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TSE monta forte esquema de segurança para diplomação de Lula e Alckmin

O presidente eleito, Lula (PT), e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), participam de uma entrevista coletiva da sede do governo de transição, em Brasília - 09/12/2022 | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realiza a diplomação do presidente eleito, Lula (PT), e seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), nesta segunda-feira, 12, às 14 horas. Cerca de 300 pessoas devem comparecer à solenidade.

A cerimônia significa que Lula e Alckmin estão aptos a assumir os cargos em 1° de janeiro de 2023, além de abrir um prazo para que sejam apresentadas ações de cassação contra a chapa vencedora por alguma irregularidade.

Um forte esquema de segurança foi montado pelas Polícias Judicial, Federal (PF) e do Distrito Federal no TSE. Isso porque um protesto contra a diplomação de Lula foi marcado para ocorrer hoje nas proximidades da Corte.

O TSE pediu reforços ao Distrito Federal, principalmente na área externa, em razão da suspeita de que manifestantes queiram “invadir o TSE” para impedir a realização do evento. A cerimônia será mais segura que a posse do ministro Alexandre de Moraes no comando do TSE, em agosto.

A Polícia Militar delimitará um perímetro maior em volta da sede do TSE, dentro do qual só poderão entrar pessoas previamente cadastradas e autorizadas — basicamente, autoridades, convidados, jornalistas e servidores.

Deu na Oeste

Política

Unidos por Lula e Alckmin, PT e PSB são adversários em 12 estados

Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

Juntos no primeiro turno em quatro eleições presidenciais desde a redemocratização, PT e PSB não repetiam a aliança desde 2010. Com a chapa formada por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, os dois partidos reeditaram em 2022 uma união nos moldes da de 1989, quando o PT indicou o cabeça de chapa (Lula), e o PSB, o vice (José Paulo Bisol). Há 33 anos, eles terminaram as eleições em segundo lugar, atrás de Fernando Collor de Mello, então no PRN.

Embora tenham fracassado na tentativa de formar uma federação, que prevê uma atuação conjunta por no mínimo quatro anos, as legendas conseguiram costurar, além da coligação nacional para a disputa de outubro, acordos em 15 estados, segundo um levantamento feito pela CNN.

Em outros 12 estados, porém, PT e PSB estão em lados opostos. São eles: Acre, Amazonas, Roraima, Tocantins, Ceará, Paraíba, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

Com informações da CNN Brasil

Política

De brigas e acusações de roubo a uma chapa presidencial; Entenda o lobby político que uniu o PT de Lula ao PSB de Alckmin

 

Após uma das eleições nacionais mais disruptivas, ocorridas em 2018 e que pulverizou o aparecimento de novas lideranças políticas, o pleito deste ano promete ser um dos mais polarizados da história recente. Com o tabuleiro político não mais focado no embate entre tucanos e petistas, o cenário forçou velhos conhecidos a se reposicionarem entre aqueles que apoiam ou não o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Isso fez com que o eleitor pudesse enxergar cenas que não imaginaria até anos atrás. Adversários no segundo turno das eleições presidenciais, opositores e defensores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e antigos aliados que passaram a se atacar voltaram a se aproximar. O caso mais emblemático envolve a união entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB). Em 2006, os dois travaram um duro embate na disputa presidencial daquele ano.

Dezesseis anos depois, o petista e o agora ex-tucano estão juntos, lado a lado, em uma chapa presidencial – dentro do PT, não são raros os políticos que dizem que a dupla demonstra um entrosamento surpreendente. Nesta reportagem, a Jovem Pan elencou os principais casos de figuras políticas que costuraram alianças improváveis nas eleições deste ano.

Em 2006, Lula e Alckmin viveram o auge de sua rivalidade. Durante a disputa presidencial, tanto o candidato petista quanto o então tucano foram ao segundo turno e protagonizaram uma série de acusações mútuas. Primeiro, durante o debate ocorrido em 24 de outubro daquele ano na TV Record, Alckmin alegou em suas considerações iniciais que o governo Lula baseava-se em duas premissas: “Parado na economia e acelerado nos escândalos”. O Partido dos Trabalhadores, no ano anterior, se viu imerso no caso do mensalão – o governo foi acusado de compra de votos parlamentares. Ao responder sobre a razão pela qual cinco de seus ministros haviam sido denunciados, Lula afirmou: “Ministério Público no meu governo não engaveta nenhuma denúncia”.

Uma semana antes da discussão entre os candidatos, Geraldo participou de um evento na cidade de Americana (SP) e questionou “quem era o chefe da quadrilha de 40 ladrões” e duvidou da índole do governante: “Sobre caráter, eu acho difícil que o presidente Lula possa discorrer sobre esse tema”. Em setembro do mesmo ano, Alckmin comparou o petista a um “ladrão de carros” e disse que quem assistia às atuações do governo federal poderia enxergar uma “sofisticada organização criminosa”.

