Guerra

Venezuela realiza exercícios militares após chegada de navio de guerra britânico à Guiana

 

Mais de 5.600 efetivos participaram nesta quinta-feira, 28, de exercícios militares ordenados pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em resposta à chegada de um navio de guerra britânico à Guiana, que negou planejar “uma ação ofensiva” contra o país vizinho. A chegada do HMS Trent rompe uma trégua frágil entre os dois países em meio à disputa secular pelo território de Essequibo, rico em petróleo. “Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Nacional Bolivariana sobre o Caribe Oriental da Venezuela, sobre a Fachada Atlântica, uma ação conjunta de caráter defensivo e em resposta à provocação e à ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania de nosso país”, disse Maduro em uma transmissão de rádio e televisão, acompanhado do alto comando das forças armadas.

A Guiana, uma ex-colônia britânica, negou que a chegada do HSM Trent faça parte de planos para um ataque. “Estas são associações destinadas a aumentar a segurança interna, não representam uma ameaça a ninguém e, de forma alguma, pretendem ser agressivas ou constituir um ato ofensivo”, afirmou no Facebook o presidente da Guiana, Irfaan Ali. O vice-presidente guianense, Barrat Jagdeo, disse mais cedo que a Guiana não planejava “invadir a Venezuela. O presidente Maduro sabe disso”, ressaltou Jagdeo, que descartou um cancelamento da “atividade programada” com os britânicos. Uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Guiana afirmou à AFP que o HMS Trent chegará à sua costa na sexta-feira e ficará em seu território por “menos de uma semana” para exercícios de defesa em mar aberto. Não está previsto que atraque em Georgetown.

A primeira fase dos exercícios militares venezuelanos contou com 5.682 combatentes, segundo a transmissão, que mostrou aviões de guerra patrulhando a área e o slogan no rádio de “papel de combate”. Participaram caças F-16 e Sukhoi russos, além de embarcações, navios-patrulha, lanchas armadas com mísseis e veículos anfíbios. Os exercícios foram mobilizados a partir do estado de Sucre (nordeste), perto de Trinidade e Tobago, em frente aos limites das águas disputadas com a Guiana. A Venezuela havia pedido mais cedo à Guiana que tomasse “ações imediatas para a retirada do navio HMS Trent” e se abstivesse “de continuar envolvendo potências militares na controvérsia territorial”.

Maduro e Ali reuniram-se no último dia 14 em São Vicente e Granadinas, onde concordaram que seus governos, “direta e indiretamente”, não “usarão a força mutuamente em nenhuma circunstância”. “Acreditamos na diplomacia, no diálogo, na paz”, disse Maduro. “Mas ninguém deve ameaçar a Venezuela, ninguém deve mexer com a Venezuela. Somos homens de paz, somos um povo de paz, mas somos guerreiros e essa ameaça é inaceitável para qualquer país soberano (…), inaceitável a ameaça do decadente, corrupto ex-império do Reino Unido. Não aceitamos”.

Em 18 de dezembro, o chefe da diplomacia do Reino Unido nas Américas, David Rutley, reafirmou o apoio do governo britânico à Guiana, em um encontro em Georgetown com Ali. A Venezuela afirma que o Essequibo, uma região de 160.000 km² rica em recursos naturais, faz parte de seu território, como em 1777, quando era colônia da Espanha, e apela ao Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, que estabelecia as bases para uma solução negociada e anulava um laudo de 1899, que Georgetown pede que a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ratifique.As tensões entre os dois países se intensificaram após a realização de um referendo sobre a soberania de Essequibo em 3 de dezembro na Venezuela, o que despertou o temor de um conflito armado entre os vizinhos. O HMS Trent foi deslocado para o Caribe para combater o tráfico de drogas no início de dezembro, embora costume operar no Mar Mediterrâneo.

Guerra

Netanyahu diz que Israel tomará controle da segurança em Gaza quando a guerra terminar

 

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste sábado (16) que seu país assumirá o “controle da segurança” da Faixa de Gaza quando a guerra terminar e o grupo terrorista Hamas for eliminado, e rejeitou que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) assuma esse papel, como sugeriram os Estados Unidos, seu principal aliado.

“Entre amigos, devemos dizer a verdade e não criar ilusões, especialmente em uma questão existencial como essa. Repito aos nossos amigos: após a eliminação do Hamas, a Faixa de Gaza será desmilitarizada, estará sob o controle de segurança de Israel e não haverá nenhum fator que nos ameace, nem que eduque seus filhos para nos destruir”, declarou Netanyahu em uma mensagem aos EUA sobre o possível papel da ANP no futuro do enclave.

A gestão do presidente Joe Biden, dos EUA, insistiu com o governo de Netanyahu para que pensasse em quem governará a Faixa de Gaza quando a guerra terminar, e rejeitou a retomada da política de assentamentos de colonos do enclave por parte de Israel, que foi desmantelada em 2005.

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, visitou Israel e a Cisjordânia nesta semana e comentou que a ANP deve ser fortalecida para assumir a tarefa de governar a Faixa de Gaza, onde os terroristas do Hamas tomaram o poder em 2007 e expulsaram a entidade, controlada pelo partido secular Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.

“Não permitirei que substituamos ‘Hamastão’ por ‘Fatahstão’, que substituamos Khan Younis por Jenin – um foco de violência na Cisjordânia e um reduto de milícias armadas. Não permitirei que o Estado de Israel repita o erro fatal de Oslo, que trouxe para o coração de nosso país e de Gaza os elementos mais extremistas do mundo árabe, que estão comprometidos com a aniquilação do Estado de Israel e que educam seus filhos para esse fim”, disse Netanyahu.

O premiê insistiu que não se trata de um debate sobre se o Hamas ou o Fatah devem governar, já que “ambos buscam a eliminação do Estado de Israel”, e criticou a ANP por não condenar o massacre do grupo islâmico em solo israelense no dia 7 de outubro.

“Então eles governarão Gaza no ‘dia seguinte’? Será que não aprendemos nada? Como primeiro-ministro de Israel, não permitirei que isso aconteça”, argumentou.

O primeiro-ministro se dirigiu aos cidadãos de Israel para avisá-los sobre a guerra que “a vitória levará tempo, mas continuará até o fim”.

“Apesar da enorme dor, apesar da dor de partir o coração, apesar das pressões internacionais, continuaremos até o fim. Nada nos deterá até alcançarmos a vitória”, comentou.

Netanyahu também descreveu como “terrível tragédia” o incidente ocorrido na sexta-feira, quando o Exército israelense matou por engano três reféns que confundiu com membros do Hamas em combates em Shujaiya, na mesma semana em que encontrou os corpos de outros cinco cativos dentro da Faixa.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Reunião entre Venezuela e Guiana para abordar a questão do Essequibo ocorre nesta quinta

O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves| Foto: EFE/Matías Martín Campaya

 

O ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, vão se reunir nesta quinta-feira (14) em São Vicente e Granadinas para discutir a disputa pelo território de Essequibo, que se intensificou nas últimas semanas. O encontro contará com a presença de vários líderes caribenhos e representantes do Brasil e das Nações Unidas.

A reunião foi anunciada pelo governo de São Vicente e Granadinas, que afirmou que o país está “facilitando” as negociações, mas não atuará como “mediador”. O governo disse nesta quarta-feira (13) que os preparativos para o encontro estavam concluídos e que diversos representantes já estavam no país caribenho. O primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, disse que espera que a conversa entre os dois líderes “reduza as tensões, a linguagem violenta e a escalada na região”.

A Venezuela aprovou em um referendo unilateral em 3 de dezembro a anexação de Essequibo, uma área rica em recursos naturais que corresponde a cerca de 70% do território da Guiana. O regime de Maduro também ordenou o estabelecimento de uma divisão militar perto da área disputada, sem incursões por enquanto, entre outras medidas.

A Guiana, por sua vez, rejeita qualquer negociação sobre a fronteira terrestre, que considera definida desde 1899 por um tribunal arbitral. O país defende que a disputa seja resolvida pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), que iniciou um processo em 2018 a pedido da Guiana.

A reunião desta quinta-feira será a primeira que Ali, que assumiu cargo de presidente da Guiana em agosto de 2020, tem com o ditador venezuelano. O encontro também terá a participação do consultor de Lula, Celso Amorim, e de Courtney Ratray, chefe de gabinete do secretário-geral da ONU, António Guterres.

