Saúde

Natal identifica 3º caso de contaminação pela variante Delta

Variante delta da Covid — Foto: Getty Images via BBC
Foto : Divulgação

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou que Natal já tem transmissão comunitária da variante delta da Covid.

O setor de Vigilância em Saúde concluiu nesta sexta-feira (27) a investigação da rede de contatos da paciente de 57 anos que está internada com a variante na capital potiguar e não identificou a origem da contaminação.

A mulher não tem histórico de viagem. E na rede de contatos dela também não foi possível identificar por onde ela foi contaminada.

Assim, a pasta explica que, como não é possível saber a origem da infecção dela pela variante delta, isso faz com que a transmissão seja considerada comunitária, ou seja, sustentada, na capital potiguar.

“A transmissão comunitária é quando a gente faz a investigação de caso, rastreia todos os contatos, e após rastrear todos os contatos, não identifica nenhum contato que tenha vindo de locais em que a transmissão já está existindo, em áreas quentes, epicentros”, explicou a coordenadora do setor de Vigilância em Saúde, Juliana Araújo, ao G1.

3º Caso da variante Delta

O Rio Grande do Norte também confirmou nesta sexta-feira (27) o terceiro caso de variante delta na capital potiguar em um paciente do sexo masculino, que testou positivo no dia 10. Ele tomou a primeira dose da vacina e está em boas condições clínicas, segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Os dois primeiros casos foram confirmados na terça-feira (24) pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT) da UFRN. Uma das das pacientes é uma mulher de 57 anos, que está internada em Natal. Ele teve o caso confirmado no dia 8 de agosto e não tem histórico de viagem. Foi por ela que se identificou que há transmissão comunitária na capital.

A outra diagnosticada é uma mulher de 32 anos que chegou de viagem. Ela cumpriu isolamento em casa e não precisou ser internada. Nenhum dos três casos tem relações.

Estudos recentes vêm apontando que a variante delta do coronavírus é muito mais transmissível e tem maior probabilidade de evadir o sistema imunológico, responsável pelas defesas do nosso organismo.

Fonte: G1

Saúde

Quem tomar a segunda dose da vacina vai ter desconto de 90% em Cinema de Natal

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Mais uma vantagem para aqueles que tomarem a segunda dose do imunizante contra a Covid-19.

Após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga anunciar que 7 milhões de pessoas ainda não completaram o ciclo de imunização contra a Covid, a rede de shoppings Ancar Ivanhoe lança a campanha “Sua Vacina Vale Muito”. Entre os dias 25 de agosto e 02 de setembro, 19 shoppings do grupo, dentre eles o Natal Shopping, vão oferecer desconto exclusivo de 90% no par de ingressos para o cinema para 50 clientes por dia que comprovarem que tomaram a segunda dose.

Para garantir a diversão, basta estar entre os primeiros a apresentar o comprovante da aplicação da segunda dose no ponto de troca com o documento de identificação. Depois é só escolher o dia para curtir o filme favorito. Ao todo, a ação pretende beneficiar diariamente cerca de mil pessoas.

“Impactamos todos os dias milhares de pessoas que frequentam nossos shoppings. E porque não utilizar esse poder alcance para reforçar a importância de completar o ciclo de imunização contra a Covid? Com a campanha, encontramos uma forma de incentivar as pessoas que ainda não apareceram para tomar a segunda dose de uma maneira leve e divertida”, conclui Raquel Arruda, head de Marketing da Ancar Ivanhoe.

No Rio Grande do Norte, a ação é válida no Natal Shopping para os ingressos das sessões das 10h às 20h, de segunda a quinta-feira. A promoção não é cumulativa.

Saúde

Pessoas acima de 55 anos que tomaram Coronavac devem tomar a 3ª dose, revelam estudos

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A imunogenicidade, ou a capacidade do organismo gerar resposta imune, é menor em homens e em pessoas com mais de 55 anos que receberam as duas doses da vacina Coronavac em comparação com recuperados da Covid-19, revela uma pesquisa conjunta do InCor (Instituto do Coração) e da USP.

O estudo, que tem entre os autores o médico imunologista Jorge Kalil (do InCor), foi divulgado na forma de pré-print (sem avaliação de pares), indica ainda que 95% dos participantes vacinados com o imunizante produziram algum tipo de resposta imune contra o coronavírus Sars-CoV-2, frente a 99% dos chamados convalescentes (ou recuperados).

