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Pegada encontrada em local onde psicóloga foi morta é de servidor do TJRN, conclui ITEP

PEGADA DO SUSPEITO DE MATAR A PSICÓLOGA EM ASSÚ
Foto: Itep/RN

 

A perícia realizada por profissionais do Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (Itep/RN) confirmou que uma pegada encontrada no local onde a psicóloga Fabiana Veras foi morta na cidade de Assú, no mês de abril, pertence ao sapato que estava com o principal suspeito. O servidor do Tribunal de Justiça, João Batista Carvalho Neto, foi preso em menos de 24h após o crime, em Natal.

A equipe do Itep que realizou a perícia no local identificou pegadas com manchas de sangue no chão do imóvel. A pegada encontrada foi comparada pelo Setor de Perícias de Biometria e Papiloscopia Aplicada com o padrão da sola de um par de sapatos que estava na residência do suspeito quando o mesmo foi detido pela Polícia Civil. A comparação deu positiva, confirmando que o calçado foi usado durante o crime. Além disso, a perícia encontrou sangue no solado do sapato após o uso do luminol.

Fabiana Maia foi morta dentro da própria residência, na tarde do dia 24 de abril. O corpo da vítima foi encontrado amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal. De acordo com a principal linha de investigação da Polícia Civil, João Batista teve uma relação amorosa no passado com uma amiga da profissional e procurou a vítima para obter informações sobre a ex-namorada. Ele foi preso em um condomínio de Nova Descoberta e chegou a descartar itens utilizados no homicídio dentro desse condomínio.

De acordo com André Dantas, advogado do suspeito, João Batista Carvalho Neto tem laudos de “incapacidade mental” que serão apresentados em momento adequado. “Isso não é um álibi de defesa”, afirma a defesa. Ele estaria afastado desde de 2023 do Tribunal de Justiça por laudos psiquiátricos.

Fonte: Tribuna do Norte

Polícia

Amiga contesta versão da polícia sobre morte de psicóloga

 

Amigos e familiares de Fabiana Veras, conhecida como “Faby” entre os mais próximos, contestam a versão divulgada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte a respeito da motivação do crime e o envolvimento do suspeito com a vítima.

Uma amiga da psicóloga, que preferiu não se identificar, conversou com exclusividade com a equipe de reportagem do Novo Notícias e revelou que a profissional nunca havia falado acerca de João Batista Carvalho: “A gente não conhecia e nunca tinha ouvido falar dele. Ela nunca comentava sobre essa pessoa. Descobrimos a identidade do autor no mesmo dia do veredito, juntamente com a impressa e investigação envolvida”.

A Polícia Civil, durante coletiva nesta quarta-feira (23), divulgou que o suspeito teria um relacionamento com uma amiga da psicóloga e que estava tentando uma reaproximação, mas Fabiana estaria negando-se a ajudá-lo. Questionada sobre a versão da Polícia, a amiga contesta: “Essa informação acerca de ser uma amiga próxima que tinha um relacionamento com ele não procede, tratava-se de uma paciente dela”.

Contou ainda que não conheciam e nunca haviam ouvido falar no suspeito: “Os rumores entre a família giram em torno do próprio consultório. Afinal, Fabiana era uma profissional muito responsável, sigilosa e respeitava excessivamente a conduta ética da Psicologia. Se fosse algo envolvendo um caso clínico, possivelmente ninguém saberia. O que está acontecendo nas redes sociais é que muitas pessoas estão falando sobre o autor e associando o mesmo à academia que ela treinava e até mesmo a um possível relacionamento afetivo e, se de fato fosse isso, nós amigas, já teríamos tido conhecimento por ela mesma, por se tratar de um vínculo mais próximo, mas isso não ocorreu”.

A amiga relata que o criminoso provavelmente transferiu toda a responsabilidade do fim do relacionamento para a então psicóloga: “Uma pessoa para cometer um crime dessa natureza, com tanta premeditação, precisa ser no mínimo movido pelo ódio. Ele provou em todo momento isso. Possivelmente tenha sido influenciado por decisões da ex companheira que ocorreram em função do acompanhamento psicológico realizado. Fabiana muito provavelmente estaria trabalhando o encerramento do ciclo do relacionamento com a sua paciente e, certamente, ele não aceitava isso. Então ele colocou ela como culpada de tudo, é o que acreditamos. Os próprios familiares afirmam que o vínculo entre ambos era único e exclusivamente profissional”.

A amiga fez questão de enaltecer as qualidades da psicóloga que foi brutalmente assassinada: “Fabiana era uma menina linda, de luz, aonde ela chegava ela trazia alegria, ela era muito líder. Sorria com tudo, fazia de tudo para que todos ficassem bem! Em relação à família, era uma mãe super cuidadosa, cuidava muito bem da filha e era muito prestativa e carinhosa de todos. Ela vai fazer muita falta, aliás, já está fazendo”.

Deu no Novo Notícias