Deu na Gazeta do Povo

Guerra

Davi contra Golias: guerra entre Venezuela e Guiana colocaria frente a frente forças militares díspares

 

O temor sobre a possibilidade de que ocorra um conflito entre a Venezuela e a Guiana aumentou após o referendo realizado no domingo (3), no qual os venezuelanos aprovaram as questões levantadas pelo regime de Nicolás Maduro para anexar a vasta região do território de Essequibo. A região, que corresponde a cerca de 70% da Guiana, é alvo de uma disputa histórica entre os dois países, que remonta ao século 19.

O resultado do referendo, que a oposição a Maduro diz que contou com uma baixa participação da população, foi recebido como uma provocação por parte do governo da Guiana, que já havia manifestado sua oposição à consulta popular de Maduro e reafirmado sua soberania sobre a área disputada, que possui riquezas naturais como petróleo, ouro e diamantes.

Em meio ao aumento da tensão, surge a questão: como seria uma guerra entre a Venezuela e a Guiana? Uma análise das capacidades militares dos dois países revela uma enorme disparidade de forças, que poderia colocar a Guiana em uma situação de grande desvantagem.

Analistas consultados pela Gazeta do Povo apontam que em um cenário de conflito, a Venezuela sai na frente, já que sua força militar é maior e de certa forma mais bem equipada que a da Guiana. Os venezuelanos contam atualmente com cerca de 123 mil militares na ativa e 220 mil reservistas, distribuídos entre o Exército, a Marinha, a Força Aérea e a Guarda Nacional.

Segundo dados do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, veiculados pelo site Poder360, dos 123 mil militares venezuelanos na ativa, 63 mil são do Exército, 25.550 da Marinha, 11.550 da Força Aérea e 23 mil fazem parte da Guarda Nacional.

O país de Maduro também possui um arsenal de armas um pouco mais modernas, que inclui aviões de combate, navios de guerra, 173 tanques, 81 veículos blindados e sistemas de defesa antiaérea em maior quantidade.

Além disso, a Venezuela tem o apoio de países como o Irã e a Rússia, que podem ter fornecido material bélico nos últimos anos para que o país sul-americano pudesse reforçar e atualizar sua capacidade militar, sobretudo na área naval, apesar da crise econômica que enfrenta.

A Guiana, por sua vez, tem uma força de defesa bastante inferior e mais limitada, com cerca de 3.400 soldados – três mil no Exército, 200 da Marinha e 200 da Força Aérea -, que são apoiados por pequenas embarcações de patrulha e algumas aeronaves leves. A maior parte do seu equipamento militar é composto por armas não tão modernas, veículos de reconhecimento e transporte, e alguns tanques mais antigos.

Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, mestre em Geopolítica pela Universidade Nacional de Defesa de Pequim e em Ciências Militares pela Escola de Comando e Estado Maior do Exército, disse que “a Venezuela tem forças militares incomparavelmente mais bem equipadas que a Guiana” nesse momento, e que o país liderado pelo regime de Maduro conta com “forças armadas estruturadas” e com “treinamento superior”.

Gomes Filho lembrou que os guianenses possuem neste momento “apenas seis blindados Cascavel, que foram fabricados na década de 1980, pela extinta empresa brasileira Engesa e algumas poucas peças de artilharia, também muito antigas”.

Segundo Alessandro Visacro, analista de segurança e defesa, a Venezuela pode ter feito “algum esforço de modernização” nos últimos anos com a aquisição de material militar que pode ter vindo da Rússia e do Irã. No entanto, ele ressalta que a crise econômica que assola o país pode afetar a sua capacidade de sustentar por muito tempo um esforço bélico contra a Guiana, especialmente se houver a interferência de atores externos.

Ambos os analistas apontam que o terreno de Essequibo ao longo da fronteira entre os dois países também pode desempenhar um papel fundamental em um eventual conflito, já que ele é composto por florestas tropicais, montanhas e rios, que formam um ambiente desafiador para qualquer operação militar. Isso poderia indicar que a superioridade militar da Venezuela não significa que uma eventual guerra contra a Guiana poderia ser fácil ou rápida.