Lula, então, ganhou direito de resposta e alegou que o Brasil sabia quem havia deixado o Estado de São Paulo “refém do crime organizado”. “E os paulistas também sabem quem mandou engavetar mais de 60 CPIs para que seu governo não fosse investigado”, acusou. Anos depois, em 2017, ambos se reencontraram um ano antes das eleições presidenciais. “Depois de ter quebrado o Brasil, Lula diz que quer voltar ao poder, ou seja, ele quer voltar à cena do crime”. Passada a eleição e boa parte do governo de Jair Bolsonaro, através de uma costura realizada por Márcio França (PSB), seu antigo vice-governador na última vitória para comandar o Estado de São Paulo, a dupla selou o outrora impensável acordo para compor uma chapa presidencial. Desde o início das tratativas, o petista e o agora pessebista disseram que o cenário político atual exige que políticos deixem as diferenças de lado em favor de uma união.

O ano de 2015 foi de muitas turbulências para a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer, eleitos em 2014 com 54.501.118 votos. Sob a acusação de estar sendo escanteado, o vice-presidente chegou a escrever uma carta à mandatária onde a acusa de “desconfiança” a ele e ao MDB e de enxergá-lo como um “vice decorativo”. A ala petista, então, passou a afirmar que o ex-presidente da Câmara dos Deputados estava arquitetando uma ruptura no governo. Pressionada pela crise política da época, evidenciada pela Operação Lava Jato, e pela pressão vinda do Parlamento, que acusava o Planalto de realizar pedaladas fiscais (ato de atrasar pagamentos de maneira proposital para melhorar artificialmente as contas públicas), além do não apoio do Partido dos Trabalhadores no processo de cassação do então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, no Conselho de Ética, o processo de impeachment da então presidente foi aprovado na Câmara e, meses depois, Dilma Rousseff foi destituída do cargo. Desde então, petistas e emedebistas se distanciaram no cenário nacional.

Em 2017, porém, Temer e Lula voltaram a se reencontrar. Ambos retomaram o diálogo e , em 2022, o emedebista sinalizou que lutaria em prol da ala pró-Lula em seu partido ao tentar adiar a convenção da sigla, de maneira que Simone Tebet não fosse a candidata da legenda e o MDB passasse a apoiar a chapa petista que disputará o Planalto. O movimento contou com o apoio declarado do senador Renan Calheiros (PE) e de lideranças de pelo menos 11 Estados. Calheiros ameaçou judicializar a convenção, mas recuou. O partido oficializou o nome da senadora Simone Tebet como candidata à Presidência da República, o que não impediu caciques e diretórios emedebistas de decidirem caminhar com Lula. O exemplo mais recente vem do Rio de Janeiro, berço político do bolsonarismo. Lá, a seção fluminense do MDB decidiu apoiar a candidatura do ex-presidente, apesar do nome de Tebet. A moção de apoio, inclusive, foi aprovada com o voto favorável do ex-ministro Moreira Franco, um dos nomes mais próximos a Temer, em quem, até hoje, recai a pecha de golpista.

Chefe da pasta de Meio Ambiente durante os governos Lula – entre 1 de janeiro de 2003 a 13 de maio de 2008 -, Marina Silva era filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e passou a enfrentar resistência interna em 2009. Dessa maneira, a política acertou a sua saída da sigla e filiou-se ao Partido Verde (PV). Mesmo com a disputa à Presidência no ano seguinte, foi em 2014 que a acreana passou a ser vista como um “perigo” pelo PT, que liderou uma série de ataques à política. Cotada para ir ao segundo turno, líder nas pesquisas eleitorais de intenção de voto em setembro do mesmo ano e com um recall de quase 20 milhões de votos na eleição anterior, Marina foi retratada nas campanhas eleitorais televisivas do PT como alguém que seria um perigo às políticas beneficiárias.

“A autonomia do Banco Central que a Marina defende é outro perigo para o país. Tornar o Banco Central independente é tirar do presidente da República e do Congresso Nacional, eleitos pelo povo, as decisões sobre a política econômica para o país para entregá-las aos bancos”, afirmou trecho de vídeo veiculado pelo PT em ataque à ex-companheira. Dilma Rousseff, que buscava a reeleição, também foi à TV para endurecer os ataques e questionou as promessas de Marina: “Como é que você acha que ela vai conseguir esse apoio sem fazer acordos? E será que ela quer? Será que ela tem jeito para negociar? Sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão e voltar à realidade”, declarou.

Marina passou a derreter nas pesquisas, obteve pouco mais de 22 milhões de votos e não foi ao segundo turno. Em 2022, porém, a campanha de Fernando Haddad (PT) passou a considerar o nome de Marina como possível vice de sua chapa, que disputará a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes. A ex-ministra foi cortejada por meses e, na reta final, cresceu entre seus correligionários da Rede Sustentabilidade a aposta de que ela aceitaria o convite de Haddad, mesmo após o acordo costurado segundo o qual Silva buscaria uma vaga na Câmara dos Deputados e serviria como puxadora de votos da legenda, a fim de dar sobrevida à sigla e expandir a bancada do partido na Casa. Na quarta-feira, 3, o ex-prefeito da capital oficializou a recusa da aliada.

