Notícias

Advogados de presos do 8 de janeiro vão ao Congresso denunciar ilegalidades e abusos do STF

 

Mais de 55 advogados dos presos do 8 de janeiro vieram ao Congresso, nesta terça-feira, 9, denunciar “ilegalidades”, “abusos” e “desvirtuamento de procedimentos e garantias constitucionais” por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Nós, advogados, estamos sendo calados”, contou o advogado Bruno Jordano. “Até mesmo a sustentação oral, momento sublime para a defesa, foi suprimida do processo. Estamos defendendo o direito de defesa. Todos os cidadãos têm o direito de ser ouvidos, mas essas pessoas foram silenciadas. O devido processo federal precisa ser preservado.”

A partir da zero hora de hoje, o STF começou a julgar o quarto conjunto de denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República contra os acusados de envolvimento nos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, foi o primeiro a votar para tornar réus os mais de 250 denunciados.

Conforme os advogados, quando a denúncia é oferecida pelo Ministério Público, ela vai ao plenário do STF, e os acusados têm direito a uma “defesa prévia”.

Os advogados então fazem uma defesa prévia escrita. Além disso, a defesa tem direito a fazer uma sustentação oral defendendo o cliente. “O regimento interno do STF prevê isso”, contou a advogada Carolina Sievra. A sustentação também envolve debates pessoais com os ministros.

Por conta da pandemia, os advogados tiveram de gravar vídeos de 15 minutos fazendo a sustentação para postarem no sistema do STF. As gravações deveriam ser ouvidas e assistidas pelos ministros. Contudo, segundo os advogados presentes no Congresso, Moraes não fez isso com os casos dos presos do 8 de janeiro.

“Alguns colegas advogados colocaram o vídeo no site às 23h57 do último dia do prazo estabelecido, e o ministro Moraes proferiu o voto dele à zero hora, com 24 laudas”, explicou a advogada Carolina. “É improvável que ele tenha assistido. Ainda mais que 250 pessoas tiveram direito a defesa. Consideramos que ele não assistiu aos vídeos e sabemos disso com base na decisão dele, pois ele não colocou nenhum ponto que seria particular de cada pessoa. São sempre coisas genéricas, o que é proibido em nosso ordenamento jurídico.”

Carolina destacou que os presos do 8 de janeiro são pessoas comuns que não possuem foro privilegiado, portanto elas deveriam estar sendo julgadas por juízes federais, conforme a Constituição prevê, no artigo 109.

“O STF usurpa a competência legítima da Justiça Federal e tira o direito ao duplo grau de jurisdição, previsto em lei”, continuou a advogada. “Não pedimos privilégio, mas que os presos sejam julgados conforme a lei. Quando abrimos esse precedente, estamos muito próximos de um Estado de exceção. Tirar dessas pessoas o direito de terem um juiz natural e as argumentações de defesa é ferir de morte a Constituição.”

Deu na Oeste

Justiça

Bolsonaro retira AGU de sua defesa em 28 ações e nomeia advogados

Bolsonaro retira AGU de sua defesa em 28 ações e nomeia advogados

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu não manter a Advocacia-Geral da União (AGU) em sua defesa diante de processos na Justiça. Como ex-líder do país, ele tem prerrogativa de continuar contando com a atuação dos advogados públicos.

A decisão acontece por motivos óbios. O atual chefe da AGU, Jorge Messias, foi subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência da República no governo de Dilma Rousseff (PT) e secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação na gestão da petista, além de ter atuado como consultor jurídico dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação. E foi ele quem pediu a prisão do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, a pós os atos de vandalismo em Brasília no dia 8 de janeiro.

Para sua defesa em 28 casos, Bolsonaro conta agora com bancas privadas e advogados aliados. Os casos vão desde multas sanitárias por participar de eventos públicos sem máscara durante a pandemia até a apuração dos atos antidemocráticos.

Desses 28 processos, 20 tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo 17 investigações.

Os casos criminais foram entregues ao advogado do PL, Marcelo Bessa, considerado homem de confiança do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto.

Com informações do Diário do Poder.