A vegetação densa e o clima imprevisível podem dificultar a visibilidade, a navegação e o reconhecimento, além de limitar o uso de armas pesadas e o apoio aéreo. O terreno também impõe desafios logísticos, como o abastecimento e a comunicação das tropas.

Segundo Gomes Filho, a Venezuela teria que realizar uma “operação anfíbia”, ou seja, desembarcar tropas pelo mar por conta das dificuldades impostas pela fronteira predominantemente formada por selva com a Guiana.

“Uma eventual ação militar venezuelana, muito provavelmente seria planejada projetando-se poder do mar sobre a terra, no qual a Venezuela desembarcaria tropas em algum ponto do litoral guianense”, disse ele.

Gomes Filho também afirmou que o terreno da fronteira entre os dois países “impede o deslocamento de colunas de viaturas blindadas e dificulta em muito o deslocamento de tropas a pé, assim como o envio dos suprimentos necessários para a manutenção das tropas em combate”.

Visacro disse que a fisiografia da região de Essequibo pode ser um obstáculo para as operações militares da Venezuela de grande escala, que dependem de infraestrutura logística pré-existente, como estradas, pistas de pouso e energia elétrica. Ele lembrou que a melhor forma de chegar na área disputada é passando pelo território brasileiro, o que parece improvável neste momento diante da posição do governo brasileiro de não consentir com uma invasão venezuelana.

Visacro também disse que um eventual conflito entre os dois vizinhos poderia se desenvolver por meio de operações navais, já que a disputa principal está no interesse pelas costas de Essequibo, que é onde se pode explorar o petróleo. No entanto, segundo o analista, a Venezuela poderia enfrentar problemas nas operações navais caso a Guiana conseguisse contar com o apoio militar dos EUA, por exemplo.

Segundo o analista, “militarmente”, o conflito “não é um desafio tão fácil para Venezuela, embora a capacidade militar da Guiana seja praticamente nula”.

 

Estratégia de defesa

Para tentar se defender, a Guiana poderia promover uma “guerra de resistência” contra os venezuelanos, “utilizando técnicas de guerrilha”, disse Gomes Filho. No entanto, ele apontou que, militarmente, o pequeno país sul-americano “não reúne condições” para “resistir a uma invasão venezuelana” por muito tempo.

Por sua vez, Visacro, destacou que os guianenses, por possuir um “poder político, econômico e militar” muito pequeno, deveriam adotar neste momento como “única estratégia possível” um alinhamento com atores externos.

“O mais importante deles, sem dúvida nenhuma, é os Estados Unidos, que não quer um conflito na região”, disse o analista, observando que os EUA têm sido cautelosos e discretos na sua abordagem sobre a situação de Essequibo.

Ele também mencionou a possibilidade de uma “guerra de resistência” por parte da Guiana, mas ressaltou que essa ação dependeria de vários fatores, como “condições fisiográficas, psicossociais, políticas e econômicas” da Guiana que ainda não estão muito claras.

“A única opção praticamente que a Guiana tem é apelar para o apoio externo e contar com a capacidade de força dissuasória dos EUA para evitar uma escalada do conflito”, disse Visacro.

Deu na Gazeta do Povo

 

 

 

 

Guerra

Maduro propõe criação de uma província em região disputada com a Guiana

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs a criação de uma província na região de Essequibo, área disputada com a Guiana. A proposta foi apresentada nesta terça-feira, 5, durante uma reunião com o alto escalão do governo venezuelano.

Maduro ordenou ainda que a estatal petroleira Petróleos de Venezuela (PDVSA) conceda licenças para a exploração de petróleo, gás e minas na região. O presidente propôs “ativar de imediato o debate na Assembleia Nacional e a aprovação da lei orgânica para a criação da Guiana Essequiba”. Antes do anúncio do presidente, o chefe do comando da campanha chavista para o referendo sobre o território de Essequibo, Jorge Rodríguez, já havia afirmado que a Venezuela tomaria medidas de acordo com o mandato popular dado na consulta de domingo, quando a anexação da região em disputa com a Guiana foi aprovada de forma não vinculante.

