Política

‘Recado político foi dado’, diz Sóstenes sobre ato em Copacabana

 

O segundo-vice-presidente da Câmara dos Deputados , deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deu declaração após a manifestação realizada, no Rio de Janeiro, em Copacabana, neste domingo (21), com a organização do pastor Silas Malafaia, seu padrinho político, e o protagonismo do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro.

Na avaliação do dirigente da Câmara, a concentração da multidão que se reuniu para a manifestação foi uma mensagem com endereço certo.  “O recado político foi dado, da nossa luta por liberdade de expressão e pelo Estado Democrático de Direito”, frisou. 

E completou: “O evento foi ótimo, dentro de todas as perspectivas. Um evento sem violência, mostrando que a direita continua com sua capacidade de ir às ruas com milhares de pessoas”. 

Deu no Diário do Poder

Política

Ato de Bolsonaro no Rio reforça reação à censura e busca união da direita nas urnas

Foto: Sebastião Moreira

 

O próximo ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para a manhã deste domingo (21) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, não é apenas uma continuação do anterior, realizado em 25 de fevereiro na Avenida Paulista, em São Paulo. Além de reiterar a mensagem de defesa do ex-presidente contra as pressões judiciais enfrentadas por ele e seus aliados, o protesto, que deve ganhar impulso das recentes revelações do Twitter Files sobre censura do Judiciário, busca consolidar um momento favorável para a direita no país e promover um apelo à unidade.

Nas últimas semanas, Bolsonaro e seus apoiadores mais próximos têm se empenhado em construir pontes e suavizar conflitos, especialmente visando as eleições municipais.

Sua peregrinação pelo país, acompanhado pela esposa Michelle, presidente do PL Mulher, tem dado continuidade ao planejamento do partido, apesar das restrições impostas na esteira da operação Tempus Veritatis, da Polícia Feral (PF), como a proibição de contato entre Bolsonaro e o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

A expectativa é que a manifestação no Rio reflita menos tensão em comparação com a anterior, durante a qual Bolsonaro se sentiu pressionado, inclusive enfrentando o risco de prisão pouco tempo após ter seu passaporte apreendido pela PF.

Desde então, a oposição tem conquistado alguns avanços no Congresso, demonstrando a possibilidade de uma resposta ao ativismo judicial. Houve, por exemplo, o engavetamento do PL das Fake News (PL 2630/20), que deverá ser rediscutido em um novo texto, e uma abertura de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, para tratar sobre foro privilegiado e prerrogativas parlamentares.

Um novo fator significativo para esta mudança de clima foi o apoio externo à luta de Bolsonaro contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Supremo Tribunal Federal (STF), com o bilionário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), assumindo um papel ativo nessa questão. Desde 6 de abril o empresário vem questionando diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, sobre “exigir tanta censura no Brasil” e acusando-o de ser um ditador.

Bolsonaro mesmo procurou amplificar as repercussões do confronto entre a plataforma digital e a Suprema Corte, destacando o “apoio significativo de fora”, vindo daquele que ele chamou de “mito de nossa liberdade”. Em um vídeo postado nesta quinta-feira (18), o ex-presidente afirmou que “o mundo ficou sabendo que o Brasil está à beira de uma ditadura”, graças à decisão de Musk de desafiar publicamente medidas judiciais tomadas por Moraes.

O ato em Copacabana ocorrerá neste contexto e apenas quatro dias após as revelações de um relatório do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos – equivalente à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados – que expôs, por meio de documentos solicitados à rede social de Musk, a falta de transparência e escala da censura no Brasil. E Bolsonaro fez questão de conectar a manifestação deste domingo à causa da liberdade de expressão, dizendo que ela diz respeito às gerações futuras.

No entanto, os organizadores mantiveram precauções, como pedir que manifestantes evitem trazer cartazes e faixas, além de regular a lista de oradores.

Bolsonaro deve voltar a rebater “minuta golpista”

Durante o ato do Rio, que deve durar uma hora e meia, espera-se que Bolsonaro aborde novamente o tema da pacificação nacional, por meio da aprovação pelo Congresso de uma anistia para os presos após os atos de 8 de janeiro, particularmente aqueles não envolvidos em vandalismo. Este argumento foi o ponto mais enfatizado de seu discurso no evento em São Paulo.

O evento deste domingo também visa reforçar a defesa do ex-presidente e de seus aliados contra acusações da Justiça, sobretudo as relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado. “Estaremos discutindo, compartilhando informações, junto com autoridades e o pastor Silas Malafaia, sobre o nosso Estado democrático de direito”, afirmou o ex-chefe do Executivo em um vídeo postado em 6 de abril, na convocação inicial para o ato do Rio.

