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Polícia realiza operação contra diretores da 123Milhas por suspeita de lavagem de dinheiro

 

Na quinta-feira, 1º de fevereiro, o Ministério Público de Minas Gerais, com o suporte da Polícia Civil, deflagrou a operação Mapa de Milhas, visando cumprir 17 mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas físicas e jurídicas localizadas em Belo Horizonte. O foco da operação recai sobre um grupo econômico do qual a empresa 123 Milhas faz parte.

Os mandados foram expedidos no contexto da investigação sobre a prática de crimes de estelionato, por meio de uma associação criminosa que ocasionou prejuízos milionários a milhares de pessoas em todo o país. Além disso, a operação busca apurar possíveis atividades de lavagem de dinheiro, envolvendo estratégias financeiras e corporativas com o intuito de dissimular e ocultar valores e bens.

A 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor da Capital lidera a investigação, com o suporte do Gaeco Central – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado e do Caoet – Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária. A operação contou com a participação de oito promotores de Justiça, cinco delegados da Polícia Civil, 53 investigadores, um policial militar e cinco servidores do Ministério Público.

Além das medidas criminais, o Ministério Público de Minas Gerais também moveu ações civis públicas em prol da tutela coletiva dos consumidores prejudicados, obtendo deferimento para o bloqueio judicial de bens e valores das empresas e sócios vinculados ao grupo econômico em questão.

Com informações do Migalhas.

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CPI das Pirâmides Financeiras deve indiciar donos da 123 milhas

 

O deputado federal Igor Timo (Pode-MG) confirmou, por meio de sua assessoria, que cogita influenciar a mesa diretora da CPI das Pirâmides Financeiras para pedir a  prisão de Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio Soares Madureira, sócios da empresa 123 Milhas.

O deputado reclama que os empresários ignoraram as últimas convocações do colegiado e sustentam gestão incoerente a frente da empresa que lesou mais de 700 mil clientes.

Outro problema apontado por Timo é que a empresa pediu recuperação judicial enquanto injetou R$ 4 bilhões em verbas de publicidade.

 “Como é possível entrar em recuperação judicial enquanto se investe bilhões em propaganda?”, questiona o parlamentar.

O colegiado segue em impasse entre o presidente deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que cogita pedir condução coercitiva para ouvir os proprietários da 123 milhas, uma última vez, antes do encerramento dos trabalhos, e o relator deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que pretende apresentar parecer definitivo já no início dessa semana.

Deu no Diário do Poder

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Justiça inclui Maxmilhas no processo de recuperação judicial da 123 Milhas

 

A Justiça aceitou o pedido da Maxmilhas e incluiu a empresa no processo de recuperação judicial da 123 Milhas. As duas agências de viagens fazem parte do mesmo grupo.

A juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, determinou a suspensão de todas as ações e execuções contra a Maxmilhas e a Lance Hotéis, adquirida pela companhia, por 180 dias.

“As requerentes noticiam que já foram citadas em 385 ações de cobrança ou de obrigação de fazer, dentre os quais há 67 casos com liminares concedidas em seu desfavor. […] O perigo da demora é verificado nos desdobramentos dos bloqueios efetivados nas centenas de ações em curso, o que pode agravar a crise econômico-financeira da empresa”, diz um trecho da decisão.

Antes de analisar o pedido de recuperação judicial, a magistrada determinou a realização de constatação prévia, que consiste na verificação das reais condições de funcionamento da empresa e da regularidade documental.

Ela seguiu o entendimento do desembargador Alexandre Victor de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que, no mês passado, suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123 Milhas até o resultado da constatação prévia.

Entenda

Em setembro, a Maxmilhas pediu para ser incluída no processo de recuperação judicial da 123 Milhas. Segundo a empresa, a “crise de credibilidade da 123 Milhas” levou à queda “abrupta” das vendas da Maxmilhas, cujo faturamento caiu 70% em passagens aéreas e 90% em hospedagens em 30 dias.

No pedido encaminhado ao TJMG, a empresa apontou uma dívida de R$ 226 milhões e argumentou que a operação não se encontrava em grave crise financeira quando a 123 Milhas recorreu à Justiça. No entanto, “agora está sofrendo reflexos da crise econômico-financeira que ensejou o pedido de recuperação judicial das primeiras recuperandas”.

“Sustentam as requerentes que diante da inesperada crise econômico-financeira vivenciada, precisarão da proteção imediata dos seus recursos, a fim de que sejam utilizados no seu processo de soerguimento, antes mesmo que seja apreciado o pedido de processamento da recuperação judicial”, diz um trecho da decisão.

Recuperação judicial suspensa

Em setembro, o TJMG suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123 Milhas, atendendo a um pedido do Banco do Brasil, credor da empresa.

A instituição financeira alegou que os documentos apresentados pela 123 Milhas no pedido de recuperação judicial não observaram as “prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados na RJ o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa”.

O desembargador Alexandre Victor de Carvalho determinou a suspensão da recuperação judicial “até que sobrevenha o resultado da constatação prévia”.

O magistrado, no entanto, manteve o período de blindagem de 180 dias em que ficam suspensas as ações ordinárias e execuções contra a sociedade devedora.

Fonte: g1

Justiça, Polícia

Justiça proíbe saída do país de donos da 123 Milhas

 

A 3ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte proibiu os proprietários da 123 Milhas de saírem do país até que prestem depoimento à CPI das Pirâmides Financeiras.

Na decisão, o juiz Edilson Grillo também autorizou que, caso Augusto Júlio Soares Madureira e Ramiro Júlio Soares Madureira não compareçam a oitiva na comissão, marcada para a próxima quarta-feira (6), a Polícia Federal fará a condução coercitiva de ambos.

“Eles têm o dever jurídico não só de comparecimento, mas também de fiel observância dos trâmites legais inerentes à convocação, não lhes sendo facultada a prerrogativa de a seu bel-prazer escolherem data de apresentação, pois, senão, eles teriam o condão de frustrar e dificultar as atividades investigativas da Comissão Parlamentar de Inquérito”.

Deu no DP