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Tecnologia

Facebook e Ray-ban anunciam parceria para primeiro óculos inteligente

Foto: Divulgação
O Facebook (FB) lançou seus primeiros óculos inteligentes na última semana , em sua busca por oferecer verdadeiros espetáculos de realidade aumentada ao usuário.
Os óculos, criados em parceria com a fabricante do Ray-Ban, EssilorLuxottica, permitem que os usuários ouçam música, atendam ligações ou tirem fotos e vídeos curtos e os compartilhem nos serviços do Facebook usando um aplicativo complementar.

O Facebook afirmou que a linha de óculos começa a ser vendida a 299 dólares.

A gigante das redes sociais, que relatou receitas de cerca de 86 bilhões de dólares em 2020, ganha a maior parte do seu dinheiro com anúncios, mas tem investido bastante em realidade virtual e aumentada, desenvolvendo hardwares como os fones de ouvido Oculus VR e trabalhando em tecnologias de pulseiras para suportar óculos de realidade aumentada.

Gigantes de tecnologia, como Amazon (AMZN), Snap, Google (GOOGL), Microsoft (MSFT) e Apple (AAPL) têm competido para desenvolver óculos inteligentes, mas as primeiras ofertas, como o Google Glass, se provaram difíceis de serem vendidos devido ao alto preço e por problemas de design.

A Snap lançou um óculos de realidade aumentada este ano, mas não estão à venda, disponíveis apenas a criadores.

O executivo-chefe da Snap, Evan Spiegel, disse em 2019 que sua expectativa era que demoraria uma década até os consumidores adotarem óculos inteligentes de realidade aumentada de maneira ampla.

O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, recentemente anunciou que a empresa montou uma equipe para trabalhar na construção do metaverso, ambiente virtual compartilhado que a empresa aposta que será o sucessor da internet móvel.

O Facebook, que tem sido criticado pela forma como lida com dados do usuário, disse na quinta-feira que não acessará a mídia usada pelos clientes de óculos inteligentes sem consentimento.

O principal cientista do Facebook afirmou ano passado que a empresa estava a cinco a 10 anos de conseguir levar ao mercado verdadeiros óculos de realidade aumentada, que sobreporiam objetos virtuais à visão do mundo real do usuário.

Também disse que não usará conteúdo de fotos e vídeos capturado com óculos e armazenados no aplicativo Facebook View para anúncios personalizados.

Tecnologia

Primeiro buggy elétrico potiguar será lançado em 2022

Foto: Kevin Muniz / NOVO Notícias

Mobilidade sustentável e 100% potiguar. A indústria de veículos Selvagem em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Rio Grande do Norte (Senai-RN) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fecharam um acordo para produzir o primeiro buggy 100% elétrico potiguar. A expectativa é que o lançamento do automóvel aconteça em dezembro de 2022.

O veículo é pensado para fortalecer um turismo com buggys mais limpo e econômico, reduzindo a emissão de poluentes e custos operacionais, como gastos com combustíveis, que giram em torno de R$ 80,00 a R$ 100,00 por passeio.

“A sociedade como um todo exige, assim como a natureza, essas novas tecnologias, e os carros elétricos é um caminho sem volta, a necessidade de sairmos do efeito a combustão que nós temos é uma caminho que necessitamos cada vez mais, principalmente nos centros que desenvolvem o turismo com excelência que é o caso do Rio Grande do Norte”, disse Emerson Batista, diretor regional do SENAI-RN.

O desenvolvimento do primeiro buggy elétrico no setor industrial do RN é parte do Projeto Verena, que o SENAI-RN e o Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), do SENAI, realizam desde 2018 no Brasil com a Câmara de Indústria e Comércio da cidade de Trier (EIC Trier), da Alemanha. Um protótipo do veículo foi apresentado à imprensa nesta quinta-feira (9), o modelo poderá percorrer uma distância de até 200km, com as baterias recarregadas. Segundo Rodrigo Melo, diretor do CTGAS-ER e do ISI-ER, o desafio é um marco para a indústria, o meio ambiente e o setor de turismo.

A versão final do carro, com o seu valor comercial definido e o tempo hábil para chegar até as dunas potiguares, só serão confirmadas com o desenvolvimento dos trabalhos. Todavia, a indústria automotiva já enxerga um crescimento exponencial e uma demanda para produção desse tipo de veículo 100% elétrico.

