Notícias

Uso de cigarros eletrônicos aumentou 600% em 6 anos, diz Ipec

 

O número de fumantes de cigarros eletrônicos cresceu 600% de 2018 a 2023. Segundo pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica), o número passou de 500 mil para 2,9 milhões no ano passado. A incidência de cigarro eletrônico é maior no Paraná (4,5%), no Mato Grosso do Sul (4%) e no Distrito Federal (3,7%). Os 2 primeiros Estados fazem fronteira com o Paraguai –de onde vem um grande volume dos produtos contrabandeados.

O Paraná também é o Estado com maior número de cigarros eletrônicos confiscados de 2019 a 2023, com 1,4 milhão de dispositivos, segundo dados a Receita Federal. O Mato Grosso do Sul, novamente, é o 2º colocad0, com 603 mil.

Segundo o levantamento do Ipec, a quantidade de pessoas que conhecem o cigarro eletrônico no Brasil passou de 52% em 2019 para 87% em 2023. O percentual é menor que em 2022, quando 89% dos entrevistados afirmaram saber do que se tratavam os dispositivos. O número de fumantes de cigarros convencionais que já experimentaram cigarros eletrônicos também aumentou. Em 2019, a porcentagem era de 16%, foi para 20% em 2020 e em 2021, para 25% em 2022 e alcançou 29% em 2023.

A comercialização dos cigarros eletrônicos é proibida no país pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2009. Em 5 de dezembro de 2023, o órgão abriu uma consulta pública on-line sobre a manutenção da proibição dos dispositivos eletrônicos para fumar. Em 2022, a agência já havia se reunido para reavaliar o tema. Por unanimidade, a proibição foi mantida, mas a discussão prosseguiu. Qualquer um pode opinar sobre o assunto no site da agência. O prazo para participar é 9 de fevereiro de 2024.

Deu no Poder 360.

Saúde

Anvisa discute revisão da proibição ao cigarro eletrônico nesta sexta-feira

 

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai discutir, nesta sexta-feira, 1°, a abertura de uma proposta de consulta pública para revisão da proibição de cigarros eletrônicos.

A decisão de revisão da regra é da própria agência, que iniciou esse processo em 2019. A portaria que proíbe os dispositivos não obrigava uma revisão, mas a agência argumenta que houve a necessidade de revisar os impactos da regra e considerar os novos dados sobre os cigarros eletrônicos. Mesmo com a comercialização, importação e propaganda dos chamados “vapes” serem proibidas desde 2009, eles são comercializados de maneira contrabandeada em diversos tipos de estabelecimentos no país.

A estimativa é de que mais de dois milhões de brasileiros sejam consumidores regulares de cigarros eletrônicos. Em paralelo à consulta pública, começou a tramitar no Senado Federal um Projeto de Lei de autoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos) que, se aprovado, autorizará a venda dos cigarros eletrônicos no país.

Existe uma forte pressão da indústria do tabaco para regulamentar a comercialização no Brasil, sob o argumento de que permitir a venda facilitaria o controle destes dispositivos. No entanto, entidades como o Conselho Federal de Medicina, o Instituto Nacional do Câncer, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Médica Brasileira são fortemente contra a liberação dos cigarros eletrônicos justamente pelos riscos à saúde relacionados ao uso destes equipamentos. Estes órgãos também argumentam que a liberação seria um retrocesso no combate ao fumo e que não há base científica para provar que os “vapes” seriam menos prejudiciais do que o cigarro convencional.

Deu na JP News

Saúde

Lojas de cigarros eletrônicos orientam consumidor a parar de fumar

Lojas de cigarros eletrônicos orientam consumidor a parar de fumar

 

Os cigarros eletrônicos, dispositivo que vaporizam nicotina, são considerados por muitas pessoas no Reino Unido como uma alternativa ao fumo com menor dano à saúde. Existem até mesmo lojas do produto com orientação para o consumidor que pretende parar de fumar.

Nathan, 29 anos, trabalha em uma loja da rede Vaporesso, na região central de Londres. Ele não se limita a apresentar diferentes dispositivos e sabores aos clientes.

“Eu pergunto para todas as pessoas que entram na loja se são fumantes de cigarros convencionais e se querem ajuda para parar de fumar”, disse Nathan. Ele falou sob a condição de não ser identificado pelo sobrenome.

Se a pessoa é fumante, Nathan sugere que passe a usar só cigarros eletrônicos. Também propõe que passe a consumir o produto com doses cada vez menores de nicotina. Há opções para vaporizar com zero nicotina. Consome-se apenas o vapor com aromatizante.

