Notícias

Mais da metade dos homicídios no Brasil não são solucionados; RN não divulga dados

Reprodução

A impunidade ainda faz parte da maior parcela dos homicídios ocorridos no Brasil. Dezessete estados esclareceram só 44% das mortes ocorridas em circunstâncias criminosas durante o ano de 2018. O Rio Grande do Norte, por sua vez, não enviou os dados solicitados pelo Instituto Sou da Paz, que fez a pesquisa “Onde Mora a Impunidade”.

A organização não governamental atua há vinte anos para reduzir a violência no Brasil. A entidade solicitou aos estados, via Lei de Acesso à Informação, os assassinatos ocorridos em 2018 e solucionados até o fim de 2019. Além do RN, Alagoas, Amazonas, Ceará, Sergipe e Tocantins não encaminharam as informações.

O Paraná, com 12% de esclarecimento, e o Rio de Janeiro, com 14%, são os piores estados na resolução de homicídios. Dez estados não são capazes de informar quantos homicídios esclareceram.

Segundo a pesquisa, o Mato Grosso do Sul foi o estado que mais esclareceu homicídios ocorridos em 2018, com percentual de 89% de esclarecimento, seguido por Santa Catarina, com 83%.

O Distrito Federal resolveu 81% dos casos. De acordo com avaliação do instituto, a capital federal piorou o percentual de esclarecimento em relação à última edição da pesquisa, quando apresentou taxa de 91%.

O estado com a menor taxa de esclarecimento de homicídios foi o Paraná, com 12%. Porém, o dado representa um avanço em relação ao anterior, quando o estado enviou dados incompletos que impossibilitaram o cálculo e prejudicaram a transparência.

A Bahia melhorou expressivamente o índice de resolução de homicídios. O estado subiu de 4%, registrado na pesquisa anterior, para 22% agora.

Entre os estados que não enviaram os dados solicitados pelo Instituto Sou da Paz estão Alagoas, Amazonas, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Entre aqueles que enviaram dados incompletos, o que inviabilizou o cálculo do percentual de homicídios nesses estados, estão Amapá, Goiás, Pará e Maranhão.

“É importante reconhecer o avanço no percentual de esclarecimento de homicídios no Brasil, que aumentou 12% em relação à última edição da pesquisa”, comemora Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, em comunicado à imprensa.

Ela conclui. “Esta é a edição com o maior número de estados que enviaram dados completos e a maior parte deles apresentou aumento no esclarecimento de homicídios em relação ao ano anterior”, pondera.

Segundo o instituto, entre as razões para esse avanço nos estados é a melhora na capacidade investigativa indicada pelo aumento nos esclarecimentos no mesmo ano da morte, reforçando o que a literatura especializada já aponta: quanto mais tempo demora a atividade investigativa, mais difícil fica a identificação de autores, gerando maior possibilidade do inquérito ter como destino o arquivamento.

Para que o Brasil passe a priorizar a investigação de homicídios, o Instituto Sou da Paz propõe, entre outras recomendações, a modernização da gestão, infraestrutura e remuneração das Polícias Civis Estaduais, a garantia da disponibilidade ininterrupta de equipes completas (delegado, investigadores e peritos) para chegada rápida ao local do crime em todas regiões dos estados, além da padronização e integração dos sistemas de informação dos Ministérios Públicos estaduais, conferindo mais transparência à resposta que o estado dá aos crimes contra a vida.

Metrópoles

Notícias

“Eternos” traz o primeiro super-herói gay da Marvel

Foto: Reprodução

O Universo Cinematográfico Marvel cumpriu sua promessa e trouxe o primeiro super-herói gay em “Eternos”. O filme, que chega aos cinemas do Brasil em novembro, irá apresentar novos personagens na Fase 4, entre eles Phastos, que será interpretado pelo ator Bryan Tyree Henry. O estúdio já havia sinalizado em 2019 sua intenção em criar um super-herói gay em seus próximos filmes.

