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Fugitivos de Mossoró foram mantidos pelo Comando Vermelho do Rio, dizem investigadores

 

Investigadores apontam que os dois detentos que escaparam da penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram mantidos por membros do Comando Vermelho(CV) do Rio de Janeiro durante a fuga fora da penitenciária.

Segundo investigadores, o CV do Acre, por outro lado, rompeu com os dois detentos —que foram jurados de morte por parte de Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, principais lideranças da facção no estado.

Ambos estavam anteriormente na penitenciária federal de Mossoró e,juntamente com outros 21 detentos, foram transferidospara diferentes presídios federais no sábado (2).

A ameaça de morte foi desencadeada por uma suposta traição de Rogério da Silva Mendonça, 36, também conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, apelidado de Deisinho ou Tatu. A intenção deles seria assassinar Santos e Melo, mas o plano não teria tido sucesso.

A notícia é da Folha de São Paulo.

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PF prende líder de facção da Bahia que tinha ‘vida de luxo’ em Natal

Heverson Almeida Torres, considerado o chefe do "Comando Vermelho (CV)", na cidade de Feira de Santana. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

A Polícia Federal, em ação conjunta com as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO/RN e FICCO/BA), deflagrou na manhã desta terça-feira, 27/2, a Operação Magma, com o objetivo de investigar integrante de uma facção criminosa originária do estado do Rio de Janeiro, que exerce a função de liderança na região de Feira de Santana/BA.

Foi cumprido na capital potiguar, um mandado de busca e apreensão expedido pela Unidade Judiciária de Delitos de Organizações Criminosas do TJ/RN – UJUDOCRIM, e três mandados de prisão em aberto contra o suspeito, sendo dois deles por homicídio qualificado expedidos pela Vara do Júri de Feira de Santana/BA e um, por uso de documento falso da Vara de Presidente Prudente/SP.

O investigado tinha vida de luxo e, mesmo residindo em Natal, continuava comandando a facção na Bahia. Ele é apontado como responsável por diversas ordens de ataques violentos a rivais e desafetos na segunda maior cidade daquele estado, Feira de Santana. Além dos mandados hoje cumpridos, o homem também foi autuado em flagrante delito por ter se apresentado com documento falso no momento em que foi abordado.

Encaminhado à sede da Polícia Federal para os procedimentos de polícia judiciária, o preso será posteriormente transferido para o sistema prisional do estado, onde ficará à disposição da Justiça. A FICCO/RN é composta pela Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal, Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (SEAP) e Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social do RN (SESED), para o enfrentamento ao crime organizado.

Deu no Portal da 96

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Mossoró: acusados de traição, fugitivos estão jurados de morte pelo CV

 

coluna Na Mira, do site Metrópoles apurou com exclusividade que os fugitivos da Penitenciária Federal em Mossoró (RN), Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como “Deisinho” ou “Tatu”, foram expulsos do Comando Vermelho (CV) e estão jurados de morte.

Ambos pertenciam à facção até tentarem fugir do Presídio Antônio Amaro Alves (AC), em julho de 2023. A decretação das mortes partiu da liderança do CV no estado, justificada por suposta traição da dupla, que pretendia fundar a própria organização criminosa.

As informações, confirmadas por fontes ligadas à investigação, reforçam a hipótese inicial de que os dois estariam escondidos na mata desde a fuga histórica de uma prisão de segurança máxima, registrada na última quarta-feira (14/2) e sem apoio das lideranças do CV.

Ainda segundo as fontes ouvidas pela coluna Na Mira, “como ex-integrante do Comando Vermelho, a dupla não teria apoio de outras organizações criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção originariamente paulista, ou do Sindicato do Crime, criada no Rio Grande do Norte, pois esse tipo de traição não é aceita em qualquer tipo de facção”.

Informações levantadas pela investigação apontam, ainda, que a dupla foi jurada de morte por ordem dos presos Railan Silva dos Santos e Selmir da Silva Almeida Melo, atualmente custodiados na Penitenciária Federal de Mossoró.

Os dois detentos são apontados pelas autoridades do Acre como principais lideranças do CV no estado. “Nesse tipo de situação, para uma traição como a imputada a Rogério e Deibson, a punição definida é a morte”, relatou a fonte.