Uma resposta protetora completa, formada tanto por anticorpos como por células de defesa, esteve presente em 7 em cada 10 dos recuperados, mas em apenas 59% dos vacinados.

Participaram do estudo também pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP, do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa, da Plataforma Científica Pasteur-USP, da Universidade Federal de São Paulo e do Instituto de Investigação em Imunologia (iii/INCT).

Para avaliar os anticorpos específicos contra o Sars-CoV-2, os cientistas testaram a presença de anticorpos anti-Sars-CoV-2 no soro sanguíneo de vacinados (101 amostras), recuperados (72 amostras) e compararam a um grupo controle (não vacinados e nem infectados; 36 amostras).

A taxa de anticorpos anti-spike (proteína S ou espícula do vírus, usada para entrar nas células) no sangue dos convalescentes era de 1,5 a 2 vezes maior do que a encontrada nas amostras dos vacinados. Essa diferença aumentava em pessoas vacinadas com mais de 55 anos —nestes foi seis vezes menor que a observada após uma infecção natural para o mesmo grupo.

Já a taxa de anticorpos anti-RBD (região de domínio de ligação, também usada pelo vírus para invadir as células) era maior nos vacinados. Não houve diferença em relação aos anticorpos anti-NP (nucleocapsídeo, a proteína que envolve o material genético do vírus).

A quantidade de células de defesa do tipo linfócitos T, por outro lado, foi maior nos recuperados do que nos vacinados.

Comparando os dois grupos de idade, abaixo de 55 anos e com 55 anos ou mais, foram observadas diferenças também entre os gêneros. Enquanto as mulheres com mais de 55 anos apresentaram resposta humoral (de anticorpos) e celular em 60% das amostras analisadas, esse número caía para 28% no caso dos homens.

Os homens também foram os que apresentaram a menor resposta humoral sozinha, com apenas 31% das amostras com anticorpos anti-Sars-CoV-2. A resposta celular na ausência de anticorpos na mesma faixa etária foi maior para homens (17%), e observada em apenas 3% das mulheres.

É importante destacar, porém, que a amostra é pequena (101 vacinados, dos quais 42 têm mais de 55 anos) e que, mesmo com uma resposta imune comparativamente mais baixa nos indivíduos mais velhos do que a observada pós-infecção natural, a maioria dos participantes manifestou algum tipo de defesa pós-vacina (94% para as mulheres e 83% nos homens com 55 anos ou mais).

Para Kalil, é possível que as pessoas nesta faixa etária que já receberam as duas doses da Coronavac no início do ano estejam correndo hoje um risco maior de ter doença grave, especialmente frente a novas variantes, como a delta.

A Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida, no Brasil, pelo Instituto Butantan, é formulada a partir de vírus inativado. Ela foi a principal estratégia de imunização no país nos primeiros meses da campanha nacional de vacinação. Assim, a maioria dos profissionais da linha de frente e dos indivíduos com mais de 65 anos no país recebeu a Coronavac.

O imunologista destaca que as respostas imunológicas dos vacinados com Coronavac foram menores que as dos convalescentes, mas também menores que a dos indivíduos mais jovens que receberam o mesmo fármaco.

Procurado, o Instituto Butantan respondeu ao estudo afirmando que é sabido que “a resposta imune de defesa no organismo diminui com o avanço da idade, sendo observado que qualquer vacina gera uma resposta imune menor em pessoas mais idosas”.

Segundo a nota do instituto, “isso não quer dizer que os mais velhos não estejam protegidos contra a doença, mas sim, que o organismo responde menos a um antígeno novo, uma característica que não se relaciona à vacina em si, mas aos processos naturais do sistema imunológico”.

Outras vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas até agora tiveram em geral uma resposta celular elevada, como ocorreu com as vacinas de mRNA (Pfizer/BioNTech e Moderna), e taxas de anticorpos neutralizantes semelhantes em pessoas abaixo e acima de 55 anos (AstraZeneca).

Os autores concluem que uma dose de reforço heteróloga, isto é, de outro fabricante, pode beneficiar aquelas pessoas com 55 anos ou mais que receberam as duas doses da Coronavac, aumentando a resposta imune.

O estudo é o primeiro a calcular a imunogenicidade conferida pela Coronavac em pessoas dessa faixa etária. Durante a pesquisa de fase 3 da vacina conduzida no Brasil, apenas 5% dos 12.396 volutários tinham 60 anos ou mais e metade deles recebeu placebo.

Quando concedeu autorização de uso emergencial ao imunizante, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) solicitou ao Butantan dados adicionais de imunogenicidade nesse grupo, fixando um prazo de 30 dias (até 28 de fevereiro).

O instituto, porém, solicitou extensão do prazo até 30 de abril, quando entregou os dados. A última reunião entre Butantan e Anvisa para discutir os dados de imunogenicidade foi em 27 de julho e não há data definida para a apresentação dos resultados.

Na última semana, a Sinovac divulgou dois estudos que mostram queda da taxa de anticorpos após seis meses tanto em pessoas abaixo de 60 anos como em indivíduos mais velhos. Os mesmos estudos avaliaram a segurança e imunogenicidade uma terceira dose da Coronavac, o que aumenta em até sete vezes a quantidade de anticorpos no sangue.

Por Folha de São Paulo

Saúde

Governo Federal entrega ao RN nesta segunda-feira (23) mais 140 mil doses contra a Covid-19

Foto: Joana Lima/ Secom Natal

Com nível de vacinação comparável à países do primeiro mundo, com mais de 120 milhões de brasileiros que já receberam a primeira dose de vacinas contra a Covid-19, o Governo Federal continua a sua escalada de distribuição de vacinas.

Nesta segunda-feira (23) mais lotes de vacinas contra a Covid-19 estão programadas para chegar ao RN.

O primeiro lote chega no começo da manhã com 59.750 doses da Pfizer.

Já o segundo lote chega às 10h com 38.300 da Coronavac e mais 42.120 doses da Pfizer.

No total, são 140.170 doses de imunizantes que desembarcam no RN.

 

Saúde

Veja como vai funcionar a vacinação em Natal neste sábado (21)

Foto: Divulgação

A campanha de vacinação na cidade do sol continua a todo vapor. Natal amplia a vacinação da segunda dose de Pfizer contra a Covid-19 neste sábado (21) atendendo às pessoas que receberam a primeira dose do imunizante até o dia 31 de maio.

Para se vacinar, a população pode se dirigir a um dos drives Via Direta, Sesi, Palácio dos Esportes e Nélio Dias, que também contam com salas para pedestres, e, na segunda-feira, além desses locais, as pessoas podem comparecer a uma das 35 salas de imunização nas Unidades Básicas de Saúde de Natal.

“As informações sobre a vacinação contra Covid-19 são bem dinâmicas, então é importante que antes de sair de casa o cidadão acesse o site https://vacina.natal.rn.gov.br/ e clique no link quem pode se vacinar hoje, pois lá tem todas as informações da vacinação do dia”, afirma o

secretário Municipal de Saúde de Natal, George Antunes.

Outros imunizantes

As demais vacinas, Oxford e Coronavac, estão disponíveis neste sábado também no drive da Arena das Dunas, além dos outros quatro.

As pessoas que receberam o imunizante da Oxford até o dia 02 de junho também podem procurar um dos pontos de vacinação neste sábado.

Com relação à Coronavac, quem completou 28 dias da primeira dose já pode receber a segunda dose.

A SMS Natal reforça ainda que o público a partir de 18 anos precisa comparecer aos pontos de vacinação para receber o imunizante. “A pandemia não acabou, de fato tivemos grande avanço com a vacinação, mas devemos continuar com os cuidados usando álcool, máscaras e

evitando aglomerações”, afirma o secretário.

 

Saúde

3ª dose para os idosos é necessária ?

Foto: Divulgação

morte de idosos vacinados colocou a 3ª dose do imunizante contra covid-19 em discussão. O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (18), que já avalia a aplicação de uma dose de reforço nos idosos e nos profissionais da saúde. Alguns países também já estão se movimentando sobre a nova dose da vacina —caso dos Estados Unidos.

