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‘Boric é sequioso e apressado’, diz Lula sobre críticas de presidente do Chile

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está satisfeito com as declarações públicas feitas pelo presidente do Chile, Gabriel Boric.

 

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não está satisfeito com as declarações públicas feitas pelo presidente do Chile, Gabriel Boric.

Durante a cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia, que ocorreu na Bélgica, Boric pediu que os países latino-americanos adotassem uma postura mais firme em relação à Rússia.

O presidente chileno, que é de esquerda, afirmou que os líderes da Celac deveriam condenar de forma mais contundente a invasão russa na Ucrânia.

“Estimados colegas, hoje é a Ucrânia e amanhã pode ser qualquer um de nós”, declarou o esquerdista. “Não duvidemos disso devido à complacência que se pode ter em um momento ou outro com qualquer líder”, acrescentou Boric.

Durante a cúpula, foi emitida uma declaração conjunta que mencionava o conflito no Leste Europeu, mas sem adotar uma postura hostil em relação à Rússia. No entanto, houve uma ressalva ao final do documento, indicando que um país não concordava com um determinado parágrafo. Esse país era a Nicarágua, e o trecho em questão tratava do conflito.

Lula comentou sobre a declaração do presidente chileno em resposta a jornalistas. O ex-presidente brasileiro afirmou que Boric é um “jovem impaciente e precipitado” e que não está acostumado a participar de cúpulas internacionais.

“Eu não tenho o porquê concordar com o Boric, é uma visão dele”, rebateu o petista. “Possivelmente, a falta de costume de participar dessas reuniões faz com que um jovem seja mais sequioso e mais apressado, mas as coisas não são assim”, disse o presidente brasileiro aos jornalistas em Bruxelas nesta quarta-feira, dia 19.

“A gente tem que compreender que nem todo mundo concorda com a gente”, disse Lula. “Nem todo mundo tem a mesma pressa e visão sobre a mesma coisa”, argumentou o presidente brasileiro.

Deu no Conexão Política

Mundo

Governo socialista: Boric anuncia novas reformas no Chile

Bolsonaro ofendendo presidente do Chile

 

O presidente do Chile, Gabriel Boric, anunciou nesta quarta-feira, 2, a sua prometida reforma da previdência, que prevê a criação de um modelo misto com um aumento de 10% para 16% da contribuição a ser paga pelo empregador e a possibilidade de o Estado gerir os fundos. Os afiliados “serão os proprietários das suas poupanças e poderão decidir livremente entre gestores de investidores privados ou o investidor público”, explicou o presidente.

Boric detalhou que o sistema é constituído por três pilares: a capitalização individual atual, que manterá as contribuições obrigatórias que pertencem a cada trabalhador; a contribuição de 6% do Seguro Social, que é paga pelos empregadores; e a contribuição feita pelo Estado através da Pensão Garantida Universal (PGU). Esta última será aumentada com esta reforma para 250 mil pesos (cerca de R$ 1.360), assim que o Congresso aprovar a reforma tributária.

”As AFPs (administradoras privadas de fundos de pensões), nesta reforma, acabam. Haverá novos gestores de investimentos privados com o objetivo exclusivo de investir fundos de pensões e, além disso, haverá uma alternativa pública, que promoverá a concorrência com a entrada de novos players”, declarou Boric.

O chefe de Estado insistiu que “o atual sistema de pensões está em crise” e que as pensões atuais “não são suficientes” para que as pessoas “sustentem uma vida digna na velhice, por mais que tenham trabalhado arduamente durante as suas vidas”. “Já houve duas tentativas fracassadas nos últimos anos e o público não perdoará outro fracasso político”, reiterou.

Boric, que recordou que esta reforma “tem sido esperada e adiada há mais de 15 anos”, convidou parlamentares, empregadores, AFPs, trabalhadores e organizações para “alimentar” o debate que acabará sendo definido no Congresso, onde o seu partido não tem maioria.

Informações da EFE

Mundo

Boric sinaliza reforma ministerial no Chile após derrota em plebiscito

 

Após derrota da proposta de uma nova Constituição em plebiscito, o presidente do Chile, Gabriel Boric, sinalizou neste domingo, 4 que fará uma reforma ministerial nos próximos dias. “Fazer frente a estes importantes e urgentes desafios exigirá ajustes rápidos em nossas equipes governamentais”, disse Boric em discurso transmitido em cadeia nacional de televisão logo após o anúncio do resultado da consulta popular.