Futuro do setor

Todos dizem que o futuro do mundo está nos carros movidos a energia renovável, recarregados em uma tomada em casa. Segundo o fundador da Selvagem, Marcos Neves, já existe em Fernando de Noronha um decreto que proíbe a circulação de veículos convencionais com motor a combustão a partir de 2022, e a circulação dos que já existem a partir de 2030.

Além da criação dos buggys elétricos, a cooperação também prevê a conversão de carros à combustão para carros elétricos. Com isso, a área de eletromobilidade ganhará novos cursos de capacitação e formação de profissionais a partir de 2022.

 

Fonte: NOVO Notícias

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Carro Elétrico : Você ainda vai ter um

Carro elétrico — Foto: Unsplash
Foto: Divulgação

O cemitério Hollywood Forever é um ponto turístico de Los Angeles. Em seus jazigos descansam ícones do cinema e da música como Judy Garland, Cecil B. DeMille, Chris Cornell e os Ramones Johnny e Dee Dee. Mas, no dia 23 de julho de 2003, o local recebeu um velório

inusitado. O morto era um carro: o EV1, fabricado pela General Motors entre 1996 e 1999. Ele não foi o pioneiro dos carros elétricos (esse tipo de veículo surgiu em 1881, com um protótipo criado pelo inventor parisiense Gustave Trouvé), mas foi o primeiro fabricado por uma grande

montadora.

O EV1 usava baterias de chumbo, pesadas e fracas, e por isso não era nenhuma maravilha – podia rodar no máximo 89 km antes de voltar para a tomada.

Mas essa autonomia já era suficiente para uso urbano leve (ir e voltar do trabalho, fazer compras, levar os filhos na escola etc.), e por isso o EV1 conquistou uma pequena legião de fãs: 1.117 unidades foram produzidas pela GM, que as alugava (não vendia) por US$ 300 mensais.

Até que, um belo dia, a empresa resolveu acabar com tudo. Houve gente implorando para manter o aluguel ou comprar o carro, mas a GM não quis nem saber.

Alegando que o EV1 não dava retorno sobre o investimento, que havia sido de US$ 1 bilhão, ela recolheu todas as unidades do veículo – guardou algumas, mas a maioria acabou triturada no ferro-velho.

A história suscitou uma série de teorias da conspiração (o documentário americano Quem Matou o Carro Elétrico, de 2006, alega que a GM foi pressionada pela indústria do petróleo) e até hoje causa polêmica.

Anos depois de deixar o cargo de CEO da empresa, Rick Wagoner disse que acabar com o EV1 havia sido o maior erro de sua vida.

Quando a GM resolveu acabar com o EV1, seu primeiro modelo elétrico, os donos se rebelaram – e fizeram até um velório em Los Angeles.
Quando a GM resolveu acabar com o EV1, seu primeiro modelo elétrico, os donos se rebelaram – e fizeram até um velório em Los Angeles. Ilustrações : Gustavo Magalhães/Superinteressante

 

Como todo erro leva a um aprendizado, houve quem se inspirasse na morte do EV1. “Poucas pessoas sabem que começamos a Tesla quando a GM obrigou o recall de todos os carros elétricos dos clientes, em 2003, e depois os esmagou em um ferro-velho”, disse Elon Musk,

fundador da Tesla, hoje a principal fabricante de carros elétricos. Em 2020, as vendas de veículos em geral caíram 16% no mundo. Mas os elétricos fizeram o caminho oposto, e cresceram 41%. Após desprezar o carro elétrico, agora as montadoras estão correndo atrás.

A Volvo anunciou que, a partir de 2030, deixará de vender carros a combustão. Ford e Mercedes prometeram o mesmo para o mercado europeu, enquanto a Volkswagen estipulou metas para que seus elétricos sejam 70% das vendas na Europa e 50% nos EUA e na China. Já a GM

definiu 2035 como fim da linha para seus carros e caminhões a gasolina e diesel. “O veículo elétrico está muito mais próximo do que se imagina, ele é um tema presente. Prova disso é a cotação das ações. Quem vale mais: a Tesla ou a Volkswagen, a Ford, a GM?”, diz o analista

Geovani Fagunde, da consultoria PwC. A Tesla tem valor de mercado de US$ 630 bilhões. Isso é o equivalente a Toyota, Volkswagen, Daimler (Mercedes), GM, Honda, Hyundai, FCA (Fiat Chrysler), Ford e Nissan – somadas.