Mas a dúvida que fica é: por que as vacinas, incluindo as de covid-19, mas não só elas, são menos eficazes nos idosos? No caso da CoronaVac, que foi amplamente aplicada nos mais velhos, um estudo feito em São Paulo, de janeiro a abril de 2021, mostrou que a vacina tem menor efetividade entre idosos de mais de 80 anos em relação aos adultos —28% para casos assintomáticos, 43,4% contra hospitalizações e 49,9% para mortes.

Mas a resposta pelo qual motivo isso acontece é complexa e envolve vários fatores fisiológicos. O primeiro, e talvez mais relevante, é a imunossenescência, o envelhecimento natural do sistema imunológico, responsável por nos proteger de agentes infecciosos.

“Assim como envelhece a pele, o cabelo, o fígado, rim, cérebro, o sistema imunológico, responsável pelas células de defesa, também passa por isso. Por isso que idosos têm mais tendência a morrer de doenças infectocontagiosas”, explica a geriatra Priscilla Mussi, do Hospital Santa Lúcia, em Brasília.

Isso não vale apenas para covid-19, mas, sim, para qualquer doença que tende a ser mais agressiva na população idosa, como gripe e pneumonia. “A imunossenescência faz as pessoas ficarem mais sensíveis a qualquer infecção. O avô que mora com o neto, por exemplo, pode pegar gripe dele e agravar para uma pneumonia. A gente precisa ter sempre esse receio e preocupação com os idosos”, diz a geriatra.

Esse ponto também explica, por exemplo, por que mesmo vacinados, alguns idosos morrem pela covid-19. Nenhuma vacina, seja a CoronaVac, Pfizer ou da AstraZeneca, impede que as pessoas sejam infectadas. O objetivo delas é impedir que a pessoa tenha um quadro grave da doença e, consequentemente, morra.

Um outro ponto importante é que existem alterações consideráveis no funcionamento de algumas células, como nos linfócitos (responsáveis pela defesa do corpo), segundo Sergio Surugi Siqueira, farmacêutico bioquímico, especialista em patologia geral e imunologia clínica e professor da farmácia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).

“São fatores que vão além do envelhecimento. Há uma alteração no funcionamento e na quantidade dos linfócitos de pessoas mais velhas. Por isso, eles respondem com menos eficiência a uma vacina, por exemplo”, diz.

Para ficar mais claro, o linfócito T ajuda o linfócito B a produzir os anticorpos contra a doença em questão —objeto das vacinas. E essas células vão diminuindo em quantidade e em sua função em pessoas com idades mais avançadas.

Há ainda outro ponto fundamental nessa questão: a resposta imune é algo muito individual. “A resposta imunológica é um fenômeno individual. Existem idosos que têm uma imunossenescência mais acentuada e há idosos que apresentam uma imunossenescência menos acentuada e que, por isso, tendem a responder melhor às vacinas”, explica Siqueira.

CoronaVac é eficaz ao que se propõe

Esses números da CoronaVac, por exemplo, têm chamado atenção, mas isso não invalida seu uso. Pelo contrário, a vacina é considerada eficaz ao que se propõe, basta ver o caso na cidade de Serrana (SP), que teve redução de 95% das mortes.

Lembre-se que qualquer proteção é melhor do que nada, sobretudo em um momento de pandemia. “Interessante é que, antes, ninguém questionava [os números] das outras vacinas, mas esse olhar para a covid chamou mais atenção”, conta Ana Karolina Barreto Marinho, membro do Departamento Científico de Imunização da Asbai (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia).

De acordo com a imunologista, há uma diferença entre eficácia e efetividade das vacinas que precisa ficar clara. “A eficácia é avaliada na fase 3 dos estudos, que mede a quantidade de anticorpos e células de defesa após a vacina. É se ela foi eficaz, em porcentagem, para criar anticorpos que protejam contra o agente”, explica.

Já a efetividade, conforme Marinho esclarece, é o que mais interessa, já que é o momento que estamos vivendo agora, de vida real. “É para ver se a vacina, em determinada população, vai diminuir adoecimento, hospitalizados e mortes. São os resultados a longo prazo. Isso é muito importante a nível de saúde pública”, diz.

A imunologista explica ainda que todas as vacinas disponíveis contra covid, no momento, são eficazes e efetivas ao que se propõe. “A gente, claramente, já viu isso —há redução nos números de mortos e internados.” Mas o que pode acontecer, de acordo com ela, é que a flexibilização total em alguns estados faça esses números aumentarem progressivamente.

