Mundo

Avião com três brasileiros desaparece na Argentina, diz jornal

Equipes de busca tentam localizar um avião brasileiro de pequeno porte que desapareceu do radar na Argentina na tarde desta quarta-feira (6).

Segundo o jornal Diario Jornada, nesta aeronave estavam três brasileiros. Um deles seria um empresário da construção civil de Florianópolis, que estaria acompanhado do piloto e de um médico.

Este avião brasileiro teria participado de um show aéreo em Comodoro Rivadavia , de lá duas aeronaves teriam partido para El Calafate e depois seguiram para Trelew. Um dos aviões não chegou ao destino.

Capa da versão digital do jornal mostra foto do avião:

 

A Defesa Civil argentina afirmou, por volta das 18h30 dessa quarta-feira (6), que foi perdido o contato com o avião. Não se sabe se o piloto conseguiu fazer um pouso de emergência. Também disse que chovia na na área da província, mas que o tempo não impedia os voos.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), esse avião não era autorizado a voar por instrumento, apenas visual. O voo por instrumento auxilia em mau tempo.

Com informações de g1 e R7

Economia

Exemplo do vizinho: Inflação dispara na Argentina e chega a 50,9% em 2021

Aumento no preço da carne bovina foi um dos itens que puxaram a inflação para cima Foto: Divulgação

 

O índice de preços ao consumidor na Argentina se acelerou em dezembro, quando registrou 3,8% de aumento, fechando o ano de 2021 em 50,9%, uma das taxas de inflação mais altas do mundo, segundo dados divulgados nesta quinta, 13, pelo Instituto de Estadísticas, órgão oficial do governo. No ano, o preço dos alimentos aumentou 50,3%. Os maiores índices foram os dos restaurantes e hotéis (65,4%) e transporte (57,6%). Em 2020, ano de paralisia da economia devido à pandemia de covid-19, a inflação argentina tinha sido de 36,1%. Em 2019, registrou 53,8%. Para 2022, o governo projetou um índice inflacionário de 33% no orçamento nacional, que acabou sendo rejeitado pelo Parlamento, onde a oposição criticou os números por não serem realistas. Segundo pesquisa do Banco Central, a inflação deste ano será de 55%.

A Argentina está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para alcançar um acordo de facilidades estendidas em substituição ao empréstimo de US$44 bilhões, assinado em 2018, no governo de Mauricio Macri. No entanto, o governo de centro-esquerda Alberto Fernández não pôde avançar em um novo acordo por divergências sobre como alcançar o equilíbrio fiscal, segundo o próprio chefe de Estado. A Argentina enfrenta pagamentos ao FMI de US$19 bilhões este ano e outros US$ 20 bilhões em 2023, além de US$ 4 bilhões em 2024, e o país precisa encontrar um entendimento que permita adiar estes pagamentos. Já no fim de março se dará o vencimento de quase US$3 bilhões.

Deu na AFP

Esporte

Brasil e Argentina empatam sem gols; Destaque do jogo foram os erros gritantes do juiz

 

Brasil e Argentina empataram por 0 a 0 na noite desta terça, 16, no Estádio del Bicentenário, em San Juan, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar. Mesmo sem Neymar, fora por lesão, o Brasil levou mais perigo no primeiro tempo, principalmente em finalização na qual Vinícius Júnior tentou encobrir o goleiro, mas acabou mandando para fora. Ainda na etapa inicial, o árbitro escolheu ignorar cotovelada de Otamendi no rosto de Raphinha, mesmo após a checagem do VAR, e não deu cartão vermelho para o zagueiro argentino.

No segundo tempo, o Brasil seguiu mais perigoso e acertou a trave em finalização de primeira de Fred, de fora da área, além de um lance em que Vinícius Júnior passou pelo marcador com uma carretilha e tocou mais atrás para Paquetá, que tentou finalizar. Matheus Cunha ainda desviou, mas a bola foi para fora. A Argentina chegou com perigo em finalização de Messi que Alisson conseguiu defender. O Brasil segue disparado na liderança das Eliminatórias com 35 pontos, já classificado para a Copa de 2022, enquanto os argentinos estão na segunda colocação, com 29, garantindo também  a vaga na Copa de 2022.