Ex-presidente da Câmara dos Deputados e figura controversa no mundo político, Eduardo Cunha (PTB-SP) pretende retornar à Casa legislativa neste ano. Após ser condenado em 2017 a mais de 15 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, o político estreitou laços com o grupo do presidente Jair Bolsonaro (PL) – Cunha foi fotografado na convenção do Partido Republicanos no sábado, 30, evento que oficializou a candidatura do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas ao governo paulista.

Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, Eduardo Cunha afirmou que pretende apoiar a reeleição de Bolsonaro pelo fato de o chefe do Executivo federal representar o antipetismo. O ex-parlamentar se notabilizou pelo embate com o PT, em especial com a ex-presidente Dilma Rousseff, e lançou um livro chamado “Tchau, Querida”, no qual relata, entre outras coisas, bastidores do processo de deposição da petista. “A questão não é gostar ou não dele. O Bolsonaro representa hoje aquilo que estou enfrentando”, argumentou. Até o momento, não houve manifestação por parte do atual chefe do Executivo federal.

Informações da Jovem Pan

Política

Eduardo Suplicy interrompe reunião da chapa Lula-Alckmin: “Não fui convidado”

 

O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT-SP) causou tumulto durante evento de lançamento das diretrizes do programa de governo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O ajuntamento aconteceu nesta terça-feira (21), em São Paulo.

Suplicy interrompeu o encontro para reclamar que uma proposta sugerida por ele não havia sido incluída no documento oficial. Trata-se de uma resolução de renda básica de cidadania.

A reunião contou com pré-candidatos, coordenadores da campanha Lula-Alckmin e sindicalistas, sendo realizada a portas fechadas, em um hotel na região central da capital paulista. O momento foi transmitido na internet.

Em outro trecho, Suplicy cortou a fala do ex-senador Aloízio Mercadante (PT), que é um dos coordenadores eleitorais, afirmando que não foi chamado para o evento.

— [Quero] entregar ao Aloizio Mercadante a proposta que não foi considerada ainda, entre os itens principais, a instituição da renda básica de cidadania, aprovada por todos os partidos, sancionada pelo presidente Lula e está no programa do PT há muito anos, todo ano. Ele tem alguma coisa comigo, não me convidou para esta reunião. Você sabe com quem que eu soube da reunião? Ontem a noite; ‘Você não vai na reunião do partido?’ — indagou.

Na sequência, o parlamentar prosseguiu demonstrando insatisfação:

— Não fui convidado, mas hoje eu estou aqui. E continuarei trabalhando muito para que Lula e Alckmin instituam a renda básica de cidadania enquanto eu estiver vivo ainda — finalizou.

Política

Assessoria de Doria recupera vídeo de 2018 com Alckmin criticando PT e Bolsonaro

A assessoria do pré-candidato do PSDB ao Planalto, João Doria, recuperou um vídeo de 2018 de Geraldo Alckmin (PSB) no qual o ex-tucano critica um segundo turno entre PT e Jair Bolsonaro (PL). O fato acontece logo após o PSB ter oficializado a indicação do ex-governador para compor uma chapa presidencial ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No vídeo, enviado a um grupo de whatsapp, Alckmin, que à época estava na corrida eleitoral como candidato do PSDB à Presidência, declara: “quero fazer um desmentido de uma fake news que está circulando dizendo que o PSDB poderia, no segundo turno, apoiar o PT. Isso não existe. nós somos contra o PT, nós somos contra o Bolsonaro, achamos que o Brasil só perde com esses radicalismos”.

Padrinho de Doria no ninho tucano, Alckmin, que esteve no partido durante 33 anos, deixou o PSDB em meio a divergências com o empresário. Agora, o ex-tucano está com o caminho pavimentado para ser vice na chapa do seu antigo adversário, o ex-presidente Lula.

O vídeo também está sendo usado por apoiadores de Bolsonaro que criticam a aliança entre os antigos rivais. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou a republicar o vídeo – sinalizando sua data – criticando Lula e Alckmin.

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Chapa socialista Lula e Alckmin é anunciada oficialmente

Com semblantes constrangidos, Alckmin e Lula anunciam chapa Foto: Divulgação

 

 

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) se reuniu nesta sexta-feira (08/04) com elementos do PT para oficializar a indicação do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como vice-presidente na chapa do pré-candidato Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro. O local da reunião é um hotel de luxo da capital paulista.

A indicação do ex-tucano foi aprovada pela executiva socialista. Os petistas levarão a indicação do partido aliado para a executiva do partido, que precisa votar a aprovar, o que será uma mera formalidade, pois quem decide tudo no PT é Lula.

Lula e de Geraldo Alckmin, participaram do evento acompanhados do presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, do ex-candidato, Fernando Haddad (PT) e do ex-governador de SP, Márcio França (PSB).

Alckmin e Lula já haviam aparecido juntos no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo, em um gesto de aproximação.

Os dois se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial de 2006, quando Lula foi reeleito para o segundo mandato debaixo de críticas duras de Alckmin.

Em 2017, Alckmin afirmou que Lula quebrou o país e queria voltar à cena do crime. Assista no vídeo abaixo: