Economia

3R Petroleum anuncia o 8º aumento no preço da gasolina e diesel na refinaria do RN

 

Para quem acreditou nas promessas de campanha de Lula de que a gasolina iria baixar deve estar realmente muito decepcionado.

A 3R Petroleum, empresa privada responsável pela administração dos campos de exploração de petróleo antes operados pela Petrobras no Rio Grande do Norte, informou nesta quinta-feira 27 um novo aumento nos preços dos combustíveis na refinaria Clara Camarão, localizada em Guamaré.

Segundo o comunicado divulgado, o litro da gasolina, que anteriormente custava R$ 3,082, passou para R$ 3,2044. Já o diesel, que estava sendo comercializado a R$ 3,132, sofreu um acréscimo e será vendido por R$ 3,3416.

Este é o oitavo reajuste nos preços promovido pela empresa desde que assumiu o controle da unidade de produção potiguar, em 8 de junho. Notavelmente, este é o quarto aumento apenas neste mês.

A política de reajustes da 3R Petroleum, aliada à nova estratégia de preços da Petrobras, que tem segurado seus ajustes, está tornando a gasolina vendida no mercado potiguar aproximadamente R$ 0,80 mais cara do que os valores praticados em estados vizinhos, como Paraíba e Pernambuco. No caso do diesel, a diferença chega a cerca de R$ 0,50 por litro, prejudicando os consumidores do Rio Grande do Norte.

Os consumidores e setores que dependem do transporte de mercadorias estão preocupados com o impacto dos sucessivos aumentos no orçamento familiar e nos custos operacionais. Até o momento, não foram anunciadas medidas ou intervenções governamentais para conter os reajustes dos combustíveis na região.

A 3R Petroleum justifica os aumentos como necessários para alinhar os preços dos combustíveis à cotação internacional do petróleo e à flutuação cambial. A empresa assegura que continuará monitorando o mercado e realizando os ajustes conforme as variações externas e internas que impactam os custos de produção e importação dos combustíveis.

Quem fez o “L” acreditando que a gasolina iria baratear, realmente quebrou a cara.

A questão agora é saber “quando” será o próximo aumento.

 

Cidade, Economia

Preço da cesta básica em Natal chega a R$ 429,35 em junho

Foto: Tânia Rêgo

 

O Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal) realizou pesquisa de preço da cesta básica no mês de junho e identificou, na capital potiguar, um aumento no preço médio de R$ 0,38 em relação ao mês de maio, que custava R$ 428,97. Agora, com a alta, a pesquisa encontrou um preço médio da cesta básica de R$ 429,35.

No mês de junho, como durante todo o ano, a cesta básica mais barata foi encontrada nos atacarejos, onde o preço médio em junho foi de R$ 390,92. Seguindo a mesma tendência, os supermercados de bairro possuem o segundo melhor preço da cesta básica, um preço médio de R$ 435,98.

A cesta básica mais cara foi encontrado nos hipermercados e supermercados de maior porte com o preço médio de R$ 452,17, ou seja, esses estabelecimentos estão mais caros em R$ 16,19 em relação aos supermercados de bairro e R$ 61,25 mais caro que os atacarejos.

O Núcleo de Pesquisa acompanha semanalmente 26 estabelecimentos comerciais da capital potiguar, os pesquisadores coletam o preço de 40 itens que compõem a cesta básica, classificados em quatro categorias: Mercearia, Açougue, Higiene/Limpeza e Hortifruti.

Nestas categorias são pesquisados três segmentos: oito hipermercados, sete atacarejos e 11 supermercados de bairro, contemplando assim as quatro zonas da cidade como: Hipermercados, Supermercados e Atacarejos.

O preço médio no início do ano foi de R$ 432,47, o maior custo encontrado pela pesquisa foi no mês de março com um preço médio de R$ 435,83 sendo o maior do semestre, por fim no mês de junho o custo da cesta básica ficou em R$ 429,35 em média.