O que pode ser feito para os idosos? 3ª dose? Dose de reforço?

Há muitas discussões sobre o tema. De acordo com os especialistas, existem estratégias que podem ajudar, sim, a melhorar a proteção dos idosos. Uma delas e que, talvez, esteja mais em discussão, é a 3ª dose da vacina contra covid.

“Essa terceira dose poderia ser, por exemplo, de outro fabricante, com outra plataforma, para melhorar a resposta imunológica que já foi iniciada pelas primeiras doses da outra vacina”, diz a imunologista da Asbai.

Mas há uma diferença entre a dose de reforço que é indicada quando as duas doses, inicialmente, conseguiram ter boas respostas no sistema imunológico, mas por questões epidemiológicas, é possível dar uma reforçada com essa nova dose.

“Com uma terceira dose, a gente está querendo dizer que aquela população alvo, de repente, não conseguiu atingir os níveis desejáveis de eficácia”, explica Barretos.

Mais vacinados e hábitos saudáveis

Além de novas estratégias de vacinação que já estão sendo avaliadas pelos órgãos, algo que auxilia na resposta imune dos idosos —e também de pessoas de outras faixas etárias— é ter hábitos saudáveis: dormir bem, alimentação balanceada e fazer atividades físicas.

Também é essencial que os adolescentes, jovens e adultos, principalmente os que convivem com idosos, tomem a vacina. Isso é também uma forma de protegê-los da covid-19. Lembre-se que vacina não é uma decisão individual, é um pacto coletivo.

 

Fonte: Portal Grande Ponto com informações de UOL

Saúde

Covid-19 : Fim da pandemia depende do avanço da Delta e da Vacinação

Futuro da pandemia depende do controle da variante Delta e do ritmo da vacinação
Foto: Pixabay

Mesmo com a evolução da vacinação no Brasil, com mais de 56% da população com a primeira dose e 25% com a segunda, o futuro da pandemia por aqui segue incerto. Profissionais da saúde e pesquisadores apontam alguns fatores que causam o clima de dúvidas.

O mais relevante deles são os efeitos que a variante Delta causam no controle da circulação do vírus, no número de novos casos e de óbitos, e como será sua atuação entre não-vacinados.

A cepa que foi registrada pela primeira vez na Índia é mais transmissível que o vírus original e, baseado em dados da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), tem a possibilidade de se propagar pelo país mais rapidamente do que a Gama, vírus que surgiu no Amazonas e causou o colapso da saúde de Manaus no começo do ano.

Segundo Raquel Stucchi, infectologista e professora da Faculdade de Ciências Médicas, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), a mutação do vírus tem atingido fortemente os não-vacinados. “Pode ter uma mudança de perfil aqui e no mundo. Por exemplo, nos EUA, mesmo com todas as campanhas e até a oferta de dinheiro para as pessoas se vacinarem, eles seguem com 50% de vacinados. Os casos estão acontecendo predominantemente nas pessoas não-vacinadas. Na hora que aumenta o número de casos na população, aumentamos o número de casos também nas crianças, que não têm previsão ainda de serem imunizadas”, alerta a médica.

“Além disso, ainda não sabemos, mas é possível que a Delta cause uma proporção de casos assintomáticos ainda maior nas crianças. Ainda não temos dados científicos concretos sobre isso, mas é possível”, acrescenta ela.

Imunização completa

A alto número de pessoas que não terminaram o esquema vacinal também é determinante para os próximos passos da crise sanitária no país. Dados do Ministério da Saúde mostram que mais de 7 milhões de brasileiros não voltaram para receber a segunda dose dos imunizantes. O que não garante a proteção mais eficaz das vacinas.

“O número de pessoas que não voltaram para a segunda dose é preocupante, mas percentualmente comparado pelo número de pessoas vacinadas, não é tão relevante em termos gerais. Mas o surgimento da Delta pode deixar essas pessoas com menos proteção e principalmente quando pensamos na imunidade individual”, explica o epidemiologista Eliseu Waldman, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP.