Notícias

GRAVE: Instituto de advogados aponta ilegalidades em prisão de 1,2 mil manifestantes em ginásio de Brasília

Instituto de advogados aponta ilegalidades em prisão de 1,2 mil em ginásio de Brasília

 

O Instituto Nacional de Advocacia (Inad) protocolou há pouco, no Conselho Federal da OAB e no Ministério dos Direitos Humanos, ofícios em que aponta uma série de ilegalidades na detenção de 1,2 mil pessoas em um ginásio da Academia de Polícia em Brasília. O grupo de advogados propõe ação judicial para garantir a soltura imediata dos manifestantes presos, em especial de idosos, crianças e doentes.

No documento, obtido por O Antagonista, o Inad classifica a detenção de “atrocidade jurídica”, a despeito dos crimes que possam ter cometido.

“Acreditamos ser mais importante chamar a atenção para a gritante violação dos direitos humanos durante este cárcere, considerando o surgimento de notícias de que os manifestantes presos estão sem comida, água e ambiente adequado para dormirem, tendo todos eles sido amontoados num dos prédios da Polícia Federal que não possui estrutura para o acolhimento de tantas pessoas. Pior, inexplicavelmente até crianças foram criminosamente detidas, fato esse que gerará um trauma sem precedentes na vida desses jovens.”

Os advogados pedem que sejam destacados membros da Comissão de Direitos Humanos, da Comissão Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, e da Coordenação de Política Penitenciária para “fazerem acompanhamento diário e por tempo integral de todos os manifestantes detidos”.

Notícias

Só com advogados o “Casal Moro” já gastou mais de R$ 1 milhão; veja a diferença para seus adversários

 

Sergio e Rosângela Moro, respectivamente candidatos a senador pelo Paraná e a deputada federal por São Paulo, já gastaram R$ 1,1 milhão com advogado, valor elevado em relação à média de seus principais concorrentes. Trata-se de 25% dos gastos de ambos nas campanhas.

Sergio, que já gastou R$ 700 mil, tem como principais adversários Álvaro Dias (R$ 400 mil) e Paulo Martins (R$ 80 mil). Rosângela usou R$ 400 mil com advogado.

Seus concorrentes em São Paulo investiram bem menos, como Eduardo Bolsonaro (R$ 57,5 mil), Marina Silva (R$ 50 mil) e José Serra (R$ 140 mil), valores que representam fatias bem menores de suas receitas. Os advogados de Lula (PT) custaram R$ 2,9 milhões, o que representa 5,6% do caixa da campanha. A informação é da Folha de SP.

A campanha de Moro afirma que o cálculo dos honorários do advogado Gustavo Guedes tem relação com a perspectiva de volume de trabalho e ressalta que declarou de saída os valores integrais dos contratos, o que possivelmente nem todas as candidaturas fizeram.

Informações do Terra Brasil Notícias.

Política

Campanha de Lula já mandou R$ 1,2 milhão para advogados da Lava Jato

 

O escritório de Cristiano Zanin, advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos processos da Lava Jato, foi contratado para prestar consultoria jurídica ao PT na campanha presidencial deste ano. O gasto do partido com advogados em 2022 já supera os 12 meses de 2018, quando Fernando Haddad representou o PT no pleito nacional.

Até quinta-feira (8), o escritório Teixeira Zanin Martins já tinha recebido R$ 1,2 milhão, segundo a prestação de contas da campanha de Lula para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O mesmo valor também foi pago à banca Aragão & Ferraro, de outro velho conhecido da sigla: Eugênio Aragão, ministro da Justiça de Dilma Rousseff (PT) por dois meses em 2016.

PT eleva gasto com advogados. Só entre janeiro de 2021 e agosto de 2022, o escritório de Zanin recebeu R$ 2 milhões do PT. Além do R$ 1,2 milhão para a campanha deste ano —retirado do Fundo Eleitoral— Zanin foi remunerado em R$ 332 mil (entre janeiro e junho deste ano) e em R$ 516 mil (ao longo de 2021), mas de outras fontes de recursos: o Fundo Partidário.