Bolsonaro enfatizou que abordaria nessa oportunidade “a maior fake news da história do Brasil”, referindo-se à tese amplamente difundida, inclusive entre seus aliados, sobre a existência de uma “minuta do golpe”, termo cunhado pela PF para descrever um documento apócrifo encontrado na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

A ideia de perseguição política dentro das investigações do STF foi levada ao palanque pelo pastor Silas Malafaia durante o ato na Avenida Paulista, em fevereiro. O aliado do ex-presidente, que organizou o evento, concentrou o seu discurso na denúncia de abusos pelo Judiciário, em defesa de Bolsonaro e dos presos do 8 de Janeiro.

As investigações da PF continuam a se basear na “minuta do golpe”, que Bolsonaro e seus aliados rejeitam por considerá-la carente de “plausibilidade jurídica mínima”, destacando que quaisquer medidas discutidas, como a declaração do Estado de Defesa ou do Estado de Sítio, não foram perseguidas e requeriam a aprovação do Congresso.

A defesa do ex-presidente também alega a impossibilidade de um golpe com base em “dispositivos constitucionais que nunca foram implementados e, portanto, não constituem crime”.

Deu na Gazeta do Povo

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Apoiadores parabenizam Bolsonaro pela manifestação em São Paulo

 

A manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na Avenida Paulista, região central de São Paulo, reuniu mais de 700 mil pessoas, de acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Políticos e apoiadores do Rio Grande do Norte repercutiram o evento e parabenizaram Bolsonaro pelo ato.

O senador Rogério Marinho publicou vídeos nas redes sociais em apoio. Na imagem mostra o horário através de um relógio de pulso e em seguida passeia por toda a extensão da Avenida, mostrando o quantitativo de pessoas no local. Na legenda, aproveitou para escrever: “enquanto alguns não conseguem sair nas ruas…”.

Antes do ato, o ex-presidente Bolsonaro esteve reunido com o senador Rogério Marinho, e os governadores Tarcísio Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina). A foto foi publicada no Twitter (X) do potiguar, informando que em breve estariam “em defesa da liberdade e democracia”.

Coronel Azevedo, deputado estadual do RN, também marcou presença na manifestação. Nas redes sociais, publicou foto com diversas personalidades e em um vídeo, repostado através de Flávio Bolsonaro, mostrava o público na Avenida com as palavras: “Uma das coisas mais lindas que eu já vi! O Brasil vai voltar a dar certo! Esse domingo vai ficar na história!”

O deputado federal, General Girão, foi mais um apoiador do Rio Grande do Norte a participar do ato. No Instagram escreveu: “Uma demonstração de patriotismo, civilidade, união e esperança. Somos uma só nação. Queremos paz e nossos valores respeitados. Em uma Avenida Paulista pintada de verde e amarelo, brasileiros mostraram o compromisso com a democracia e a vontade de construirmos juntos um país melhor e mais digno para as futuras gerações. Que a fé em Deus e o amor à Pátria continuem nos guiando. Obrigado, Brasil!”.

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, publicou no Instagram um compilado de momentos na manifestação. Na legenda escreveu: “São Paulo ama vestir verde e amarelo. E que saudade que a gente tava de ver a paulista com as cores de quem ama nosso pais e relembrar o legado que o governo de Jair Messias Bolsonaro deixou para as pessoas. Viva o Brasil!”.

Deu na TN

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PT está “amedrontado” com ato de Bolsonaro, diz Rogério Marinho

Reprodução Roda Viva

O senador e líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta quarta-feira (21) que o PT (Partido dos Trabalhadores) está “amedrontado” com o ato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na av. Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro.

“O PT está amedrontado. A exemplo de outros partidos de esquerda, se utiliza da democracia liberal para chegar ao poder, e lá trabalha para sufocar, constranger e intimidar os que pensam diferente. Exatamente como se comportaram nazistas e fascistas antes, e como se comportam os comunistas agora”, disse o senador em seu perfil no X (antigo Twitter).

A fala foi uma resposta a uma reportagem do site Poder360 sobre o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter acionado a Justiça contra a manifestação de Bolsonaro.

No documento apresentado na segunda-feira (19) ao MPE (Ministério Público Eleitoral) do Estado de São Paulo, o PT diz que o ato pode vir a se tornar um novo 8 de Janeiro –quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vandalizam as sedes dos Três Poderes.

O partido pede medidas de prevenção e investigação de “eventuais crimes” que possam ser cometidos contra o Estado Democrático de Direito e de eventual propaganda eleitoral antecipada e financiamento irregular dos atos.