Fonte: Metrópoles

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Comando Vermelho ameaça jovem que denunciou MST e governador do Ceará

 

No estado do Ceará, o grupo criminoso Comando Vermelho, que controla presídios, e a facção Guardiões do Estado (GDE), passaram a coagir o líder local do Movimento Brasil Líder (MBL), Pedro Arthur, a parar de denunciar a leniência do governador Elmano de Freitas (PT), diante do avanço do crime organizado, e a influência do Movimento Sem Terra (MST) em comunidades carentes.

“Não estou querendo supor nem inferir nada. Apenas acho muito estranho que uma facção criminosa se importe tanto assim com a honra de um governador”, disse o jovem.

Após perguntar ao governador petista porque o governo federal cortou verbas direcionadas ao enfrentamento das facções, Pedro Arthur diz que foi agredido pela segurança de Elmano. Em seguida, uma mulher, integrante de sua equipe recebeu uma ligação do grupo GDE e foi ameaçada de ser retirada de casa, junto dos filhos. “Ela mora em um território que é dominado por uma facção como a maioria dos bairros aqui do Ceará”, explicou o jovem.

O segundo caso de ameaça ocorreu diretamente a um jornalista que repercutiu denúncias feitas por Pedro Arthur, “forçando-o a apagar um vídeo relacionado a mim”.

Pedro Arthur diz que tomou todas as providencias para garantir sua segurança e de sua equipe, mas não deu detalhes dos procedimentos instaurados. “Só quem já foi perseguido por esses grupos sabe o que é o medo de ser encontrado por qualquer deslize”, acrescentou.

Perguntado sobre suposta infiltração das organizações criminosas na política, Arthur afirmou que “isso ocorre de diversas formas aqui no Nordeste. As facções se preocupam em eleger aqueles que lhes são favoráveis, seja através da compra de votos ou através do medo puro e simples”.

Ainda segundo o membro do MBL no estado do Ceará, a influência das facções “também pode ser sentida por algumas das lideranças comunitárias presentes em territórios dominados por eles [facções]. De acordo com Pedro Arthur, nesses territórios ‘o que vale é a lei do crime”. 

“Eles estão presentes desde o processo eleitoral, onde indicam políticos, têm relações com a compra de votos, permitem durante a campanha quem pode ou não fazer campanha em determinado bairro”, completou.

Deu no Diário do Poder

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Direitos Humanos do governo Lula também recebeu ‘dama’ de líder do Comando Vermelho

 

A esposa de um dos principais líderes do Comando Vermelho no Amazonas, conhecida como a ‘Dama do Tráfico Amazonense’, teve encontros em órgãos do governo Lula, incluindo o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.

No Ministério da Justiça, conforme o jornal Estadão, assessores do ministro Flávio Dino receberam Luciene Barbosa Farias por duas vezes neste ano. Embora seu nome não constasse das agendas oficiais, ela participou de audiências com dois secretários e dois diretores da pasta.

Não se limitando ao Ministério da Justiça, Luciene também esteve no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, segundo o portal Metrópoles, que destaca que ela foi recebida pela coordenadora de gabinete da Secretaria Nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Érica Meireles, em maio deste ano.

Nas redes sociais, Luciene agradeceu a Érica pelo ‘acolhimento’ à pauta apresentada, sendo recebida na condição de presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas, que afirma prestar assistência ‘jurídica’ e ‘social’ a detentos do estado.

A ‘Dama do Tráfico Amazonense’ é casada com Clemilson dos Santos Farias, conhecido como ‘Tio Patinhas’, um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas, atualmente cumprindo uma sentença de 31 anos de prisão.

Deu no Conexão Política

Justiça, Polícia

BOMBA: Sob o comando de Flávio Dino, Ministério da Justiça recebe integrante do Comando Vermelho para reuniões

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

 

A mulher de um dos líderes da organização criminosa Comando Vermelho, Luciane Barbosa Farias, foi recebida por assessores do ministro da Justiça, Flávio Dino, duas vezes neste ano. A informação, confirmada peloMinistério da Justiça, foi divulgada nesta segunda-feira, 13, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Luciane é casada há 11 anos com Clemilson dos Santos Farias, o Tio Patinhas, criminoso que chegou a figurar no topo da lista dos mais procurados da polícia do Amazonas. Ele foi preso em dezembro de 2022 e cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM).