Em entrevista recente ao “ScreenRant”, o produtor de “Eternos”, Nate Moore, contou que irá abordar a homossexualidade do novo herói de “forma natural” e esse não é o “tópico central do personagem”, conforme afirmou.
A intenção dos idealizadores do filme é retratar a sexualidade de Phastos sem que o super-herói “passasse muito tempo segurando uma placa sobre isso, porque a sexualidade é apenas parte de alguém”, ressaltou Moore.
“Na vida, a sexualidade não é a história completa de ninguém. Sim, nós achamos que isso não precisa representar toda a sua história. Achamos que, desse jeito, fica mais real… A gente se torna um melhor contador de histórias se colocamos isso (a homossexualidade) apenas como parte de quem alguém é. Então, sim essa questão é uma parte importante do filme, mas o filme não é sobre isso. O filme é sobre quem o personagem é”, concluiu o produtor.
No longa-metragem dirigido por Chloé Zhao (do premiado “Nomadland”), o super-herói Phastos é casado com o personagem interpretado por Haaz Sleiman, e eles têm um filho. “Eternos” mostrará o primeiro beijo gay masculino da Marvel.
Em entrevista coletiva, Haaz Sleiman contou que a equipe se emocionou quando os personagens se beijaram durante as filmagens do filme. “E é um lindo e muito emocionante beijo”, revelou. “Todo mundo chorou no set. Para mim, é muito importante mostrar como uma família gay pode ser amorosa e bonita.”

Informações do Estadão
Notícias

TV Jovem Pan já tem data para estreia do novo canal

Jovem Pan já tem data para estreia do seu canal de TV; VEJA VÍDEO

 

O canal de TV Jovem Pan News tem data marcada para nascer: 27 de outubro. É o que informou a emissora, em comunicado publicado nesta terça-feira 12. A programação será transmitida 24 horas e concorrerá diretamente com a GloboNews e a CNN Brasil. Segundo a Pan, o novo canal terá conteúdo de “informação, opinião, esporte e entretenimento”.

Conforme a empresa, seu conteúdo vai ser veiculado na TV por assinatura. O número ainda não foi divulgado. Fundada em 1942, a Pan tem 105 afiliadas pelo país, mais de 100 vídeos novos diariamente, 20 mil horas de programação original por ano, exibidas em mais de 42 canais online, além de veicular sua programação no YouTube e na plataforma Panflix.

Notícias

Auxílio emergencial só será estendido se houver nova variante da Covid, diz Guedes

Divulgação

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou, nesta terça-feira (12/10), que o governo só considera estender o auxílio emergencial, que ajudou famílias de baixa renda a sobreviverem na pandemia, se surgir uma nova variante da Covid-19.

A última parcela do benefício será paga em 31 de outubro.

Guedes está nesta semana em Washington, na capital dos Estados Unidos, para participar da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). Durante esta terça-feira (12/10), o ministro conversou com jornais locais. Em participação ao vivo na TV Bloomberg, ele defendeu que o crescimento da economia brasileira não será problema, e sim a inflação.

“As pessoas que perderam a eleição há três anos não respeitaram o resultado e continuam a bater tambores. A gente entende, é a primeira vez que a esquerda perdeu para liberais-conservadores”, alfinetou.

Mais cedo, Guedes também deu entrevista à CNN Internacional. Durante a conversa, o chefe da pasta econômica declarou que o aumento dos preços dos alimentos e da energia são os culpados pela alta do IPCA (indicador que regula a inflação no Brasil) e que a pandemia de Covid-19 fez explodir a inflação em todo o mundo.

Em setembro, o IPCA chegou a 1,16% e e acumula alta de 10,25% em 12 meses. O número é quase o dobro da meta perseguida pelo Banco Central para 2021, de 5,25%.

Logo após essa declaração, o ministro ainda prometeu que o governo ampliaria benefícios sociais. “Vamos aumentar a transferência direta de renda para a população pobre cobrir os preços dos alimentos e da energia”, disse em referência ao Auxílio Brasil, novo nome do Bolsa Família.
Metrópoles
Notícias

Reajustes começam a ser repassados e gasolina beira os R$7,00 em Natal

Foto: Adriano Abreu/TN

Os motoristas que forem abastecer os seus veículos já estarão com novos preços nas bombas. Após o anúncio do reajuste de 7,2% anunciado no sábado (9), os postos de Natal já atualizaram o valor e repassaram o custo aos consumidores. A maior parte dos estabelecimentos está com gasolina comum custando mais que R$ 6,90 e vários estão próximos a R$ 7.

