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Parlamentares pedem à Justiça que barre autopromoção de Lula em redes sociais do governo

 

Deputados e senadores do Novo entraram com ação popular na Justiça Federal do Distrito Federal para que o governo Lula não utilize perfis oficiais do Executivo para autopromoção do petista. Os parlamentares questionam publicações nos canais oficiais do governo com nítida promoção pessoal de agentes políticos, como um post no perfil da Presidência com a inscrição ‘Siga o Lula’, seguido do perfil pessoal do presidente.

A ação protocolada na 9ª Vara Federal Cível do DF sustenta que a ‘confusão entre a conta pessoal do presidente e canais oficiais de governo configuram uma frontal violação ao princípio da impessoalidade administrativa’. O texto é assinado pelos deputados Gilson Marques Vieira e Marcel Van Hattem, pela deputada Adriana Ventura e pelo senador Eduardo Girão.

No centro do questionamento estão publicações em diferentes perfis do governo, não só o da Presidência, mas também os dos Ministérios das Cidades, das Comunicações e das Relações Exteriores. Segundo os parlamentares, ‘o veículo oficial de propaganda do Governo foi utilizado como instrumento para autopromoção pessoal do usuário @LulaOficial, personificando o Estado na imagem do agente político’.

O Novo contesta não só posts que fazem referência ao perfil pessoal de Lula, mas também conteúdos com o que chamam de ‘clara e ilegal confusão entre as expressões ‘Governo Federal’ e “Governo Lula’’.

Uma das publicações impugnadas conta com a divulgação de vídeo do programa Farmácia Popular, no qual aparece o braço de um homem com uma tatuagem de Lula. O Novo aponta ‘ausência de qualquer contexto coletivo e relevância pública’ na imagem: “irrefutável a utilização da postagem como meio de enaltecimento da personalidade do atual Presidente da República”.

Outro alvo da ação é a série de vídeos veiculados pela Presidência com a hashtag #ConversaComOPresidente. Os parlamentares sustentam que os conteúdos não têm ‘informação educativa, informativa ou de orientação social’ e pregam ‘discursos e juízos de valores pessoais’ de Lula.

Para o Novo, os canais oficiais do governo ‘vinculam reiteradamente nomes próprios e imagens de glorificação dos feitos frente à Presidência da República, com latente cunho eleitoral, sob a falsa escusa de informar a população sobre temas de interesse público’.

Fonte: Estadão
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App de Inteligência Artificial permite conversar com os mortos

 

Falar com os mortos pode parecer coisa de filme de ficção ou sobrenatural, mas agora é realmente possível “conversar” com quem já faleceu.

E não, não é a resenha de um novo episódio da série “Black Mirror”. Essa é a proposta de uma empresa de tecnologia sediada na California, nos Estados Unidos.

A HereAfter AI quer permitir a comunicação entre os vivos e os mortos a partir da criação de uma versão digital de alguém, combinando ferramentas de voz e de inteligência artificial avançada.

Ficção x Realidade

O aplicativo desenvolvido pela empresa vai funcionar como um biógrafo. Aos poucos, a pessoa vai respondendo a centenas de perguntas que são feitas para criar um “eu virtual”.

Questionamentos como “Quem foi o seu primeiro amor?”, “Qual é sua comida favorita?”, “Conte uma experiência que mudou a sua vida” surgem na tela e o usuário responde por áudio.

Depois, o app categoriza e organiza todas as histórias sobre infância, relacionamentos e personalidade, por exemplo, e desenvolve e aperfeiçoa a versão virtual da pessoa.

No episódio “Be Right Back”, da série britânica de ficção científica Black Mirror, acontece algo parecido. Uma jovem mulher vê sua vida virada do avesso quando o seu parceiro morre e a deixa grávida.

Ela acaba por experimentar um serviço online de vanguarda que permite que as pessoas contatem falecidos, criando a pessoa digitalmente a partir do material fornecido pelas redes sociais pessoais.

A protagonista se comunica com o seu parceiro por ligações de áudio. Mais tarde no episódio, ela acaba recebendo uma versão física do marido feita de carne sintética.

Também é possível enviar fotos, vídeos e todo o tipo de documentos que ajudem a deixar ainda melhor o “produto” para que família e amigos possam acessar no futuro, quando, eventualmente, a pessoa não estiver mais presente.

Em um artigo do MIT Technology Review, publicação do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que é referência na área, a ferramenta de “imortalidade” foi ponderada.

Em um trecho do texto, pode-se ler que: “(…) a ética para criar uma versão digital de alguém é complexa. (…) a tecnologia, para alguns, pode ser alarmante e assustadora. (…) conversar com estas versões digitais pode até mesmo prolongar o luto e tirar a pessoa da realidade”.

Enquanto outras publicações como o The Wasington Post chamara o app de “o próximo passo na busca humana pela imortalidade”.

Para quem não quiser “embarcar” nessa por conta própria, o acesso ao aplicativo pode ser dado como presente por filhos ou netos e as perguntas podem ser personalizadas para cada pessoa. Assim, nasce um “eu virtual” perfeito que viverá para sempre.

Fonte: CNN