Deu no Terra Brasil Notícias

Política

1,6 mil advogados pró-Bolsonaro solicitam reunião com Fachin após ministro receber grupo pró-Lula

 

Um grupo de mais de 1,6 mil advogados pró-Bolsonaro solicita um encontro com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, para debater o processo eleitoral.

Os advogados estão insatisfeitos com a reunião do ministro com um grupo de juristas ligados a movimentos de esquerda e, por consequência, exigem isonomia por parte da Justiça Eleitoral.

Na última terça-feira (26), Fachin teve um encontro com o Grupo Prerrogativas, formado por advogados, especialistas, integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e professores, todos eles simpatizantes à candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião visou abordar questões ligadas à violência política.

Alegações

Em nota, os advogados pró-Bolsonwro defendem o direito de “criticar e questionar” o processo eleitoral sem serem tachados de “negacionistas eleitorais”, “fascistas” ou “antidemocráticos”.

— Criticar e duvidar faz parte da essência humana e não pode a manifestação da dúvida e da crítica ser criminalizada como crime de opinião — sustentam.

A iniciativa é liderada por Paulo Mafiolletti, coordenador do Movimento Advogados do Brasil junto da advogada Flávia Ferronato.
Mafiolletti diz “confiar no espírito público e democrático do presidente do TSE”. Para ele, não há razões para Fachin deixar de recebê-los.

— Se o pedido não for atendido, demonstrará que há seletividade e partidarismo. (Vamos) apenas manifestar a situação nas redes sociais — afirma Mafiolletti.

A solicitação do grupo já está protocolada no TSE.

Informações do Conexão Política

Política

Mais de 1,4 mil advogados assinam manifesto em defesa do presidente Bolsonaro

 

Um grupo de 1,4 mil advogados assinou um manifesto em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira, 21, após mais uma crise entre os Três Poderes.

Conforme registramos, Bolsonaro realizou, na última segunda, 18, uma reunião com embaixadores de diversos países. O encontro aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília.

Na ocasião, o chefe do Executivo federal falou sobre apuração, segurança e transparência das urnas eletrônicas no sistema eleitoral do país. Além disso, o mandatário reiterou críticas aos representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo ele, há uma grande resistência para estabelecer diálogo, especialmente quando se trata de atender a pontos cobrados pelas Forças Armadas. Militares também têm questionado a segurança do pleito.

Durante a abordagem, o mandatário mencionou um inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) em 2018, dizendo que “hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE”.

— Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça. O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado — declarou Bolsonaro.

Em consequência, as falas do presidente geraram reações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob condução do ministro Edson Fachin. A imprensa e a oposição também uniram forças em torno do tom adotado pela Corte.

Manifesto jurídico

Em carta aberta, os mais de mil advogados afirmam que o presidente da República tem sido vítima de “ataques com acusações infundadas, perseguição política e crimes contra sua honra”.

Sem fazer menções ao Supremo Tribunal Federal (STF), os signatários afirmam que “alguns tecnocratas militantes, não eleitos pelo povo, que ocupam posições de poder em órgãos públicos, atuam como se fossem as autoridades máximas incontestáveis da política e do direito, sem provas”.

É dito que Bolsonaro tem sido imputado à “frágil e débil acusação de que estaria cometendo crimes de responsabilidade, atentado à democracia e animosidade entre as Forças Armadas”.

“Esses supostos intelectuais da burocracia elitista, que vivem falando mal do Brasil e atacando Bolsonaro em conferências e seminários no exterior, em flagrante ataque ao povo brasileiro”, prossegue o documento.

Em outro trecho, é destacado que o presidente busca eleições limpas, livres e transparentes.

“Entendemos que não há, da parte do Presidente do Brasil, na sua manifestação opinativa-crítica, com exposição de questões fáticas e documentais de conhecimento público, ora apresentada aos embaixadores, envolvendo a temática do processo eleitoral, urnas eletrônicas e apuração com contagem pública dos votos e auditoria, qualquer indicativo material ou formal de que tenha cometido atos ilícitos ensejadores de abertura de processo penal, ou de cunho político-administrativo para abertura de processo de impeachment, improbidade administrativa”, acrescenta o texto.

Deu no Conexão Política