Notícias

Fátima não paga salários e médicos ameaçam paralisação já nesta semana

 

Mais de 60 médicos que prestam serviço nas UTIs dos hospitais Walfredo Gurgel, Maria Alice Fernandes e Santa Catarina podem paralisar as atividades nesta semana em virtude falta de pagamento do governo da petista Fátima Bezerra.

A informação é da Cooperativa dos Médicos do RN. Os profissionais ainda aguardam pagamento salarial do mês de junho de 2023 e uma reunião deve ser feita hoje (10) com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) para negociar o pagamento.

Ainda segundo a cooperativa, todos os contratos com o Governo do Estado estão em atraso. Isto é, profissionais da alta e média complexidade, médicos plantonistas, aqueles que atendem no SAMU, urgência e emergência, além daqueles atendem em UTIs pediátricas. Caso não ocorra o pagamento, a paralisação pode ser feita “a qualquer momento”, pontuou também.

Segundo diretor do Walfredo Gurgel, Tadeu Alencar, os médicos cooperados atuam na “porta do hospital”, ou seja, atendendo pacientes que chegam ao local por alguma emergência. Ele assegura, no entanto, que a população não sofreria com a paralisação, mas que os demais profissionais que assumissem a demanda extra ficariam sobrecarregados.

Com informações da Tribuna do Norte

Notícias

Sindicatos protestam contra atrasos de pagamentos pelo governo Fátima Bezerra

 

A pior gestão da história do Rio Grande do Norte segue seu rumo desastroso. Parece piada, mas a administração do Partido dos Trabalhadores deixa justamente o TRABALHADOR desassistido em seus direitos mais básicos e fundamentais.

O recorrente atraso do governo Fátima Bezerra em realizar os pagamentos de salários tem desagradado trabalhadores da Saúde no RN.

Para Carlos Alexandre, coordenador do Sindsaúde/RN, falta compromisso do Governo do Estado junto à categoria.

Os profissionais da Enfermagem do RN não são os únicos a demonstrar insatisfação com a petista por causa de problemas referentes a questões salariais.

Quem também tem enfrentado problemas é o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte/RN). A liberação da sexta parcela do retroativo do piso salarial de 2022, prevista para o último dia 30, não ocorreu.

O Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público da Administração Direta do RN (Sinsp), por exemplo, tem cobrado a antecipação do 13º salário para todos os servidores, bem como recomposição salarial para  o quadro. Além disso, o Sinsp reclama da falta de repasses referentes aos empréstimos consignados.

Já no Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Indireta do Estado (Sinai), as negociações têm se dado em torno de pautas como o atraso do cumprimento da data-base dos trabalhadores do Detran e da recomposição salarial de profissionais do Ipern.

Economia

Bloqueio de Bolsa Família de beneficiários que moram sozinhos gera filas e tumultos

 

O bloqueio do Bolsa Família de 1,2 milhão beneficiários do programa neste mês de abril resultou em longas filas e tumulto nos postos de atendimento das prefeituras, criando uma espécie de corrida pelo recadastramento nas principais cidades do país.

A suspensão é resultado de uma ofensiva do governo federal contra possíveis fraudes entre beneficiários cadastrados como famílias unipessoais -compostas por uma única pessoa- no sistema de pagamento do benefício federal, mas que, na realidade, moram junto com outras pessoas.

O objetivo do Ministério do Desenvolvimento Social é combater fraudes, verificando possíveis inconsistências na composição familiar dos beneficiários. Estão na mira os cadastros realizados pelo governo Jair Bolsonaro (PL) no segundo semestre de 2022.

Segundo o ministério, em março, a entrada de cadastros unipessoais foi 66% menor do que a média verificada em 2022, quando chegaram a entrar quase 500 mil cadastros unipessoais em um único mês.

Para reaver a renda, o cidadão tem prazo de até 60 dias para provar que realmente mora sozinho e tem direito ao benefício. Caso contrário, a partir de julho, o Bolsa Família será cancelado.

Em Salvador, uma fila com cerca de 50 beneficiários de famílias unipessoais tomava as calçadas do entorno da sede da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza, no bairro do Comércio, na manhã desta quarta-feira (19).

Dentre os beneficiários que tiveram o Bolsa Família bloqueado estava a auxiliar administrativa Selma Maria da Silva, 57 anos. Ela afirma que se cadastrou no programa em agosto do ano passado e que não houve nenhuma mudança na sua estrutura familiar desde então.

“Vou repetir as mesmas informações que dei no ano passado. Estou na necessidade, desempregada desde 2020, e o benefício ajuda a me manter”, afirma.

Também estava na fila o ambulante José Nascimento dos Santos, que trabalha vendendo água e picolé nas ruas do centro de Salvador. Ele recebe R$ 600 do programa há cerca de um ano e diz que mora sozinho.

A situação é semelhante em outras capitais. Em Fortaleza, a prefeitura informou que haverá reforço nas esquipes de atendimento para suprir o repentino aumento de demanda.

Ao todo, 160,5 mil beneficiários tiveram o benefício bloqueado para averiguação na capital cearense. A prefeitura mantém 44 pontos de atualização de Cadastro Único com 157 funcionários para atender ao público diariamente.

O Rio de Janeiro também teve relatos de filas maiores do que as habituais em parte dos Cras (Centro de Referência em Assistência Social) nesta semana. Conforme a Secretaria Municipal de Assistência Social, a busca por atendimento mais do que dobrou nas unidades mais procuradas.

Na quarta, a maior demanda estava concentrada nos bairros Santa Cruz, Bangu, Bonsucesso e Penha. A secretaria afirma que implementa ações desde o início do mês para “otimizar o atendimento”, incluindo reforço no número de funcionários e horários estendidos.