Análise aponta perda de poder de compra para o trabalhador

Analisando o preço da cesta básica, o Núcleo de Pesquisa acredita que, no primeiro semestre do ano, o trabalhador vem perdendo o poder de compra de alimento, esse fato é verificado através de análise da cesta básica com o salário-mínimo de R$ 1.320,00 que, em tese, supriria as necessidades alimentares básicas de uma família com quatro pessoas durante um mês. Em relação a cesta básica, o custo médio no primeiro semestre do ano é de 35,40%, e isso representa 72,04 horas de trabalho no mês.

Açougue e hortifruti apresentam menores preços dentro da cesta básica

As categorias de açougue e hortifruti foram as que apresentaram maiores reduções em seus custos médios. As diferenças foram significativas, no início do ano a categoria de açougue estava com um preço médio de R$ 253,23 e no final do semestre o preço é de R$ 251,75, ou seja, uma redução de R$ 1,48.

Já a categoria de hortifrúti foi de R$ 53,84, no início do ano o custo médio era de 56,50 e no final do semestre essa categoria apresenta um custo de R$ 53,79, nessa categoria foi encontrado a maior diferença de R$ 2,71 no período.

A redução encontrada nas categorias de açougue e hortifrúti, e o preço médio delas ter se mantido constante durante o semestre confirma o percentual acumulado encontrado de doze por cento ter sido um percentual significativo.

Em relação à categoria de hortifrúti, a pesquisa tem encontrado uma maior redução em relação às demais categorias é referente a sazonalidades dos produtos que compõem essa categoria, ou seja, esses produtos estão.

Reforma Tributária pode aumentar preços das cestas básicas

Para o Núcleo de Pesquisa, foram observadas variações negativas e preços elevados em alguns meses deste ano, causando uma certa instabilidade nos preços ao consumidor final. No primeiro semestre, a pesquisa encontrou tensão no comércio varejista que foi desde a mudança na política econômica no início do ano, devido à troca de governo, até recentemente com a proposta da Reforma Tributária apresentada no Congresso Nacional.

O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, afirma que: “caso a Reforma seja aprovada no Congresso Nacional, o aumento médio na tributação será de 93,5%, as regiões Centro-Oeste e Sudeste aparecem logo em seguida na lista, com altas previstas de 69,3% e 55,5%. Para a região Norte e Nordeste, o incremento deve ser de 40,5%, 35,8%”.

Estudos realizados pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) do Mato Grosso indicam que produtos da cesta básica como carne poderão ter aumento de 10,3%. Também sofrerão aumento de preço com a Reforma Tributária, segundo o estudo, os preços do pão francês, leite, açúcar, café, arroz, feijão e óleo de soja.

Em junho, o preço médio da carne de primeira na capital potiguar foi de R$ 45,55, pela previsão do estudo o preço da carne elevará para R$ 51,15. Então, o consumidor natalense não terá boas perspectivas nos preços para um segundo semestre em relação a cesta básica e deve pesquisar antes de sair para as compras, segundo o Procon.

Os dados analisados apresentam preços que variam durante determinadas semanas do mês, assim como diferentes dias da semana. Com posse dessas informações levantadas pelo Núcleo de Pesquisa, o consumidor deve estar atento aos preços que variam durante o mês.

Deu no Agora RN

Economia

No 1º semestre, Natal teve a maior alta da cesta básica entre 17 capitais

 

No acumulado do primeiro semestre de 2022, Natal registrou a maior alta no preço da cesta básica de alimentos entre 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

A variação em Natal no período de janeiro a junho foi 15,53%, seguida de Aracaju (15,03%); Recife (15,02%) e João Pessoa (14,86%). Hoje, o valor do conjunto de alimentos básicos é de R$ 611,79 e corresponde a mais de 50% do valor do salário mínimo líquido deste ano. Em maio, a cesta básica custa R$ 586,42.  Em todas as capitais, o custo da cesta básica, composta por 12 alimentos, teve alta este ano.

Entre maio e junho, nove cidades registram alta e os maiores aumentos ocorreram no Nordeste. A variação mensal da capital potiguar foi de 4,33%, sendo a segunda mais alta. Fortaleza liderou com aumento de 4,54% e João Pessoa ficou em terceiro  (3,36%). Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).