Durante uma coletiva, ele garantiu que “as ações que serão tomadas nas próximas horas serão baseadas no mandato do povo” em favor dos direitos que a Venezuela alega ter sobre a área em questão, de quase 160 mil quilômetros quadrados, e na implementação de “um plano acelerado para o atendimento integral da população atual e futura desse território”. Rodríguez insistiu que a consulta “é vinculante”, o que significa uma incursão iminente nessa área controlada por Georgetown e o fim das competências da Corte Internacional de Justiça (CIJ) sobre o assunto, algo que não é decidido por uma consulta nacional. “Vocês vão ver, a partir de hoje à tarde. Nós vamos calar a boca deles com o caráter vinculante desse referendo, a partir de hoje à tarde, fiquem muito atentos, fiquem muito atentos ao que vai acontecer hoje à tarde”, declarou.

O território é disputado pelos países há mais de um século e está sob o controle de Guiana desde o século 19. Pelo menos 125 mil pessoas moram na região, que representa 70,4% do atual território da Guiana. Em 2015, foi descoberto a existência de petróleo na região. A Guiana, inclusive, é o país sul-americano que vem registrando crescimento nos últimos anos. Os dois países afirmam ter direito sobre o território.

Nesta segunda-feira, Maduro garantiu que seu país vai recuperar Essequibo e que busca “construir consensos”. Por outro lado, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, afirmou em entrevista que está se preparando para o pior e que o governo está trabalhando com parceiros para reforçar a “a cooperação de defesa”. O ministro das Relações Exteriores guianense, Hugh Todd, disse que o país está “vigilante” após a decisão do último domingo. “Temos que permanecer sempre vigilantes. Embora não acreditemos que ele vá ordenar uma invasão, temos que ser realistas sobre o ambiente na Venezuela e o fato de que o presidente Nicolás Maduro pode fazer algo muito imprevisível”, afirmou Todd.

Nesta segunda-feira, o líder venezuelano anunciou a próxima etapa da “poderosa” disputa territorial. “Demos o primeiro passo de uma nova etapa histórica para lutar pelo que é nosso. Hoje o povo falou duro, alto e claro, e vamos começar uma nova e poderosa etapa, porque levamos o mandato do povo, levamos a voz do povo”, comentou o presidente venezuelano diante de uma multidão, minutos depois de o Conselho Nacional Eleitoral anunciar os resultados do referendo, que teve 10.554.320 votos. “Foi um dia maravilhoso, uma vitória esmagadora do ‘Sim’”, disse o líder venezuelano que tentará a reeleição em 2024.

Maduro destacou o “nível muito importante de participação do povo”, que não ficou claro, já que o CNE anunciou o número total de “votos”, sem explicar se eles correspondem ao mesmo número de eleitores ou se foi feita uma contagem de cinco votos por pessoa, correspondente ao número de perguntas respondidas por cada participante. Ele também agradeceu a alguns oponentes, incluindo o duas vezes candidato à presidência Henrique Capriles, por participarem dessas votações. “O polo contrário estava no exterior: o governo da Guiana, a ExxonMobil, o império norte-americano”, disse ele, sem dar detalhes das ações que planeja tomar agora que, como esperava, tem apoio popular para “reforçar” a defesa do país na disputa com o país vizinho.

Guerra, Mundo

URGENTE: Estados Unidos manda oficiais das Forças Armadas para fazer defesa da Guiana

 

A Embaixada dos Estados Unidos da América na Guiana enviou um comunicado informando que comandantes militares dos EUA foram enviados a Guiana para discutir e iniciar planejamentos estratégicos para aumentar as defesas e se proteger de uma possível invasão das forças do Ditador Nicolás Maduro.

Este aviso vem duas semanas após o Comando Sul dos EUA (U.S. Southern Command) e o Exército Brasileiro completarem um treinamento intensivo de combate na Amazônia que durou quase três semanas.

Veja a seguir a nota da embaixada americana traduzida com inteligência artificial

“A liderança da 1ª Brigada de Assistência à Força de Segurança (SFAB) do Exército dos Estados Unidos e da Força de Defesa da Guiana (GDF) se encontraram em 27 e 28 de novembro como parte da forte parceria militar entre os Estados Unidos e a Guiana.