A infectologista ressalta, também, que não completar o esquema ajuda na circulação do vírus. “Não tomar as duas vacinas, nós sabemos que facilita que a variante Delta ocupe mais espaço. Além de nos preocuparmos com a Delta, que se transmite mais e dá quadro mais grave, nós favorecemos também o aparecimento de novas variantes. Aí, fica em aberto o comportamento dessa possível nova variante frente às vacinas”, diz Raquel.

Estratégias de vacinação dos brasileiros

O ritmo da vacinação do Brasil aumentou nos dois últimos meses, chegando ao ritmo de 1,4 milhões de aplicações por dia em 7 meses de campanha. No entanto, 75% da população ainda precisa completar a imunização.

“A velocidade de vacinação no Brasil é de tartaruga, de lesma. A perspectiva mais otimista nossa é acabar com a vacinação dos acima de 18 anos em novembro. Se você jogar uma porcentagem de 80% da população vacinável imunizada em novembro e dezembro, nós teremos uns 20% da população que foi vacinada em janeiro e fevereiro e estará vacinada aproximadamente há 10 meses e perdendo a proteção”, afirma a infectologista da Unicamp.

A preocupação com os primeiros imunizados, idosos acima dos 70 anos e profissionais de saúde, aumenta à medida em que a duração da proteção ainda não é conhecida pelas farmacêuticas, já que as indústrias tiveram de colocar as vacinas no mercado rapidamente para conter a covid no mundo.

A discussão de uma terceira dose nesse público é extremamente necessária, segundo os especialistas. “Senão, sempre teremos uma quantidade muito grande de pessoas suscetíveis à doença e não terminamos esse ciclo nunca. Talvez, a terceira não seja para todo mundo. Neste momento, é para o grupo que foi vacinado há muito tempo, como os idosos bem idosos, os profissionais de saúde que estão na linha de frente e não podem parar”, salienta Raquel.

Por sua vez, o epidemiologista entende que essa preocupação tem de surgir após a imunização da grande maioria da população brasileira.

“Não conseguimos imaginar qual serão os próximos passos da pandemia no Brasil. Acredito que a partir do ano que vem conseguiremos ter doses suficientes e estudos que apontem quais as melhores estratégias, terceira dose ou reforço, para proteger todas as pessoas. Porém, agora, o pensamento é mesmo concluir a vacinação das pessoas acima dos 18 anos, primeiro com uma dose. A partir daí, pensamos na segunda dose e antecipação, mas só com todos vacinados na primeira. Só então, temos de pensar em terceira dose ou reforço de imunização”, observa o professor da USP.

Efeitos no sistema de saúde

Quando o assunto é o futuro da pandemia, Waldman lembra que ainda não conseguimos precisar como o sistema de saúde reagirá, tanto o SUS (Sistema Único de Saúde), quanto os hospitais e consultórios particulares, às consquências da doença no país.

“Outro tema preocupante é quais serão os efeitos da pandemia na saúde pública do Brasil. As pessoas que tiveram covid longa ou até mesmo sem gravidade apresentam sequelas e nós ainda não sabemos a duração e a gravidade desses efeitos. Foram muitos infectados e ainda temos muitas incertezas. Acredito que o sistema será atingido fortemente, porque essas pessoas precisam e precisarão de atendimento médico pós-covid”, conclui o médico.

Vírus não está perto de ser eliminado

Além disso, pesquisadores se preocupam que o Brasil e o mundo não agem para efetivamente acabar com o vírus e a covid. Os passos tomados indicam que as pessoas terão de conviver com a doença.

Alexandre Naime Barbosa, infectologista e professor Faculdade de Medicina, da Unesp (Universidade Estadual Paulista), em Botucatu, interior de São Paulo, é firme ao dizer que as ações não estão sendo tomadas para erradicar a covid do mundo.

“Nós não vamos viver um cenário de eliminação da covid a curto e médio prazos. Vamos ter um cenário de mitigação, de coabitação com o vírus. Não estamos caminhando para um modelo de eliminação da doença como há com o sarampo e a rubéola, porque as vacinas não são efetivas a ponto de evitar a transmissão. Estamos caminhando para um modelo muito mais de coabitação, como acontece, por exemplo, com o vírus influenza”, diz o médico.