A reportagem da Tribuna do Norte já identificou alguns postos com valores reajustados. Enquanto havia gasolina a R$ 6,99 em estabelecimentos na zona Sul de Natal, foi possível encontrar o litro custando R$ 6,95 em estabelecimentos na zona Norte de capital.

Até o sábado (9), o maior preço de gasolina comum encontrado em pesquisa realizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em Natal foi de R$ 6,699, com a média R$ 6,681. Somente o Rio de Janeiro, entre as capitais brasileira, tinha registrado gasolina acima de R$ 6,99 até o sábado. Na capital fluminense, o valor do litro chegou a R$ 7,149.

Tribuna do Norte

Notícias

Potyguar retorna à elite do Campeonato Potiguar

Foto: Augusto César Gomes/ge

O Potyguar de Currais Novos está de volta à primeira divisão do Rio Grande do Norte após oito anos. De forma invicta, o Leão do Seridó conquistou o título da segunda divisão ao bater o Riachuelo por 1 a 0 nesta terça-feira. A final foi realizada no Estádio Frasqueirão, em Natal.

O Potyguar foi rebaixado da elite do estadual em 2013 e estava longe das competições oficiais há oito anos.

O jogo

 

O Riachuelo levou perigo em duas investidas com Mikeias após erros do zagueiro Igor na saída de bola. A melhor chance, porém, foi do Potyguar. Após boa trama pela direita, a bola sobrou para Histone emendar um chutaço da entrada da área. Matheus salvou no canto direito. O time de Currais Novos era melhor e, pouco depois, Thiago Potiguar cruzou e Gabriel cabeceou no travessão. Nos minutos finais do primeiro tempo, Thiago Potiguar sentiu lesão na coxa e deixou a partida.

Gustavinho foi a novidade do Riachuelo para a segunda etapa, dando um “calor” pela esquerda. O Potyguar respondeu com boa jogada de Histone, mas o cruzamento não achou Piauí na pequena área. O gol do título sairia aos 31 minutos. Se não conseguiu furar o bloqueio do RAC por baixo, a solução foi a bola parada. Gabriel cobrou falta e Igor subiu para fazer de cabeça, explodindo a torcida presente ao Frasqueirão. O Riachuelo ainda pressionou no fim, mas sem sucesso.

Notícias

Ônibus irão funcionar normalmente nessa quarta mesmo após ameaça de greve


Foto.Magnus Nascimento

O sistema de transportes urbanos funcionará normalmente nesta quarta-feira (13). Um indicativo de greve foi aprovado na semana passada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro-RN), mas, em reunião ontem, o seu presidente, Júnior Rodoviário, disse que as representações de trabalhadores e empresários terão uma reunião ainda nesta semana para definir os detalhes sobre o dissídio coletivo.

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, nesta segunda-feira (11) o sistema de transporte funcionou normalmente. O Sintro havia anunciado, na semana passada, o início de uma greve nesta semana. A ameaça não se confirmou. O Sindicato não deu mais detalhes acerca dos condicionantes para a realização, ou não, no futuro, da paralisação.
Na quinta-feira (7), motoristas e cobradores do sistema de transporte público de Natal ameaçaram interromper o serviço, por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira. O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Rio Grande do Norte (Sintro) aprovou o indicativo de greve, em assembleia geral, após fracasso nas negociações recentes com as empresas de ônibus.
A categoria exige o cumprimento das datas-bases salariais deste ano e de 2020, previstas para acontecer em maio passado, que até o momento não foram implementadas pelas companhias de ônibus de Natal. Os rodoviários pedem que o reajuste seja o equivalente à inflação acumulada (IPCA) para os últimos 12 meses, que é 9,68%, segundo dados de agosto do IBGE. Atualmente, o piso da categoria é de R$ 2,110.
Além disso, os motoristas querem a recomposição do vale-alimentação. Até março do ano passado, as empresas pagavam R$ 315 aos trabalhadores, mas, com a redução das linhas em circulação em decorrência da pandemia da Covid-19, o valor foi reduzido para R $180.
Por outro lado, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos (Seturn) disse que a busca por melhores condições de trabalho por parte dos rodoviários é um direito legítimo, mas deve ser exercido com responsabilidades, dentro das normas do Estado Democrático de Direito. A entidade reforça que está aberta ao diálogo para discutir as reivindicações dos trabalhadores do sistema rodoviário.
“O Seturn informa que sempre esteve à disposição para o diálogo com o Sintro e qualquer outra autoridade, mas que a crise dos transportes públicos extrapola a sua capacidade de resolução sendo necessário um diálogo intersetorial para as soluções dos problemas de mobilidade urbana em nossa capital”, encerra a nota.
Notícias