As forças de defesa dos EUA e da Guiana discutiram futuros compromissos, incluindo sessões de planejamento estratégico e processos para melhorar a prontidão militar e a capacidade de ambos os países em responder a ameaças de segurança.

A SFAB é uma unidade especializada do Exército dos EUA estabelecida para aconselhar e ajudar nações parceiras. Desde 2022, a SFAB realizou vários exercícios de treinamento conjuntos com a GDF para fortalecer sua capacidade e competência nos níveis tático e operacional.

Os assessores da SFAB declararam: “Somos gratos pela oportunidade de treinar com a Força de Defesa da Guiana como nossos parceiros e amigos. Estamos ansiosos para aprofundar a parceria nas próximas semanas e meses.”

O Oficial de Estado-Maior da GDF, General Three – Operações e Treinamento – Tenente-Coronel Andy Pompey disse: “A última iteração do treinamento militar dos EUA aqui na Guiana foi de enorme benefício para o Corpo Médico e o 4º Batalhão de Engenheiros. A transferência de conhecimento e especialização de nossos colegas dos EUA sob a égide da SFAB equipou nossos membros com habilidades inestimáveis que são diretamente aplicáveis à natureza dinâmica de nosso ambiente de segurança moderno.

À medida que testemunhamos os resultados positivos deste treinamento, estamos confiantes de que os benefícios serão duradouros, impactando não apenas as capacidades operacionais de nossa força, mas também o crescimento profissional de membros individuais. O programa SFAB, com seu foco em aprimorar as capacidades das forças parceiras, é um testemunho dos esforços colaborativos entre nossas nações. Estamos ansiosos para ver o impacto positivo contínuo do treinamento da SFAB dos EUA em nossa força.”

Os EUA e a Guiana desfrutam de uma parceria de segurança de longa data marcada por uma forte colaboração entre o SOUTHCOM e a GDF, focada em preparação para desastres, assistência humanitária, segurança marítima, direitos humanos, desenvolvimento profissional, missões de defesa e segurança pública, e combate ao crime transnacional.”

Deu no Terra Brasil

Guerra

Israel anuncia morte de um dos líderes do Hamas no ataque de 7 de outubro

 

Um dos líderes do Hamas no ataque de 7 de outubro, que início o novo conflito com Israel, foi morto pelo exército israelense.

A informação foi divulgada pelas duas partes, neste domingo, 26. Através das redes sociais, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, confirmou a morte de Ahmad Al Ghandour em um bombardeio na Faixa de Gaza. Já o grupo terrorista declarou que Ghandour e três outros altos funcionários foram assassinados. O ataque ocorreu antes do cessar-fogo firmado no início da semana passada. Além da trégua de quatro dias, ambas as partes concordaram em trocar reféns.

Nos últimos dias, Estados Unidos e Egito, dois dos articuladores no conflito, mostraram otimismo quanto a uma prorrogação no cessar-fogo. Presidente norte-americano, Joe Biden afirmou que a chance é “real”. Já um porta-voz egípcio Diaa Rashwan comentou que os “sinais são positivos”.

Apesar disso, publicamente, Israel insiste que a trégua é provisória e o objetivo em “exterminar” o Hamas permanece. Em quase 50 dias, a guerra no Oriente Médio já deixou 15.700 vítimas fatais, sendo 14.500 em Gaza e 1.200 do lado de Israel.

Deu na JP News

Guerra

Hamas liberta mais 13 israelenses e 4 tailandeses após sete horas de atraso

Foto: Gil Cohen

 

O grupo terrorista palestino Hamas confirmou neste sábado, 25, a liberação de reféns israelenses e estrangeiros para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). O acordo com Israel previa soltura antes do prazo de meia-noite. Os reféns agora seguem “a caminho do ponto de passagem de Rafah” em direção ao Egito, segundo informações do Exército israelense.

Conforme estabelecido na negociação, 39 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e adolescentes menores de 19 anos, que foram detidos no território israelense, também foram libertados. A decisão veio após atraso e incerteza dada pelo Hamas, que chegou a acusar Israel de “quebra de acordo” neste final de semana. Segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, entre as 17 vítimas, estavam 13 israelenses e quatro cidadãos tailandeses. Autoridades do Egito e Catar negociaram e mantiveram contato com ambos os lados da Guerra no Oriente Médio. “Os obstáculos à libertação de prisioneiros foram superados através de contatos entre o Catar e o Egito com ambos os lados”, postou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros catari, Majed al-Ansari.