Política

Oposição vence eleições legislativas na Argentina

O presidente Alberto Fernández e a vice Cristina Kirchner saem derrotados nas eleições na Argentina Foto: Divulgação

A coalizão Juntos para a Mudança, de centro-direita, teve importante vitória nas eleições legislativas da Argentina. O governo peronista de Alberto Fernández e Cristina Kirchner perdeu a maioria na Câmara dos Deputados e no Senado Pela 1ª vez em 38 anos. A eleição abarcou 1/3 das vagas no Senado, ou seja, 24 das 72 cadeiras. Até as 21h, a Frente de Todos, coalizão que sustenta o governo, conquistou 9 posições no Senado, enquanto a Juntos obteve 10. Na Câmara, onde estão em jogo 127 das 257 cadeiras, a coalizão Frente de Todos arrebanhou 46. A Juntos para a Mudança, 52. Com isso, Com isso, a maioria de 129 deputados será da aliança de oposição, que tem na figura do ex-presidente Mauricio Macri sua referência. A Frente e a Juntos devem ser derrotadas na eleição para a Província de Santiago del Estero –a única para o governo de Província. Gerardo Zamora, da Frente Cívica por Santiago, tinha 59,2% dos votos até as 21h deste domingo.

DERROTA ANTECIPADA

A derrota do governo nas eleições legislativas foi prevista nas mais recentes pesquisas. Analistas políticos e econômicos anteciparam o resultado negativo e seu consequente impacto no peronismo.

Todos concordaram que Fernández, já considerado fraco, vai se debilitar ainda mais com a perda da maioria nas 2 casas do Congresso. A possibilidade de reeleição do presidente se anulou, assim como reduziu substancialmente a chance de escolha de um peronista na eleição presidencial de 2023.

Cristina Kirchner também saiu machucada desta eleição por causa da mudança na maioria no Senado. Na Argentina, o vice-presidente acumula a Presidência da Casa Alta. O cientista político Diego Reynoso afirmou que a derrota acirrará o conflito entre o kirchnerismo e os peronistas tradicionais, representados pelos governadores. Ele antevê a implosão da coalizão de sustentação do governo e a possível renúncia do presidente.

O publisher Jorge Fontevecchia, proprietário da Editora Perfil, afirmou que o mais provável é a “continuidade medíocre” do governo. Fernández, para ele, será um “pato manco”, como nos Estados Unidos é chamado o governante sem base legislativa. Carlos De Angelis, analista político, acredita que somente com a vinda de um político mais poderoso para a equipe de Fernández o governo conseguirá superar sua debilidade. Alternativa menos plausível seria uma guinada da sua política econômica para a direita. Isso significaria perda ainda maior de popularidade em curto prazo. Porém, ao longo de 2 anos, pode dar tempo para o peronismo recompor suas forças para a eleição presidencial de 2023, quando a situação econômica estaria supostamente melhor.

 

 

Notícias

Congelamento de preços na Argentina pode gerar desabastecimento

Reprodução

O governo da Argentina publicou no Diário Oficial desta quarta-feira, 20, uma resolução da Secretaria de Comércio Interior, a partir da qual os preços de 1.432 produtos serão congelados até 7 de janeiro de 2022. Além disso, os preços recuarão ao nível em que estavam em 1.° de outubro, explica a agência estatal Télam.