FMI eleva estimativa de inflação no Brasil em 2021 e vê crescimento mais fraco

Divulgação

A projeção do Fundo Monetário Internacional para a alta dos preços no Brasil este ano aumentou de forma expressiva em meio às pressões inflacionárias globais, ao mesmo tempo em que o cenário para o crescimento piorou.

O Fundo passou a estimar uma alta de 7,9% do IPCA para este ano, contra 4,5% em sua última projeção para a inflação, feita em abril. Ao mesmo tempo, aumentou a conta para 2022 a 4,0%, de 3,5% antes.

Para este ano, a projeção supera o teto da meta de inflação oficial, mas para 2022 fica dentro da margem de tolerância – o centro da meta do Banco Central para a inflação em 2021 é de 3,75% e para 2022 é de 3,50%, sempre com uma margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Mesmo com o ajuste, o cenário do FMI para a inflação este ano ainda é bem mais fraco do que a taxa de 8,59% prevista pelo mercado no último relatório Focus do BC. Para 2022, o resultado esperado pelo Fundo também é menor, dado que os analistas no Focus calculam uma alta do IPCA de 4,17%.

Por sua vez, o BC estima inflação de 8,5% ao final de 2021 e de 3,7% em 2022, enquanto o governo prevê altas do IPCA de 7,9% em 2021 e de 3,75% em 2022.

“Olhando à frente, a inflação (no mundo) deve atingir o pico nos últimos meses de 2021, devendo retornar aos níveis pré-pandemia até meados de 2022 tanto para economias avançadas quanto países dos mercados emergentes, e com riscos voltados para cima”, disse o FMI no relatório Perspectiva Econômica Global, destacando a necessidade de uma comunicação clara combinada com políticas fiscal e monetária adequadas para contextos específicos dos países.

De olho nas pressões inflacionárias no Brasil, o BC elevou a taxa básica de juros Selic a 6,25% ao ano em setembro, e indicou que irá avançar em “território contracionista” ao dar sequência ao seu agressivo ciclo de aperto monetário para domar uma inflação que tem se mostrado mais persistente e disseminada.

PIB

As projeções do FMI para a economia brasileira também pioraram. O crescimento do Produto Interno Bruto foi agora calculado em 5,2% este ano e em 1,5% em 2022, reduções respectivamente de 0,1 e 0,4 ponto percentual sobre a estimativa de julho, a última para o PIB.

Para o BC, a economia brasileira deverá apresentar um crescimento de 4,7% neste ano e de 2,1% para o próximo, contra estimativas do governo de 5,3% este ano e de 2,5% no ano que vem.

O cenário do FMI para o Brasil fica bem aquém daquele previsto para os Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento, que inclui o Brasil –o grupo deve ter um crescimento de 6,4% este ano e 5,1% no próximo.

Também é bem mais fraco do que as perspectivas para a América Latina e Caribe, de expansões de 6,3% e 3,0% respectivamente.

O FMI ainda calculou que a taxa de desemprego brasileira ficará em 13,8% este ano e 13,1% em 2022, o que representa melhora ante as taxas previstas em abril de 14,5% e 13,2%.