A comparação do valor da cesta entre junho de 2022 e junho de 2021 mostrou que todas as capitais tiveram alta de preço, de acordo com a pesquisa. No caso de Natal, a variação foi de 22,31%.

Além de Natal, outras capitais nordestinas apresentaram altas semelhantes: Recife (24,29%), São Paulo e Campo Grande (23,97%). O Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.527,67. Hoje, o salário mínimo brasileiro é de R$ 1.212,00.

A pesquisa mostra ainda que, considerando o salário mínimo líquido, em junho de 2022, após o desconto de 7,5% da Previdência Social, o trabalhador natalense precisou comprometer 54,57% da remuneração para adquirir os produtos da cesta básica, que é suficiente para alimentar um adulto durante um mês. Em maio de 2022, o percentual foi de 52,31% e, em junho de 2021, ficou em 49,16%.

O trabalhador natalense remunerado pelo salário mínimo, mostra o Dieese, precisou trabalhar 111 horas e 03 minutos para adquirir a cesta básica. Em maio de 2022, o tempo de trabalho necessário foi de 106 horas e 27 minutos, e, em junho de 2021, de 100 horas e 02 minutos.

Mais em algumas cidades o tempo ainda é maior, como em São Paulo, onde chega a 141 horas. Na capital paulista, o trabalhador compromete 69,31% do salário mínimo. São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 777,01), seguida por Florianópolis (R$ 760,41), Porto Alegre (R$ 754,19) e Rio de Janeiro (R$ 733,14).

Nas cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 549,91), Salvador (R$ 580,82) e João Pessoa (R$ 586,73). Entre junho de 2022 e junho de 2021, todas as capitais tiveram alta de preço, com variações que oscilaram entre 13,34%, em Vitória, e 26,54%, em Recife.

Informações da Tribuna do Norte

Economia

Inflação oficial fica em 1,06% em abril, diz IBGE

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, de abril foi 1,06%. A taxa ficou abaixo da registrada em março (1,62%). Mas, ao mesmo tempo, foi o índice mais alto para um mês de abril desde 1996 (1,26%).

Segundo dados divulgados hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada em 12 meses chegou a 12,13%, acima dos 12 meses imediatamente anteriores e a maior desde outubro de 2003 (13,98%). A taxa acumulada no ano chegou a 4,29%.

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em abril. Os alimentos, com inflação de 2,06%, tiveram o maior impacto na inflação oficial do mês.

“Em alimentos e bebidas, a alta foi puxada pela elevação dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (2,59%). Houve alta de mais de 10% no leite longa vida, e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o tomate (10,18%), óleo de soja (8,24%), pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%)”, explica o pesquisador do IBGE André Almeida.

Os transportes tiveram alta de preços 1,91% e foi o segundo principal responsável pelo IPCA do mês. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% da inflação do mês.

Também registraram alta de preços os grupos saúde e cuidados pessoais (1,77%), artigos de residência (1,53%), vestuário (1,26%), despesas pessoais (0,48%), comunicação (0,08%) e educação (0,06%).

Informações da Agência Brasil

Economia

Petrobras aumenta em 8,87% o preço do diesel nas refinarias

Foto: Tomaz Silva

A Petrobras anunciou hoje (9) um reajuste de 8,87% no preço do diesel para as distribuidoras. De acordo com a empresa, o preço do litro do combustível no atacado passará de R$ 4,51 para R$ 4,91, um aumento de R$ 0,40 a partir de amanhã (10).

Segundo a empresa, esse é o primeiro reajuste do combustível em 60 dias. A gasolina e o GLP tiveram seus preços mantidos.

Com o reajuste, a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel passará a custar para a distribuidora R$ 4,42 por litro, em vez dos atuais R$ 4,06, uma alta de R$ 0,36.

Essa é a parcela da Petrobras no preço cobrado do consumidor, que ainda inclui custos e margens de lucro das distribuidoras e dos postos de combustível, além do ICMS.

A empresa justifica o aumento informando que o balanço global de diesel está sendo impactado, nesse momento, por uma redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras. Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, informa a empresa na nota divulgada à imprensa.