A decisão deve ser seguida por “todos os produtores, comercializadores e distribuidores” em todo o território nacional, diz o texto. A norma também define que as empresas que integram a cadeia de produção dos produtos da lista devem “aumentar sua produção até o máximo de sua capacidade instalada” e assegurar o transporte e o fornecimento durante o período de vigência da medida.
O presidente da Câmara Argentina de Comércio e Serviços, Mario Grinman, alertou para o risco de desabastecimento, com a medida oficial, segundo o jornal local Ámbito Financiero. Segundo ele, quando terminar o que as empresas já fabricaram, elas podem não produzir mais no período, caso concluam que terão prejuízo. Grinman lamentou que o país tenha voltado a recorrer a uma estratégia que, segundo ele, “nunca funcionou”.
O secretário de Comércio, Roberto Feletti, rebateu no Twitter, criticando as “ameaças”, dizendo-se aberto ao diálogo e às negociações, “mas não nesses termos”.
Outro jornal local, Cronista, destacou que a lista de produtos tem 881 páginas, por incluir preços determinados para cada produto em cada um dos 24 distritos do país.
A Argentina enfrenta um aumento na inflação, em mais de 50% ao ano na leitura mais recente, além de um aumento na pobreza e outros problemas sociais em decorrência da pandemia de covid-19. O país negocia novo pacote de ajuda com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Além disso, a decisão sobre congelar os preços de produtos é tomada em período que inclui a eleição legislativa de 14 de novembro no país.
Política

Esquerda batendo em esquerda: Após derrota humilhante, vice-presidente Cristina Kitchner publica carta atacando presidente Alberto Fernândez

Foto: Divulgação

A relação entre os peronistas Alberto Fernández e Cristina Kirchner está abalada. Nesta quinta-feira, 16, a vice-presidente publicou uma carta aberta à nação com duras críticas ao presidente do país e seu aliado. “Quando tomei a decisão, e faço na primeira pessoa do singular porque foi assim mesmo, de propor Alberto Fernández como candidato a presidente de todos os argentinos, fiz com a convicção de que era o melhor para o meu país”, escreveu Cristina. “Peço apenas ao presidente que honre essa decisão, mas acima de tudo levando também as suas palavras e convicções.”

No documento, a peronista ressalta ter sido contra as diretrizes econômicas delineadas pelo governo. “Apontei que acreditava que estava sendo feita uma política de ajuste fiscal errada”, salientou. “Sempre falei ao presidente sobre o que constituía uma situação social delicada para mim”, disse. “E que resultava, entre outras coisas, em atrasos salariais, descontrole de preços — especialmente em alimentos e remédios — e de falta de trabalho”, lembrou Cristina, ao mencionar que teve 18 encontros com Fernández, em Olivos, na residência oficial do Poder Executivo, para adverti-lo.

Ao comentar as primárias no país, subiu o tom: “Os rumos da economia teriam consequências eleitorais. Cansei de dizer tudo isso ao presidente da Nação.” A peronista sugere ainda que não acredita em pesquisas eleitorais. “A resposta do governo sempre foi que ‘não era bem assim’, que eu estava errada e que, pelas pesquisas, íamos ganhar as eleições. Não leio pesquisas. Leio política e economia.” Na sequência, Cristina sinaliza que quer a demissão do chefe de gabinete de Fernández, Santiago Cafiero, e de outros ministros. “Tivemos uma derrota sem precedentes”, concluiu Cristina, na carta.

Com mais de 98% dos votos contabilizados, a coalizão de direita Juntos por el Cambio obteve 40,2% dos votos nas primárias legislativas para deputados na Argentina. A aliança peronista Frente de Todos obteve 31,3%. Na eleição para o Senado, que ocorre apenas em algumas regiões do país, a diferença foi maior: 40,47% para os conservadores, contra 27,79% dos governistas.

Os resultados saíram no domingo 12, quando 34 milhões de pessoas foram às urnas nas primárias legislativas, responsáveis por definirem os candidatos que, em 14 de novembro, disputarão vagas no Congresso Nacional. Na cidade de Buenos Aires, a direita teve mais de 47,9% dos votos, com a liderança de Maria Eugênia Vidal. Os peronistas somaram 24,8%, com Leandro Santoro.

A oposição também ficou na dianteira em outras importantes províncias como Córdoba, Santa Fé e Mendoza. O pleito era tido como termômetro da popularidade de Fernández. Desde a derrota, Cristina Kirchner permaneceu calada.