Política

Lula pede e cúpula do PT está prestes a fechar acordo para apoiar candidato do PSB em Curitiba

Foto: Adriano Machado/Reuters

Uma nova reunião da Executiva do PT está marcada para esta segunda-feira, 13, em Brasília, com o objetivo de homologar alianças municipais, mas o caso de Curitiba deve ser analisado em outro encontro. O PT ainda tem muitas pendências para resolver, como em João Pessoa e no Rio, onde o prefeito Eduardo Paes (PSD) prefere ter como vice o deputado Pedro Paulo, que é seu amigo e filiado ao mesmo partido.

Nos bastidores do mundo político, há rumores de que tanto no Rio como no Recife os atuais prefeitos, se reeleitos, tentarão concorrer aos respectivos governos de seus Estados, em 2026. Neste cenário, querem alguém muito próximo para deixar no cargo e têm olhado com lupa os nomes sugeridos pelo PT. Até agora, não há acordo e Lula precisou entrar nas negociações para conversar com Paes e com Campos.

O impasse também persiste em João Pessoa, capital onde o prefeito Cícero Lucena, filiado ao PP do presidente da Câmara, Arthur Lira, tentará novo mandato e aparece à frente nas pesquisas. Há uma briga interna no PT entre dois pré-candidatos à vaga e nenhuma resolução do partido. Já em Salvador tudo caminha para uma aliança dos petistas com Geraldo Júnior, do MDB.

Em Curitiba, os deputados Zeca Dirceu e Carol Dartora, ambos do PT, querem se lançar como candidatos, mas a possibilidade é considerada remota pela direção da sigla. Os defensores da chapa própria alegam que Ducci tem uma trajetória de centro-direita e se posicionou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 2016. Ducci já foi prefeito de Curitiba e vice de Beto Richa (PSDB) no governo do Paraná.

Gleisi tem lembrado que o ex-tucano Alckmin também fez oposição ao PT e hoje é vice de Lula. A então senadora Marta Suplicy, por sua vez, votou pela destituição de Dilma – de quem foi ministra da Cultura –, saiu do PT e retornou neste ano ao partido para ser vice na chapa do deputado Guilherme Boulos (PSOL) à Prefeitura de São Paulo.

Diante dessas mudanças, Gleisi avisou aos colegas que o fator impeachment não pode ser critério para o fechamento de alianças. O presidente do PSB, Carlos Siqueira, concordou com a deputada.

“Se forem ficar desenterrando cadáver, não funciona”, disse Siqueira à Coluna. “Tenho expectativa de que o PT decida apoiar nosso candidato em Curitiba, já que apoiamos o PT em várias capitais, como Fortaleza, Natal e Teresina, e em mais de uma dezena de outras cidades, entre as quais São Gonçalo, Contagem e Juiz de Fora”, completou ele.

Ex-senadora pelo Paraná, Gleisi também sonha em concorrer à cadeira de Sergio Moro (União Brasil-PR), com apoio do PSB, caso ele seja cassado. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, marcou o julgamento de Moro para a próxima quinta-feira, 16, antes de deixar o comando da Corte.

Ex-juiz da Lava Jato e ex-ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, o senador é acusado de abuso do poder econômico e caixa dois na campanha de 2022. Foi absolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná, mas o PT e o PL de Bolsonaro recorreram da decisão ao TSE.

Na semana passada, o Ministério Público Eleitoral se manifestou contra a cassação de Moro, sob o argumento de que não existe “prova clara e convincente”, e solicitou ao TSE a rejeição dos recursos apresentados pelo PT e PL. Moraes decidiu reservar mais uma sessão para conclusão do julgamento, no dia 21.

Deu no Estadão

 

Política

Israel critica Lula e exige: ‘Envergonhe-se e peça desculpas’

O ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, criticou mais uma vez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (28), a respeito da recente declaração do petista a respeito da atuação de Israel na Faixa de Gaza e a exigir que peça desculpas pela fala.

Na terça-feira (27), o chefe do Executivo disse que “não utilizou a palavra Holocausto” ao comparar os ataques israelenses na região ao extermínio de judeus promovida por Adolf Hitler (1889-1945) na Segunda Grande Guerra (1939-1945).

Segundo Katz, Lula foi “evasivo” ao dizer que não citou o Holocausto. “Lula, você disse que a guerra justa de Israel contra Hamas em Gaza é igual ao que Hitler e os nazistas fizeram com os judeus”, afirmou o ministro em publicação escrita em português nas redes sociais.

O presidente brasileiro é considerado “persona non grata”, ou seja, uma pessoa que não é bem-vinda em Israel até que peça desculpas pela declaração.

Deu no DP

 

Política

Contrariando o que afirmou Lula, casas do programa não são pintadas de verde e amarelo

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na última quinta-feira (24) que pretende “deixar o povo escolher a cor” das casas em programas habitacionais, caso eleito presidente.

A declaração, feita em entrevista ao apresentador Ratinho, no SBT, é uma crítica ao programa Casa Verde e Amarela, criado durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo o petista, o programa habitacional do atual governo só permitiria que as casas fossem pintadas nas cores verde e amarela.

O que Lula disse:

“Eu quero construir casa para o povo pintar do jeito que ele quiser, verde, amarela, azul, branca. Até vermelha eu quero que o povo pinte. Você constrói a casa e deixa o cara pintar do jeito que quer. Quer inventar: carteira verde e amarela, casa verde e amarela. Deixa o povo escolher a cor, pelo menos o direito de escolher a cor”. Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista ao SBT, na quinta-feira (23)

Programa não impõe cor da casa

Sucessor do Minha Casa Minha Vida, lançado no governo petista, o programa Casa Verde e Amarela não prevê que as casas sejam nas cores verde e amarela.

Criado em 2019, ele busca facilitar o acesso da população, sobretudo de baixa renda, à casa própria. Além da produção de moradias subsidiadas e do financiamento habitacional, a iniciativa também tem como pilares a regulação fundiária, a melhoria habitacional e a locação social.

Através do Twitter, Bolsonaro questionou na sexta-feira (23) a afirmação do ex-presidente. Segundo ele, Lula “acha que o programa Casa Verde e Amarela, que já entregou mais de 1,2 milhão de moradias às famílias humildes desde 2019, obriga as pessoas a pintarem suas casas de verde e amarelo”.

Informações da CNN Brasil.