Há quem diga que o valor de mercado da Tesla está inflado. Seria uma bolha financeira que não reflete a realidade da empresa. De fato: ela produz 500 mil carros por ano, bem pouco se comparada a Toyota (9,5 milhões), VW (9,3 milhões) ou GM (6,8 milhões). Mas o valor da Tesla

reflete o que os investidores acreditam que vai acontecer daqui para a frente – e há sinais fortíssimos de que o carro elétrico deve se tornar o novo padrão em um período relativamente curto.

No fim do ano passado, o Reino Unido anunciou que irá proibir a fabricação de carros e vans com motor a combustão a partir de 2030, e a União Europeia pretende fazer o mesmo a partir de 2035. Se você levar em conta a vida útil de um carro, 10 a 15 anos, perceberá o seguinte:

para os europeus que estão comprando um veículo a combustão agora, ele pode ser o último.

Nos Estados Unidos, terra das casas e dos carros gigantes (há 39 anos consecutivos, o veículo mais vendido no país é a picape Ford F-150, um elefante de 3.000 kg), ainda não há planos de banir os motores a combustão. Mas os carros elétricos também avançam rápido, por

outra via: o bolso. Um estudo feito pela empresa de pesquisas BloombergNEF (1), que obteve dados internos dos sete maiores fabricantes de baterias do mundo, prevê que em 2024 os carros elétricos irão se igualar, pela primeira vez na história, ao preço dos modelos a gasolina.

Isso se deve à evolução das baterias, que são a peça mais cara do carro elétrico – correspondem a até 40% do valor do veículo.

O preço delas está despencando (veja gráfico abaixo), por três razões: o aumento da produção, a pressão competitiva da Tesla (que produz as próprias baterias em sociedade com a Panasonic, e tem forçado os demais fabricantes a abaixar os preços) e a evolução tecnológica. As

baterias de lítio mais modernas armazenam até 800 watts/hora de eletricidade por quilo de bateria. É um ganho de 23% sobre os modelos tradicionais – e permite colocar 23% menos baterias nos carros, reduzindo seu preço sem comprometer a autonomia.

<strong>Clique na imagem para ampliá-la.</strong>

Imagem : Carlos Eduardo Hara / Bruno Garattoni / Superinteressante

 

Hoje os carros elétricos já têm alcance de sobra, com vários modelos superando 600 km, autonomia média dos veículos com motor a combustão. O desafio tecnológico já foi vencido, falta só a parte financeira. Quando os preços se igualarem, os veículos elétricos terão tudo para

conquistar os americanos – inclusive porque é muito mais barato “abastecê-los” (o custo por km rodado é 50% a 80% menor do que num carro a gasolina).

Enquanto isso não acontece, os EUA tentam acelerar o processo com subsídios. Este ano, a Casa Branca anunciou um plano para investir US$ 174 bilhões em veículos elétricos. Desse total, US$ 100 bilhões irão para incentivos aos consumidores. O restante, para projetos como

a instalação de 500 mil estações de recarga e financiamento a fabricantes de baterias. A intenção é depender menos de importações, já que todas as principais plantas ficam na Ásia (a exceção é a megafábrica Tesla/Panasonic, construída em Nevada).

Ao mesmo tempo em que estimulam o carro elétrico, EUA e Europa apertam o cerco à indústria do petróleo. Em maio, a Justiça da Holanda obrigou a multinacional Shell (cuja sede fica lá) a cortar em 45% suas emissões de CO2 até o ano de 2030.

A americana ExxonMobil sofreu um baque similar: o fundo de investimento Engine No. 1, que detém ações da empresa e quer que ela pare de vender combustíveis fósseis, conseguiu eleger três representantes para o conselho de administração. O fundo possui apenas 0,02% das

ações da ExxonMobil – mas terá25% dos votos nas decisões da petroleira. Isso aconteceu porque os maiores acionistas da Exxon concordam com a visão do fundo: de que o futuro não é do petróleo, é das baterias.Em suma, há vários fatores convergindo em favor do carro elétrico.

Mas e no Brasil? Aqui, como você deve imaginar, é diferente. A infraestrutura tem avançado, com a instalação de mais pontos de recarga rápida, e as vendas de carros elétricos bateram recorde nos primeiros meses deste ano. Mas ainda estamos bem atrás dos países ricos.

Isso tem várias explicações, a começar por uma meio inusitada: o peso das baterias.

 

Fonte : Superinteressante

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