A possibilidade de uma mudança no governo estava em discussão há algumas semanas, enquanto as pesquisas de intenção de voto já apontavam que o “rechaço” à proposta de Carta Magna ganharia o plebiscito.

Empossado em março deste ano, o governo Boric começou a dar alguns tropeços já nos primeiros dias. O próprio Boric afirmou durante uma reunião do Conselho de Ministros, um mês depois de tomar posse, que o governo havia “decolado com turbulência”.

Informações da EFFE

Política

Após campanha marcada até por teste de drogas, Chile vai às Urnas neste domingo

 

Dividido entre a esquerda e a ultradireita, o Chile vai às urnas neste domingo, 19, escolher o próximo presidente do país em um segundo turno disputado entre Gabriel Boric, deputado de 35 anos vindo do movimento estudantil, e José Antonio Kast, advogado e ex-deputado de 55 anos. As certezas internacionais são de que aquele que sair vitorioso fará um governo mais fora do centro do que qualquer outro presidente desde o fim da ditadura no país, o que fez os candidatos, ao longo dos poucos dias de campanha, adotarem um tom mais moderado para tentar angariar eleitores. A última pesquisa Cadem de intenção de votos feita antes do segundo turno mostrou uma disputa apertada, com 52% dos votos válidos para Boric e 48% para Kast, o que sinaliza uma redução da vantagem do candidato da esquerda, que tinha 54% das intenções em análise feita no dia 26 de novembro.

Enquanto Boric tem a ex-presidente Michelle Bachelet ao seu lado, que revelou na última terça-feira, 14, o apoio a ele em prol do respeito aos direitos humanos e à criação de uma nova Constituição no país, Kast tem dificuldades de se livrar da imagem de saudosista do período da ditadura militar, já que por mais de uma vez fez menções a Pinochet. No meio da campanha do segundo turno, ele também precisou fazer declarações públicas para afastar sua imagem do nazismo quando a Agência AP divulgou imagens de um registro no nome do pai de Kast, Michael Kast, no partido nazista em 1942, auge da Segunda Guerra Mundial. “Além de um pedaço de papel, eu e toda a minha família abominamos os nazistas”, afirmou em entrevista a uma rádio local.

 

Deu na Jovem Pan

Política

Chile terá disputa entre o ultradireitista Kast contra o esquerdista Boric no segundo turno das eleições

José Antonio Kast e Gabriel Boric se enfrentam no segundo turno chileno

 

Chile terá uma disputa entre o ultradireitista José Antonio Kast e o esquerdista Gabriel Boric, no segundo turno das eleições presidenciais, marcadas para o dia 19 de dezembro. Ao menos, é o que aponta a apuração do país, que com 71,45% das urnas, mostra Kast com 28,30%, e Boric com 25,07%. Desta forma, esta será a primeira vez desde o retorno à democracia em 1990 que os partidos tradicionais de centro-esquerda e centro-direita não conseguem passar pelo primeiro turno.

Os candidatos prediletos da população têm agendas muito diferentes, o que obrigará os chilenos a escolher em dezembro entre o governo mais de esquerda desde Salvador Allende (1970-1973) ou o mais de direita desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Boric, um deputado de 35 anos e ex-líder estudantil que se descreve como ambientalista, feminista e regionalista, quer expandir o papel do Estado para um modelo de bem-estar semelhante ao da Europa. Kast, um advogado católico de 55 anos, pretende reduzir o papel do Estado, baixar os impostos, lidar duramente com a migração irregular e proibir o casamento gay e todas as formas de aborto.

O economista liberal Franco Parisi, que vive nos Estados Unidos e nem sequer foi ao Chile para as eleições, continua sendo a surpresa do dia, com 13,31% dos votos, de acordo com a última contagem. Parisi desloca, assim, o governista e ex-ministro Sebastián Sichel para o quarto lugar e empurra a candidata da centro-esquerda, a democrata-cristã Yasna Provoste, para a quinta posição. Muito atrás, com menos de 8% dos votos, estão Marco Enríquez-Ominami e Eduardo Artés, da esquerda radical.

Informações da JP News