Luciane, recebida por assessores de Dino, também foi condenada no mesmo processo que o marido — por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa —, mas recorre em liberdade. No Ministério da Justiça, foi recebida como presidente de uma ONG de defesa dos direitos dos presos do Amazonas.

Em nota aoEstadão, o Ministério da Justiça disse que as reuniões foram solicitadas pela Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim), com a presença de várias advogadas e que Luciane, mulher do líder do Comando Vermelho, “não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados”.

“A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes”, diz a nota. “Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidade de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.”

Segundo oEstadão, Luciane costuma circular por Brasília acompanhada da advogada Camila Guimarães de Lima e da a ex-deputada estadual pelo Psol Janira Rocha (RJ).

A agenda da integrante do Comando Vermelho no ministério de Dino

Luciane Barbosa Faria fez postagem sobre a reunião com o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Rafael Velasco Brandani, e com outras autoridades do ministério de Dino | Foto: Reprodução/Estadão

 

Segundo oEstadão, Luciane esteve com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino, em 19 de abril. Em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, secretário Nacional de Políticas Penais (Senappen).

Nesse mesmo dia, Luciane esteve também com mais duas autoridades dentro do Ministério da Justiça: Paula Cristina da Silva Godoy, titular da Ouvidoria Nacional de Serviços Penais (Onasp); e Sandro Abel Sousa Barradas, diretor de Inteligência Penitenciária da Senappen. O nome dela não consta das agendas oficiais das autoridades. Todos esses assessores foram nomeados diretamente por Dino e são cargos de confiança dele.

Luciane relatou a visita às autoridades do ministério de Dino numa postagem no Instagram. Ela disse ter feito “denúncias de revistas vexatórias” no sistema prisional amazonense e afirmou ter apresentado um “dossiê” sobre “violações de direitos fundamentais e humanos” supostamente cometidas pelas empresas que atuam nas prisões do Estado.

“Em resultado destas reuniões o primeiro passo foi tomado em prol aos familiares visitantes de reclusos onde as revistas vexatórias estão em votação com maioria favorável para ser derrubada!”, escreveu a integrante do Comando Vermelho em seu perfil da rede social sem explicitar a qual votação se referia.

Crueldade de “Tio Patinhas” e crimes atribuídos a Luciane

Clemilson dos Santos Farias, líder do Comando Vermelho no Amazonas | Foto: Reprodução

 

O processo penal a que respondem Luciane e o marido, ao qual oEstadãoteve acesso, descreveu Clemilson como um “indivíduo de altíssima periculosidade, com desprezo à vida alheia”. O Ministério Público do Amazonas relata que o patrimônio dele veio do tráfico de drogas e costuma ser cruel com seus devedores, “ceifando-lhes a vida sempre que os crimes em que se envolve lhes torna credor”.

Sobre Luciane, o Ministério Público do Amazonas afirmou que ela atuou como o “braço financeiro” da operação do marido. “Exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas’.” Graças ao trabalho, ela “conquistou confiabilidade da cúpula da Organização Criminosa Comando Vermelho”, escreveu o procurador Mário Ypiranga Monteiro Neto, na denúncia apresentada em agosto de 2018.

A investigação também mostra que o patrimônio do casal do Comando Vermelho cresceu mais de 1.000% entre 2012 e 2015, depois que ela abriu um salão de beleza.

ONG atua na defesa de integrantes do Comando Vermelho

A ONG de Luciane, a Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), atua em prol dos detentos ligados ao Comando Vermelho. Criada no ano passado, a organização também seria financiada com dinheiro do tráfico, afirmou o Estadão, citando uma investigação sigilosa à qual teve acesso.

A ONG seria, portanto, apenas uma fachada usada pelo Comando Vermelho para “perpetuar a existência da facção criminosa e obter capital político para negociações com o Estado”. De acordo com trecho de uma investigação citado pelo jornal, as ações sociais feitas pela entidade seriam, ao fim, sustentadas pelo Comando Vermelho “com a arrecadação de seus membros”.