 

Fonte : R7

Saúde

Ministro Queiroga disse que a 3ª dose vai começar com idosos e profissionais da saúde

Foto: TV Globo/ Reprodução

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que a terceira dose da vacina será aplicada, inicialmente, em idosos e profissionais da saúde. Entretanto, Queiroga não informou quando a dose de reforço começará no Brasil e disse que mais dados científicos são necessários.

“Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e tivermos o número de doses suficiente disponível, já orientar um reforço da vacina. Isso vale para todos os imunizantes. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, explicou o ministro.

Ele lembrou que o Ministério da Saúde já encomendou um estudo para verificar a estratégia de terceira dose em pessoas que tomaram a CoronaVac. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também autorizou estudos de terceira dose das vacinas da Pfizer e AstraZeneca no Brasil (veja mais abaixo).

“Sabemos que os idosos têm um sistema imunológico comprometido e por isso eles são mais vulneráveis. Pessoas que tomaram duas doses da vacina podem adoecer com a Covid, inclusive ter formas graves da doença. Mas se compararmos os que vacinaram com duas doses e aqueles que não vacinaram, o benefício da vacina é inconteste”, disse Queiroga.

Diminuição do intervalo da Pfizer

Queiroga também disse que o Ministério da Saúde considera diminuir o intervalo entre doses da vacina da Pfizer para 21 dias em setembro. Segundo estimativas do governo, todos os brasileiros irão receber a primeira dose da vacina até o próximo mês.

Atualmente, o ministério recomenda o espaçamento de 90 dias entre doses. Na bula da vacina, o período previsto é de 21 dias.

“O intervalo da Pfizer no bulário é de 21 dias. Para avançar no número de brasileiros vacinados com a primeira dose, resolveu-se ampliar o espaço para 90 dias. Agora que nós já vamos completar a D1 [primeira dose] em setembro, estudamos voltar o intervalo para 21 dias para que a gente possa acelerar a D2 [segunda dose]. Se fizermos isso, em outubro teremos mais de 75% da população vacinada com a D2”, disse o ministro.

Em julho, Queiroga já havia sinalizado que a diminuição do intervalo entre doses da Pfizer só ocorreria após a aplicação de 1ª dose em todos os adultos vacináveis.

Estudos de 3ª dose no Brasil

Em julho, a Anvisa autorizou estudos de terceira dose das vacinas AstraZeneca e Pfizer. Na ocasião, a agência esclareceu que “ainda não havia estudos conclusivos sobre a necessidade” de mais uma aplicação dos imunizantes disponíveis no Brasil.

Sobre os estudos de terceira dose no país:

Pfizer: investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose de reforço da sua vacina, a Comirnaty. O imunizante extra será aplicado em pessoas que tomaram as duas doses completas há pelo menos seis meses.

AstraZeneca (nova versão): a farmacêutica desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no país, buscando proteção contra a variante beta. Parte do ensaio clínico prevê que uma dose da nova versão da vacina (AZD2816) seja aplicada em pessoas que receberam as duas doses da versão atual da AstraZeneca (AZD1222).

AstraZeneca (usada no país): avalia a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca (AZD1222) em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.

CoronaVac: o grupo será dividido em quatro: 25% vão receber como terceira dose a vacina da Pfizer, 25% da AstraZeneca, 25% da Janssen e 25% da CoronaVac. O objetivo é saber se a terceira dose vai aumentar o número de anticorpos. Os pesquisadores também vão avaliar a segurança dessa terceira dose, possíveis reações, como febre e dor, já que serão testadas vacinas diferentes em cada grupo.

Fonte : G1

Saúde

Crianças e adolescentes de 12 a 17 anos devem ser vacinados contra covid-19 somente em setembro

Foto: Divulgação

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Saúde Pública e Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), realizou, na manhã desta terça-feira (17), a distribuição de mais 93 mil doses de vacinas contra a Covid-19, em menos de 24 horas após o recebimento no aeroporto de São Gonçalo do Amarante.

São 76.032 doses da vacina da Pfizer e 17.290 da Coronavac/Butantan distribuídas para os municípios e utilizadas para aplicação da primeira dose na população com 18 anos ou mais.