A Petrobras informa ainda que suas refinarias estão operando próximo ao nível máximo e que o refino nacional não tem capacidade de atender a toda a demanda do país.

“Dessa forma, cerca de 30% do consumo brasileiro de diesel é atendido por outros refinadores ou importadores. Isso significa que o equilíbrio de preços com o mercado é condição necessária para o adequado suprimento de toda a demanda, de forma natural, por muitos fornecedores que asseguram o abastecimento adequado”, explica a Petrobras na nota.

Com informações de Agência Brasil

Economia

Manutenção do dólar em baixa vai frear disparada da inflação no Brasil, avaliam economistas

Aumento da cesta básica durante a Pandemia – Foto: Bruno Vital

 

O drama de se deparar com preços mais elevados a cada ida ao supermercado ou posto de combustíveis pode estar com os dias contados. O alívio no bolso, segundo economistas, deve ser motivado pela manutenção do dólar em um nível abaixo de R$ 5.

Desde a virada do ano, a moeda norte-americana já desabou 15% até o pregão de quinta-feira (7), de R$ 5,57 para R$ 4,71. A queda da divisa ante o real é motivada pela entrada de investidores estrangeiros no Brasil em meio à guerra na Ucrânia e o salto da taxa básica de juros.

“O dólar mais baixo ajuda a reduzir o custo para importações, o que pode deixar mais barato os importados ou aqueles que usam matérias-primas que vêm de fora”, avalia Rafael Marques, CEO da assessoria de investimentos Philos Invest.

De acordo com João Beck, economista e sócio da BRA, cada queda de 10% reduz um ponto percentual da inflação. “O impacto ocorre, principalmente, no setor de alimentos”, destaca ele ao mencionar o papel essencial da divisa no preço de commodities (matérias-primas com cotação internacional) e derivados, com carnes, laticínios e pães.

Jansen da Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, explica que a queda no preço dos produtos importados é determinante para aliviar a alta dos preços. “Empresas que normalmente têm custo com matéria-prima em dólar e aquelas que precisam de componentes importados são diretamente afetadas [pelas variações cambiais], e seus produtos tendem a ficar mais baratos”, afirma.

“Em fevereiro, o grupo de Alimentação sofreu impactos dos excessos de chuvas e também de estiagens que prejudicaram a produção em diversas regiões de cultivo no Brasil”, ressaltou Pedro Kislanov, gerente responsável pela pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na divulgação dos dados.

Economia

Inflação de março atinge 1,6%, e chega a 11,3% em doze meses

 

inflação voltou a ganhar força em março ao registrar alta de 1,62%, contra avanço de 1,01% em fevereiro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 8, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o maior registro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês desde 1994, quando foi a 42,75%, no período que antecedeu o plano Real. O resultado fez o acumulado em 12 meses subir para 11,3%, acima do patamar de 10,54% observado no período encerrado em fevereiro. É a maior taxa de 12 meses acumulados em fevereiro em 19 anos, quando registrou 16,57%. Os dados já trazem os impactos da guerra no Leste Europeu na variação de preços, principalmente de commodities energéticas e agrícolas.

O resultado afasta a inflação da meta de 3,5% perseguida pelo Banco Central (BC), com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 2% e 5%. Analistas do mercado não enxergam a possibilidade de a autoridade monetária deixar o IPCA abaixo do limite máximo. Previsão do Boletim Focus, que reúne a estimativa de mais de uma centena de instituições, aponta para a taxa a 6,86% ao fim de 2021. Caso isso ocorra, será o segundo ano consecutivo que a inflação estoura o teto da meta imposta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Em 2021, a variação de preços foi a 10,06%, ante limite máximo de 5,25%.