Deu na Revista Oeste

 

 

 

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Juíza revoga prisão de 7 e manda retirar tornozeleira de 38 integrantes do Comando Vermelho

O Comando Vermelho é uma das maiores facções criminosas do país | Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

 

A juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá (MT), revogou a prisão preventiva de sete suspeitos de fazerem parte do Comando Vermelho. Em decisão publicada na sexta-feira 17, a magistrada determinou também a retirada da tornozeleira eletrônica de 38 suspeitos de integrarem a facção criminosa.

Ana Mendes reconheceu que os delitos em apuração pela Justiça são de “extrema periculosidade” — furto qualificado, roubo e tráfico de drogas. Contudo, sustentou que a Constituição Federal garante a todos os brasileiros a celeridade na resolução dos processos. No caso específico, os acusados estão submetidos a ordens judiciais há mais de quatro anos. E a magistrada entende que, dada a complexidade do processo, a elaboração da sentença definitiva necessitará de uma apuração acurada dos fatos. Conforme a juíza, esse conjunto de análises resultará na demora da finalização do processo.

A Justiça revogou as prisões preventivas de Renildo Silva Rios, Gilson Rodrigues Santos, Luiz Fernando Rodrigues da Silva e Cleiton Marçal Albuquerque Damião. Também revogou a prisão domiciliar de Carla Eduarda Rodrigues dos Santos, Lady Dayana Marcia Magalhães e Izes Ariel Souza.

Por fim, a magistrada revogou a monitoração eletrônica dos seguintes nomes:

Aldemir de Assis Campos; Wanderson Pinheiro de Souza; Fábio Barbosa Freres; Amaury Milome Souza; Emmylee Souza da Silva; Carlos Leonardo Oliveira Leal; Willian Ferreira Candido; Bruno Araújo de Oliveira; Dejaclilton Vieira Moreira; Marloan Gomes Cordeiro; Jerônimo Gabriel Alves dos Santos Moreira; Celino de Oliveira Arruda Teixeira; Frank Souza Santos; Fernando Ferreira Abreu; Maxwuel Mendes Vieira; Jean Carlos Moreno Cavalcante; Kywsllen Martins Vieira; Fabio Bastos Santana; Eliomar Martins Santos; Luan Patrik Fernandes Toledo; Joseph Aparecido da Silva; Romário de Oliveira Goulart; Giovanne Carlos Andrade Souza; Maxsuel Sousa da Silva; João Bosco Alves de Oliveira Filho; Wanderson dos Santos Queiroz; Cristian Lucas Pereira Barbosa; Pedro Henrique Souza Lopes; Murilo Jose Borges Farias; Lucas Sousa da Silva; Neilson Gabriel Alves da Silva; Tamiris Heck; Ingrid Freitas dos Reis; Douglas Santos da Silva; Gabriel Richard Brito da Silva; Jheimeson Bruno de Araújo; Milton Naves de Souza e Julio Cesar Borges de Oliveira.

Deu na Oeste

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Líder do Comando Vermelho é filho de agente da Abin

 

Igor Barbosa da Trindade, 32 anos, preso na noite da última terça-feira (14) pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e apontado como uma das lideranças da facção carioca Comando Vermelho na capital do país é filho de um agente da ativa da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A informação foi confirmada pela coluna Na Mira, do Metrópoles.

O servidor, que também é advogado, acompanhou o filho na sede da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). Antes de ser preso, na 708 Norte, Igor fazia manobras arriscadas no trânsito e chegou a ser perseguido pelos militares.

Durante as buscas feitas no veículo, a PM localizou uma pistola Glock, modelo G25, calibre 380, com numeração raspada. A arma estava embaixo do tapete dianteiro, do lado do motorista, com carregador e 13 cartuchos intactos. O item tinha, ainda, um aparelho de mira a laser acoplado à ponta.

Igor estava sozinho no carro e confessou que comprou o armamento. Ele alegou que usava o item para “defesa pessoal”, por ser sentenciado em cumprimento de pena no Centro de Progressão Penitenciária, e que tem benefício de trabalho.

O preso também disse ter “guerras” na rua e, por isso, precisava andar armado. O investigado acrescentou que, antes de ser detido, morava com os pais na Asa Norte e trabalhava na Administração Regional de Brazlândia.

Na delegacia, a polícia verificou diversos registros criminais contra Igor, por roubo, tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte de arma, dupla tentativa de homicídio e coação no curso do processo.

