Educação, Política

Coronel Azevedo comenta reportagem sobre política de alfabetização do RN

Foto: Eduardo Maia

 

O deputado estadual Coronel Azevedo (PL) usou o horário destinado aos oradores, na sessão plenária desta terça-feira (19), para fazer críticas à atual gestão estadual nas áreas de educação e infraestrutura. O parlamentar destacou trechos de reportagem veiculada na mídia local que classifica o RN como “o pior estado do Brasil em termos de política de alfabetização”.

“O Estado é uma das 10 unidades da federação que não implementaram uma política independente com a política de alfabetização. É lamentável isso estar acontecendo, uma vergonha para o estado com uma governadora que foi presidente do Sindicato dos Professores”, frisou.

Ainda na sessão plenária realizada nesta terça-feira na Assembleia Legislativa do RN, Coronel Azevedo também criticou a condição das estradas potiguares.

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MEC aponta que crianças do RN concluem 2º ano do ensino fundamental sem estarem alfabetizadas

 

Alunos do Rio Grande do Norte concluem o segundo ano do ensino fundamental sem sequer estarem alfabetizadas. Ao menos é o que informa a pesquisa Alfabetiza Brasil, realizada pelo Ministério da Educação (MEC), em que foi constatado que, das 27 unidades da federação, apenas Santa Catarina alcançou o nível mínimo de alfabetização do nível estabelecido pelo governo no final de maio.

A média determinada pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é de 743. No RN, os jovens estudantes do nível de ensino obtiveram uma nota de 710,56, isto é, mais de 30 pontos abaixo do estabelecido.

O Alfabetiza Brasil estabeleceu alguns parâmetros para considerar uma criança como alfabetizada a partir de consultas feitas com professores da educação básica de todo o país. Os pontos são:

  • Capacidade de ler pequenos textos, formados por períodos curtos e localizar informações na superfície textual;
  • conseguir produzir inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal, como em tirinhas e histórias em quadrinhos;
  • escrever textos que circulam na vida cotidiana para fins de comunicação simples, como convites e lembretes, mesmo que com desvios ortográficos.

Para a ex-secretária de Educação do RN, Cláudia Santa Rosa, o problema está no déficit de profissionais qualificados durante todo o período letivo dos jovens estudantes. Santa Rosa afirma que a média nacional ainda é uma realidade distante, mediante a atual situação da educação.

“No dia em que a criança brasileira, de 6 a 8 anos, tiver professores competentes durante os 200 dias letivos de cada ano, a meta será alcançada”, contou.

O levantamento só reforça um levantamento do MEC em que é apontado que 56,4% das crianças terminaram o 2º ano do ensino fundamental em 2021 não alfabetizadas.

No ranking, o RN fica entre os oito piores resultados. A diferença do último estado na lista para o RN é quase a metade da distância da educação potiguar para a média nacional. Santa Catarina teve a maior pontuação do 2º ano do fundamental no Saeb com 751,74 pontos. O Distrito Federal está em segundo lugar, com 738,09. A terceira posição é do estado de São Paulo, com 735,72, seguido pelo Ceará, estado do ministro da Educação, com 734,04 pontos. Tocantins, Acre e Amapá tiveram as piores notas entre os Estados.

Classificando por região do Brasil, o Norte teve a nota mais baixa, com uma média de 705,24 pontos. O Sul do país teve a maior nota, alcançando 735,48, mas vale notar que essa nota ainda está abaixo do mínimo estabelecido pelo MEC para alfabetização dessa idade.

1º – Santa Catarina – 751,74
2º – DF – 738,09
3º – São Paulo – 735,72
4º – Ceará – 734,04
5º – Espírito Santo – 733,04
6º – Paraná – 730,65
7º – Goiás – 729,43
8º – Minas Gerais – 726,61
9º – Paraíba – 725,63
10º – Rio de Janeiro – 724,57
11º – Rio Grande do Sul – 724,04
12º – Mato Grosso do Sul – 722,31
13º – Piauí – 720,86
14º – Pernambuco – 719,84
15º – Pará – 718,17
16º – Bahia – 714,97
17º – Alagoas – 713,57
18º – Amazonas – 713,45
19º – Rio Grande do Norte – 710,56
20º – Rondônia – 709,79
21º – Maranhão – 708,93
22º – Mato Grosso – 706,84
23º – Roraima – 706,65
24º – Sergipe – 704,35
25º – Tocantins – 698,95
26 – Acre – 695,32
27º – Amapá – 694,34

Deu no Portal da 96

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56,4% das crianças brasileiras não estão alfabetizadas, mostra levantamento inédito do MEC

 

Apenas 4 em cada 10 crianças do 2º ano do ensino fundamental estavam alfabetizadas no país em 2021. É o que mostram os resultados inéditos da pesquisa Alfabetiza Brasil, do Ministério da Educação (MEC).

Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (31) em Brasília, durante um evento com o ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios.

O levantamento mostrou ainda uma queda na porcentagem de alfabetização infantil em comparação com 2019, quando mais de 6 crianças em cada 10 eram consideradas alfabetizadas.

Para chegar ao resultado da pesquisa, o Inep consultou professoras de alfabetização e especialistas da área para compor a definição de alfabetização para fins do levantamento.

Assim, considerando um “padrão associado a habilidades básicas de leitura e de escrita que foram desenvolvidas por um estudante alfabetizado, próximo do que é, hoje, estabelecido pelos sistemas de avaliação de estados e municípios”, foram considerados alfabetizados os alunos que:

  • Leem pequenos textos, formados por períodos curtos e localizam informações na superfície textual;
  • Produzem inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal, como em tirinhas e histórias em quadrinhos;
  • Escrevem, ainda, com desvios ortográficos, textos que circulam na vida cotidiana para fins de uma comunicação simples: convidar, lembrar algo, por exemplo.

As informações são do G1

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Brasil fica entre os 6 últimos em prova internacional de alfabetização

Brasil

 

O Brasil ficou entre os últimos seis lugares na prova internacional de alfabetização da International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA). A lista conta com 65 países, informou a Folha de S.Paulo, nesta terça-feira, 16.

A prova Progress in International Reading Literacy Study (Pirls) foi aplicada em 2021, e os resultados foram divulgados também nesta terça-feira. Quase 5 mil estudantes brasileiros do 4º do ano do ensino fundamental participaram da avaliação.

Foi a primeira vez que o Brasil participou do Pirls, por iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Os estudantes brasileiros ficaram com média de 419 pontos, a sexta menor de todas. A nota brasileira ficou à frente apenas do Irã (413 pontos), Jordânia (381 pontos), Egito (378 pontos), Marrocos (372 pontos) e África do Sul (288 pontos). Em contrapartida, Singapura (587 pontos), Irlanda (577 pontos), Hong Kong (573 pontos), Rússia (567 pontos) e Irlanda do Norte (566 pontos) estão no topo da lista.

Em 2021, um estudo do economista e professor Ricardo Paes de Barros, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), estimou que cada aluno brasileiro de ensino médio perdeu 10 pontos de aprendizado na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em 2020. E que, se nada mudasse na política educacional na pandemia, os alunos perderiam 20 até o fim de 2021.

Deu na Oeste