Mais de 30 municípios do estado já estão vacinando pessoas acima dos 18 anos sem comorbidades. E a expectativa é que, com a distribuição realizada hoje, 60 municípios atinjam essa faixa etária até a próxima sexta-feira (20). Um novo balanço deve ser realizado até o final da semana. Sábado (21) será realizado um dia D para intensificar a campanha de vacinação e incentivar os potiguares a completarem o esquema vacinal.

“Iremos distribuir as doses de modo que consigamos garantir uma maior homogeneidade entre os municípios nas faixas etárias, os que estão com a faixa etária mais elevadas serão priorizados para o recebimento de doses para que até o final de agosto, estejamos com todas as pessoas acima de 18 anos vacinadas no estado do Rio Grande do Norte”, informou a coordenadora de Vigilância em Saúde, Kelly Lima.

A expectativa é que no início de setembro a vacinação se estenda para crianças e adolescentes de 12 a 17 anos.

Saúde

70% dos adultos do RN foram vacinados contra a covid-19 com primeira dose

Foto: Divulgação

O Rio Grande do Norte atingiu a marca dos 70% de adultos vacinados contra a Covid-19, correspondendo a mais de 1,8 milhão de potiguares maiores de 18 anos imunizados com a primeira dose ou dose única, conforme plataforma RN + Vacina.

A Campanha Estadual de Vacinação contra a Covid-19 iniciou no dia 19 de janeiro, quando a técnica em enfermagem Maria das Graças Pereira de Oliveira, 57 anos, do Hospital Giselda Trigueiro, recebeu a primeira dose da Coronavac/Butantan. “Depois de ver tanto sofrimento de perto, a vacina chegou a ser um sonho pra gente e hoje é a esperança de que vai dar tudo certo. Uma felicidade muito grande”, celebrou Maria na cerimônia de abertura da campanha. Na madrugada daquele dia, o Rio Grande do Norte havia recebido o primeiro lote de vacinas com 82.440 doses da Coronavac.

O sonho e a esperança da técnica em enfermagem já são uma realidade em nosso estado e os dados retratam isso.

Segundo dados do Regula RN, a taxa de ocupação de leitos críticos por Covid no estado é de cerca de 35% e, no momento, não há nenhum paciente aguardando por vagas em leitos Covid. Há um mês, o RN registrava cerca de 53% de ocupação em leitos críticos. Em 16 de junho, mais de 86% dos leitos críticos estavam ocupados por pacientes acometidos pela doença.

Até o momento, o Rio Grande do Norte já recebeu mais de 3,2 milhões de doses das vacinas contra Covid-19, das quais aplicou mais de 2,5 milhões, por meio da administração nas salas de vacina espalhadas por todo estado. Mais de 1.866.600 potiguares já receberam a D1 da vacina contra o coronavírus; e, mais de 730 mil pessoas receberam a segunda dose, equivalente a 27% das pessoas totalmente imunizadas.

De acordo com o indicador composto para monitoramento da pandemia no RN, emitido pelo Comitê de Especialistas, entre 10 e 16 de agosto, 18,6% dos municípios potiguares apresentaram uma melhora; 68,9% mantiveram um quadro de estabilidade; e, 12,6% registraram uma piora da pandemia.

Em julho, 87 dos 167 municípios potiguares não registraram óbitos por Covid, ou seja, 52% das cidades do RN. Além disso, pela primeira, desde novembro do ano passado, o estado não registrou nenhuma morte provocada pela Covid no intervalo de 24 horas (das 23h da sexta-feira até as 23h do sábado, dia 14).

Vacinação de crianças e adolescentes

Em virtude do adiantamento do calendário de vacinação da população com 18 anos ou mais, a previsão é que a partir de setembro as crianças e adolescentes de 12 a 17 anos sejam vacinadas contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte, começando pelos grupos prioritários dessa faixa etária.

É importante que, desde já, os pais realizem o cadastro dos dependentes no RN + Vacina. A vacinação desse público só será realizada mediante o acompanhamento dos pais ou responsável.

D2

Aproximadamente 48 mil potiguares estão com a segunda dose em atraso no Rio Grande Norte. A Sesap alerta a população para procurar o posto de vacinação mais próximo de sua residência para completar o esquema vacinal contra a Covid-19. A imunização contra o coronavírus só ocorre 15 dias após a aplicação da D2. Regularize sua vacinação e proteja-se contra a doença!