No caso da coação, houve indiciamento pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), unidade da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A coluna Na Mira apurou que, devido ao alto grau de periculosidade do detido, uma escolta especial será montada para acompanhá-lo até a prisão.

Informação do Metrópoles

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Denúncia aponta que advogado do RN fez contato com Comando Vermelho

 

Uma denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Norte apontou que um advogado potiguar pode ter intermediado contatos entre lideranças do Sindicato do Crime (SDC-RN) e da facção fluminense Comando Vermelho (CV). Na denúncia oferecida à Justiça, relativa à Operação Carteiras, os faccionados do Rio de Janeiro cobravam mais rigor no cometimento de crimes e no controle dos integrantes da facção potiguar. Historicamente, SDC-RN e CV são organizações criminosas parceiras desde a fundação do grupo potiguar, em 2013, e ambas rivais do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Num dos bilhetes interceptados pelo MPRN, a facção Comando Vermelho emite um comunicado para os “irmãos” do SDC-RN, com divergências a respeito da conduta de alguns integrantes em Mossoró, Oeste potiguar. A operação Carteiras prendeu três advogados no começo de julho. Para o MPRN, os três advogados suspeitos, gozando das prerrogativas legais da advocacia, atuam levando e trazendo “catataus” (bilhetes com informações e comunicações criminosas de dentro de presídios), sendo o principal elo entre os faccionados “da tranca” (presos) e os “da rua” (lideranças soltas).

“(sic) A quase um mês fizemos reclamações do que vem acontecendo no estado do RN, na cidade de Mossoró, onde nossos inimigos festejam em quanto nossos irmãos ficam se matando e até mesmo chegando a matar inocente, a pedido da hierarquia maior (alto da cúpula) vinhemos pela última vez pedir que os irmãos da cidade de Natal entre em contato com nossa liderança do Conselho Geral do Brasil e explique onde estar o erro e que ajam de formas certas decretando os mandantes e os demais que vem se matando, não queremos jamais perder uma aliança, não queremos da o gosto aos nossos inimigos, aos irmãos de Natal que tem ideologia vocês estão de parabéns por não aceitar esses tipos de covardia na cidade de vocês. Não chegou ao fim a aliança ainda por casa de vocês, mais nós do Comando Vermelho opinaria em tirar o nome do SDC 1814 dessa cidade aonde só tem covarde que tiram vidas de inocentes e matam os próprios irmãos”, aponta um dos bilhetes repassados e interceptados nas investigações do MPRN.

A reportagem da TN obteve uma das denúncias, referente a uma advogada de Natal, oferecida à Justiça em julho deste ano. Segundo o MP, pelo menos sete advogados já foram denunciados desde 2019, quatro deles em 2022. A operação Carteiras cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz e Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.

Nas investigações, o MPRN aponta que a advogada promoveu uma série de diálogos entre faccionados em grupos de WhatsApp, com transmissão de mensagens/ordens de lideranças da facção presas, participação no tráfico e até em ordens de mortes de inimigos.

“Considerando todo o caminho investigativo percorrido, evidenciou-se que a denunciada, utilizando-se das prerrogativas constitucionais da advocacia, passou a funcionar como verdadeira “mensageira do crime”, recebendo e transmitindo mensagens/ordens de lideranças custodiadas sobre venda de drogas ilícitas, decretos (ordem de assassinato), dentre outras com conteúdo indiscutivelmente criminoso, garantindo, assim, o regular funcionamento da ORCRIM e a manutenção do poder das lideranças custodiadas, consubstanciando-se em verdadeiros elos de ligação entre os faccionados intra e extramuros, alimentando a engrenagem malfeitora do famigerado SDC”, aponta a denúncia.

Segundo as investigações do MPRN, a advogada chegou a sugerir que ela fosse uma espécie de “coordenadora dos gravatas”, em nome da facção, organizando e cobrando relatórios para os criminosos presos e repassando instruções para outros integrantes da organização, soltos, além de transmitir mensagens e preocupações dos chefes da facção que se encontram custodiados. Em uma conversa num grupo de WhatsApp, ela chegou a reivindicar a função de “corregedora dos presídios” em nome da facção.

Deu na Tribuna do Norte