Notícias

Futuro debaixo d’água: como será a elevação do nível do mar no mundo todo

Como pode ser a elevação do nível do mar em Dhaka
Crédito: Climate Central/Reprodução

O planeta está aquecendo rapidamente, resultando em uma seca histórica, inundações mortais e eventos incomuns de degelo no Ártico. Também está causando um aumento constante do nível do mar, que os cientistas dizem que continuará por décadas.

Um novo estudo do Climate Central, um grupo de pesquisa sem fins lucrativos, mostra que cerca de 50 grandes cidades costeiras precisarão implementar medidas de adaptação “sem precedentes” para evitar que a elevação do mar engula suas áreas mais populosas.

A análise, feita em colaboração com pesquisadores da Universidade de Princeton e do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático na Alemanha, resultou em contrastantes visuais marcantes entre o mundo como conhecemos e o nosso futuro subaquático, se o planeta aquecer a 3 °C acima de níveis industriais.

Cientistas do clima relataram em agosto que o mundo já está cerca de 1,2 ºC mais quente do que os níveis pré-industriais. As temperaturas devem ficar abaixo de 1,5 ºC, eles dizem — um limite crítico para evitar os impactos mais severos da crise climática.

Mas mesmo no cenário mais otimista, em que as emissões globais de gases de efeito estufa começam a diminuir hoje e são reduzidas a zero líquido até 2050, a temperatura global ainda atingirá o pico acima do limite de 1,5 ºC antes de cair.

Em cenários menos otimistas, nos quais as emissões continuam a subir além de 2050, o planeta pode aumentar 3 ºC já em 2060 ou 2070, e os oceanos continuarão a aumentar por décadas antes de atingirem seus níveis máximos.

“As escolhas de hoje definirão nosso caminho”, disse Benjamin Strauss, cientista-chefe da Climate Central e principal autor do relatório.

Os pesquisadores do Climate Central usaram dados de elevação global e população para analisar partes do mundo que serão mais vulneráveis ​​ao aumento do nível do mar, que tendem a se concentrar na região da Ásia-Pacífico.

Pequenos países insulares correm risco de “perda quase total” de terras, afirma o relatório, e oito das 10 principais áreas expostas ao aumento do nível do mar estão na Ásia, com cerca de 600 milhões de pessoas expostas à inundação em um cenário de aquecimento de 3 ºC.

Segundo a análise da Climate Central, China, Índia, Vietnã e Indonésia estão entre os cinco países mais vulneráveis ​​ao aumento do nível do mar a longo prazo. Os pesquisadores observam que esses também são os países que adicionaram capacidade adicional de queima de carvão nos últimos anos.

Em setembro, um estudo publicado na revista Nature descobriu que quase 60% do petróleo e gás natural remanescentes no planeta e 90% de suas reservas de carvão devem permanecer no solo até 2050 para ter uma chance maior de limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais.

A maioria das regiões ao redor do mundo, disse, deve atingir o pico de produção de combustível fóssil agora ou na próxima década para evitar o limiar climático crítico.

Na Assembleia Geral da ONU em setembro, a China fez uma importante promessa climática como um dos maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa: o país não construirá mais nenhum novo projeto de energia a carvão no exterior, marcando uma mudança na política em torno de seu extenso cinturão e de sua infraestrutura rodoviária, que já havia começado a diminuir suas iniciativas de carvão.

Se o planeta atingir 3 ºC, a Climate Central relata que cerca de 43 milhões de pessoas na China viverão em terras projetadas para estar abaixo do nível da maré alta em 2100, com 200 milhões de pessoas vivendo em áreas com risco de aumento do nível do mar a longo prazo.

A cada fração de grau de aquecimento, as consequências das mudanças climáticas pioram. Mesmo limitando o aquecimento a 1,5 ºC, os cientistas dizem que os tipos de clima extremo que o mundo experimentou neste verão se tornarão mais severos e frequentes.

Além de 1,5 ºC, o sistema climático pode começar a parecer irreconhecível.

De acordo com o relatório do Climate Central, cerca de 385 milhões de pessoas vivem atualmente em terras que serão inundadas pela maré alta, mesmo se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas.

