor resultado possível, obviamente que levando em consideração a opinião do Congresso Nacional, que é quem dá a última palavra sobre esse tema – declarou Haddad.

Durante a entrevista, o ministro da Fazenda reconheceu que o aumento de arrecadação também é um desafio para o parlamento.

– Não são medidas fáceis para o Congresso deliberar. Que mérito para o Congresso! Confio na equipe econômica, não nego o desafio, mas penso que se nós nos comprometermos com resultados consistentes, vamos obter melhores resultados econômicos – argumentou.

Deu na Agência Brasil

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Petrobras perde R$ 12,7 bilhões na primeira semana do governo Lula

Petrobras lidera as perdas na Bolsa entre as estatais em 2023

 

A turbulenta primeira semana de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva resultou na perda de quase R$ 13 bilhões de valor de mercado das empresas estatais ligadas ao governo federal listadas no Ibovespa, principal índice acionário brasileiro. Os dados foram compilados pela TC Economatica.

O maior prejuízo, de R$ 12,667 bilhões, ocorreu na Petrobras e está diretamente relacionado com a determinação para que os ministros tomem providências para interromper o processo de privatização de uma série de estatais.

Também pesou contra as ações da estatal na semana passada a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a companhia. O descontentamento do mercado com a escolha envolve a posição contrária à atual política de preço da Petrobras.

Hoje, a Petrobras adota o modelo de PPI (Preço de Paridade Internacional), o que faz o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional.

Entre as outras empresas federais listadas na Bolsa, Caixa Seguridade e BB Seguridade perderam, respectivamente, R$ 870 milhões e R$ 360 milhões em valor de mercado na semana. A única valorização foi registrada pelo Banco do Brasil, que ficou R$ 913 milhões mais valioso no período.

Quando é incluído todas empresas públicas nacionais, a perda total de valor de mercado soma R$ 16,1 bilhões. O cálculo inclui as baixas da Companhia Paranaense de Energia (R$ 853 milhões), da Cemig (R$ 616 milhões), da Sabesp (R$ 1,5 bilhão) e da Copasa (R$ 166,8 milhões).

Informações do R7