Nathan aproveita a própria experiência. Ele começou a fumar aos 16 anos, embora cigarros só possam ser vendidos para maiores de 18 anos. Depois de 7 anos começou a consumir os dispositivos e parou de fumar. Em 2020 resolveu começou a trabalhar na Vaporesso, que tem 42 unidades no país. Começou na administração. Fez um curso on-line de orientação para parar de fumar e passou a atender no balcão.

Na porta das lojas da Vaporesso há uma placa: centro certificado para parar de fumar. Nem todas as lojas especializadas oferecem o serviço. Além disso, o produto é vendido também em outras lojas não-especializadas, no varejo.

O E-Cigarette Summit na sexta-feira (9/12), em Londres, discutiu as possibilidades de uso do cigarro eletrônico como alternativa menos danosa à saúde ao cigarro convencional.

Informações do Poder 360.

Notícias

Ministério da Justiça determina suspensão da venda de cigarros eletrônicos

 

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou a suspensão da venda, fornecimento e distribuição do comércio de cigarros eletrônicos. O despacho foi publicado nesta quinta-feira, 1º, pelo Ministério da Justiça, no Diário Oficial da União.

A comercialização, importação e propaganda de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. Apesar da interdição, eles são vendidos livremente não só no comércio físico como em dezenas de sites na internet. São 31 empresas atingidas pelo despacho anunciado hoje.

Os estabelecimentos citados no despacho têm o prazo de 48 horas para se adequarem. Caso contrário, estão sujeitos a uma multa diária de R$ 5 mil. A Senacon também instaurou uma investigação para apurar a atuação dessas empresas na comercialização do produto eletrônico.

A venda dos cigarros eletrônicos em lojas regulares, com a aparência de legalidade, coloca os consumidores em risco. “Os dispositivos eletrônicos, que são proibidos pela legislação sanitária, não atendem às certificações dos órgãos competentes de segurança”, informou a Senacon. O órgão também apontou que houve um aumento exponencial da comercialização e consumo dos produtos pelo público jovem.

Em julho, a Anvisa novamente analisou o potencial de riscos dos cigarros eletrônicos e decidiu manter a proibição desses produtos no Brasil.

Deu na Revista Oeste

Comércio

Fabricante de cigarros contrata políticos profissionais como lobistas

Ex-senador Cássio Cunha Lima (à esq.) já atuava para a Philip Morris antes da chegada do ex-ministro José Múcio Monteiro (dir.) - Divulgação/Atricon/23.nov.2017Ex-senador Cássio Cunha Lima (à esq.) já atuava para a Philip Morris antes da chegada do ex-ministro José Múcio Monteiro (dir.) Foto: Reprodução

A fabricante de cigarros Philip Morris contratou dois políticos profissionais para atuar em nome da empresa perante a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): o pernambucano José Múcio Monteiro, ex-ministro do governo Lula e do TCU (Tribunal de Contas da União) e ex-deputado federal pelo PTB, e Cássio Cunha Lima (PSDB), ex-senador e ex-governador da Paraíba.

Aposentado da Corte em dezembro de 2020, Múcio foi recrutado pela multinacional em março deste ano, uma semana depois de a empresa sofrer uma derrota para registrar um produto que “alimenta” uma espécie de cigarro eletrônico. Já Cássio tem mais tempo de casa: foi contratado em 2019. Questionado pelo UOL, o ex-senador disse que, “por questões concorrenciais”, não comenta “assuntos relativos aos [seus] clientes”.

Anvisa se prepara para julgar um processo que reavalia a proibição aos cigarros eletrônicos e aos demais “dispositivos eletrônicos para fumar” no Brasil em meio à mudança na Gerência de Tabaco, que fiscaliza o setor. Desde 2009, a Anvisa proíbe a venda, a importação e a propaganda destes aparelhos no país.

Pedidos negados Neste ano, a Philip Morris já teve negado por duas vezes um pedido de registro para um produto que abastece um cigarro eletrônico produzido pela empresa, o IQOS (sigla para I Quit Original Smoking, ou “eu parei com o cigarro original”). Nele, o tabaco é aquecido em vez de queimado, razão pela qual é chamado pela empresa de “produto de tabaco aquecido”. A primeira negativa foi feita pela Gerência de Tabaco em 26 de fevereiro passado. Os técnicos recusaram-se a autorizar a venda dos “heets”, que se assemelham a minicigarros e “alimentam” o IQOS. Na semana seguinte, a empresa contratou Múcio. A Anvisa prevê concluir até dezembro um processo geral —não apenas para a Philip Morris— sobre regulação de dispositivos eletrônicos para fumar.

Na opinião do Blog Os Libertários , o que a Philip Morris fez foi apenas oficializar e legalizar uma prática e profissão que já existe há muitos anos no Congresso Nacional, que é a do Lobista.

Deu no Uol