Se o aquecimento for limitado a 1,5 ºC, a elevação do nível do mar afetaria terras habitadas por 510 milhões de pessoas hoje.

Se o planeta atingir 3 ºC, a linha da maré alta pode invadir a terra onde vivem mais de 800 milhões de pessoas, concluiu o estudo.

Os autores observam no relatório que uma advertência importante em sua avaliação é a falta de dados globais sobre as defesas costeiras existentes, como diques e paredões, para projetar totalmente a exposição à elevação do mar.

No entanto, eles reconhecem que, devido aos impactos vistos hoje com as recentes inundações e tempestades, as cidades provavelmente renovarão a infraestrutura para evitar o agravamento dos impactos.

“Níveis mais altos de aquecimento exigirão defesas sem precedentes globalmente ou abandono em muitas das principais cidades costeiras do mundo”, escreveram os autores, “enquanto a contagem poderia ser limitada a um punhado relativo por meio de forte conformidade com o Acordo de Paris, especialmente limitando o aquecimento a 1,5 ºC. ”

Mas a infraestrutura costeira custa dinheiro. Nações ricas como os Estados Unidos e o Reino Unido poderiam pagar essas medidas, mas países de baixa renda poderiam ser deixados para trás.

E enquanto muitas pequenas nações insulares estão rodeadas por manguezais e recifes de coral que poderiam proteger suas terras da elevação do mar, o aquecimento das temperaturas está causando a acidificação dos oceanos e outras formas de destruição ambiental que ameaçam tais medidas de defesa.

Durante as duas primeiras semanas de novembro, os líderes mundiais se reunirão em negociações climáticas mediadas pela ONU em Glasgow, Escócia.

Eles discutirão a limitação das emissões de gases de efeito estufa, bem como a quantidade de financiamento que as nações desenvolvidas se comprometerão a ajudar o Sul Global a se afastar dos combustíveis fósseis e se adaptar aos impactos da crise climática.

A menos que ações ousadas e rápidas sejam tomadas, os eventos climáticos extremos e o aumento do nível do mar alimentado pelas mudanças climáticas preencherão cada vez mais o futuro da Terra.

Os cientistas dizem que o planeta está ficando sem tempo para evitar esses cenários de pior caso.

“Os líderes mundiais têm uma oportunidade fugaz de ajudar ou trair o futuro da humanidade com suas ações hoje em relação às mudanças climáticas”, disse Strauss. “Esta pesquisa e as imagens criadas a partir dela ilustram as enormes apostas por trás das negociações sobre o clima em Glasgow.”

Notícias

Após 6 dias sem registro de mortes por COVID-19, RN registra 3 óbitos nas últimas 24 horas

Divulgação

Depois de seis dias consecutivos sem contabilizar nenhum óbito por Covid, o Rio Grande do Norte voltou a registrar mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) nesta terça-feira (12).

Ao todo, foram três mortes confirmadas e registradas nas últimas 24 horas: uma em Natal, uma em Caicó e outra em São Tomé.

A última morte registrada no estado havia sido no dia 5 de outubro.

Essa foi a primeira vez desde o início da pandemia, em março de 2020, que o Rio Grande do Norte ficou esse intervalo de tempo sem nenhum óbito registrado.

De acordo com o boletim da Sesap, o estado tem 7.354 mortes por Covid desde o início da pandemia – sendo três nas últimas 24 horas. Outros 1.344 óbitos seguem em investigação.

Ao todo, três casos foram confirmados nas últimas 24 horas. Assim, o estado tem 369.903 casos confirmados desde o início da pandemia.

A melhora nos índices da pandemia são associados, pela Secretaria de Saúde, à vacinação em massa da população.

Segundo o RN+ Vacina, o Rio Grande do Norte tem mais de 1,5 milhão com o esquema vacinal completo contra a Covid (duas doses ou dose única). Isso representa 51% da população potiguar acima de 12 anos.

Além disso, o estado tem começado a imunizar com a dose de reforço idosos, profissionais da saúde e imunossuprimidos. Apesar disso, mais de 81 mil pessoas desse público estão com a dose atrasada.