Os principais impactos vieram dos transportes (3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%). Os dois grupos, juntos, contribuíram com cerca de 72% do índice do mês. No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis (6,70%), com destaque para gasolina (6,95%), que teve o maior impacto individual (0,44 p.p.) no indicador geral. “Tivemos um reajuste de 18,77% no preço médio da gasolina vendida pela Petrobras para as distribuidoras, no dia 11 de março. Houve também altas nos preços do gás veicular (5,29%), do etanol (3,02%) e do óleo diesel (13,65%). Além dos combustíveis, outros componentes ajudam a explicar a alta nesse grupo, como o transporte por aplicativo (7,98%) e o conserto de automóvel (1,47%). Nos transportes públicos, tivemos também reajustes nas passagens dos ônibus urbanos em Curitiba, São Luís, Recife e Belém”, explica o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

No grupo dos alimentos e bebidas, a alta de 2,42% decorre, principalmente, dos preços dos alimentos para consumo no domicílio (3,09%). A maior contribuição foi do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. A cenoura avançou 31,47% e já acumula alta de 166,17% em 12 meses. Também subiram os preços do leite longa vida (9,34%), do óleo de soja (8,99%), das frutas (6,39%) e do pão francês (2,97%). “Foi uma alta disseminada nos preços. Vários alimentos sofreram uma pressão inflacionária. Isso aconteceu por questões específicas de cada alimento, principalmente fatores climáticos, mas também está relacionado ao custo do frete. O aumento nos preços dos combustíveis acaba refletindo em outros produtos da economia, entre eles, os alimentos”, afirma o pesquisador.

O grupo habitação (1,15%) teve aumento por conta do gás de botijão (6,57%), cujos preços subiram devido ao reajuste de 16,06% no preço médio de venda para as distribuidoras, em março. também houve aceleração nos preços dos grupos vestuário (1,82%) e saúde e cuidados pessoais (0,88%). O único com queda foi comunicação, com -0,05%. Os demais ficaram entre o 0,15% de educação e o 0,59% de despesas pessoais.

No esforço de trazer a inflação para a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros de 9,25% para 10,75% ao ano em fevereiro. Foi o terceiro acréscimo seguido de 1,5 ponto percentual na Selic. O Banco Central deixou contratada nova alta no encontro da próxima semana, apesar de admitir desaceleração no aperto. O mercado financeiro estima que a Selic fique a 12,25% ao ano, mas a recente pressão com o conflito no Leste Europeu faz com que parte dos analistas enxerguem os juros encostando em 14% ao ano. A escalada dos juros prejudica as atividades econômicas pela taxa ser usada como base em financiamentos e empréstimos.

Economia

Exemplo do vizinho: Inflação dispara na Argentina e chega a 50,9% em 2021

Aumento no preço da carne bovina foi um dos itens que puxaram a inflação para cima Foto: Divulgação

 

O índice de preços ao consumidor na Argentina se acelerou em dezembro, quando registrou 3,8% de aumento, fechando o ano de 2021 em 50,9%, uma das taxas de inflação mais altas do mundo, segundo dados divulgados nesta quinta, 13, pelo Instituto de Estadísticas, órgão oficial do governo. No ano, o preço dos alimentos aumentou 50,3%. Os maiores índices foram os dos restaurantes e hotéis (65,4%) e transporte (57,6%). Em 2020, ano de paralisia da economia devido à pandemia de covid-19, a inflação argentina tinha sido de 36,1%. Em 2019, registrou 53,8%. Para 2022, o governo projetou um índice inflacionário de 33% no orçamento nacional, que acabou sendo rejeitado pelo Parlamento, onde a oposição criticou os números por não serem realistas. Segundo pesquisa do Banco Central, a inflação deste ano será de 55%.

A Argentina está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para alcançar um acordo de facilidades estendidas em substituição ao empréstimo de US$44 bilhões, assinado em 2018, no governo de Mauricio Macri. No entanto, o governo de centro-esquerda Alberto Fernández não pôde avançar em um novo acordo por divergências sobre como alcançar o equilíbrio fiscal, segundo o próprio chefe de Estado. A Argentina enfrenta pagamentos ao FMI de US$19 bilhões este ano e outros US$ 20 bilhões em 2023, além de US$ 4 bilhões em 2024, e o país precisa encontrar um entendimento que permita adiar estes pagamentos. Já no fim de março se dará o vencimento de quase US$3 bilhões.

Deu na AFP