Autoridades israelenses classificaram o avanço das negociações como “significativas”. Na última sexta-feira, 24, o grupo armado palestino liberou 24 pessoas do território na Faixa de Gaza. Todos eles haviam sido sequestrados no dia 7 de outubro, incluindo 13 israelenses, dez tailandeses e um filipino. Em Tel Aviv, por sequência, 39 pessoas foram liberadas. Este acordo tomou força no início da semana, após as duas partes combinarem trégua de quatro dias na guerra.

Informações da AFP

Guerra

Israel recebe do Hamas segunda lista de reféns que serão soltos neste sábado

 

O governo de Israel recebeu nesta sexta-feira, 24, os nomes da segunda lista de reféns que serão libertados pelo Hamas. De acordo com o jornal “Times of Israel”, a relação já foi enviada ao gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O número exato de pessoas que serão repatriadas ainda não foi divulgado. A expectativa é que o grupo chegue nos arredores de Tel Aviv, neste sábado, 25. Mais cedo, o Hamas soltou 24 pessoas sequestradas em 7 de outubro, sendo 13 israelenses, dez tailandeses e um filipino. Em troca, os israelenses se comprometeram em liberar 39 palestinos ainda nesta sexta-feira.

A movimentação faz parte de um acordo firmado entre as duas partes, no início desta semana. No trato, Israel e Hamas também combinaram um cessar-fogo de quatro dias. A guerra no Oriente Médio já deixou 15.700 vítimas fatais, sendo 14.500 em Gaza e 1.200 do lado de Israel.

Deu na JP News

Guerra

Reféns libertados pelo Hamas cruzam fronteira de Rafah

 

O primeiro grupo de reféns libertado pelo Hamas após cessar-fogo que durará quatro dias, cruzou nesta sexta-feira, 24, a fronteira de Rafah, entre Egito e a Faixa de Gaza, e estão a caminho de Israel, onde receberam atendimento médico. O grupo foi entregue aos serviços de segurança de Israel pela Cruz Vermelha, que participou da operação de resgate e recebeu os sequestrados do Hamas. Agora o recebimento das pessoas, o Exército israelense realizaram a identificação fisica e por lista, para determinar se são as pessoas certas, explicou, aos jornalistas, Ziv Agmon, o assessor do chefe da Diretoria Nacional de Diplomacia Pública de Israel. A libertação de reféns começou a acontecer às 16h (11h m Brasília) desta sexta após uma trégua iniciada às 7h (2h em Brasília). Ao chegarem em Israel, os reféns vão ser deslocados para os centros médicos que estão preparados para atendê-los.

Segundo Agmon, cinco hospitais estão prontos para realizar o acolhimento. Em troca, 39 presos palestinos em território israelense vão ser liberados. O acordo entre Israel e Hamas, fechado nesta semana com mediação do Catar e dos Estados Unidos, prevê a libertação de 50 reféns em troca de 150 presos palestinos e o cessar-fogo durará quatro dias, contudo, por ser estendido caso mais sequestrados sejam libertados. Além das pessoas envolvidas no acordo entre israelense e o grupo islâmico, 12 tailandeses também foram liberados e chegaram em Israel, onde passam por exames médicos para verificar o seu estado de saúde. No dia 7 de outubro, quando amas atacou Israel, 240 pessoas foram sequestradas. Desde então uma mobilização tem sido realizada para resgatá-los.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, estão na base de Kirya, em Tel Aviv, quartel-geral do Exército, para supervisionar a libertação dos 13 reféns israelenses, que deverão ser soltos em breve junto com 12 tailandeses sequestrados. “O primeiro-ministro e o ministro da Defesa acompanharão de perto a gestão da operação para trazer de volta ao país os israelenses libertações do cativeiro do Hamas”, afirmou o governo em um comunicado. Netanyahu e Gallant são acompanhados em Kirya pelo diretor do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e outros oficiais militares.

Deu na JP News