Em Recife, a prefeitura informou que, até o momento, não registrou aumento significativo pela procura por atendimento referente ao cadastro do Bolsa Família e que não houve registro de filas nas unidades especializadas.

Na Central do CadÚnico, a demanda é espontânea e não é preciso agendamento. Contudo, nos Cras o atendimento deve ser agendado previamente, por meio da plataforma Conecta Recife.

Diretora de relação institucional e internacional da Rede Brasileira de Renda Básica, Paola Loureiro Carvalho afirma que a estrutura e mão de obra dos Cras não está pronta para lidar com o volume de atendimento previsto, ainda que o bloqueio fosse esperado.

Ela ainda destaca que não se trata exatamente de um recadastramento, mas que o beneficiário é convocado a comparecer ao Cras para assinar um termo de responsabilidade para confirmar que mora sozinho.

“Os órgãos de controle estão cobrando uma explicação de porque houve um crescimento desse tipo de família [unipessoal], ao invés da composição das famílias tradicionais que compunham o Bolsa Família”, diz a diretora.

Em grupos em uma rede social, beneficiários relatam que, às vésperas do saque, encontram a mensagem no aplicativo informando sobre o bloqueio.

Uma beneficiária que pediu para não ser identificada disse que foi convocada e precisou ir duas vezes ao Cras para fazer a atualização do cadastro. Como viu que os dados não haviam mudado no aplicativo, ela decidiu voltar à unidade e pedir um comprovante para poder ir à Justiça caso seu benefício seja cancelado.

Anderson Delgado, 34, compareceu duas vezes ao Cras para regularizar sua situação. Em março, ele conta que seguiu o procedimento, assinou o termo de responsabilidade e conseguiu retirar o benefício referente àquele mês.

No entanto, nesta semana diz que recebeu o aviso pelo aplicativo do Bolsa Família informando que deveria comparecer para regularizar sua situação.

“A segunda vez que fui no Cras, eles disseram que não era viável fazer o recadastramento, porque fazia menos de um mês e que era só aguardar até junho para ver o que ia ser feito. Eu tenho dinheiro de abril para receber e não sei o que eu devo fazer”, diz o beneficiário.

A Prefeitura de São Paulo informou, em nota, que faz a revalidação de famílias com cadastro unipessoal desde novembro de 2022, de acordo com as recomendações do governo federal. Os atendimentos das unidades paulistas são realizados mediante agendamento, mas há a possibilidade de encaixe na agenda caso haja vaga por não comparecimento.

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome foi procurado pela reportagem para uma manifestação nesta quinta-feira (20).

A pasta informou que a solicitação estava com as áreas técnicas responsáveis, mas não retornou com um posicionamento até a publicação desta reportagem.

Principal programa social dos governos do PT, o Bolsa Família foi reformulado e o novo valor, de no mínimo R$ 600 por pessoa, começou a ser pago em março. O programa substituiu o Auxílio Brasil, criado no governo Bolsonaro também em substituição o antigo Bolsa Família, com alterações como pagamento de valor extra por filhos menores que estão na escola.

Deu no Folha Press

Saúde

Por conta de atrasos nos pagamentos, paralisação de anestesistas suspende cirurgias eletivas no SUS

Foto: Sérgio Henrique Santos

 

Hospitais que realizam cirurgias eletivas contratadas pelo Sistema Único de Saúde no Rio Grande do Norte estão com atendimentos suspensos há 10 dias, desde que os médicos anestesistas decidiram paralisar as atividades.

A categoria alega atraso nos pagamentos feitos pelo governo do estado e pela prefeitura de Natal. De acordo com a cooperativa que representa os profissionais, a cirurgias paralisadas são as realizadas dentro do Termo de Cooperação Técnico Financeiro (TCTF) firmado entre o governo federal, estadual e municipal.

O termo abrange cirurgias eletivas de várias áreas realizadas em hospitais públicos e privados conveniados. Também estão inclusos no mesmo contrato os plantões de anestesiologia realizados nas maternidades municipais como a Leide Morais e Araken Farias.

“Em 10 dias, cerca de mil procedimentos, entre cirurgias e exames deixaram de ser feitos”, afirmou médico Madson Vidal, que é diretor técnico da Coopanest.

“Estão suspensos todos os serviços de cardiologia no Incor e Hospital do Coração; os atendimento na Liga, no Hospital Luiz Antônio; as neurocirurgias no Hospital do Coração e no Memorial; as cirurgias ortopédicas no Hospital Memorial e na Clínica Paulo Gurgel; todas as cirurgias infantis no Varela Santiago e as cirurgias para retirada de cálculo na policlínica”, disse.

Saúde

145 mil pessoas ainda não foram tomar a D2 no RN; atrasos na vacinação podem atrapalhar retomada das atividades

Foto: Kleber Teixeira/Inter TV Cabugi

No dia em que atingiu a marca de 85% da população adulta vacinada contra a covid com D1, o Rio Grande do Norte ainda possui mais de 145 mil pessoas em atraso com a aplicação da D2 dos imunizantes contra o coronavírus. Por conta disso, a pasta faz uma espécie de convocação para que a população em atraso busque um ponto de aplicação da D2 para completar o esquema vacinal.

A confirmação do percentual de potiguares que ainda não completaram o esquema vacinal foi repassada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), que lembra que, com a confirmação dos casos da variante Delta no estado, a aplicação da segunda dose se torna ainda mais importante.

Atualmente, 48% da população adulta está totalmente vacinada (tomando duas doses de imunizante ou vacina de dose única). Além disso, a pasta ressalta que a imunização só é completada 15 dias após a aplicação da D2. No estado, já foram aplicadas mais de 3,53 milhões de doses, administradas pelas salas de vacinação distribuídas nos 167 municípios potiguares.