O partido afirma que Bolsonaro “se notabilizou” por utilizar atos públicos para fazer críticas ao sistema eleitoral brasileiro, às urnas eletrônicas e a autoridades.

Deu no Poder 360

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Esquerda tenta tachar manifestação pró-Bolsonaro como “antidemocrática” e “golpista”

Deputado Maurício Marcon afirma que pelo menos 70 deputados confirmaram presença no ato pelo ex-presidente.| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

Ao protocolar uma representação no Ministério Público Eleitoral contra o ato convocado para o dia 25 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira (20), o Partido dos Trabalhadores tem como estratégia classificar o ato como antidemocrático e imputar crimes aos participantes do evento.

A legenda solicitou ao MPE que determine medidas de prevenção e investigação para conter eventuais crimes contra o Estado Democrático de Direito, de financiamento irregular e de propaganda eleitoral antecipada. Os autores ainda argumentaram que a manifestação pode virar um “novo 8 de Janeiro”, em referência à invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Em contrapartida, a defesa do ex-presidente já havia acionado o STF, no fim de semana, para garantir que ele possa discursar durante o evento deste domingo. Segundo o jornal O Globo, o advogado de Bolsonaro, Jeffrey Chiquini, pediu que a presença do ex-mandatário e o discurso dele “sejam garantidos como exercício constitucional da manifestação do pensamento e direito legítimo de reunião”. A análise deve ser feita pelo ministro Luiz Fux, segundo o advogado.

Publicações nas redes petistas reforçam a narrativa de que ato será “golpista”

Além dessa representação do PT ao MPE, publicações de importantes figuras da legenda mostram o tom adotado pela esquerda para tentar minar o ato convocado por Bolsonaro. Em seu perfil no “X” (antigo Twitter), o líder da bancada do partido na Câmara dos Deputado, deputado Odair Cunha (MG), afirmou que o ex-presidente busca “comparsas” ao convocar a manifestação.

“Os próprios aliados de Bolsonaro já sabem: ele procura por comparsas. E aqueles que participarem de mais essa manifestação golpista convocada por ele poderão incorrer nos mesmos crimes que o inelegível. Bolsonaro nunca defendeu a democracia antes, e não será agora que o fará”, disse o parlamentar na última sexta-feira (16).

A tese de uma manifestação golpista também foi ventilada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Em suas redes sociais, ele classificou a manifestação como “tapetão”. “Sabendo que será preso, mais cedo ou mais tarde, Bolsonaro quer pressionar as autoridades judiciais e a polícia com manifestações a seu favor. Quer se impor no ‘tapetão’. Quer permanecer livre para continuar a ameaçar a democracia”, disse o deputado.

Já para a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann, manifestação na Paulista não será para Bolsonaro se defender, e sim para “se contrapor ao devido processo legal, já que as provas contra ele e sua turma não param de aparecer”.

“É esse chefe terrorista que agora invoca, em seu exclusivo benefício, o estado de direito e a liberdade de expressão e manifestação que tentou, reiteradas vezes, destruir. É esse fascista que agora quer vestir o manto da democracia para mais uma vez atacá-la”, atacou Gleisi em uma longa postagem na rede social X, citando uma lista de supostas ações que ela atribuí ao ex-presidente, como manifestações em rodovias, decreto de estado de sítio, etc.

Na leitura do cientista político Adriano Cerqueira, do Ibmec de Belo Horizonte, o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá adotar uma estratégia “tradicional” do mundo político.

“É um roteiro conhecido. Eles querem transmitir que Bolsonaro está querendo atentar contra a democracia brasileira, que está querendo desestabilizar as instituições do Estado Democrático de Direito, que está querendo caracterizar como perseguição política um processo que seria da Justiça, que vai tentar também explorar eventuais ausências em termos de apoio político. Esse é o roteiro tradicional dos últimos meses”, disse Cerqueira.

Comentando o caso, o cientista político Elton Gomes, professor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), avalia que o objetivo do PT é fragilizar Bolsonaro em um momento em que demonstra força. “É interessante para o presidente Lula e para o seu grupo político eliminar as capacidades de Bolsonaro como cabo eleitoral, como alguém que pode subir no palanque e transferir votos, sobretudo naqueles casos em que a disputa é muito acirrada”, disse Gomes.

E acrescentou: “A estratégia de você questionar a legalidade, acionar os meios legais, fazer pressão sobre figuras da magistratura, em especial ministro de Tribunais Superiores, promover uma ofensiva judicial e policial, é interessante para o PT, porque mesmo que não leve o adversário à prisão, deixa o Bolsonaro em uma situação de fragilidade”.

Deu na Gazeta do Povo